Biografia
Quando saiu de Cuiabá (no Mato
Grosso), Otaviano tinha apenas 14 anos e uma meta:
ser jogador de vôlei no time do Banespa, em São
Paulo. Seu desempenho era considerado bom e o
garoto era apontado como promessa. Ele jogava ao
lado de craques como Xandó e Marcelo Negrão.
Otaviano morava numa espécie de
pensão na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (no
bairro Jardim Paulista), esquina com a Av.
Paulista, onde ficava a sede da rádio Jovem Pan
FM. Um dia, esperando o ônibus que o levaria
para o treino, resolveu arriscar e entrou no prédio.
Logo de cara, deparou-se com a secretária da rádio,
que lhe perguntou se queria um adesivo da rádio.
Resposta de Otaviano: "Não. Quero trabalhar
na rádio. Quero ser locutor." Então, a moça
pediu-lhe que deixasse ali uma fita-demo, onde
suas habilidades como locutor pudessem ser
conferidas. Mas ele nem sabia do que se tratava!
Como a moça não lhe deu mais créditos, ele já
ia deixando a rádio, mas logo pensou que não
tinha nada a perder e voltou.
Como já gostava de imitar
personalidades, Otaviano usou deste artifício
para chamar a atenção dos funcionários da rádio.
O showzinho foi composto de vozes como Gil Gomes,
Paulo Francis, Paulo Henrique Amorim e até mesmo
o Robocop. Por sua sorte, o diretor artístico da
rádio, Emílio Surita, apareceu e viu que se
tratava de um bom comunicador. Chamou Otaviano
para um estúdio e lhe fez gravar durante meia
hora o que lhe viesse à cabeça. Funcionou. Dois
dias depois, ele foi chamado para trabalhar como
reddator e locutor do programa Pandemônio, nas
madrugadas de sábado.
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