João Luis Woedenbarg (Lobao)

Nascimento: 11/10/1957, RJ



Aos três já tocava bateria, aos 15 partiu também para o violão clássico e, dois anos depois, saiu da casa dos pais para se tornar músico profissional. João Luis Woerdenbag se mudou para São Paulo e passou a integrar o Vímana. Ficou três anos na banda e chegou a lançar o compacto Zebra, . Com a dissolução da banda, Lobão passou a atuar como baterista de gente como Luiz Melodia, Walter Franco e Marina.
No início dos anos 80, foi idealizador da Blitz. Chegou a gravar o primeiro álbum, mas se desligou do grupo após se desentender com diretores da gravadora. Partiu, então, para a carreira-solo. Registrou, em fita cassete, o disco Cena de Cinema e enviou cópias para lugares como a Rádio Fluminense FM, que passou a executar as músicas em sua programação. Em pouco tempo, o trabalho se tornou hit, a ponto de a gravadora BMG comprar a obra e lançá-la comercialmente em 1983. No ano seguinte, se uniu à banda Os Ronaldos e gravou Ronaldo Foi Pra Guerra, com os sucessos "Me Chama" e "Corações Psicodélicos". A boa exposição rendeu até shows em Nova York, mas desavenças propiciaram uma ruptura que fez Lobão retornar ao caminho solo.
O Rock Errou, trabalho que já evidenciava uma desilusão com o gênero (a despeito das guitarras e da produção de Marcelo Sussekind), chegou às lojas em 1986 com uma participação inesperada: a veterana Elza Soares, em "A Voz da Razão". Apesar de emplacar o hit "Revanche", o trabalho ficou marcado mesmo pela contravenção – no final daquele ano, Lobão foi detido por porte de drogas. Em 1987, nova captura e a condenação a um ano de prisão. O período no cárcere gerou Vida Bandida, maior sucesso da carreira do artista, com mais de 300 mil cópias vendidas, e mais hard rock ainda em sua sonoridade. Após cumprir pena, passou a freqüentar cada vez mais a bateria da Mangueira ao lado de gente como Ivo Meirelles (que depois montaria o Funk'N'Lata) e Alcir Explosão. Cuidado!, de 1989, é inspirado por este universo e deixou a platéia dividida. Logo depois do lançamento, Lobão se enrolou novamente com a polícia e teve de fugir para os Estados Unidos. Em Los Angeles, gravou Sob o Sol de Parador, que trouxe no repertório sucessos como a faixa-título e "Essa Noite Não".
Nos primeiros anos da década de 90, tocou em grandes festivais e mais uma vez dividiu opiniões. No Hollywood Rock, foi ovacionado (a apresentação, gravada, deu origem ao CD Vivo), e na segunda edição do Rock In Rio, escalado para se apresentar na noite dos metaleiros, tomou uma vaia gigantesca – e várias latadas. Ainda com os ouvidos zunindo, entrou em estúdio e gravou O Inferno É Fogo, lançado em 1992. Durante os três anos seguintes, abandonou as composições e se voltou exclusivamente aos estudos de violão. O retorno criativo veio em 1995, com Nostalgia da Modernidade, álbum considerado "careta" pelo próprio Lobão, mas já ensaiando uma guinada em direção à MPB. Em 1998, lançou o experimental e eletrônico Noite e, no ano seguinte, rompeu com as grandes gravadoras e decidiu partir em carreira independente. A primeira cria longe dessa fase foi, sob a influência do trip hop britânico e de brasilidades como a bossa nova, A Vida É Doce, disco numerado e distribuído apenas em lugares como bancas de jornais. Sempre acompanhada de um discurso veemente contra o establishment da indústria fonográfica, a prática mercadológica garantiu a Lobão vendas em torno das 150 mil cópias e uma exposição na mídia como ele não tinha desde os anos 80.


Discografia Solo

  • Cena de Cinema, 1982.
  • Ronaldo foi pra guerra, 1984.
  • O Rock Errou , 1986.
  • Vida Bandida, 1987.
  • Cuidado, 1988.
  • Sob o Sol do arpoador, 1989.
  • Vivo , 1990.
  • O Inferno é fogo, 1991.
  • Nostalgia da Modernidade, 1995.
  • Noite, 1998.
  • A Vida é Doce, 1999.
  • Uma Odisseia no Universo Paralelo, 2001.
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