Astro-Manual - Astronomia
Observacional Amadora
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Meteoros
Introdução
O termo meteoro vem do grego meteoron, que significa fenômeno
no céu. É usado para descrever a faixa de luz produzida
quando matéria do sistema solar cai na atmosfera terrestre criando
incandescência temporária resultante da fricção
na atmosfera. Isto ocorre tipicamente a alturas de 80 a 110 quilômetros
acima da superfície da Terra. O termo também é usado
livremente com a palavra meteoróide referindo-se à própria
partícula sem relação com o fenômeno que produz
ao entrar na atmosfera terrestre.
Meteoróide é o corpo que vaga no espaço, antes de
colidir com a atmosfera e Meteoro é o nome genérico dos fenômenos
que ocorrem na atmosfera terrestre. Quando um meteoróide penetra na
atmosfera da Terra, ele produz um meteoro luminoso, que também é
chamado popularmente de ``estrela cadente''. Meteorito é um meteoróide
que atinge a superfície da Terra ou outro corpo do Sistema Solar
sem ser completamente vaporizado. Um dos primeiros objectivos ao estudar
meteoritos é determinar a história e origem dos corpos que
lhes deram origem.
É provavel que o fenômeno da estrela cadente seja conhecido
desde a pré-história, porém os registros sobre ele são
bem mais recentes, como por exemplo aqueles encontrados nos anais chineses
e coreanos datados de 1760 a.C., aproximadamente, ou então nos
papiros egípcios de 2000 a.C. Diógenes de Apolônio (séc.
IV a.C.), afirmava que os meteoros eram corpos cósmicos - estrelas
de pedra - invisíveis da Terra e que após morrerem,
precipitavam-se sobre o rio Egos-Potamos. Aristóteles (sec. II
a.C.) afirmava que os meteoros eram fenômenos atmosféricos
que surgiam durante a ocorrência de fenômenos físicos
ligados ao interior da Terra.
Atualmente, sabe-se que a geração do traço de luz no
céu, deve-se principalmente a dois fatores: aquecimento do meteoróide
e a luminescência do ar atmosférico. Normalmente, o efeito
meteoro possui uma curta duração, atingindo em media, dois
segundos. Excepcionalmente, o rastro luminoso pode durar de alguns minutos
a mais de meia hora; provavelmente, este fato se deve à ocorrência
de fenômenos elétricos na ionosfera. O efeito meteoro na
ionosfera acontece na camada que se estende entre 50 a 200 km de altura,
aproximadamente. Quando o meteoróide penetra na atmosfera, ele
interage com as camadas de ar que oferecem resistência a sua
passagem, decorrente do atrito. O astro então se aquece. Se a
velocidade do corpo celeste for da ordem de 70 km/s (252.000 km/h),
geram-se temperaturas que variam de 3000°C até cerca de 7000°C,
dependendo dos materiais que compõem o meteoróide. Com
temperaturas assim tão altas, a parte externa é volatilizada
e há, nesse processo, geração de luz. Além
disso, quando o corpo celeste cruza a ionosfera, a turbulência por
ele provocada no ar e o aquecimento da camada gasosa podem produzir íons
ou promover a neutralização de outros já existentes.
Do processo de excitação dos eletrons libera-se energia,
geralmente em forma de luz. Assim, quando observamos o traço
luminoso no céu, estamos vendo o caminho já percorrido pelo
meteoróide em sua direção à superfície
da Terra.
Na grande maioria das vezes a dimensão desse corpo ou areia cósmica
é muito reduzida, da ordem de um grão de arroz. Para efeito
de proporções, um meteoro com magnitude de +3m
(aproximadamente o brilho de uma das "Três Marias") teria
massa aproximada de 0,1 g. Para aqueles que conseguem vencer o "Muro
dos Meteoritos", situado a 85 km de altura, atingindo a superfície
terrestre, sua massa varia desde alguns quilos até toneladas.
São considerados bólidos, os meteoros que atingem brilho
muito elevado, como ``bolas de fogo''. Os meteoros esporádicos são,
sem dúvida, os mais comuns pois milhares deles se queimam
diariamente na atmosfera da Terra.
Os chuveiros de metoros acontecem com dia e hora marcada anualmente,
oferecendo aos privilegiados observadores que as presenciam, um espetáculo
inesquecível. Contudo, alguns poucos desses chuveiros
periodicamente ou não, dependendo da quantidade de escombros que a
Terra encontra em seu caminho, podem se transformar em tempestades de
meteoros com taxas muito altas de aparições apresentando
espetáculos fantásticos.
As chuvas de meteoros podem ser classificadas em três categorias:
Instantâneas, Intermediárias e Intermitentes, classificação
esta não adotada pela União Astrônomica Internacional.
Nas instantâneas, observa-se uma grande quantidade de meteoros em
curtíssimos intervalos de tempo, como por exemplo, 50 a 100
meteoros em dois ou três minutos. Há alguns casos de chuvas
instantâneas, em que o número de meteoros chega a casa dos
400 por minuto.
As intermediárias são mais comuns, com um grande número
de meteoros, em algumas por exemplo, de 100 a 500 em intervalos de tempo
de 2 a 5 horas.
Nas intermitentes, o número de meteoros é grande, de 600 a
2000, distribuídos em um período de um a dois dias.
Milhares de meteoros cruzam esporadicamente nossa atmosfera diariamente.
Contudo, em determinadas datas no decorrer de cada ano, acontecem o que é
chamado de Chuveiro de Meteoros. Isso acontece quando a Terra passa através
da órbita de um Cometa que deixou atrás de si uma nuvem de
partículas de poeira, ou em casos mais raros, por um asteróide.
Chuveiros de meteoros é o conjunto dos meteoros que surgem no mesmo
dia e parecem provir de uma mesma região do céu, chamade de
Radiante.
Estas chuvas também são conhecidas como corrente de
meteoros, enxame de meteoros ou chuva de estrelas. As Chuvas de Estrelas
fugazes produzem-se pontualmente todos os anos, numa data precisa, e cada
uma apresenta características próprias bem definidas -
parecem irradiar-se de um certo ponto ou região do espaço
qu, o Radiante , e tem uma freqüência horária, uma
altura onde se produz o fenômeno luminoso e uma magnitude média
bastante típicas. Contudo, as condições de observações
dos meteoros variam de ano para ano, em conformidade com oque a Terra
encontra em seu caminho, uma zona mais ou menos densa destas partículas.
Muitos meteoros, chamados esporádicos (SPO) também acontecem
juntamente com um chuveiro e podem aparecer em qualquer parte do céu.
Muitos meteoros se queimam na atmosfera enquanto outros são
suficientemente grandes para alcançar a superfície da Terra
e por isso passam a ser chamados de meteoritos.