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ESTUDOS SOBRE QUIROPRAXIA
Um sumário de estudos e
investigações oficiais publicados que documentam a eficácia e
adequação do tratamento quiroprático voltado para a saúde.
SITUAÇÃO E RECONHECIMENTO DO TRATAMENTO QUIROPRÁTICO
Atualmente, a quiropraxia encontra-se firmemente enraizada na
consciência pública como um agente primordial no gerenciamento
do tratamento da saúde. De acordo com um estudo de 1990,
publicado no New England Journal of Medicine, o número de
visitas a profissionais de saúde não médicos totalizou 425
milhões, 9,5% a mais do que o número total de visitas a
médicos de família (Eisenberg e cols., 1993). Um estudo
subseqüente determinou que, em 1997, o total de visitas a
profissionais não médicos somou 629 milhões, excedendo em 63%
o total projetado de visitas a todos os médicos de tratamento
de saúde em nível primário (Eisenberg e cols., 1998). Além
disso, um estudo de 1998, publicado no New England Journal of
Medicine, cita a quiropraxia como o tratamento não médico mais
comumente utilizado (15,7%) (Astin, 1998) |
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A mudança nas preferências do consumidor concernente a
tratamentos na área da saúde reflete-se nas coberturas de
seguro-saúde. Especificamente, um estudo de 1999 revelou que a
cobertura para tratamento quiroprático é "oferecida por quase dois
terços de todos os planos de saúde (65%)" (Landmark, 1999). Ao serem
questionados quanto às suas políticas em relação a terapias
alternativas', 43% dos representantes de planos de saúde declararam
que "não consideram a quiropraxia como uma terapia alternativa", mas
como uma forma de tratamento tradicional na área da saúde.
A corporação RAND, uma organização de grande prestígio e sem
fins lucrativos, especializada na elaboração de análises e
pesquisas, desenvolveu vários estudos sobre quiropraxia. O Dr. Paul
Shekelle, médico e pesquisador para a RAND, declarou: "Ao invés de
pensar na quiropraxia como uma terapia alternativa ou algum outro
tipo de terapia separada de outras modalidades de tratamento de
saúde, deveríamos considerá-la equivalente" (Citado em Brin,1998).
O amplo uso da quiropraxia pela população e sua comprovada
eficácia realçaram a profissão, estimulando a realização de estudos
e pesquisas de destaque promovidos por governos e outras
organizações dos Estados Unidos, Canadá, Europa, e outras áreas do
mundo. Alguns dos trabalhos mais significativos são apresentados
neste material.
A EFICÁCIA DO TRATAMENTO
QUIROPRÁTICO
Um número substancial de artigos e meta-análises foi
produzido recentemente sobre a eficácia, satisfação do paciente e
custo-benefício do tratamento quiroprático (Anderson, 1992). As
pesquisas são consistentes ao relatar evidências substanciais de que
o tratamento quiroprático é eficaz para dor aguda e crônica da
coluna lombar e cervical (Bronfort, 1999; Van Tulder, Koes e Bouter,
1997; Aker e cols,, 1996; Hurwitz e cols., 1996; Shekelle e cols.,
1992; Anderson e cols., 1992; DiFabio, 1992; Ottenbacher e cols.,
1985). Muitos outros estudos indicam a eficácia do tratamento
quiroprático para outros problemas não associados a dores cervicais
e lombares.
