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Nesta
página, faço algo bastante interessante.
Faço uma autobiografia em que resumo um pouco como
foi a minha vida, desde minha infância até
os dias de hoje. |
Primeiros Anos
Tudo começou
num belo dia em 8 de setembro de 1976,
quando um ano e dois meses depois
que dois pais corujas se casaram nasceu
seu primeiro filho. Nasci no Hospital
Brasil-Portugal, no bairro carioca
de Cascadura e morei meus primeiros
três anos e meio no bairro de
Oswaldo Cruz, na rua Zilda Mendes,
o mesmo da famosa escola de samba
Portela e, pelo que me lembro, foram
anos bem felizes e fartos. Dois anos
e onze meses depois que eu nasci,
veio meu irmão Washington Ricardo,
nome dado por meu pai em homenagem
ao famoso presidente (não sei
se do Brasil ou dos EUA). Inclusive,
meu nome também foi escolhido
por meu pai em homenagem ao seu avô
(meu bisavô) que se chamava
Marcelino e era considerado um homem
honrado, de grande valor e muito respeitado
entre as pessoas que ele conhecia.
Nesses primeiros anos me lembro bem
da constante presença de meu
'avô' paterno, que morava conosco,
nosso querido 'tonho', de quem jamais
me esquecerei.
Devido a problemas
econômicos, tivemos que nos
mudar para os fundos da casa de um
parente do meu pai, 'seu Biguar',
para o qual meu pai trabalhava como
motorista particular durante o dia,
trabalhando também a noite
de taxista num fusca. A casa era velha,
cheia de goteiras, mas ficava de frente
para a piscina dos patrões.
Ficamos lá pouco tempo e nos
mudamos para o bairro de Bento Ribeiro.
Lá,
nós moramos por aproximadamente
dois anos. Moravamos de aluguel numa
vila de casas, e desse tempo eu me
lembro de algumas poucas coisas: Tinha
um relacionamento um pouco agitado
com os garotos da vizinhança,
viviamos brincando e também
brigando; devido as brigas, em que
eu mais apanhava que batia, minha
mãe me matriculou numa academia
de judô, esporte no qual eu
não me desenvolvi muito pois
logo nos mudamos e eu não continuei;
meu pai trabalhava como taxista a
noite e, sempre que podia, levava
a mim e ao meu irmão para passeios
de carro na praça, na Vila
Militar e Deodoro para ver os aviões
estacionados na base aérea
de Campo dos Afonsos e outros lugares;
a busca incessante de minha mãe
pela religião verdadeira; estudei
durante este tempo na Escola Honduras,
na Praça Seca, onde fiz o jardim
da infância e o curso de alfabetização
(C.A.).
  No ano de
1983, houve uma grande alta no preço
dos aluguéis. Estavamos na iminência
de não podermos mais pagar-lo e sermos
despejados, o que era muito aflitivo
para os meus pais. Até que
surgiu uma grande oportunidade: A
Companhia Estadual de Habitação
(CEHAB) havia construído um
ano antes alguns conjuntos habitacionais
em Santa Cruz, nos quais ainda existiam
muitas casas baratas para serem 'passadas
adiante' (as casas não eram
vendidas pois pertenciam a CEHAB).
Minha mãe mais que depressa
foi a Santa Cruz, procurou casas nos
conjuntos e achou no conjunto São
Fernando algumas por bom preço.
Imediatamente, ela mobilizou a família
e conseguimos "comprar"
a casa em que morei por mais de vinte
e um anos e minha mão mora
até hoje.
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Enfim,
em Santa Cruz...
No dia 31
de março de 1983, finalmente
nossa família encontrou pouso
seguro. A casa tinha apenas um quarto
pronto, mas outro nos fundos logo
atrás em obras, e umas poucas
melhorias (aumento da cozinha, que
ainda era pequena, piso amarelo, muros
e um quintal cheio de plantas e árvores,
incluíndo uma goiabeira que
só foi cortada vinte anos depois,
uma pitangueira, que renasceu depois
de ter sido cortada 10 cm acima do
chão e uma romãzeira).
