|
Técnicas Laboratoriais
PRINCIPAIS TÉCNICAS LABORATORIAIS REALIZADAS NO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA - UFRPE
1. Determinação do número de hemácias /microlitro de sangue
A) Técnica do tubo de ensaio
Colocar 4 ml do diluente em tubo de ensaio
Homogeneizar a amostra
Com uma pipeta automática, aspirar 20 ml de sangue
Limpar o sangue na parte externa da pipeta
Adicionar o sangue ao diluente (diluição de 1:200)
Homogeneizar a solução
Preencher a câmara de Neubauer
Lavar ao microscopio optico, em aumento de 400x
Contar 5/25 quadrados do quadradro central da camara
O total encontrado nos cinco quadrados deve ser multiplicado por 10.000
(Segundo Jain, 1993)
B) Técnica da pipeta de Thoma para glóbulos vermelhos
Homogeneizar a amostra
Aspirar o sangue até a marca 0,5 da pipeta de Thoma
Limpar o sangue na parte externa da pipeta
Completar com o diluente de Gower até a marca 101, obtendo-se uma diluição de 1:200
Homogeneizar a solução
Desprezar as três primeiras gotas
Preencher a câmara de Neubauer e deixa-la em repouso por alguns minutos
Levar ao microscópio óptico, em aumento de 400x
Contar 5/25 quadrados do quadrado central da câmara
O total encontrado nos cinco quadrados deve ser multiplicado por 10.000
(Segundo Jain, 1993)
2. Determinação do Volume Globular ou Hematócrito
Homogeneizar a amostra
Preencher um tubo capilar em aproximadamente 2/3 do seu comprimento com sangue
Limpar a parte externa do tubo capilar
Fechar a extremidade do lado oposto ao da entrada do sangue com a massa acrílica
Colocar na microcentrífuga a parte com a massa virada para a borracha
Centrifugar a 10.000 rpm por 5 minutos para carnívoros, eqüinos e durante 10 minutos para ruminantes, exceto caprinos que são necessários 15 minutos
Realizar a leitura do cartão, sendo o resultado expresso em percentagem (%)
(Segundo Schalm, 1974)
3. Determinação da Hemoglobina
(Técnica com o reagente de Cianometahemoglobina)
Homogeneizar a amostra
Identificar tres tubosde ensaio com P (padrão), T (teste) e B (branco)
Adicionar 5 ml de diluente em cada tubo
Adicionar 20 ml de sangue notubo T e homogeneizar bem
Adicionar 20 ml do padrão (kit comercial no tubo P e homogeneizar bem
Deixar em repouso por 5 minutos
Limpar o tubo que será utilizado no fotocolorímetro com uma gaze
Zerar o aparelho com o branco
Efetuar a leitura em filtro de 540 mm, em absorbância
O valor do padrão é obtido dividindo-se por 10, pela sua leitura
O valor do teste é obtido multiplicando-se o valor do padrão pela leitura do teste
O resultado é dado em gramas por decilitro (g/dl)
(Segundo Coles, 1984)
4. Determinação do número total de leucócitos/ ml de sangue
A) Técnica do tubo de ensaio
Colocar 0,4 ml do diluente em tubo de ensaio
Homogeneizar a amostra
Com uma pipeta automática, aspirar 20 ml de sangue
Limpar o sangue na parte externa da pipeta
Adicionar o sangue ao diluente (diluição de 1:20)
Homogeneizar a solução
Preencher a câmara de Neubauer
Lavar ao microscópio óptico, em aumento de 100x
Contar os quatro quadrados grandes da câmara
O total encontrado nos quatro quadrados deve ser multiplicado por 52,5
Expressar o resultado como total de leucócitos/ml ou mm3
B) Técnica da pipeta de Thoma para Glóbulos Brancos
Homogeneizar a amostra
Aspirar o sangue até a marca 0,5 da pipeta de Thoma
Limpar o sangue na parte externa da pipeta
Completar com o diluente de Turk até a marca 11, obtendo-se uma diluição de 1:20
Homogeneizar a solução
Desprezar as três primeiras gotas
Preencher a câmara de Neubauer e deixa-la em repouso por alguns minutos
Levar ao microscópio óptico, em aumento de 100x
Contar os quatro quadrados grandes da câmara
O total encontrado nos quatro quadrados grandes deve ser multiplicado por 50
(segundo Jain, 1993)
5. Contagem diferencial de leucócitos
(Técnica para confecção do esfregaço sangüíneo)
Limpar bem a lamina para desengordurar
Homogeneizar a amostra
