Entrevista Otaviano Costa
Para muitos, ele é só o
felizardo que, de segunda a sexta, desfruta da
companhia de belas mulheres, entre elas, a
desejada Feiticeira. Porém,o que ninguém sabe,
é que antes se assumir o SuperPositivo
na TV Bandeirantes (que substituiu o H
de Luciano Huck), Otaviano ralou bastante.
Imitador nato, certo dia ele resolveu mostrar seu
talento na rádio Joven Pan FM de São Paulo e
acabou barrado na porta pela secretária. O único
jeito de chamar a atenção das pessoas foi
partir para o sensacionalismo e começar o show
ali mesmo, na entrada da rádio. E foi exatamente
isso que ele fez... O reconhecimento não demorou
a chegar e semanas depois Otaviano já era um dos
locutores contratados. Dali em diante, sua
carreira deslanchou. Trabalhou no SBT, na Globo,
na MTV e hoje está na Band fazendo o maior
sucesso. Conheça, nesta entrevista exclusiva, um
pouco mais sobre a vida, a carreira e o que pensa
o apresentador do SuperPositivo.
Por Patrícia Rocco
O início da sua carreira na mídia começou
na Jovem Pan, onde você foi contratado como
locutor. Como rolou essa oportunidade? Quantos
anos você tinha ?
Morava na Rua Joaquim Eugênio de Lima, em São
Paulo, onde fica a Jovem Pan. Um dia eu estava no
ponto de ônibus e resolvi subir no prédio da rádio.
A secretária não queria deixar eu entrar. Pedi,
pedi e nada! Então comecei a fazer imitações
na porta e a falar alto... como a porta estava um
pouco aberta, ouviram aquela bagunça e o Emílio
Zurita (locutor) apareceu na porta e me perguntou
o que eu queria. Disse que queria ser locutor e,
acredite ou não, a coisa rolou depois de uns
dias.
Você sempre gostou de fazer imitações
e trejeitos de pessoas famosas?
Sim, a veia humorística sempre esteve presente
na minha personalidade.
Quase ninguém se lembra, mas você
trabalhou no programa "Escolinha do Golias"
que era exibido pelo SBT e também na novela que
está sendo reprisada pela mesma emissora,
"Éramos Seis". Como foi essa experiência?
Tive uma ótima oportunidade de trabalhar numa
empresa como o SBT, fazendo dois trabalhos
bastante diferentes. Na Escolinha eu
usava muito o meu lado humorístico e na novela
um lado mais sério, mais Otaviano.
Depois de VJ da MTV, repórter do "Domingão
do Faustão" e apresentador do "TV Teen",
como você foi parar na Band?
Como eu queria ser diretor de TV e trabalhar nos
bastidores, resolvi fazer um curso de direção
de emissora em uma faculdade no EUA. Depois de 2
anos fora fazendo este curso, me ligaram pedindo
para eu voltar porque tinham trabalho para mim.
Resolvi arriscar e voltei. Trabalhei 2 anos e
meio no Domingão do Fastão como repórter
e, logo depois, a Band me convidou.
O que você mais gosta na TV brasileira e
o que acha que deve ser mudado?
Eu adoro o jornalismo da TV brasileira, acho que
é um dos melhores do mundo. Mas mudaria os critérios
que estão sendo usados para obter audiência.
Esta falta de critérios para alcançar um número
no Ibope está se tornando, na verdade, uma má
qualidade de produção.
Como você administra o assédio das fãs?
Com muito sossego, sou bem pé no chão, sem
estrelismo. Falo com todo mundo com igualdade,
deixo as pessoas se aproximarem, vou em lugares públicos
sem essa de segurança, assim o assédio fica
mais tranqüilo, mais sossegado.
A sua namorada é muito ciumenta?
Normalmente ela é muito tranqüila mas quando
precisa ser, aí sim o bicho pega.
Quais são seus planos para este novo milênio?
Continuar trabalhando na TV e me comunicando com
alegria e prazer.
|