(Portugese)
Translated by:
Roselle de Castro, Brazil
A Voz de Salém
Testemunho do
Irmão CINIRAJ
MOHAMED
(E-Mail: [email protected])
Eu nasci em 25 de maio de 1954, sendo o quarto filho
de Janab Kassim Pillai Labba, um Diretor de Colégio e de Fathima Beevi. Minha casa é conhecida como “Kochera”. Trata-se uma família muçulmana ortodoxa tradicional
e proeminente em Kalloor, uma região rural em Trivandrum, Sul da Índia.
Mais de 4000 famílias muçulmanas habitam esta área
além de alguns hindus nas redondezas.
Não há cristãos absolutamente.
Não havia um único cristão na escola em que estudei.
Nossa mesquita tem em torno de mil anos. Meus ancestrais difundiram a religião
islâmica neste lugar e construíram a mesquita.
A casa de meus ancestrais é bem próxima à mesquita. A renda da terra e os serviços da mesquita
eram mantidos ao encargo de meu pai durante minha infância. Meus ancestrais eram destinados ao
sacerdócio muçulmano por hereditariedade.
Eles tinham a designação de “Labba” nos seus nomes para indicar o
sacerdócio.
Nessa circunstância, eu cresci com um grande
respeito e amor pelos ensinos islâmicos e suas práticas, assim como por minha
família. Eu completei minha educação
religiosa antes de começar o ensino regular.
Não haviam vícios ou maus comportamentos em nossa família. Eu cheguei até a escrever um livro sobre o
Corão.
Realizei meu ensino superior em uma instituição
chamada Mar Ivanios College, que fica na cidade de Trivandrum. A grande maioria dos meus colegas eram
cristãos. Eu era o único muçulmano na
sala. Eu tive dificuldade de me
sociabilizar com meus colegas no princípio, mas gradualmente fui me integrando
ao grupo. Infelizmente isso me levou a
andar com más companias e a ter vícios.
Eu comecei a fumar, a beber e usar drogas, a me envolver em brigas,
ficando conhecido na cidade como desordeiro.
Reportagens negativas e fotos comprometedoras começaram a aparecer a meu
respeito nos jornais. Como resultado
meus pais, irmãos, e queridos ficaram grandemente transtornados. Tudo indicava que eu teria que interromper
meus estudos. Então resolvi provar que
poderia vencer por conta própria indo morar no Golfo Pérsico (também conhecido
como Golfo Arábico), mesmo que ilegalmente.
Nesta época fiquei dependente das drogas e do
álcool. Meu corpo começou a ter
tremores e eu me tornei muito nervoso sempre que não estava drogado como de
hábito. Eu estava na lista de
procurados da polícia. Meus pais
cortaram a ajuda financeira que me davam regularmente. Eu tinha muitos amigos, prontos para
qualquer aventura enquanto eu tinha dinheiro no bolso. Para dizer a verdade, meus antigos amigos se
tornaram meus piores inimigos no período de dificuldades. Eu perdi a minha paz de espírito.
Foi diante dessa conjuntura que alguns estudantes
missionários reuniram coragem para falar comigo. Eles disseram que Jesus é o Filho de Deus, o qual foi crucificado
pela humanidade. Ele ressuscitou dos
mortos e é o Rei da Paz. Eles disseram
mais, que se alguém crê n’Ele e confessa todos os seus pecados, este se torna
uma nova pessoa. Eu nunca poderia
sequer ter imaginado que o Profeta Isa (Jesus) é o Filho de Deus ou que Ele foi
crucificado e ressurgiu dos mortos. Em
resposta eu os exortei dizendo que o Islamismo é a verdadeira religião. Eu tive discussões acaloradas com eles em
muitas ocasiões. Eles só conseguiam
encontrar erros no meu estilo torpe de vida, mas não conseguiram prevalecer
contra os meus argumentos ou provar que as minhas idéias estivessem
erradas.
Um dia eles me trouxeram alguns folhetos baseados na
Bíblia que eu considerava proibida, por ter sido banida. Daí eu fiquei furioso. O fato de que a advertência que eu havia
feito a respeito do Islamismo não havia causado nenhum impacto neles aumentou
ainda mais a minha raiva. Eu rasguei os
folhetos em pedaços. Com palavras de
desprezo joguei os pedaços na cara deles e adverti que os destruiria se
continuassem a tentar desencaminhar outros.
Era muito forte a perseguição e insultos públicos
que os seminaristas em batinas sofriam, especialmente quando organizavam alguma
instituição cristã. Na minha lógica parecia quase certo que eu seria
expulso da faculdade, uma vez que se tratava de uma instituição cristã, como
contrapartida pela minha atitude. Eu
também esperava ter problemas em todas as direções. No dia seguinte eu fui à faculdade armado e com intenções
violentas. Quando eu entrei na sala de
aula, aqueles alunos missionários correram na minha direção e me abraçaram com
amor e alegria. Eles me surpreenderam
expressando arrependimento por terem me aborrecido. Se a faculdade fosse dirigida pela minha religião e eu estivesse
no lugar dos missionários, com certeza não teria deixado nenhum deles me
ameaçar, sem sombra de dúvidas!