Colocar uma gota de sangue próxima a uma das extremidades da lamina e com outra lamina ou lamínula (como extensora), encostar na frente da gota e quando esta espalhar, arrastá-la para frente com um movimento rápido e homogêneo
angulo entre a lamínula e a extensora deve ser de aproximadamente 45°
Secar a lamina ao ar, imediatamente após a sua confecção
Identificar a lamina com o nome do animal ou o numero da ficha
Corar a lamina, iniciando do mais claro (álcool) para o mais escuro, deixando aproximadamente 10 segundos nos tres corantes do panótico
Retirar sempre o excesso entre um corante e outro e lavar em água corrente após o ultimo corante
Depois de seco, observar o esfregaço em microscópio óptico, a principio, em aumento de 400x para avaliação inicial da distribuição celular sucedido do reconhecimento, contagem e avaliação citomorfológica, feitos em aumento de 1000x (objetiva de imersão)
(segundo Matos & Matos, 1995)
6. Contagem de plaquetas
A) Contagem direta
Homogeneizar a amostra
Aspirar o sangue até a marca 0,5 da pipeta de Thoma
Limpar o sangue na parte externa da pipeta
Completar com o diluente de Gower até a marca 101, obtendo-se uma diluição de 1:200
Homogeneizar a solução
Desprezar as três primeiras gotas
Preencher a câmara de Neubauer e deixa-la em repouso por 20 minutos em câmara úmida (placa de Petri com algodão embebido em água)
Levar ao microscópio óptico, em aumento de 400x
Contar 25 quadrados centrais do dois lados da câmara
O total encontrado nos 25 quadrados deve ser multiplicado por 1.000
(Segundo Jain, 1993)
B) Contagem Indireta
Homogeneizar a amostra
Fazer o esfregaço sangüíneo
Observar em objetiva de imersão (aumento de 1000x)
Contar o número de plaquetas em 5 campos, com aproximadamente 100 hemácias cada
Multiplicar o total de plaquetas pelo número de hemácias
(Segundo Coles, 1984)
7. Urinálise
Observar a coloração, odor, aspecto e volume
Colocar 10 ml da amostra no tubo cônico e mergulhar a fita reativa na amostra
Retirar o excesso da urina da fita (inclinado-a lateralmente em um papel tendo-se o cuidado para que um resultado não seja interferido pôr outro)
Anotar os resultados pertinentes (glicose, proteína, billirrubina, urobilinogenio, cetona, sangue, Ph e nitrito)
Colocar o tubo com amostra para centrifugar pôr 5 minutos a 1.500 rpm, para realização da sedimentoscopia
· sobrenadante é desprezado deixando-se 0,5 ml do sedimento e este é colocado entre lamina e lamínula
Observa-se em microscopio optico em aumento de 400x se apresenta leucocitos, eritrocitos, celulas epiuteliais, cilindros, bactérias, leveduras e fungos, cristais, espermatozoides. É importante mover o condensador para baixo
Para verificação da densidade, coloca-se uma gota da amostra no refratômetro, observando-se a escala do lado direito
(Segundo Matos & Matos, 1995)
8. Determinação da proteína plasmática total (PPT) e do fibrinogênio
Homogeneizar a amostra
Preencher um tubo capilar em aproximadamente 2/3 do seu comprimento com sangue
Limpar a parte externa do tubo capilar
Fechar a extremidade do lado oposto ao da entrada do sangue com a massa acrílica
Colocar na microcentrífuga a parte com a massa virada para a borracha
Centrifugar a 10.000 rpm por 5 minutos para carnívoros, eqüinos e durante 10 minutos para ruminantes, exceto caprinos que são necessários 15 minutos
Calibrar o refratômetro com agua destilada (o inicio da faixa azul deve estar no W), secar a plataforma
Apos a centrifugação, com o tubo é realizada a dosagem do VG e da PPT, onde o tubo é quebrado acima da coluna de leucocitos e o plasma é colocado no refratômetro, previamente calibrado, fazendo-se então a leitura (ponto onde a linha azul se inicia na escala e é expresso em g/dl)
O segundo tubo é levado ao banho maria a 56 ºC pôr tres minutos, para a coagulação do fibrinogênio, sendo centrifugado novamente pôr mais três minutos para que ocorra a precipitação do fibrinogênio
A diferença entre a primeira leitura (PPT) e a Segunda (proteina sem fibrinogênio) é multiplicado pôr 1000 é o valor do fibrinogênio dado em mg/dl
HEMATOLOGIA VETERINÁRIA ON LINE ATLAS VIRTUAL
|
|
|
|
|