2ª Geração dos Computadores

Os computadores da Segunda geração já calculavam em microssegundos (milionésimos), eram mais confiáveis e o seu representante clássico foi o IBM 1401 e seu sucessor o IBM 7094, já totalmente transistorizado. Entre os modelos 1401 e 7094, a IBM vendeu mais de 10.000 computadores.

Em 1960 a Benthlem Steel foi a primeira no uso do computador em tempo real para processar pedidos, inventário e controlar a produção. Dois anos depois, surgem os discos magnéticos. Em 1961 chega ao Brasil o primeiro computador, um UNIVAC 1105 ainda com válvulas, para o IBGE. Em 1964, a American Airlines começou a fazer reservas em tempo real. Apesar disso a evolução/revolução não havia começado. Até 1965 o computador tinha um uso restrito, ainda voltado predominantemente a universidades, órgãos governamentais e empresas muito grandes.

Nessa época, vários fabricantes começaram a comercializar computadores menores. O de maior sucesso foi o da DEC – Digital Equipment Corporation, fundada em 1957. Em 1959, Ken Olsen demonstrou o PDP-1 e em novembro de 1963 começou a entregar o PDP-5 por 120.000 dólares, um custo bem menor que o dos computadores de maior porte dessa época. O PDP-5, o primeiro minicomputador produzido comercialmente, foi seguido pelo PDP-8, o primeiro com sucesso comercial.

Esta Geração foi originada pela revolução dos Transistores os quais substituíram as volumosas válvulas. Houve uma enorme diminuição em cabos e fios, tendo em vista que cada transistor substituía dezenas de válvulas. Desta maneira os computadores tornaram-se consideravel-mente menores e devido a isso, muito mais velozes. O computador começa a ser utilizado nas grandes empresas. Tanto a válvula quanto o transistor realizavam um processamento de cada vez. Com o desenvolvimento das técnicas de integração, surgiram os Circuitos Integrados, onde numa pequena cápsula continha, várias dezenas, centenas ou milhares de transistores, ocupando uma área menor que uma unha, dando o nome de microprocessador (processador miniatura).
A linguagem de programação foi simplificada e já se podia programar através de mnemônicos (comandos abreviados). Esta linguagem denomina-se ASSEMBLER.
As operações de cálculos eram realizadas em milionésimos de segundos. Realizando 204.000 adições/segundos.
 

A Aplicação do Transistor nos Computadores

O primeiro computador transistorizado foi construído no Lincoln Laboratory do M.I.T., uma máquina de 16 bits baseada no Whirlwind I. Foi denominada TX-0 (Transistorized eXperimental computer 0), que visava meramente ser um protótipo para testar o TX-2, uma versão melhorada.

O TX-2 não significou muito, mas um dos engenheiros que trabalhavam no Lincoln Laboratory, Kenneth Olsen, criou uma firma (DEC), em 1957, para fabricar uma máquina comercial muito parecida com o TX-0. Apenas quatro anos depois é que o PDP-1 apareceu, e este atraso aconteceu principalmente porque os investidores fundadores da DEC acreditavam firmemente que não havia mercado para computadores. Ao invés disso, a DEC vendia principalmente pequenas placas de circuitos.
Primeiro minicomputador fabricado, o  #PDP-1 PDP-1 apareceu em 1961. Possuia 4k palavras de 18 bits e um tempo de ciclo de 5 microssegundos. Este desempenho era metade daquele do IBM 7090, a máquina transistorizada sucessora do 709, e o mais rápido computador do mundo naquele tempo. O PDP-1 custava US$ 120.000, e o 7090 custava milhões. A DEC vendeu dezenas de PDP-1, e a indústria de minicomputadores nascia.

Um dos primeiros PDP-1 foi doado ao M.I.T., onde rapidamente atraiu a atenção de alguns desses jovens gênios, tão comuns nesse instituto. Uma das muitas inovações que o PDP-1 trazia era um display visual (CRT) e a capacidade de se plotar pontos em qualquer posição de uma tela de 512 por 512. Em pouco tempo os estudantes já tinham programado o PDP-1 para jogar guerra nas estrelas, e o mundo tinha assim seu primeiro videogame.