Na verdade, eu fiquei tocado pelo amor, pela
gentileza e natureza dócil deles. O
Espírito Santo, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo, começou a
trabalhar em mim.
Naquela noite eu encontrei um pedaço de papel em um
caderno no meu quarto. Nele estava
escrito, “Fiel é a palavra e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio
ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I Timóteo
1:15) No verso do papel estava escrito,
“porque salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 6:23)
Eu não conhecia esses versos da Bíblia, mas fui tomado por pensamentos...
Todos os pecados, transgressões e violações que eu
tinha cometido desde a infância vieram a minha mente como em uma tela. Eu reconheci todas as minhas iniqüidades,
grandes e pequenas. Cada uma delas se
transformou em uma bolha em meu corpo. As
bolhas arrebentaram e se tornaram em chagas.
Minha carne e ossos, de onde escorriam pus, tornaram-se muito quentes e
começaram a derreter. Vermes estavam
competindo para chegarem ao tutano dos meus ossos. A dor era insuportável. O
fedor era indescritível. Eu estava
sendo puxado para um poço sem fundo.
Não havia ninguém para me salvar.
Sem perceber eu gritei, “Deus, me salve!”
Então um homem, santo e resplandecente, desceu do
céu e me tocou. Eu entendi que era
Jesus. Por um momento fechei os meus
olhos com uma alegria celestial, porque o Seu toque refrescou o meu corpo
e mente. Quando eu abri os olhos todas
as bolhas e chagas tinham desaparecido do meu corpo. Eu estava purificado como se tivesse sido lavado com um ungüento
perfumado. Mas Jesus que havia chegado
brilhando e sem manchas estava agora infectado com bolhas e chagas. Pus e supurações fluíam dele. Vermes e larvas andavam a ermo livremente em
Seu corpo. Era como uma criatura
abominável e fedorenta.
Sim!
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5)
Cristo levou sobre si todas as minhas aflições. Eu deveria ter sido condenado a morte pelos
meus pecados, mas eu vi Cristo levando todos os meus pecados e sendo
crucificado em meu lugar para minha salvação.
Anteriormente eu nunca acreditei que Jesus foi crucificado. Eu costumava a perguntar como os nosso
pecados poderiam ser retirados pela Sua morte, mesmo tendo sido Ele crucificado. Mas agora eu estava convencido de como e
porque Cristo morreu.
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado
por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Coríntios 5:21)
Eu vi Jesus rompendo a tumba e ressuscitando. Ele estava mais glorificado e resplandecente
na ressurreição do que quando desceu das nuvens.
Eu caí a seus pés clamando, “Meu Senhor e meu
Deus!”.
Eu não sei se esta experiência que ocorreu em minha
própria casa, em uma área em que não há cristãos, é um sonho, uma revelação ou
uma visão. Eu não acreditava
absolutamente neste tipo de coisa, mas esta experiência me transformou em um
cristão. Ela me permitiu jogar fora o
velho homem. Eu recebi alegria e paz de
uma forma que eu nunca conhecera antes.
Eu compartilhei minha conversão de mente e minha
alegria na mesma noite com os meus pais.
Apesar de eles terem me ouvido, tentaram me dissuadir dizendo que foi
apenas um truque do Iblis (Diabo). Mas
eu estava convencido de que o amor de Deus havia me salvado através de Seu
Único Filho e que eu herdaria vida eterna.
Como resultado eu tive que enfrentar perseguições e ameaças em minha
vida.
Eu fui batizado nas águas assim que aceitei a Cristo
como meu Salvador pessoal. Deus, Ele
próprio me ungiu com o Espírito Santo.
Um dia eu estava narrando minha experiência cristã
para alguns dos meus amigos, próximo a mesquita. De repente um dos primos dos meus irmãos chamado Salim me
esfaqueou. Meu maxilar inferior se
partiu. Todos acharam que eu iria
morrer, mas Deus me salvou e me fez ser novamente uma testemunha naquele mesmo
lugar. Salim estava tramando me matar
de outra forma e tinha um plano para que parecesse suicídio. Para o mesmo ele estava barulhentamente
fazendo uma armadilha no topo de uma árvore.
Mas deu um tufão e Salim caiu junto com o galho da árvore. Ele ficou seriamente ferido e eu
instintivamente desejei sua morte. Mas
Jesus me ordenou que amasse e cuidasse de Salim, assim como Ele me amou e
cuidou de mim quando eu era Seu inimigo.
Por minha iniciativa Salim foi levado ao hospital onde ficou engessado
por mais de seis meses. Quando Salim se
recuperou, ele aceitou a Jesus como seu Salvador.
As autoridades de Jama’ath me encarceraram, rasparam
minha cabeça e me trancaram em uma cela subterrânea quando ainda outra pessoa
se tornou cristã. Uma vez eu tentei
escapar e eles jogaram ácido em mim. Eu
fui espancado diversas veses e até perdi alguns dentes. Eu considerei estas experiências como lucro,
feitas no nome de Jesus como um símbolo do meu fervor espiritual.