Hoje, essa casa apesar de bem modesta
é confortável, tem dois
quartos, cozinha e banheiro bem maiores
e uma varanda bem aconchegante, tudo
construído com muita luta.
Estes primeiros
anos foram os melhores de minha infância,
em que apesar de ser uma criança
tímida e aversa a prática
de esporte, pude brincar bastante,
conhecer muitos amigos, estudar tranqüilo
numa escola na própria comunidade
(a Walter Merindo da Silva, que hoje
é Adalgisa Nery, em outro prédio)
e aprender da minha mãe, das
minhas instrutoras e no Salão
do Reino os fundamentos da minha
fé.
Tudo transcorreu
sem grandes sobressaltos ou atropelos
(pelo menos para nós crianças)
até 1988. Em final de 1987,
quando eu havia terminado a quarta
série, meu avô pediu
a minha mãe que eu fosse passar
as férias escolares daquele
ano em sua casa no Lins de Vasconcelos
(Bairro da Escola de Samba Unidos
de Cabuçu). Minha mãe
concordou e eu fiquei lá durante
aqueles meses. Foi a melhor das férias
escolares que já tive. Brinquei
muito e aprendi muito também,
até que no começo de
1988, voltei para casa, afim de estudar
na quinta série.
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1988, o ano da reviravolta
Logo de
começo, tive de mudar de
escola, visto que a escola da comunidade
só oferecia vagas até
a quarta série. Mudei para
a Escola Municipal Liberdade, que
fica num conjunto próximo,
mas que eu precisava pegar ônibus
para assistir as aulas. A maioria
dos meus colegas ou não passou
de ano, ou não se transferiu
para a mesma escola, de modo que
quase 100% dos colegas eram desconhecidos.
Até então, só
tinha 4 matérias e no máximo
2 professoras; agora tinha uma grade
(infelizmente incompleta) de mais
de 10 matérias (incluíndo
Educação Física,
Argh!!), cada uma com um professor
diferente. Mas, apesar das muitas
mudanças, eu até que
me adaptei bem.
O problema
é que, quem não estava
estava tão bem era minha
mãe, que passou a ter problemas
de saúde muito sérios
até que, no meio do ano,
ela teve que ser internada. Devido
a isso, meus parentes passaram a
cuidar de nós, inclusive
nos transferindo para uma escola
próximo a casa deles, no
Lins (a Escola Municipal João
Lyra Tavares). Foi uma época
aflitiva para todos nós,
pois não sabiamos quanto
tempo ela permaneceria longe, eu
e meu irmão tinhamos de nos
adaptar a um ritmo totalmente diferente
(hábitos, costumes, comida,
amigos,...). A escola , para nossa
sorte, tinha um ensino bem superior
ao que estavamos acostumados (o
que me trouxe dificuldades acadêmicas
logo no começo).
Minha mãe
ficou melhor em questão de
algumas semanas e logo voltou para
casa. Meu irmão se transferiu
para a escola em que estudava logo
no final do ano mas, já eu,
preferi ficar. Sempre gostei de
estudar, de aprender, e na época
as escolas de Santa Cruz estavam
muito precárias. Faltavam
professores, material didático,
os professores eram desmotivados
e o resultado disso tudo era um
ensino de péssima qualidade.
Onde estava eu conseguia fugir disso
tudo. Tinha um ensino público
com qualidade acima da média
e, achava eu, mais chances na vida.
Continuei estudando na João
Lyra Tavares durante a sexta série
e, na sétima - oitava (devido
a um remanejamento de alunos), na
Escola Municipal Isabel Mendes,
indo para casa em Santa Cruz apenas
nos finais de semana. Sob o aspecto
do aprendizado não me arrependo
nem um pouco de ter ficado, mas
um outro lado foi seriamente prejudicado,
a minha relação com
Deus. Infelizmente, devido a distância
dos meus amigos e irmãos
na fé (apesar de meu avô
ser Testemunha de Jeová e
até me levar ao salão
local durante a semana) e a adolescência,
com os seus muitos problemas, acabei
esfriando a minha relação
com Deus e o apego a sua organização.