Poucos anos mais tarde, a DEC lançou o PDP-8  , que era uma máquina de 12 bits, mas muito mais barata que o PDP-1 (US$ 16.000). O PDP-8 trouxe uma grande inovação: um barramento único: o omnibus . Um barramento é um conjunto de fios paralelos usados para conectar os componentes de um computador. Esta arquitetura divergiu em muito da máquina IAS, com memória centralizada. Desde então, foi adotada por quase todos os computadores de pequeno porte. Eventualmente a DEC vendeu 50.000  PDP-8, o que a tornou líder no mercado de minicomputadores

Entrementes, a reação da IBM ao transistor foi construir uma versão transistorizada do 709, o 7090 IBM 7090
, como já foi citado antes, e mais tarde o 7094. O 7094 tinha um tempo de ciclo de 2 microssegundos e 32k palavras de 36 bits de memória de núcleo. O 7090 e o 7094 marcaram o fim das máquinas do tipo ENIAC, mas elas dominaram a computação científica durante vários anos na década de 60.

Ao mesmo tempo que a IBM tornou-se uma importante força na computação científica com o 7094, ela ganhou muito dinheiro vendendo uma pequena máquina de orientação comercial, denominada 1401. Esta máquina podia ler e escrever fitas magnéticas, ler e perfurar cartões, e imprimir quase tão rapidamente quanto o 7094, por uma fração do preço. Era terrível para aplicações científicas, mas perfeita para manter registros comerciais..

O 1401  era incomum no fato de não possuir registradores, ou mesmo um comprimento fixo de palavra. Possuía uma memória de 4K bytes de 8 bits. Cada byte continha um caracter de 6 bits, um bit administrativo e um bit usado para indicar fim de palavra. Uma instrução MOVE, por exemplo, tinha um endereço fonte e um endereço destino, e começava copiando bytes do fonte para o destino até atingir um com o bit fim-de-palavra ativado.

A introdução do Paralelismo

Em 1964, uma nova companhia iniciante, CDC, lançou o 6600, desenhado por Seymour Cray (fundou posteriormente a Cray Research), uma máquina que era quase uma ordem de grandeza mais rápida que o 7094. Foi amor à primeira vista entre os "trituradores de números", e o CDC foi lançado assim para o sucesso. O segredo de sua velocidade, e a razão de ser muito mais rápido que o 7094, era que dentro da CPU havia uma máquina altamente paralela. Ela possuía diversas unidades funcionais para fazer adições, outras para fazer multiplicações, e ainda uma outra para divisão, e todas elas podiam executar em paralelo. Embora fosse necessária um programação cuidadosa para obter o máximo dela, com algum trabalho era possível ter 10 instruções sendo executadas simultaneamente.

Como se isso não bastasse, o 6600 tinha alguns pequenos computadores internos para ajudá-lo, uma espécie de Branca de Neve e os Sete Anões. Isto significava que a CPU podia gastar todo o seu tempo "triturando" números, deixando todos os detalhes de gerência de tarefas e de Entrada/Saída para computadores menores. O 6600 foi um marco importante na computação numérica.
 

No terreno dos computadores, um acabou se sobressaindo por uma razão diferente: o Burroughs B5000 . Burroughs B5000

Os projetistas de máquinas como o PDP-1, 7094 e 6600 estavam todos completamente preocupados com o hardware, ou fazendo-o barato (DEC) ou rápido (IBM e CDC). O software era quase completamente irrelevante. Os projetistas do B5000 tomaram uma direção diferente. Eles construíram uma máquina com a intenção específica de programá-la em Algol 60, uma linguagem precursora do Pascal, e incluíram muitos aspectos no hardware para facilitar a tarefa do compilador. A idéia de que o software também importava nascia. Infelizmente, ela foi esquecida quase que imediatamente.

Voltar à página  "geração dos PC"

TUNEL DO TEMPO

PERSONALIDADES HISTÓRICAS /

CONHEÇA UM POUCO SOBRE / LINKS E REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS /

NORMAS - PADRÕES - PRÁTICAS

ENTRADA NO MUSEU  FMET

 

 

 

Hosted by www.Geocities.ws

1