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EXCLUSIVO: XIII SEMANA ESPÍRITA DE TORRES

Espíritas em Torres

 

Por Antônio Barañano / TeleNews Torres [email protected]  
 

 

 


Suely Schubert: devemos tratar nossos
familiares como tratamos nossas visitas

 


Suely Caldas Schubert - "devemos ter em casa,
as mesmas atitudes que temos em público"

Está na hora de quebrarmos paradigmas e mudarmos nossos comportamentos a patir da maneira com que vemos os outros. A advertência é da conferencista Suely Caldas Schubert que veio de Juiz de Fora, Minas Gerais, falar na XIII Semana Espírita de Torres. Ela disse que isto é tão sério que um estudante de psicologia defendeu tese realizando um trabalho sobre as pessoas "invisíveis".

"São essas pessoas que estão aí por todos os lugares fazendo certo trabalhos que se não fossem elas, talvez tivéssemos nós de fazê-los". São trabalhadores que cuidam de banheiros públicos, varrem ruas, recolhem lixo ou desenvolvem outras atividades consideradas menos nobres. "Passamos por elas todos os dias, a todo o momento sem sequer dirigir-lhes o olhar ou dar-lhes um cumprimento".

São as pessoas invisíveis de que fala o acadêmico. Ele mesmo se vestiu de varredor e ficou no pátio da faculdade "trabalhando". Professores e colegas passavam por ele e foram incapazes de reconhecê-lo porque "sequer o viam". "Precisamos estudar de que forma desenvolvemos nossos valores íntimos em relação aos outros. Quando cumprimentamos alguém, nós mesmos ficamos muito alegres com a reação feliz deles".

A palestra também abordou as questões da "persona" e da "sombra", segundo ela muito bem definidas por Jung (Carl Gustav Jung). "Persona é o comportamento que adaptamos na nossa vida para o convívio social". É quando temos um comportamento para nos apresentar em público, diferente do que praticamos no núcleo familiar, no dia-a-dia. "É o que as pessoas chamam de verniz. É uma forma de se apresentar, uma condição que a pessoa cria para se apresentar em sociedade. É uma personalidade diferente que a pessoa cria para agradar as pessoas (estranhas). Em síntese, as pessoas fingem que são assim. Fingindo bem, o verniz vai expor o reflexo das qualidades (que a pessoa teria) mas isso não vai durar por muito tempo..."

Segundo Suely Schubert, a persona surge na infância, quando a criança tem necessidade de agradar aos pais e professores. "Se bem que hoje ninguém se preocupa mais em agradar professores. Falo porque venho de uma família de professoras. A criança então começa a criar posturas que agradem aos pais e professores".

"Quando a pessoa começa a ocultar suas falhas e imperfeições para se apresentar diante dos outros, o indivíduo cria um complexo de subpersonalidade que Jung denomina como sombra. Começa por negar a existência dessa sombra e a projetá-la nos outros. Age assim de modo inconsciente. É o mecanismo de defesa do ego funcionando. O ego não admite que nós temos defeitos. Negamos a nossa maldade e acusamos aos outros de serem maus. Tira dela a responsabilidade e põe a culpa no outro. O famoso bode-expiatório. A sociedade cobra que se encontre o culpado de um crime para que ele tenha o castigo merecido e, às vezes, alguém paga pelos erros dos outros".

Isso é tão grave que grupos que não se identificam com outros grupos chegam a fazer ataques organizados a eles, culpando-os. "Assim chegamos aos massacres e a todos os tipos de guerras. Temos de nos questionarmos: será que tenho preconceito com relação a outras pessoas que eu acho diferentes? Como estamos em relação a isso? Porque através da projeção da (nossa) sombra transformamos nossos imimigos em demônios. Ativamos nosso arquétipo do mal para projetá-lo sobre o inimigo. Isso acontece nos linchamentos. Alguém ativa o mal... é comum acontecer. Pintam um quadro tão forte que as pessoas aderem àquela idéia... e pode haver consequências terríveis. Quem julga de forma impiedosa e preciptada está projetando a sombra que nele existe".