Parei de assistir as reuniões
durante a semana, não lia
a bíblia nem as publicações
bíblicas que edificam a fé
em Jeová, não participava
na pregação, não
fazia estudo da bíblia com
ninguém e durante os finais
de semana assistia as reuniões
no salão do reino apenas
para acompanhar minha mãe,
sem grande interesse no que era
dito da tribuna.
Mas, no
final da oitava série, meu
pensamento começou a mudar.
Como é descrito na parte
Minha Fé,
comecei a ver as vantagens de se
ter presente na vida os princípios
bíblicos. Aos finais de semana,
já assistia as reuniões
com maior interesse e comecei a
perceber que faria progresso mais
rápido se voltasse a freqüentar
as reuniões regularmente
em minha congregação
de origem, a Sudoeste em Santa Cruz.
Minha saudade de casa, da convivência
diária com meu irmão
e meus pais já estava bem
apertada e resolvi que nas férias
voltaria a morar com eles definitivamente.
No final do ano, logo após
as aulas acabarem, comecei a me
preparar para o concurso no Colégio
Estadual Barão do Rio Branco,
na época o melhor colégio
público de ensino médio
(antigo 2º grau) em Santa Cruz.
Me mudei, passei no concurso e iniciei
outra fase em minha vida.
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1992
- 1994, 2º Grau no Barão, retorno
espiritual, Batizado, iniciação
na informática...
Em
Santa Cruz, fiz rápido progresso
espiritual e, em pouco tempo já estava
assistindo a todas as reuniões. Nesta
mesma época, recomecei a estudar
a bíblia para terminar o livro "Poderá
Viver para Sempre num Paraíso na
Terra!" com um dos meus maiores amigos
que já tive em minha vida, o irmão
Gerson. Ele é simplesmente uma pessoa
sensacional: inteligentíssima, alegre,
compreensiva. Ele me animou muito a fazer
um progresso ainda mais veloz, além
de ser uma coluna para mim, me ajudando,
me incentivando, me aconselhando sempre.
Também em
1992, comecei a estudar no Barão
e os três anos foram bem aproveitados.
No primeiro ano, estudei na turma mais unida,
calma, alegre e interessada em aprender
com que eu já estudei, a turma 107.
Nos outros dois anos também tive
bastante sorte de ter praticamente todas
as matérias e, no terceiro ano em
especial, professores extremamente competentes
e dedicados.
Durante esta época,
como já dito, fiz grande progresso
espiritual: preparava todas as reuniões
cristães com antecedência;
tinha uma participação média
de 20 horas por mês na pregação
pública; batizei-me no dia 24 de
julho de 1993; passei imediatamente depois
de me batizar a ajudar nas reuniões
cristães de todas as maneiras que
podia; cheguei a ser cogitado para ser servo
ministerial (ministro das Testemunhas de
Jeová), não fui recomendado
na época por falta de idade (ainda
não tinha 19 anos).
Em meados de 1993
travei meus primeiros contatos com a informática.
Ganhei uma bolsa parcial num curso de informática
(o Step Rio Cursos de Informática)
no bairro de Bangu para aprender "Introdução
ao BASIC". Estudei e aprendi bastante
coisa, desenvolvendo alguns programas interessantes
para quem estava apenas começando
na informática e usando um computador
da linha MSX. Infelizmente, meu pai não
teve dinheiro para dar continuidade ao curso
e eu o abandonei na metade do módulo
seguinte, o "Basic Avançado".
Mas, pouco depois, consegui uma nova bolsa,
dessa vez num curso no bairro de Campo Grande
(o Delta Bayth Cursos de Informática).
Nele eu aprendi o MS - DOS (Sistema Operacional
dos PCs da época, versão 5.0),
o Wordstar (um editor de textos para DOS,
versão 5.0), o Lotus 123 (a planilha
eletrônica mais usada na época,
versão 3.2) e o D'Base III Plus (Gerenciador
para banco de dados), além de ter
ficado seis meses trabalhando como Monitor
no curso fora do meu horário de escola,
após ter feito e passado numa prova
de seleção ao finalizar todos
os módulos. Depois de ter terminado
a temporada como monitor do Delta Bayth,
fiquei um bom tempo sem ter um contato constante
com a informática, e eu acabei me
desatualizando.
