The Opinion Maker

 

Nota: No seu mais recente número, a revista espanhola Soldiers Raids apresentou um artigo extenso sobre o CIOE, onde dava conta da utilização pelos rangers da SIG-543, uma arma introduzida nos comandos, aquando da reactivação de tal unidade. A SIG-543 é juntamente com a G-3 e a Galil uma das armas automáticas utilizadas no exército. Nesta sua coluna de opinião, o nosso mais recente colaborador, Filipe Cortesão, expõe o seu ponto de vista sobre a questão da substituição da G-3, sugerindo, mesmo, medidas raramente equacionadas, como a manutenção do actual calibre ou a adopção de um modelo mais económico, ainda que fiável.

 

    A G-3 é uma arma construída por Portugal sob licença da Heckler & Koch, uma consagrada empresa alemã. A G-3 entrou ao serviço por volta de 1962, altura em que Portugal combatia no Ultramar (1961-1975).

    Nos dias 11 e 12 de Dezembro do passado ano, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) assistiu a demonstrações, na Escola Prática de Infantaria em Mafra, por parte das diferentes empresas que pretendem fornecer a Portugal a substituta da G-3. Entre estas, contavam-se a Colt (EUA), Diemaco (Canadá), FN (Bélgica), Tavor (Israel), HK (Alemanha), Steyr (Áustria) e, por último, a Sar (Singapura). A G-3 é uma das melhores - se não mesmo a melhor - armas que existem para combate, ainda que apresente diferenças e algumas desvantagens em relação à AK-47 (nomeadamente no preço, simplicidade e maior facilidade na manutenção).

   Na demonstração feita em Mafra foram avaliados vários critério: preço, a facilidade no seu manuseamento, a resistência e o calibre. O MDN pretende substituir o calibre 7,62 mm pelo calibre padrão da OTAN (o 5,56 mm). Apesar do calibre de 7,62 mm não ser o preferido pela OTAN, temos de ter em conta que nos dias de hoje num combate, marca a diferença quem tem maior e melhor poder de fogo. O 7,62 mm continua, assim, a ser um excelente calibre para as missões a que Portugal está sujeito.

    Visto que a substituição da G-3 é uma realidade muito próxima, as armas, a meu ver, mais aconselháveis para a substituir dentro do calibre 5,56mm é a C-7 da Diemaco pelas suas características, preço, leveza (3,5kg) e resistência; os produtos da Colt são, também, bastante bons, como é caso da M-4 ou até da M-16. Se Portugal decidir manter o calibre 7,62 mm a melhor opção será manter a G-3 (caso contrário, existe a já referida C-7).

    Não nos convém, no entanto, esquecermo-nos que qualquer soldado se deve sentir orgulhoso por usar uma arma tão histórica, e fiável, como a G-3.    

 

Filipe Cortesão

 

Leia:

The Opinion Maker - Janeiro de 2004

The Opinion Maker - Fevereiro 2004

The Opinion Maker - Março 2004

 

 

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