Lombalgia Aguda
Relatório do Departamento de Saúde Pública do Governo
Americano: Em 1994, a Agência para Políticas de Tratamento de Saúde
e Pesquisa publicou o relatório intitulado Clinical Practice
Guideline 14-Acute Low Back Problelns in Adults - (Manual de
Diretrizes Clínicas 14 - Lombalgia Aguda) (Bigos e cols., 1994). O
guia define lombalgia, avalia vários tratamentos e faz recomendações
em relação à eficácia desses tratamentos. De acordo com esse manual,
a manipulação da coluna é um dos tratamentos mais seguros e eficazes
para a maioria dos casos de dor aguda na coluna lombar. Os seguintes
comentários editoriais foram publicados no Annals of Internal
Medicine, com relação ao manual: "A Agência para Políticas de
Tratamento de Saúde e Pesquisa (AHCPR, em inglês), recentemente,
criou um marco histórico ao concluir que... a manipulação da coluna
acelera a recuperação de dor aguda na coluna lombar e recomendou que
essa terapia seja usada em combinação com ou como alternativa ao uso
de drogas antiinflamatórias não hormonais... Talvez o mais
significativo seja que o manual declara ... a manipulação da coluna
oferece tanto o alívio da dor como a melhora funcional." (Micozzi,
1998, 65)
Shekelle e cols. (1992): Médicos e quiropraxistas da
Corporação RAND, Escolas de Medicina e Saúde Pública da Universidade
de Los Angeles e de outras organizações de pesquisa conduziram uma
revisão da literatura de 25 estudos clínicos controlados, bem como
uma meta-análise de nove estudos, versando sobre o tratamento
quiroprático em casos de lombalgia. A revisão foi publicada no
Annals of Internal Medicine e concluiu, "a manipulação da coluna
acelera a recuperação da dor aguda e sem complicações na coluna
lombar".
Lombalgia Crônica
Van Tulder, Koes e Bouter (1997), pesquisadores holandeses
financiados pelo Conselho Holandês para Seguros de Saúde, coletaram
e avaliaram evidências de 48 estudos clínicos randomizados e
controlados, conduzidos internacionalmente, sobre o tratamento de
lombalgia aguda e crônica.
Lombalgia em Geral
Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente
à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O
autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia
manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar".
Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e
mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento da lombalgia,
quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o
tratamento médico em geral" .
Em um estudo apresentado em 1992, Anderson e cols.,
conduziram uma meta-análise de 23 casos clínicos controlados e
randomizados, em relação à eficácia da manipulação no tratamento de
dores na coluna. Os pesquisadores observaram "uma forte e
consistente tendência de a manipulação da coluna produzir melhores
resultados, do que qualquer outra forma de tratamento ao qual foi
comparada". Em 86% dos resultados, a manipulação da coluna foi mais
eficaz do que qualquer outro tratamento.
Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontario, o
autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o
tratamento mais eficaz para as lombalgias e que a manipulação da
coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da
coluna lombar".
· Após a realização de um estudo em 1993, os pesquisadores Cassidy,
Thiel e Kirkaldy-Willis, da Clínica de Dor da Coluna da Universidade
Real de Saskatchewan, concluíram que "o tratamento da hérnia de
disco intervertebral lombar, através de manipulação em postura
lateral, é ao mesmo tempo seguro e eficaz" (Cassidy e cols., 1993).
Um estudo conduzido pelo médico T.W. Meade, publicado no
British Medical Journal, concluiu, após dois anos de acompanhamento
dos pacientes, que "para pacientes com dor na coluna lombar, para os
quais não haja contra-indicação quanto à manipulação, a quiropraxia
praticamente garante benefícios compensadores e de longa duração, em
comparação aos tratamentos hospitalares ambulatoriais oferecidos a
pacientes" (Meade, 1990).
Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de
compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi
conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a
Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pacientes
com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de
médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver
lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido
e, portanto, demandando compensação) e também menor chance de
hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais
eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento
quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao paciente, no início do
quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos,
permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e
Steve, 1988).
Cervicalgia
Hurwitz e cols. (1996), médico, e quiropraxistas da
Corporação RAND e de várias outras instituições acadêmicas,
realizaram uma revisão de literatura sobre tratamentos para dor
cervical. Os autores concluíram que a manipulação é mais eficaz do
que a mobilização ou fisioterapia no tratamento de alguns casos de
dor cervical subaguda ou crônica e perceberam que "todos os três
tratamentos são provavelmente superiores ao tratamento médico".
Médicos e outros profissionais holandeses conduziram dois
estudos clínicos randomizados, comparando os resultados de vários
tratamentos para dor crônica da coluna. Um grupo submetido à
manipulação da coluna foi comparado a grupos que receberam
fisioterapia, tratamento realizado por um clínico geral ou placebo.
Os autores encontraram melhora maior e mais rápida nos grupos que
receberam manipulação da coluna (Koes e cols., 1992; Koes e cols.,
1992a).
Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e
Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a
mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e
Wadell ( 1997) concluíram que "pacientes apresentando queixas de dor
lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como
um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências
funcionais".