Como eu havia terminado
o curso e o trabalho como monitor em meados
de 1994, achava que não dava para
conseguir emprego com o conhecimento de
informática que eu tinha, minha família
não tinha condições
de bancar outros cursos de informática
e eu não tinha uma profissão
definida, resolvi estudar para o concurso
de seleção para o CEFET-RJ,
uma das melhores e mais bem conceituadas
escolas técnicas públicas
do Rio de Janeiro. Estudei durante seis
meses todo o conteúdo da prova e
consegui passar entre os 350 primeiros,
num concurso super concorrido em que participaram
mais de dez mil pessoas. Porém, eu
não passei na minha primeira opção
de curso (técnico em eletrônica),
passei para técnico em mecânica.
"Não tenho nada a ver com mecânica...",
pensei eu, e resolvi tentar o concurso para
a Escola Técnica Estadual Visconde
de Mauá, pra ver se eu conseguia
passar em eletrônica, e passei em
primeiro lugar para esta escola (trinta
e oito dos quarenta pontos da prova).
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1995
- 1997, Técnico no Mauá, trabalho
e estudo, queda espiritual...
Durante
as férias escolares, trabalhei assiduamente
na obra de construção do nosso
Salão do Reino, o que despertou o
interesse de um micro-empresário
dono de um pequeno mercado que estava começando,
além de um negócio de distribuição
de mercadorias para pequenos comerciantes
em comunidades longe dos fornecedores e
precisava de alguém que fosse trabalhador
e de confiança. Comecei a trabalhar
com ele, arrumando a loja, ajudando-o a
comprar as mercadorias no atacado e a entregá-las
de carro nas lojinhas, divulgando o mercadinho
e muitas vezes atendendo aos fregueses no
caixa.
Tudo
ia bem até que eu voltei a estudar.
Como eu havia avisado, eu comecei a estudar
de manhã durante dois dias da semana
(eu consegui isenção das matérias
de segundo grau, como matemática,
português e química) e os outros
dias trabalhava o dia inteiro, inclusive
no sábado. Mais tarde, comecei a
fazer um curso de reparo de Rádio
e TV PB durante a noite, o que fez com que
eu falasse com ele sobre sair meia hora
mais cedo nesses dias. Ele, a princípio
concordou, mas me mandou embora algum tempo
depois.
Eu sempre fui muito
estudioso e determinado, e tinha grande
pressa de aprender tudo que podia sobre
eletrônica. A princípio, apenas
devorava livros de eletrônica. Depois,
montei uma pequena bancada e fazia experiências,
montagens de revistas técnicas que
eu comprava ou copiava aos montes (apenas
revistas velhas, só comprei minha
primeira revista realmente nova quando já
havia terminado a escola) e pequenos concertos
em aparelhos.
Por volta desta
época, também comecei a me
associar com o Clube de Eletrônica
da escola. Estava muito ansioso para aprender
o máximo sobre a profissão
e passei a achar que estudar sozinho não
era suficiente. Perdi o equilíbrio
e comecei a me envolver demais com os projetos
deste clube. Chegou uma época em
que eu ficava quase todos os dias das primeiras
horas da manhã até quase 22
horas da noite(mais de 12 horas) no clube,
e isso nem sempre estudando ou fazendo experiências.
Pude com certeza aprender muito de eletrônica,
mas acabei prejudicando algo que eu amava,
a minha relação com Deus.
Quase não assistia reunião,
quase não ia ao serviço de
campo, não lia a bíblia. Comecei
a me desviar da fé.
Até que,
em meados de 1996, algo de maravilhoso aconteceu.
Conheci amigos verdadeiros, leais, sinceros
e que se dispuseram a me ajudar espiritualmente.
