Dami�o de Goes, Historiador e Humanista
PERFIL
Dami�o de Goes, segundo a tradi��o, nasceu na Quinta do Barreiro (Alenquer) em 1502; era filho de Rui Dias de Goes e de D. Isabel Gomes de Limi.

Tendo ficado �rg�o de pai, em 1513 foi acolhido no Pa�o e passou a ser um dos moradores da casa do Rei D. Manuel.

A partir de 1523 verifica-se a sua estada na feitoria de Anvers onde exerceu o cargo de secret�rio e �servio nas partes da Alemanha, Frandes, Brabante, e Holanda em nego�eos de muita importancia aonde foy t�o quisto e aceyto que o tinh�o todos por seu natural�.

Em 1529, em miss�o oficial, vai ao B�ltico, visita Danzigue e segue at� aos confins da Litu�nia; de regresso passou por Poznan e demora-se na Corte de Crac�via tendo ali, segundo consta, dado a provar, pela primeira vez, o a��car.
Em 1531, noutra miss�o, vai � Dinamarca, segue para a Pol�nia, visita no caminho Lubeque e Vitemberga avistando-se nesta �ltima cidade com Lutero e Mel�nchton.

Em 1532 desiste dos cargos e inicia uma nova fase da sua vida. Em 1534 vive em Basileia na companhia de Erasmo. Depois segue para P�dua onde passa �quatro anos � sombra da Universidade�. Nas f�rias contacta com as grandes figuras do humanismo do seu tempo tornando-se Veneza, Roma e It�lia de norte a sul, suas familiares. Buonamici, Reginaldi Pole, Sadoleto e Bembo figuram entre os seus amigos humanistas.

Terminada a sua escolaridade em P�dua, vai continu�-la em Lovaina. Foi nesta cidade e neste ano de 1538 que constituiu fam�lia, casando com D. Joana de Hargen.

Entre 1539 e 1542, com o perfeito dom�nio da l�ngua latina, publica v�rios op�sculos.  Em 1545 regressa � P�tria �aureolado de prest�gio pelas amizades que contra�ra na Europa�.

Em 1548 � nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, a t�tulo interino. Ao dispor, assim, das fontes documentais do arquivo r�gio, pode Dami�o de Goes dar in�cio � sua obra de histori�grafo.

Em 1566 saiu a primeira edi��o da
Cr�nica do felic�ssimo Rei D. Manuel. Segue-se a Cr�nica do pr�ncipe Dom Jo�o o Segundo de Nome em 1567. Acrescente-se, ainda, o op�sculo Damiani Goes Equitis Lusitani. Hurbis Lovaniensis Obsidio publicado em �vora no ano de 1554.

Na variedade dos seus talentos tamb�m foi amador de pintura, coleccionador de arte e cultivou a m�sica tendo deixado fragmentos de m�sica religiosa e profana.

Daqui o poder afirmar-se que Dami�o de Goes foi uma �figura �mpar do renascentismo portugu�s, como historiador e humanista,viajante e epistol�grafo, diplomata e funcion�rio r�gio�.

Mas este homem de superior craveira, cl�ssico de forma��o, de tend�ncia cosmopolita, n�o encontrou no ambiente portugu�s as condi��es para desenvolver este belo ideal de vida. Acusado de heterodoxia e denunciado pelo seu companheiro de studos em P�dua, Padre Sim�o Rodrigues de Azevedo, � Inquisi��o em 1545, veio a cair nas garras do Santo Of�cio. Embora tivesse provado a sua inoc�ncia, foi preso e transferido, depois, para o Mosteiro da Batalha.

Este homem que tanto amou a sua terra, n�o omitindo na Cr�nica do reinado de D. Manuel �nenhuma ac��o valente praticada por um alenquerense� nela veio aencontrar, afinal, um tr�gico fimde vida.

Nesta �nobre e hist�rica� vila, ber�o e t�mulo de Dami�o de Goes, orgulho de todos n�s, apareceu morto com suspeitas de assassinato, na sua casa de Alenquer em 30 de Janeiro de 1574.

                                                                                           
in �O Concelho de Alenquer 4�, 1987
Jo�o M�rio, Pintor
OUTRAS FIGURAS
S�ozinha
Sebasti�o Jos� de Carvalho, Visconde de Chanceleiros
Ana Pereira, Actriz
Hip�lito Caba�o, Arque�logo
Jorge Oliveira e Carmo, Militar
P�ro de Alenquer, Navegador
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