Cefaléia
Um estudo clínico randomizado e controlado, de autoria de
médicos e quiropraxistas dinamarqueses, concluiu que a manipulação
tem um "efeito positivo significativo" sobre a intensidade e duração
de dores de cabeça de origem cervical, quando comparada com terapias
manuais de tecidos moles (Nilsson, Christenses e Hartrigsen, 1997).
Boline e cols. (1995) conduziram um estudo randomizado,
comparando a manipulação da coluna com medicação para dor (amitriptilina)
no tratamento de cefaléia tensional. Os autores concluíram que os
analgésicos têm eficácia de curta duração, e apresentam efeitos
colaterais, enquanto "quatro semanas após a conclusão da
intervenção, o grupo que sofreu manipulação da coluna demonstrou
redução de 32% na intensidade da dor de cabeça, 42% na freqüência da
dor de cabeça, 30% no uso de medicamentos simples, e 16% de melhora
funcional da saúde, como um todo. O grupo que recebeu a terapia por
amitriptilina não demonstrou melhora alguma, tendo apresentado,
inclusive, uma piora sutil."
Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta
anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta
entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da
medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo
causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical.
Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de
dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele
pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a
dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via
conexão entre músculos e a dura-máter".
Em 1998, Mitchell, Humphreys e O' Sullivan descreveram
ligamentos do pescoço, conectados à base do crânio, nunca antes
relatados. Essa descoberta tem implicações para a terapia manual no
tratamento de dores de cabeça cervicogênicas, causadas por
ligamentos danificados, principalmente em casos de traumas
cervicais.
Síndrome do Túnel do Carpo
Davis e cols. (1981) compararam o tratamento quiroprático na
Síndrome do Túnel do Carpo ao tratamento médico não cirúrgico. O
grupo quiroprático usou manipulação, ultra-som e suportes para o
punho, enquanto o grupo tratado por médicos usou suportes para o
punho e antiinflamatórios. Ambos os grupos tratados obtiveram
melhora significativa. Os autores observaram que a quiropraxia
representa uma alternativa de tratamento conservador para a síndrome
do túnel do carpo, especialmente para pacientes "que não têm
tolerância a antiinflamatórios".
Fibromialgia
Blunt, Rajwani e Guerriero (1997) concluíram que o tratamento
quiroprático de fibromialgia resultou em melhora clinicamente
significativa nos níveis de flexibilidade e de dor. Os autores
recomendaram que o tratamento quiroprático fosse incluído nas formas
de tratamento multidisciplinar para a fibromialgia.
Cólica Infantil
Klougart, Nilsson e Jacobsen (1989) publicaram um estudo
prospectivo, feito em 316 crianças com cólica infantil. Os autores
observaram que 94% das crianças apresentaram melhora aparente com
tratamento quiroprático "em 14 dias após o início do tratamento". As
crianças incluídas no estudo tinham cólica infantil de intensidade
moderada a severa, sem outros problemas de saúde. Quando constatada
a cólica, a média de idade dessas crianças era de duas semanas,
enquanto que o início do tratamento ocorria quando elas apresentavam
5,7 semanas de idade.
Os autores concluíram que o tratamento quiroprático resultou
"tanto na redução da duração diária do período de cólica como na
diminuição do número de períodos de cólica por dia". Devido ao fato
de a recuperação ter iniciado entre 5,7 e 7,7 semanas de idade, os
autores acreditam que isso forneceu evidência substancial de que a
melhora não poderia ser atribuída somente à "cessação natural de
sintomas de cólica".
Em um estudo de 1999, semelhante ao estudo sobre cólica de
1989 citado acima, Wiverg, Nordsteen e Nilsson concluíram que "a
manipulação da coluna tem um efeito positivo de curto prazo sobre a
cólica infantil". Os pesquisadores separaram aleatoriamente em dois
grupos crianças que apresentavam sintomas de cólica infantil, mas
sem outros problemas de saúde. As crianças de um grupo foram
submetidas a tratamento quiroprático, enquanto as crianças do outro
grupo foram submetidas a tratamento com o medicamento dimeticona,
comumente utilizado no tratamento de cólicas infantis. O tratamento
durou duas semanas em ambos os grupos. Os pais mantiveram um diário
dos sintomas e do comportamento antes e durante o teste, para
estabelecer dados que serviriam de base para o teste. As crianças no
grupo submetido à quiropraxia exibiram "uma redução de 67% no número
de horas com cólica, no 12° dia, o que se mostrou quase idêntico aos
resultados do primeiro estudo. O grupo que estava recebendo
dimeticona somente teve uma redução de 38%, a partir do 12° dia.