Entre estes, não esqueço dos
irmãos Bruno e Iuri, do Alex, do
Enio e do Cássio. Eles começaram
uma grande idéia. Aproveitar os tempos
vagos entre as aulas para reunir as Testemunhas
de Jeová que estudavam no colégio,
no mesmo ponto de encontro de todos os alunos,
o famoso bosque do colégio, em que
haviam muitas mesas com bancos de concreto
que facilitavam a conversa, o estudo e,
porque não, a consideração
de assuntos espirituais. Nesta época,
começamos a consideração
do texto do dia, o que virou uma tradição
entre as Testemunhas de Jeová neste
colégio(soube que esta tradição
continuou ativa pelo menos até o
ano de 2001).
Continuei muito
ativo no clube, mas com este incentivo passei
a ficar bem mais ativo espiritualmente até
que terminamos a escola técnica,
em dezembro de 1997.
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1998
- 1999, Estágio técnico supervisionado,
novas amizades..
Durante
as férias escolares, após
a escola técnica, passei a me recuperar
de uma grande estafa devido a correria da
época final da escola técnica,
em que tinha de estudar para a escola e
mais três cursos livres que fazia
simultaneamente. Perdi
contato com os amigos da escola que me davam
tanto apoio, mas passei a conquistar e dar
mais atenção a outros grandes
amigos que moravam mais próximo,
dos quais posso destacar o Alexandre Chaves,
o Rodrigo Azevedo, o William, o Fábio
Cavalcante e seu irmão Ricardo, o
André Braga, Paulo Roberto e vários
outros. Lembro com muitas saudades desta
época, em que o Rodrigo, o Fábio
e seu irmão Ricardo e o William passavamos
juntos muitas tardes e noites, além
de finais de semana nos divertindo juntos
no meu computador, que na época era
um simples 386.
Mais ou menos em
março de 1998, passei a realizar o meu estágio
técnico supervisionado (necessário para
completar a grade curricular do curso técnico)
no setor de telecomunicações
da subestação de Jacarepaguá
de Furnas
Centrais Elétricas S.A.. Foi
um período muito bom em que aprendi
bastante, tive boas amizades e viajei bastante
a serviço. Somente me arrependo de
ter cumprido com todo o contrato de um ano,
pois isto me deixou muito ansioso para ingressar
no mercado de trabalho, tanto que ao invés
de ter aguardado uma boa oportunidade(o
mercado estava num bom momento, com a abertura
do mercado de telecomunicações),
resolvi agarrar a primeira oportunidade
profissional que apareceu pela frente.
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1999
- 2002, Limbo* profissional, crescimento
espiritual...
*
Derivação: sentido figurado. estado
de indecisão, incerteza, indefinição
Ex.: um projeto ainda no l. (Dicionário
Houass da Lingua Portuguesa)
Como eu já havia me referido,
eu acabei me precipitando em relação
ao meu primeiro emprego e acabei entrando
num limbo profissional.
É verdade que
aprendi muita coisa. No meu primeiro emprego
na Able
Alarm eu comecei como ajudante de instalação
de sistemas eletrônicos de segurança.
Aprendi a instalar e realizar manutenção em
equipamentos de alarme, circuito fechado de
TV e interfone, o que não deixam de ser serviços
na área técnica.
Ao ser demitido, busquei
vagas com exigência de maior qualificação
e maior salário, mas não conseguia
por causa na minha experiência anterior. Por
isso acabei trabalhando em outra empresa de
instalação e manutenção
de sistemas, dessa vez de telecomunições(a
Bit 2000, cujo site hoje está fora
do ar !?!???). O cargo era de auxiliar técnico,
o salário era baixo, mas pelo menos
estava trabalhando. Lá eu aprendi a
realizar instalação e manutenção
de sistemas de telefonia interna(PABX), além
de cabeamento estruturado. O mercado de telecomunicações
e instalação de equipamentos
de segurança entraram numa profunda
crise nessa época(racionamento de energia,
dolar de menos de um Real para mais de 3 Reais,
várias empresas quebrando e demitindo,
muita gente muito boa sem emprego,....).
Acabei sendo demitido
em janeiro de 2002, mas agora sem grandes
perspectivas de contratação,
nem como técnico, nem como auxiliar.
