"Nas corridas de automóvel, os capacetes de protecção passaram rapidamente a ter, além da sua função principal, a missão de ser a marca dos pilotos. No meu caso, por exemplo, a gota vermelha, que até hoje e cada vez mais é a minha marca, na verdade nasceu laranja e bem mais fininha. A sua "moldura", que serpenteia todo o capacete, hoje também vermelha com frisos pretos, veio ao mundo preta com frisos laranja. A primeira coisa a se transformar foi o laranja em vermelho. Um dia fui comprar um tinta em spray e, como a cor laranja estava em falta, eu, impaciente, levei a vermelha mesmo.
Depois, já correndo na Fórmula 3, na Europa, fui pintar o capacete uma noite e, entre cansado e distraído, troquei o preto pelo vermelho na "moldura". Por sorte, daí em diante passei a recorrer aos profissionais da área (Sid Mosca).
Não consigo imaginar o que teria acontecido e a quantas andaria a minha decoração se tivesse continuado, eu mesmo, a cuidar dessa parte."

Excerto da entrevista de Wilton Sturm a Sid Mosca: www.infocoesportes.com.br

No caso do capacete de Nélson Piquet a coisa foi mais difícil: "Ah, toda vez que eu sugeria alguma coisa, o Nélson sempre preferia deixar tudo do jeito que estava...".
O máximo que Sid conseguiu foi incluir um filete branco, separando o fino contorno preto que envolve a cor vermelha.
Sobre o desenho, Piquet recebeu um elogio... "Veja que idéia criativa do Nélson!! A gota é o símbolo da perfeição aerodinâmica!!"
E completou:
Sid- "E o contorno das gotas, você sabe de onde veio?"
Wilton- Não...
Sid- "Que esporte ele praticava??"
Wilton- Tênis!!
Sid- "Imagine a costura da bola de tênis!! É exatamente o contorno das gotas!!"
O Fórmula Vê de Nélson Piquet também passou por suas mãos...
"O Nélson sempre aparecia aqui com bico de carro diferente, que ele mesmo inventava, para eu pintar".

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