O conhecimento da hematologia normal desses animais é essensial para o esclarecimento do seu estado de saúde. Valores normais determinados por pesquisadores em diferentes laboratórios podem variar significativamente. Muitos fatores influenciam a composição do sangue extraído.
Esses fatores incluen-se: extração de sangue capilar x sangue de vasos largos ou do coração, espécie, raça, idade, sexo, anestesia (contenção química), nutrição, condições ambientais, estado fisiológico e estado de excitação do animal.
CONTENÇÃO DAS AVES
Existem diversas técnicas para a colheita de sangue de aves, sendo de fundamental importância ressaltar que a técnica selecionada deve ser segura, tanto para pacientes quanto para o médico veterinário e sua equipe. Assim, para que se possa colher material , o paciente deve ser adequadamente contido, reduzindo desse modo os riscos, tanto para sua própria integridade, quanto para o pessoal envolvido no trabalho.
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Contenção inicial no viveiro |
Retirada do viveiro |
Muitas aves podem ser contidas com segurança por meios físicos, sendo comum a contenção manual para a realização de diversos procedimentos, dentre eles a obtenção de sangue para exames hematológicos. É importante frisar que as aves não apresentam diafragma e seus movimentos respiratórios são basicamente realizados pela musculatura peitoral (inspiração e expiração). Caso o toráx do animal seja comprimido durante a contenção física, o paciente morrerá por asfixia.
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Contenção sobre uma mesa
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Forma correta de segurar a ave
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Cuidado com o torax |
COLETA DE SANGUE
De maneira geral, a conduta mais empregada para a colheita de sangue em aves de grande porte é a partir da punção venosa das veias ulnares, metatarseanas mediais ou jugulares; observando o cuidado para não haver formação de grandes hematomas subcultâneos, flebites ou hemorragias. A pressão digital firme sobre o ponto de penetração da agulha, tanto durante a cohleita como 20 a 30 segundos após a retirada da agulha previne o extravasamento de sangue.
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Exposição da asa |
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Locais de punção venosa |
A conduta mais empregada para a colheita de sangue em filhotes e aves muito jovens (pequeno porte) é o corte de uma das unhas, sendo por vezes possível visualizar o trajeto do vaso . Preferencialmente, corta-se a unha do dedo mais longo de um dos membros pélvicos, com tesoura ou alicate para unhas.
O corte deve ser feito sempre no sentido antero-posterior, pois um corte no sentido lateral da unha comprime os vasos e resulta em volume insufuciente de sangue.
Em virtude da integridade dos pacientes, deve-se estar atento ao volume de sangue que pode ser coletado. Sempre coletar no máximo o euivalente a 1% do peso vivo. A punção cardiaca deve, se possível, ser evitada pois os riscos de tampoinamento cardiaco são altos o suficientes para evitar essa técnica em animais de parques, zoológicos, reservas ou criadouros de vida selvagem.
Os médicos veterinários , estudantes e outros profissionais envolvidos com essa grande área da medicina veterinária , estão acustumados a atender várias aves que estão em estado de saúde precário , provenintes de maus tratos e da falta de condições ambientais adequadas ao seu desenvolvimento , originados pelo tráfico e contrabando praticado no Brasil , de espécies silvestres por pessoas que visam exclusivamente o lucro e esquecem do bem estar do animal .
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* COLABORACÃO TÉCNICA E FOTOS
Eduardo de Oliveira Costa Neto
Aluno de Graduação em Medicina Veterinária - UFRPE
Autor das fotos da seção: Hematologia de Aves Silvestres
HEMATOLOGIA VETERINÁRIA ON LINE ATLAS VIRTUAL
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