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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Trata-se do primeiro conflito armado a envolver as grandes potências imperialistas da Europae, em seguida, a maior parte dos países do mundo, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis. Confrontam-se dois grupos de países organizados em pactos antagônicos: a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, encabeçada pela França. A vitória ficou com os aliados da França, mas teve como conseqüência principal perda, pela Europa, do papel de liderança planetária. Os EUA que entram
no conflito só em 1917, ao lado da Tríplice Entente,
passam a ser o centro de poder do capitalismo. A
reorganização do cenário político no continente
europeu e as condições humilhantes impostas ao Na virada deste século,
entra em cena a Alemanha, como o país mais poderoso da
Europa Continental após a guerra franco-prussiana Por sua vez a Rússia
estimula o nacionalismo eslavo - Pan Eslavismo - desde o
fim do século XIX e apóia a independência dos povos
dominados pelo Império Austro-Húngaro. Por trás dessa
política está o projeto expansionista russo de alcançar
o Mediterrâneo. Esse conflitos de
interesses na Europa levaram à criação de dois
sistemas rivais de alianças. Em 1879, o chanceler da
Alemanha, Otto von Bismark, conclui um acordo com o império
Austro-Húngaro contra a Rússia. Três anos depois a Itália,
rival da França no Mediterrâneo alia-se aos dois países
formando a Tríplice Aliança. O segundo grupo à beira
do confronto Mas, em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando (1863 - 1914) e sua esposa são assassinados durante visita a Sarajevo pelo estudante anarquista sérgio Gravillo Princip. Confirmada a cumplicidade de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige a demissão de ministros suspeitos de ligações com terroristas, o fechamento de jornais antiaustríacos e a perseguição de sociedades secretas. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1o de agosto. O diabólico
sistemas de alianças, que impera no continente, arrasta
o restante dos países europeus ao conflito. A Rússia
declara guerra à Áustria; a Outras nações envolvem-se em seguida: a Turquia, do lado dos alemães, ataca os pontos russos no Mar Negro; Montenegro socorre os sérvios em nome da afinidade étnica; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha. Com a guerra, ao lado da França 24 outras nações estabelecendo-se uma ampla coalizão conhecida como "Os Aliados". Já a Alemanha
recebe a adesão do Império Turco Otomano, rival da Rússia
e da Bulgária, movida pelos interesses nos Balcãs. A Itália,
embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no
início, trocando de lado em 1915, sob a promessa de
receber parte dos territórios turcos e austríacos. Essa guerra de posição estende-se praticamente até 1918, sem que nenhum dos lados saia vitorioso. Na frente oriental, os alemães abatem o numeroso e desorganizado Exército da Rússia. O maior país da Europa, fragilizado pela derrota na guerra russo-japonesa (1904 - 1905), paga o preço do atraso industrial e da agitação política interna provocada pelos revolucionários bolcheviques. Na época o povo
russo atinge o ponto máximo de insatisfação com a
guerra e o colapso do abastecimento. Greves e confrontos
internos obrigam o czar Nicolau II (1868 - 1918) a
renunciar ao poder, e a Revolução Russa termina por
instalar no país um Estado Socialista, em 1917. Com a
derrota militar russa consumada, os Aliados correm o
risco de a Alemanha avançar pela frente oriental e dar
um xeque-mate na França. A situação leva os EUA a
entrarem diretamente na guerra e a decidirem a sorte do
confronto. Durante os anos em que permanecem neutros, os
norte-americanos tinha enriquecido vendendo armas e
alimentos aos Aliados e dominando o mercado latino-americanos
e asiáticos. O objetivo dos EUA na luta é
Os bolcheviques,
que com a queda do czar russo assumem o poder após dois
governos provisórios, já haviam assinado a paz em
separado
Deve ainda pagar monumentais indenizações por todos danos civis causados pela guerra e fica proibida de formas um Exército regular. Mas essas providências, para evitar que a Alemanha possa vir a ter condições econômicas e políticas de se lançar numa nova aventura bélica, terão o efeito contrário. Tanto que o mundo saído do Tratado de Versalhes é o berço de regimes totalitário em muitas nações, do comunismo ao facismo e nazismo, que afiam as armas para, poucas décadas depois, deflagrar a 2a Guerra Mundial. O pós-guerra apresenta um desenho da Europa, com a dissolução dos Impérios Áustro-Húngaro, Turco-Otomano e Russo, e o surgimento de novos países.
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