Nesta época,
porém, foi uma época de grande
crescimento espiritual em que aumentei grandemente
a minha participação no ministério
e o fervor da minha adoração
a Deus. Também foi uma época
em que comecei um intenso círculo de
amizade com o Alexandre, a Renata, a minha
atual esposa Ana Claudia e Irene.
Logo após ser
demitido, fiquei durante alguns meses como
pioneiro auxiliar(evangelizador compromentido
voluntariamente a participar na pregação
por 50 horas durante cada mês), renovando
a carta de pioneiro a cada mês que continuasse
com tempo por ainda estar desempregado e foi
este um periodo muito feliz apesar da circunstância
do desemprego, pois foi a época em
que me aproximei muito de Deus, senti grande
contentamento apesar das incertezas que me
cercavam e pude ajudar a muitos com a palavra
de Deus. Duarnt esta época também
comecei meu primeiro namoro, com aquela que
veio a se tornar a minha esposa.
O mercado melhorou
e em novembro de 2002 consegui voltar a trabalhar,
porém de novo como auxiliar, na mesma
área e, oque é pior, sem carteira
assinada. Mas pelo menos estava trabalhando,
pensei eu...
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2003 - 2004,
O 5º ano do bambu...
Neste
site, tenho alguns textos
motivacionais bastante interessantes
e um deles diz o seguinte:
"Depois
de plantada a semente deste incrível
arbusto, não se vê nada por aproximadamente
5 anos, exceto um lento desabrochar
de um diminuto broto a partir do bulbo.
Durante 5 anos, todo o crescimento é
subterrâneo, invisível a olho nu,mas...
Uma maciça e fibrosa estrutura de raiz
que se estende vertical e horizontalmente
pela terra está sendo construída. Então,
no final do 5º ano, o bambu chinês cresce
até atingir a altura de 25 metros.
Um escritor de nome Covey escreveu:
"Muitas coisas na vida pessoal e profissional
são iguais ao bambu chinês. Você trabalha,
investe tempo, esforço, faz tudo o que
pode para nutrir seu crescimento, e
às vezes não vê nada por semanas, meses
ou anos.
Mas se tiver paciência para continuar
trabalhando, persistindo e nutrindo,
o seu 5º ano chegará, e com ele virão
um crescimento e mudanças que você jamais
esperava..."
O bambu chinês nos ensina que não devemos
facilmente desistir de nossos projetos
e de nossos sonhos..."
Esta
crônica é interessante,
vou explicar porque. Como já
havia dito no outro subtópico,
em Novembro de 2002 eu comecei a trabalhar
novamente. Meu professor de escola técnica
Serafini falava que "trabalhar
em empresa pequena é ganhar dinheiro
para dois", e ele estava certo.
Estava namorando e queria noivar e casar,
mas a empresa atrazava todos os meses
o pagamento, dinheiro não sobrava
e eu não conseguia comprar nada
para o nosso enxoval, o que me deixava
muito angustiado. Até que, devido
a sucessivas perdas de clientes, acabei
sendo novamente demitido em meados de
2003.
Como não
trabalhava de carteira assinada, saí
sem nada no bolso. Foi uma época
difícil, mas, assim como na crônica
acima, apesar de não parecer,
cresci muito. Desenvolvi este site durante
esta época(versões anteriores);
o curso pela internet do sebrae "Iniciando
um Pequeno Grande Negócio",
que me estimulou bastante, me apresentou
novas alternativas e me ajudou a não
acabar desanimando dos meus sonhos;
fiz um curso de corte e costura na comunidade
pela prefeitura, em que ao final do
mesmo a prefeitura iria ajudar os concluíntes
a iniciar um pequeno negócio
através de empréstimo
solidário(R$ 1.000,00 em equipamentos,
pagos com trabalho comunitário),
mas somente aqueles que tivessem um
projeto de negócio que fosse
aprovado. Ao concluir o curso, apresentei
um projeto de compra de uma impressora
jato de tinta profissional, um scaner
e uma guilhotina para realizar trabalhos
com editoração em meu
micro, que na época só
tinha uma impressora velha que foi aprovado.
Iria recomeçar totalmente em
uma área razoavelmente desconhecida,
mas resolvi arriscar.