Jesus visitou mais algumas pessoas que me causaram
problemas. A maioria delas creram em
Jesus. Meus pais e parentes que haviam
me banido de toda aquela área passaram depois a me visitar e a participar de
reuniões de oração comigo, ainda que em particular. Eu e minha família podemos agora visitar com confiança a casa dos
nossos antepassados e as redondezas muçulmanas como testemunhas do
Evangelho. O Deus Vivo está nos
ajudando nisso.
Meu endereço atual é: Irmão Paul Ciniraj Mohamed
Baseelia, Devalokam, Kottayam, Kerala-686038, INDIA
Deus deu-me um profundo amor por aqueles que se
perdem. Ele também me ungiu para pregar
o Evangelho. Pela graça de Deus eu já
preguei para multidões com milhares de pessoas. Pregar a Palavra de Deus, usar o dom da cura, aconselhar,
compartilhar o meu testemunho são parte do meu ministério.
Enquanto muitos que são vaidosos em chamar-se a si
mesmo de cristãos olham com desprezo o trabalho na obra do Senhor, eu considero
graça de Deus que eu veja o pregar o evangelho como uma grande honra. O objetivo e ambição de minha vida é mostrar
ao mundo muçulmano a verdade e então ajudá-los a terem suas almas salvas.
As orações dos filhos de Deus são essenciais para
manter a minha família perseverante no caminho escolhido e para ajudar a meus
familiares, parentes e queridos a aceitarem a verdade de todo coração.
Sobre a família de Ciniraj
Mohamed
Meu pai Janab Kassim Pillai Labba nasceu em 1911,
tendo falecido em 2001. Foi diretor de
colégio. Seu pai Pakeeru Maitheen
Pillai Labba (1872-1944) foi professor e era geralmente conhecido pelo nome de
Pakeer Vadhyar. O pai de Pakeeru Vadhyar chamava-se Mayyadeen Pillai Labba
(1822-1884). Mayyadeen Pillai Labba era filho de Ninar
Pillai Labba (1767-1843). O pai de Ninar Pillai Labba’s era Somu Labba (1712-1785).
A palavra malásia “Labba” deriva da palavra árabe
“Al-Abba”, que significa “Pai”. Em
grego diz-se “Abba”. O sírio também usa
a palavra “Laabo” para “Pai”. Em
semelhante forma os líderes religiosos das Igrejas Sírias são chamados “Aboon”.
Minha mãe Fatima Beevi é filha de Picha Labba
(1885-1973), da casa de Kochiramathu, que também foi um grande líder e
estudioso do Islam.
Eu tenho duas irmãs, Souda Beevi, esposa do Sr.
Ibrahim Kunju, engenheiro aposentado; e Safiya Beevi, esposa do Sr. Haji Abdul
Majeed, que é fazendeiro. Cada uma tem
três filhos que também estão bem estabelecidos e são casados. Eu tenho um irmão mais velho, Sr. Thajudeen
Pillai, que é um dos mais alto oficiais do Governo da Índia. Sua esposa Sra. Subaida Beevi é funcionária
da Universidade de Kerala. Eles tem um
casal de filhos, um rapaz e uma moça.
O filho é Dr. Bijin Thaj, cirurgião residente e estudante de medicina. Sua esposa Dra. Babitha Bijin também é
cirurgiã residente e estudante de medicina.
A filha de seu irmão, Srta. Shabnam é estudante de engenharia. Meu irmão mais velho Sr. Abdul Kalam, é
funcionário do Governo da Índia. Sua
esposa Sra. Shemim é professora do ensino médio. Nisiya (11 anos de idade) e Arif Mohamed (oito anos de idade) são
seus filhos.
Minha esposa Mercy é filha do Sr. Kuruvilla e sua
esposa, sendo estes da casa de Parangottu, Kottayam. Ela é nascida de novo, batizada com o Espírito Santo, me ajudando
no trabalho evangelístico, social e de caridade.
Nós temos três filhos, Besly (doze anos de idade) é
o mais velho. Hepsy (onze anos) é a
nossa menina e Lesly (sete anos) nosso filho mais velho.
We live
and do ministry by faith alone. For all our needs we look unto God.
Cique aqui para
ver fotos de toda a minha família (texto em inglês)
Projetos da “Voz de Salém”:
*Educação para as crianças pobres *Casa para os desabrigados
*Atendimento de enfermaria móvel nas favelas, vilas do interior e
morros *Remédios, roupas e comida para
os pobres e necessitados
*Evangelização do mundo muçulmano
*Escola Bíblica e Cursos por Correspondência *Treinamento Transcultural
*Capacitação de líderes e sucessores
*Células cristãs *Publicação de
folhetos, literatura e jornais *Oração
por intercessão
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Diretor, Salem
Voice,
Baseelia,
Devalokam (P.O.),
Kottayam,
Kerala-686038, INDIA
Telefone/Fax:
0091 481 573532; Celular: 00 98470 51532
Fotos de toda a
família de Ciniraj
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