XXVI JORNADA INTERNACIONAL DE
CINEMA DA BAHIA
POR UM MUNDO MAIS HUMANO
9 a 15 de Setembro de 1999, Salvador - Bahia - Brasil





Nos 500 Anos do Brasil,
um panorama audiovisual da integra��o afro-luso-brasileira,
na esperan�a de um mundo mais humano.



O que nos interessa, por�m, agora, � realmente o problema do Brasil e da sua capacidade de liderar o futuro humano, quando se desembara�ar de tudo quanto lhe foi �til na educa��o europ�ia e exercer, com o explendor e a vigorosa for�a de cria��o que pode demonstrar, as suas capacidades de simpatia humana, de imagina��o art�stica, de sincretismo religioso, de calma aceita��o do destino, de intelig�ncia psicol�gica, de ironia, de apet�ncia de viver, de sentido da contempla��o e do tempo. Que ter� de exercer naturalmente sobre uma base de heran�a europ�ia, a qual me parece consistir essencialmente na uni�o de uma vida urbanista e de uma vida rural. Quanto � primeira j� demonstrou o Brasil o que podia fazer e de que maneira eficazmente correspondente ao seu g�nio e � sua miss�o quando lan�ou a arquitectura cuja caracter�stica fundamental � a supress�o do peso com que, e at� ele, todo o edif�cio humano oprimia � m�e terra; quanto � vida rural, o Brasil, pondo de parte o apego � propriedade do solo que tantos males trouxe consigo na Europa, conservou pelo regionalismo, tudo quanto havia a conservar de diferencia��o de vida e de linha tradicional como la�o indispens�vel de homem a homem atrav�s do suceder dos s�culos.

Professor Agostinho da Silva





Acontece em Salvador,
de 9 a 16 de Setembro, a
XXVI Jornada Internacional de
Cinema da Bahia.

Gente de diversas partes do Brasil e do mundo desembarca em Salvador com suas obras, id�ias e reivindica��es para mostrar, ver, debater e defender cinema.


PROPOSTA DA JORNADA

O evento permanece atento a sua proposta original, de mostrar e estimular a produ��o audiovisual independente. Mant�m, tamb�m desde seu in�cio, a preocupa��o constante com as quest�es dos direitos fundamentais do homem e das conquistas democr�ticas no �mbito das comunica��es e do imagin�rio.

Hoje � um amplo espa�o de divulga��o das novas produ��es em cinema e v�deo aberto a toda a Am�rica Latina, Espanha, Portugal, �frica de l�ngua portuguesa e qualquer pa�s que apresente em seus trabalhos a tem�tica latino-americana.


PEQUENO HIST�RICO

A Jornada surgiu no in�cio dos anos 70 para atender � necessidade de espa�o dos cineastas locais e cresceu aos poucos, passando ao n�vel nacional e, logo, ao internacional. Seu criador � o cineasta e professor de cinema da Universidade Federal da Bahia - UFBA Guido Ara�jo.

Guido come�ou no cinema na d�cada de 50, trabalhando em produ��es de longa-metragem como "Rio 40 Graus" e "Rio Zona Norte", ambos de Nelson Pereira dos Santos. Depois foi para a Europa, onde estudou cinema - na ent�o Tchecoslov�quia, hoje Republica Checa - e no final da d�cada de 60 voltou � Bahia, sua terra de origem, onde coordenou o Grupo Experimental de Cinema e o curso livre de cinema da UFBA.

A Jornada nasceu com o reaquecimento do Clube de Cinema da Bahia, que na d�cada de 50 aglutinara os jovens amantes da s�tima arte sob a presid�ncia de Walter da Silveira e dera frutos como o Ciclo Baiano de Cinema, no in�cio dos anos 60, um precursor do Cinema Novo.

Guido estava � frente de uma retrospectiva dos dez anos de cinema baiano (o primeiro longa-metragem baiano, "Reden��o", data de 1959) e viu que existia campo para a cria��o de uma Jornada de Curtas-Metragem. E � em janeiro de 1972 que ocorre sua primeira edi��o.

A Jornada mais tarde viraria nordestina, brasileira e finalmente internacional.

Veio dar novo alento � atividade cinematogr�fica baiana e brasileira, motivando muitos talentos emergentes.


PROBLEMAS DE PATROC�NIO

A Jornada, no entanto, sempre sobreviveu a duras penas. Seu importante papel no fomento e difus�o do cinema n�o � devidamente valorizado pelos �rg�os p�blicos de cultura e pela iniciativa privada.

"A Jornada sempre foi feita com extremas dificuldades, por seu car�ter independente, por ser tamb�m um evento comprometido com as quest�es sociais".

Palavras de Guido Ara�jo, que todo ano tem que enfrentar uma verdadeira jornada pessoal para n�o deixar que o evento sucumba por falta de recursos. Cercada de amea�as e desafios, no entanto poucas vezes a Jornada deixou de ser realizada.

Em 1979 foi realizada na Para�ba, devido �s implic�ncias do ent�o reitor da UFBA, e nos anos 1990 e 1991 n�o p�de ser realizada, pela total falta de condi��es. Era o governo Collor e o ent�o Presidente da Rep�blica tentava destruir o cinema nacional pondo fim � Embrafilmes e ao Concine.

1999 � mais um ano cr�tico para a Jornada: a situa��o do pa�s n�o � nem um pouco encorajadora.