No grupo
que estava usando dimeticona, vários pacientes tiveram de abandonar
o teste, em decorrência da piora dos sintomas. Esses pacientes e os
dados a eles correspondentes foram excluídos dos resultados, gerando
um efeito estatístico global melhor para o grupo usuário de
dimeticona, em relação ao que de fato ocorreu. Mesmo assim, os
pacientes tratados com quiropraxia ainda exibiram melhora duas vezes
maior no final dos testes, quando comparados ao grupo que recebeu
dimeticona.
Os autores perceberam que "a manipulação da coluna é
normalmente usada no tratamento de desordens músculo-esqueléticas,
no entanto, os resultados desse teste deixam em aberto duas
interpretações possíveis. Ou a manipulação da coluna é eficaz no
tratamento de cólica infantil devida à alteração visceral, ou a
cólica infantil é, de fato, uma desordem músculo-esquelética e não
visceral, como normalmente se supõe".
Reabilitação Física
Em um artigo, comentado por respeitados pesquisadores que
empregam a manipulação na reabilitação da coluna lombar, Triano,
Mcgregor e Skogsbergh (1997) declaram que "o alívio de sintomas e a
melhora de flexibilidade obtidos através do tratamento quiroprático
a tornam uma ferramenta valorosa, "ajudando e aliviando pacientes
que passam por necessários programas de reabilitação. De acordo com
os autores, não somente o tratamento quiroprático pode aliviar
sintomas que obrigam os pacientes a interromper a terapia, mas
também devolve a eles confiança para se movimentar, impedindo a
cronificação do processo e encorajando-os a continuar a
reabilitação.
Evidência de Eficácia Comprovada nos Tribunais
A validação do tratamento quiroprático, através de evidências
apresentadas no sistema legal, desenvolveu-se a partir de uma ação
antimonopólio apresentada por quatro quiropraxistas contra a
Associação Médica Americana (AMA) e outras organizações ligadas à
saúde nos Estados Unidos (Wilk e cols., V AMA e cols., 1990).
Após 11 anos de litígio, um juiz de uma corte de apelação
federal manteve o julgamento de um tribunal distrital americano, que
estabelecia que a AMA havia promovido um boicote, visando restringir
a cooperação entre médicos e quiropraxistas, com a intenção de
eliminar a quiropraxia como uma profissão competidora no sistema de
saúde americano.
O
juiz do tribunal distrital americano rejeitou a defesa da AMA sobre
tratamento de pacientes e citou estudos específicos, que demonstram
que "quiropraxistas são duas vezes mais eficazes do que médicos e
fisioterapeutas, no tratamento e alívio de problemas neuromecânicos"
("Resposta da Suprema Corte ao Processo de Quiropraxistas, 1990
Chiropractors File Supreme Court Response, 1990"). O tribunal
determinou que o tratamento quiroprático é terapêutico, baseado em
evidências de que os quiropraxistas são particularmente eficientes
em aliviar síndromes de dores severas e crônicas (de longa duração),
além de dores de cabeça e problemas de estresse e tensão associados
à gravidez.
A Relação Custo-Benefício do Tratamento Quiroprático
Para alguns problemas de saúde, a evidência da boa relação
custo-benefício da quiropraxia é dúbia. Porém, a maioria dos estudos
sobre o custo-benefício claramente indica que a quiropraxia
apresenta melhor relação de custo-benefício do que outras opções de
tratamento. Algumas discrepâncias naturalmente surgem, devido às
várias estratégias utilizadas por pesquisadores na avaliação dos
custos. Novas tendências de tratamento gerenciado e protocolos
baseados em resultados servirão como estímulo para maiores estudos
nesta área.
Mosley, Cohen e Arnold ( 1996) concluíram que para pacientes
que tiveram dores lombares ou cervicais, "o tratamento quiroprático
foi substancialmente mais eficaz do que o tratamento convencional" .
