CULTURA

Durante a antigüidade, a cultura egípcia era o conjunto de manifestações culturais desenvolvidas no Antigo Egito.

Arquitetura

Além das pirâmides, mastabas, hipogeus e dos grandes templos, a arte egípcia manifestou-se também nos palácios, nas grandiosas colunas e obeliscos, nas esfinges, na estatuária e na decoração em baixo-relevo.

* Mastabas: As mastabas eram túmulos recobertos com lajes de pedra ou de tijolo especial. Tinham uma capela, a câmara do morto e outros compartimentos.

* Hipogeus: Túmulos escavados nas rochas, próximo às barrancas do Nilo. O hipogeu mais famoso foi Tutancâmon, situado no Vale dos Reis.

* Esfinge: As esfinges eram as guardiãs dos templos e das pirâmides. A esfinge diante da pirâmide de Quéfren tem cabeça de gente e corpo de leão.

* Obelisco: Monumento feito de uma só pedra em forma de agulha para marcar algum fato ou realização. Representa também um raio do Deus Sol.

Pirâmides

Nas pirâmides reais, havia corredores secretos, galerias, câmaras, portas e passagens falsas para enganar ladrões, cripta, corredores de ventilação e a câmara do rei.

Nas pirâmides reais, havia corredores secretos, galerias, câmaras, portas e passagens falsas para enganar ladrões, cripta, corredores de ventilação e a câmara do rei.

No antigo Egito foram construídas centenas de pirâmides. As três grandes estão incluídas entre as Sete Maravilhas do Mundo antigo. Até hoje as pirâmides oferecem alguns mistérios para a nossa mente. Assim a moderna engenharia não conseguiu ainda explicar como foi, naquela época, conseguiu-se trazer blocos de pedras de 2 a 10 ou mais toneladas vindas de longe até o deserto onde se encontram as pirâmides. Mais complicado ainda se torna explicar como conseguiram carregar pedras sobre pedras até uma altura de 146 metros (a altura da grande pirâmide de Quéops). Outro segredo é explicar porquê as pirâmides foram construídas tendo seus lados rigorosamente voltados para os quatro pontos cardeais. Atualmente, milhares de pessoas no mundo inteiro acreditam num misterioso poder de concentração de energia e conservação dentro das pirâmides. Assim, não se estragariam determinadas coisas perecíveis que fossem colocadas no seu interior, na posição ocupada pela câmara do rei.

Para isso, com auxílio de uma bússola, é preciso orientar as bases de uma pirâmide na posição dos pontos cardeais. Acredita-se, também, em curas ou melhoras de saúde através do uso de uma pirâmide de cor azul (frequencia de cor com propriedades curativas) para isso, a pirâmide usada deve ter o mesmo ângulo da construção da pirâmide original, localizada no Egito e durante a aplicação no local doente, ela deve estar voltada para o norte geografico.

Templos

Os templos egípcios não eram como as igrejas de hoje. Eram grandiosos, de dimensões enormes, com um portão imponente e amplos pátios abertos. Eram sustentados por gigantescas colunas. Ao fundo ficava a estátua do deus local e nas laterais um pequeno número de outros deuses. Nas fachadas, estátuas colossais dos faraós que mandaram construir os templos. No interior dos templos viviam numerosos sacerdotes, com cabeça raspada e vestidos com um túnica.

Do antigo Egito sobraram as ruínas de dois grandiosos templos, os de Lúxor e Karnak.

As ciências

Os antigos egípcios não foram tão grandes cientistas como arquitetos. Nas ciências, desenvolveram a matemática, a astronomia, a medicina e a engenharia. Dividiram o ano em 365, com 12 meses com 30 dias e três semanas com dez dias. Utilizavam relógios solares, estelares e relógios d'água para medidias cronológicas.

Na matemática, desenvolveram muito a geometria, devido à necessidades de medir as terras rurais e erguer as grandes construções. Na medicina, possuiam médicos especializados em várias doenças e faziam cirurgias, utilizando inclusive um tipo de anestésico. Todavia, a medicina egípcia, como na antigüidade em geral, era a mais magia do que ciência, pois sempre vinha acompanha de rituais mágicos e invocações aos deuses.

Foram especialistas no processo de fazer a mumificação corpos através de recursos de embalsamento que conservavam inúmeros corpos até hoje. Heródoto, que era um historiador grego muito famoso, nos conta como era feita mumificação:

"Tiram-lhe primeiro o cérebro, com ferro recurvado, que introduzem nas narinas e com o auxílio de drogas, que injetam na cabeça. Fazem em seguida uma incisão no ventre, com uma pedra cortante da Etiópia. Tiram por esta abertura os intestinos, que são lavados, passados por vinho de palma e por aromas, enchem, seguidamente, o ventre de mirra (resina de uma árvore utilizada como incenso ou perfume), canela e outros perfumes, depois o costuram cuidadosamente. Terminado isto, salgam o corpo e cobrem-no de natrão (carbonato de sódio natural) durante setenta dias. Acabado este prazo, lavam o corpo e o envolvem inteiramente em faixas de linho". Depois colocavam o corpo no sarcófago. Os pobres possuíam processos de mumificação muito mais simples.

Língua e literaturas

Os egípcios foram um dos primeiros povos do mundo a utilizar a escrita. Desenvolveram três variedades de alfabeto:

* o alfabeto hieróglifo, considerada escrita sagrada;

* o alfabeto hierático, mas simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;

* o alfabeto demótico, um tipo de escrita popular, adotado pelas classes mais pobres da sociedad egípcia.

Os egípcios escreviam principalmente numa planta denominada papiro, encontrada em abundância às margens do rio Nilo. O miolo do papiro era cortado e as partes eram ligadas umas com as outras e depois prensadas, formando assim rolos que inclusive eram exportados para os povos vizinhos.

Os egípcios deixaram vários livros escritos, a maioria de temas ligados à religião, como o famoso Livro dos mortos.

Música

Pelos documentos encontrados, como fragmentos de músicas e instrumentos, a música teria iniciado na Mesopotâmia e no Egito antigo. De fato, em 1950 os arqueólogos encontraram uma canção de origem assíria datando de 4000 a.C., gravada numa tabuleta de argila.

Os egípcios usavam muito a música em todas as ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamentos, festas, canções de guerra, de vitória, ou para expressar sentimentos de melancolia e de luto. Tocavam lira, cítara, oboé, címbalo, harpa e instrumentos com caixa de ressonância. Era comum as mulheres ricas serem excelentes cantoras. Junto com a música, desenvolveu-se a dança e a coreografia, Os mesopotâmios e os egípcios já conseguiam escrever a música de sinais próprios para a sua execução pública.

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