PRODU��O DESTE ANO E PREMIA��O

Apesar deste quadro, a Jornada deste ano recebeu uma quantidade extensa de filmes e v�deos, provindos de muitos pa�ses latino-americanos, africanos, europeus e de quase todos os estados brasileiros.

Uma produ��o variada, entre document�rios e filmes de fic��o, realizados por profissionais e amadores. Selecionadas cuidadosamente, suas obras estar�o concorrendo ao Tatu de Ouro em diversas categorias e a outros importantes pr�mios. Os J�ris Internacionais de Filme e de V�deo conceder�o o Tatu de Ouro nas categorias Filme ou V�deo Documental, Filme ou V�deo de Fic��o, Filme ou V�deo de Anima��o ou Experimental, Document�rio de Longa Metragem e Filme ou V�deo n�o Ibero-americano sobre a Am�rica Latina.

O Tatu de Prata abarca as categorias de Melhor Dire��o, Roteiro, Fotografia, Montagem, Som e M�sica para as pel�culas e Revela��o para os v�deos.

Al�m desses pr�mios, h� o Pr�mio Glauber Rocha para o melhor filme da Jornada, o Pr�mio Walter da Silveira para o melhor v�deo, o Pr�mio Diomedes Gramacho para melhor produ��o baiana e o Pr�mio Grupo Brasil/Mercosul para o filme e v�deo que melhor simbolizem o esp�rito de integra��o entre os povos dos pa�ses membros do Mercosul.


LOCAIS E EVENTOS

V�rios eventos paralelos complementam o Festival. S�o semin�rios, retrospectivas, mostras especiais, lan�amentos de livros relacionados a cinema, que se dividir�o entre as Salas Walter da Silveira e Alexandre Robatto, nos Barris (al�m do audit�rio da Biblioteca P�blica), o Cinema do Museu, o audit�rio do CEPLAC e o ICBA - Instituto Cultural Brasil Alemanha, no Corredor da Vit�ria, e o CEAO, no Terreiro de Jesus. O Forte S�o Diogo, no Porto da Barra e o Forte de Mont Serrat, tamb�m ser�o sede de alguns desses eventos.

Os filmes e v�deos em concurso, assim como as mostras especiais e retrospectivas estar�o em exibi��o nos dias 10 a 15 de Setembro, nos hor�rios das 13:00 �s 23:00 horas, nos seguintes espa�os de Salvador : Sala Walter da Silveira, Sala Alexandre Robatto, Cinema do Museu, Audit�rio e Sala de Reuni�es do Instituto Visconde de Cayru, Audit�rio da CEPLAC, e Funda��o Jo�o Fernandes da Cunha.

As programa��es "Cinema Paradiso" e "Cinema nas Estrelas" ser�o apresentadas em pra�a p�blica para o povo de Salvador, durante os dias da Jornada.

Dia 16 de Setembro; Quinta-feira
Nas salas Walter da Silveira e Alexandre Robatto, ser�o apresentados para o p�blico baiano filme e videos premiados da XXVI Jornada Internacional de Cinema da Bahia.


PANORAMA DE CINEMA

Parte da programa��o paralela � o Panorama Atual do Cinema Independente da Am�rica Latina, Caribe e Uni�o Europ�ia, uma novidade da Jornada, pois conta com um pr�mio de p�blico para um dos filmes selecionados para essa mostra. S�o eles: "El Esp�ritu de Mi Mam�", document�rio de Honduras; "Amaneci� de Golpe", document�rio da Venezuela; "Mensagem", filme ficcional de Portugal; "Mala Epoca", document�rio da Argentina; e "El Siglo del Viento", novo document�rio do cineasta argentino Fernando Birri.


FERNANDO BIRRI

Fernando Birri diretor do m�tico "Tire Die" e fundador da Escola de Cinema de Santa F�, Argentina. Amigo de longa data da Jornada, ser� durante o festival que Birri estar� tamb�m lan�ando no Brasil o seu livro, "O Alquimista Democr�tico".


LAN�AMENTO DE LIVRO

Entre os lan�amentos de livro est� tamb�m "Bennio - Da Cozinha para a Sala Escura", do jornalista e pesquisador de cinema Beto Le�o. O livro � uma homenagem ao cineasta, produtor e ator Jo�o Bennio, que deu vida ao cinema do Centro-Oeste brasileiro, em especial � cinematografia do estado de Goi�s.


LIC�NIO AZEVEDO

Participando das palestras do semin�rio est� o cineasta ga�cho Lic�nio Azevedo, que ter� uma mostra especial com alguns de seus filmes. Lic�nio vive h� 23 anos na �frica e � considerado atualmente o mais importante realizador de Mo�ambique. Come�ou sua carreira como jornalista e, a convite do cineasta mo�ambicano radicado no Brasil, Ruy Guerra, passou a escrever textos para document�rios e roteiros de fic��o para o ent�o futuro colega de profiss�o. Hoje � internacionalmente premiado e dono de um estilo peculiar, a que chamaram de "docudrama", em que o document�rio e o drama ficcional se entrela�am. Ser�o exibidos na mostra quatro filmes, dois deles in�ditos no Brasil: "A �rvore dos Antepassados", seu trabalho mais premiado e j� exibido anteriormente na Jornada; "A Guerra da �gua", tamb�m j� visto na Bahia; e "Tchuma-Tchato e "Mariana e a Lua", in�ditos no pa�s. A forma incomum de seus filmes j� dificultou sua entrada em alguns festivais, mas sempre teve o apoio da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, livre do car�ter comercial de tantos outros festivais nacionais e internacionais.




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