Stano e Smith ( 1996) concluíram que "para ambos, pagamentos totais
de pacientes em geral e pagamentos totais de pacientes externos, a
média de custo dos primeiros atendimentos quiropráticos (US$ 518,00
e US$ 477,00, respectivamente) é significativamente mais baixa do
que os atendimentos médicos (US$ 1.020,00 e US$ 598,00), sendo que
grande parte da diferença em custos totais é devida a custos com
pacientes internados" .
Um estudo anterior de comparação de custos elaborado por
Stano (1993) envolveu 395.641 pacientes com problemas
neuro-músculo-esqueléticos. Resultados baseados em um período de
dois anos mostraram que os pacientes que receberam tratamento
quiroprático incorreram em custos significativamente mais baixos
para o tratamento de saúde do que os pacientes tratados somente por
médicos ou osteopatas.
Em um estudo de 1998, Manga e Angus aconselharam
veementemente o governo da província de Ontário, no Canadá, a
facilitar o pagamento de tratamento quiroprático pelo governo, o que
permitiria um tratamento rápido e adequado para a população que mais
necessita desses tratamentos, mas que tem menor poder aquisitivo:
pacientes idosos e de baixa renda. Uma vez melhorado pelo governo o
acesso público ao tratamento quiroprático, "a economia direta em
benefício do sistema de saúde de Ontário pode chegar até mesmo a US$
770 milhões, com grande probabilidade de atingir o número de US$ 548
milhões, ou no mínimo uma economia de US$ 380 milhões. A economia
correspondente em custos indiretos - calculada a partir de períodos
curtos e longos de inatividade - é de US$ 3,775 bilhões, US$ 1,849
bilhão e US$ 1,225 bilhão".
Em um estudo feito na Austrália sobre dispensas de trabalho
causadas por dor nas costas, Ebral (1992) concluiu que o número de
casos tratados por quiropraxistas que necessitavam de dispensa no
trabalho era igual à metade dos casos tratados por médicos. A
probabilidade de uma dispensa do trabalho atingir 90 dias ou o
estado crônico chegou a ser três vezes mais provável com o
tratamento médico do que com a quiropraxia.
Um relatório de 1992, baseado em dados de mais de 2 milhões
de pacientes de quiropraxia nos Estados Unidos, relatou no Journal
of American Health Policy que "pacientes de quiropraxia tendem a ter
custos totais substancialmente mais baixos em tratamentos de saúde,"
e que "o tratamento quiroprático reduz tanto o uso do serviço médico
quanto o tratamento hospitalar" (Stano, Ehrhart e Allenburg 1992).
Satisfação do Paciente com o Tratamento Quiroprático
Um estudo de 1998 relatou que a quiropraxia é o tratamento
não médico mais freqüentemente usado e proporciona alta satisfação
aos seus usuários: "Praticamente todos os pacientes tratados por um
quiropraxista declaram-se satisfeitos com o seu tratamento; três
quartos (73%) declaram-se 'muito satisfeitos' e 23% declaram-se
'razoavelmente satisfeitos"' (Landmark, 1998).
Um estudo publicado no Western Journal of Medicine,
comparando pacientes tratados por quiropraxistas e por médicos de
família concluiu que os pacientes sob tratamento médico apresentavam
uma taxa maior de dias de impedimento de trabalho (média 39,7) do
que pacientes tratados por quiropraxistas (média 10,8). Os autores
determinaram que "pacientes sob cuidados de quiropraxistas estavam
'muito satisfeitos' com o tratamento que recebiam para dor na coluna
lombar e constituíam um percentual três vezes maior do que o número
de pacientes de médicos de família (66% para 22%)" (Cherkin e
MacCornack, 1989).
No Canadá, Manga e cols. (1993) relataram a satisfação do
público com o tratamento quiroprático: "Pacientes de quiropraxistas
apresentam grande satisfação com o tratamento recebido para dores na
coluna... Todas as categorias da amostragem pesquisada consideraram
que os quiropraxistas são mais atenciosos e cuidadosos, mais
acessíveis, convenientes e disponíveis; com muito menor emprego de
terapia à base de drogas e com menos probabilidade de criar novos
problemas ou piorar problemas antigos" .
Trabalhos Citados:
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