A fibromialgia � uma s�ndrome dolorosa cr�nica,
n�o inflamat�ria, caracterizada pela presen�a de dor
m�sculo-esquel�tica difusa, ou seja, acima e abaixo da cintura, do
lado direito e esquerdo e pelo menos um segmento da coluna,
acompanhada pela palpa��o de m�ltiplos pontos dolorosos ou "tender
points". Se fossemos resumir, os pacientes queixam de dor no corpo
todo.
O diagn�stico � confirmado se 11 ou mais dos 18
pontos estiverem doloridos.
Acomete 2% da popula��o,
sendo 80-90% no sexo feminino com idade m�dia variando entre 30-60
anos. Tamb�m acomete crian�as e idosos, bem como pacientes do sexo
masculino.
Quais os principais sintomas?
Os sintomas s�o
dor generalizada e um ou mais dos seguintes:
�Fadiga
�
Sono superficial e
n�o reparador (desperta cansado como se n�o tivesse
dormido)
�Os dist�rbios de
humor s�o comumente encontrados nestes pacientes, particularmente a
ansiedade e a depress�o. 25% apresentam depress�o major no momento
do diagn�stico e 50% hist�ria de depress�o. Por�m � imposs�vel
determinar se os fatores psicol�gicos s�o prim�rios, concomitantes
(vem junto) ou secund�rios.
�
Ansiedade
�
Dor de cabe�a (pode ser enxaqueca)
�
Dorm�ncia de m�os e p�s
�
Dor abdominal com per�odos de pris�o de ventre
intercalados com diarr�ia
�
Formigamento nos
bra�os e pernas (muitos pacientes procuram o pronto socorro
acreditando que est�o tendo um infarto do cora��o ou derrame
cerebral)
�
Sensibilidade ao
frio e umidade referindo que suas dores pioram no inverno �
Vertigem (tonturas)
�
Dificuldade de
concentra��o
�Boca e olho seco
�Sensa��o de incha�o
no corpo
�Tens�o pr� menstrual
e irritabilidade
Em nenhum momento haver�
inflama��o ou deformidade nas articula��es e os movimentos n�o est�o
limitados. Caracteristicamente, a maioria dos portadores de
fibromialgia t�m os sintomas por anos sem modifica��es
importantes.
Como se desenvolve?
Ainda n�o est� completamente esclarecido. Diversos estudos mostram
que os sintomas da fibromialgia devem ser decorrentes das altera��es
nos mecanismos de modula��o da dor, onde encontramos uma diminui��o
dos n�veis de serotonina (subst�ncia analg�sica) e um aumento dos
n�veis de subst�ncia P (subst�ncia alg�gena), no sistema nervoso
central, em indiv�duos geneticamente predispostos. H� estudos
mostrando uma diminui��o da perfus�o sangu�nea no t�lamo e n�cleo
caudado, importantes regi�es do c�rebro envolvidas com a percep��o
dolorosa. Tamb�m encontramos os dist�rbios do sono bem como uma
piora de suas queixas com o stress emocional. Pelo estado de dor
cr�nica os pacientes tornam-se inativos e conseq�entemente
descondicionados, sendo assim, o seu tratamento jamais pode ser
realizado apenas com medicamentos. |