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Cuiab�
Atualiza��es

Vocabulário cuiabano

O linguajar cuiabano � rico em palavras exc�ntricas e exclusivas � regi�o, desenvolvidas pelo povo das regi�es urbana e rural. Os �ndios, camponeses e at� povo da cidade contribuiram, ao longo de quase tr�s s�culos, para a forma��o da etnia local que inclui, al�m dos costumes, tradi��es e pratos at� o vocabul�rio que, para muitos � engra�ado, mas � amplamente respeitado como for�a da cultura local.

Agora, de qu�!: Ora, que � isto?
Agora, de que ser�?: N�o pode ser!

Sou cuiabano de chapa e cruz: autentico - "Sou cuiabano de chapa e cruz!"

"Eu fazia as car�a e ele fazia os palit�"

"...Eu tava dem�s de apurado com umas encomenda, n�?"

"Eu inda v� cort� todo esses cano de drenage de �gua certinho, tudo de doze cent�metros, sabe?"

"As gurizada � que acudio os tro�o"

"As fiarada dele ajud�, tudo pedo os pexe e sa�ro"

"A �gua t� polu�da. Esses povo s� fica falano a� que o rio t� cabano, ningu�m toma provid�ncia."

"Diz que � b�o porque a pessoa num tem doen�a nenhum, � sadio."

"O quar cigarro nenhum, se fosse assim num era s�o, n�?" (Mulher)

"Eu fiquei dem�s de fraco por and�."(Mulher)

"Eu t� injuado de fic� esperanu."(Mulher)

"E n�is fizemo n�? Todas nossa obriga��o."

"Briga, r�inha a gente, c� fala coela e ela, ahhh..."

"...Eu n�o tinha condi��es de fic� co essas crian�a. Arranj� uma casinha, mont� mobilha, essas coisa toda"

"Aquerma! Hora que c� f� imbora c� leva esse pano aqui pra mam�e!"

"- Ei, anz�r de prego!" - Termo usado de um pescador pra outro quando perde o peixe

"O pexe quante t� assanhado, t� divinhano �gua, o rio ench� ou vaz�, divinha a infru�ncia d'�gua."

FONTE: A linguagem dos pescadores de MT, estudo ling�istico - etnogr�fico, Alzira de Oliveira, Departamento de Letras PUC/RJ - Mestrado - Rio de Janeiro, Dezembro 1980, 236 p�ginas

A
Arrumado: Posti�o - "Ele tem um dente arrumado"

Assuntar: Ver

Agora, de qu�!: Ora, que � isto?

Agora, de que ser�?: N�o pode ser!

Agora!: Mas

An si: Assim

C
Comer �gua: Embriagar-se

Cepo: Grande, crescido

Camarinha: Quarto de Dormir

Curtido: Sem vergonha, sabido, esperto

Cordeiro: Pessoa que gosta de contar vantagem, ser metida - "S� porque ganhou uma bicicleta vai ficar todo cordeiro."

Cortar: coalhar - "O leite cortou, viu"

Chinchar: puxar - "Sossega crean�a, larga de chinchar meu cabelo!"

Chu�ar: Furar, espetar

Cururu: Dan�a t�pica da regi�o

D
De chapa e cruz: autentico - "Sou cuiabano de chapa e cruz!"

Dona menina: refere-se a pessoa com quem se fala

Dem�s de...: Substantivo e/ou adjetivo formando o aumentativo e o superlativo respectivamente.

Dem�s de povo: Muita gente

Dem�s de quente: Muito quente

Disparabe!: Muito, demais

Digoreste: Muito bom

De um tudo: de tudo - "J� fiz um de tudo, chia l�!"

Derradeiro: Ca�ula

Duro: Forte - "Desceu o rio piloteando duro.", "Bate duro sen�o a porta abre."

 

E
� ah!: Express�o usada com muita freq��ncia.

Esse um...: Esse. � muito usado tamb�m.

� bem ai, assim: � logo ali, � perto

F
Festar: Festejar - "Antigamente n�is festava dia e noite no S�o Jo�o"

Francisquito: Biscoito feito com farinha de trigo, ovos, banana e leite. Modela-se com as m�os enrolandu-o. Antes, usava-se folha de bananeira como tabuleiro. Corta-se com tesoura at� que se separ�-lo de um lado e doutro. Leva-se para assar.

Furrundu: Doce feito de mam�o verde, lavado em saco de pano para escorrer o leite, cozido com rapadura e cravo.

Fortid�o: Fortaleza, for�a

G
Gurizada: Meninada

I
Incutido: Empenhado, disposto, "coisa que n�o sai da cabe�a"

Imitan�a: Imita��o

L
Larga disso!: Deixa disso!

Lutar com: Trabalhar - "Eu luto com o gado, mas j� lutei com a lavoura"

M
Mo chirum: Mutir�o

Maria-Isabel: Nome dado a um prato t�pico de arroz com carne charqueada picada

Munjica: Muqueca

Mocho: banco pequeno, sem encoste

Moage: Enrrola��o.

N
Nem...n�o: N�o - "Nem num sei disso"

O
Os pessoais: As pessoas, os outros

O mo�o: Denomina��o dada a pessoa do sexo masculino

O qu�?: O que? como?

� verdade?: Puxa! Ora essa!, indica espando pr� besteira.

P
Pich�: Pa�oca feita de milho socado e a��car

Pau rodado: Indiv�duo de fora que chega � cidade

Pot�: �gua do melado

Palestrar: Conversar

Prenhe: Gr�vida

Peiada: Amarrada. "Cuidado com a galinha que ela n�o foge. Ela n�o est� peiada"


Q

Quebradeira: Esp�cie de a��car muito fina

Quebrar torto: Desjejuar

Quebrando: mau-olhado

R
Rebu�ar: Tampar, cobrir, endurecer, agasalhar

Reiva: Raiva

Revoltosos: refer�ncia a participante da revolta de 1906 que ouve me Cuiab�.

Rodada: Usada para indicar a volta do peixe em dire��o ao pantanal

S
Sem graceira: chatea��o, falta de sossego, inquieta��o - "Larga de sem graceira crian�a!"

Sutil: bonito, bonita

Soltar bandeira: Nas festas, os forasteiros levam a bandeira com a estampa de santo

T
Tenteando: Assim, assim; mais ou menos; equilibrando - "Ol�! como vai?" "Tenteando..."

Torar: Partir, Separar

Tch�!: Puxa!

Teeira: Tear r�stico, todo construido em madeira

V
Viola de Cocho: viola de 4 cordas, fabricada manualmente. Consiste em uma pe�a talhada com um cocho - � qual se d� a forma de viola e cuja a tampa, que deve ser de raiz de figueira. � colada � primeira e inteiri�a. As cordas originalmente s�o de tripa de quati. Atualmente, j� se usam fios de nylon. Usada para tocar no Cururu, Siriri e na dan�a de S�o Gon�alo.

Variado: Nervoso, agitado, louco

Vixe!: Puxa!, indica espanto

Voltear: passear

Verter �gua: Urinar

Vote: Credo! Coisa feia.

Z
Zinga: Pau comprido usado para dar impulso � canoa

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