O mesmo foi
aprovado mais ou menos em fevereiro
de 2004, mas devido as burocracias normais
do poder público, teria de aguardar
mais ou menos uns 3 meses para poder
ir as compras. Durante todo este tempo
novamente desempregado, procurei emprego
mas sem encontrar. Estava noivo, almejando
tremendamente casar, mas sem pespectivas
a curto prazo. Meu pai morreu em abril
e as coisas estavam realmente difíceis.
Mas então, meu quinto ano chegou.
Recebi em casa
mais um daqueles telefonemas pedindo
para que eu me apresentasse para uma
entrevista de emprego no bairro carioca
da Tijuca, muito próximo da Vila
Isabel e eu fui. Fiz a entrevista de
manhã por volta das nove horas
e a tarde já estava trabalhando.
Era uma empresa de segurança
eletrônica e informática,
chamada ZW, que estava mudando de endereço
e por isso eu era, naquele momento,
o único técnico. Era um
trabalho divertido, absorvente e muito
desafiante.
Trabalhei lá
por volta de um mês quando, de
repente, outro telefonema, pedindo para
comparecer para uma entrevista. De início
não dei muita bola pois estava
trabalhando muito e dando tudo de mim
para continuar na empresa após
o período de experiência.
Mesmo assim, compareci a entrevista
no centro de gerência da Telemar
em Botafogo, fiz a entrevista e uma
redação com o tema "Por
que a Telemar deve me contratar?"
e fui embora. Qual a minha surpresa
ao saber alguns dias depois que eu estava
sendo convocado para trabalhar na Telemar,
a maior empresa de telecomunicações
do Brasil, através da empresa
Networker,
no seu centro nacional de gerência
de redes, por um salário quase
quatro vezes maior, agora não
mais como simples auxiliar, mas como
técnico! Finalmente eu poderia
por em prática ao seu tempo todos
os meus sonhos, pois agora trabalharia
com carteira assinada, com todos os
direitos trabalhistas e um salário
dígno.
Comecei a trabalhar
no dia 16 de julho de 2004 e logo que
equilibrei as minhas contas devido ao
primeiro mês de trabalho, em que
normalmente as pessoas não recebem
salário, comecei junto com a
minha noiva a planejar o nosso casamento.
Num período de apenas seis meses,
compramos todos os móveis e eletrodomésticos
indispensáveis a uma casa, dividimos
a casa da mãe dela, fizemos uma
pequena reforma e casamos no civil,
no dia 9 de Dezembro de 2004. Concluímos
após isto as reformas e realizamos
a festa de casamento exatamente um mês
depois, em 9 de Janeiro de 2005. Realmente,
assim como na crônica acima, que
diz: "...Você
trabalha, investe tempo, esforço, faz
tudo o que pode para nutrir seu crescimento,
e às vezes não vê nada por semanas,
meses ou anos. Mas se tiver paciência
para continuar trabalhando, persistindo
e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e
com ele virão um crescimento e mudanças
que você jamais esperava..." ,
da mesma forma aconteceu comigo, graças
ao nosso maravilhoso pai eterno e Deus
Todo Poderoso Jeová,
a quem sou grato de todo o coração.
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2005
- Atual, Assim eu vou deixando a vida
me levar...
Hoje,
eu vivo em um momento excelente. Sou
casado com uma esposa maravilhosa, trabalho
no que eu gosto, em que eu sonhei por
tanto tempo, estou na medida do possível
progredindo espiritualmente e tenho
amigos maravilhosos.
É
claro que a minha vida não é
perfeita e está muito longe disso.
Muita saúde não é
das melhores, mas tenho saúde.
Meu casamento não é perfeito,
mas é maravilhoso. Meu trabalho
é muito estressante, mas faço
oque eu gosto e gosto do que faço.
Ainda tem muito mês para pouco
salário, mas tenho salário
no início do mês. Minha
casa tem muita coisa para fazer, mas
comparando com o que foi antes muita
coisa já foi feita.
Tenho,
graças a Jeová Deus, uma
vida boa e apesar dos problemas agradeço
a ele por tudo que sou, que tenho e
posso ser.
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Última Atualização
08/11/06
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