"A análise do erro é sempre uma necessidade quando não é com perversas intenções. Quando ficamos só examinando os erros dos outros, vamos refletir isso em nós e acabaremos por repetir as mesmas ações. É preciso olhar o que o outro tem de melhor, as coisas boas. Dos acertos ninguém se lembra e dos erros ninguém se esquece. Se só nos determos nos erros, nas falhas, é nosso dever corrigi-las. Ninguém sendo perfeito, é nosso dever zelar pelo progresso de todos e sobretudo daqueles cuja tutela nos foi confiada".

Suely disse que essas correções devem ser feitas com moderação, "sem denegrir as pessoas. Devemos tratar nossos familiares como tratamos nossas visitas". Não podemos agir de maneira perversa, negativa. É necessário ver o que nos move negativamente. 'Antes de fazer censura a outrem, a pessoa deve se dirigir a si mesma', ensina Alan Kardec. Precisamos nos tornar pessoas melhores, porque o que somos hoje preparamos ontem. O ser humano é a medida de si mesmo".

"Precisamos desenvolver o auto-conhecimento para a identificação de nossos defeitos. "Precisamos investir mais no amor, no interesse pelo outro. A iluminação deve ser aplicada ao processo evolutivo. Estamos no planeta para progredir. Somos espíritos, mas enquanto mortais a busca pelo crescimento deve ser incessante. Precisamos praticar a ampliação dos recursos éticos, morais e intelectuais produzindo sem cessar para o bem e para a vida na qual nos encontramos em curso".

"Somos responsáveis pela divulgação da doutrina espírita, a começar pelo convívio familiar criando condições para a vivência fora de casa. Se não conseguimos amar nossa família, como poderemos amar a um grupo maior?" Suely Schubert disse que sempre é hora para o despertar espiritual. "Ás vezes a pessoa participa do convívio familiar e social mas está dormindo espiritualmente. Não vive, é um ser automatizado. Jesus veio acordar a humanidade para que 'não entrasse em tentação'". (Mateus 26:40).

"O que Jesus falava aos discípulos falava para a humanidade. E falou para nós para todos os tempos, dois mil anos depois entendemos claramente a linguagem de Cristo". Segundo Suely Schubert, "a doutrina espírita expressa o despertar espiritual, acordando as consciências do sono milenar. Não ache que não dá para mudar. Muda se quiser. Basta assumir o controle de si mesmo conscientemente. Não é só 'deixo a vida me levar' como diz o Zeca Pagodinho. É preciso trabalhar conhecimentos, conceitos, abstrações, desejos e emoções. Somos muito condicionados. Precisamos descondionar-nos de conceitos mentais antigos e negativos. É possível fazer o treinamento de novas maneiras de pensar fundamentadas no bem e acreditar na superação das próprias possibilidades".

"A mídia divulga muito o mal. Então estamos sempre com pensamentos conectados com o mal. Podemos voltar nossos pensamentos para o bem. Toda a aprendizagem exige repetição. Pensar no bem, nas coisas boas é um aprendizado. Agindo assim a pessoa liberta-se da queixa negativa. É até uma forma de rejuvenescer. Não se pode ceder espaço à hora vazia. É possível se reagir à depressão sem autopiedade e nem acomodação. É preciso que se comprenda que os teus problemas não são os piores problemas".

Ao finalizar, Suely disse que o autoconhecimento enseja humildade perante à vida. A humildade é um estímulo para uma vida com mais alegria, de mais amor com relação à família e ao próximo".

Palestra realizada dia 21 de Outubro de 2009 às 20:00
Este texto foi postado dia 22 de Outubro de 2009 às 23:59

 

 


XIII Semana Espírita de Torres

Mediunidade, Comunicação entre Dois Mundos esse o tema da XIII Semana Espírita de Torres que começouo dia 19 encerra-se hopje (23), no Centro Municipal de Cultura. O evento é uma realização da União Municipal Espírita (UME) e tem o apoio de Labcentro, Restaurante Souza, Anzol Restaurante, Progetti Arquitetura e Design, A Furninha Hotel e Restaurante, Pousada La Barca, Crostini Galeteria e Pizzaria, Oxi Produções e Prefeitura Municipal de Torres - Centro Municipal de Cultura. A entrada é 1 kg de alimento.

Programação:
23/10 - 20h- Roberto Jobin (Porto Alegre)

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nas crianças e nos jovens"
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[ Gérson Tavares: "A mediunidade é a comprovação da
existência do mundo dos espíritos"
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