|
|
|
Gregory Oliver Hines nasceu em 14 de fevereiro de 1946, na cidade de
Hines disse certa vez que quando ele ainda estava dando os primeiros passos para andar, seu irmão Maurice já fazia aulas de sapateado, e ao voltar para casa ensinava a ele os passos que aprendia. De fato, Gregory Hines começou a ganhar fama no palco sapateando em dupla com o irmão Maurice: as apresentações em público começaram quando ele tinha apenas 5 anos, quando já eram chamados "The Hines Kids". Com 6 anos, eles chegaram a realizar perfomances no lendário Apollo Theater, durante 2 semanas. Foi no Apollo Theater que assistiram e se emocionaram com performers como Honi Coles, Sandman Sims e The Nicholas Brothers, entre outros. Gregory e seu irmão Maurice participaram em mais de 20 eventos, performances e espetáculos no Apollo Theater a partir de 1954, ano em que fizeram sua primeira participação integrando o elenco do musical "The Girl in Pink Tights", de Sigmund Romberg, estrelado pela bailarina francesa Jeanmaire e coreografado por Agnes de Mille. Gregory e Maurice interpretaram, respectivamente, um engraxate e um entregador de jornais. Já adolescentes, junto com seu pai, Maurice Sr., foram conhecidos como "Hines, Hines and Dad", fazendo aparições na TV em programas como "Jimmy Durante Presents the Lennon Sisters", em 1969, apresentado por Jimmy Durante, além de diversas participações no "The Tonight Show". Com pouco mais de 20 anos, Hines por algum tempo deixou de lado a dança. Sobre isso, certa vez, em 2001, ele declarou:
"There was a time when I didn't want to dance. I was in his mid-20s, 'a
Foi literalmente trabalhar numa fazenda no interior do estado de Nova York (embora sempre realizando atividades paralelas, entre as quais uma banda de jazz/rock chamada "Severance"), mas não demorou muito para "cair a ficha": "I was milking cows and shoveling terrible stuff and working all day. By the end of the day all I wanted was my tap shoes -- I thought, 'What am I doing? I better get back where I belong on the stage where we work at night and can sleep late!' ". Depois de morar em Venice, na Califórnia, Hines retornou a Nova York in 1978, em parte para ficar perto de sua irmã Daria, que morava com aquela que seria a primeira esposa de Hines, uma "dance therapist" chamada Patricia Panella. Imediatamente conseguiu um papel em "The Last Minstrel Show", para cuja audição fora avisado por seu irmão Maurice: reza a lenda que eles ficaram durantes longos anos de relações estremecidas, e que 1978 marcaria justamente o reatamento de suas relações com o irmão.
Voltando a trabalhar com Maurice, em 1978
Fonte: site da CNN Internacional
Bem mais tarde, sem o irmão Maurice, o teatro lhe daria o Tony, o mais
O prêmio Tony esteve em seu currículo várias vezes: antes do prêmio de 1992, concorreu também a prêmios de Melhor Ator Revelação de Musical por "Eubie!" (em 1979, perdendo para Henderson Forsythe por "The Best Little Whorehouse In Texas"), e como de Melhor Ator Principal de Musical por "Comin' Uptown" (em 1980, perdendo para James Dale por "Barnum") e "Sophisticated Ladies" (em 1981, perdendo Kevin Kline por "The Pirates Of Penzance").
Sua transição para Hollywood e sua estréia como ator cinematográfico foi sob a batuta de nada mais nada menos que Mel Brooks no primeiro episódio de "A História do Mundo" ("The History of the World: Part I", foto abaixo), de 1981, e foi quase por acaso: substituiu na última hora o ator Richard Pryor. No mesmo ano, filmou o cult de horror "Wolfen". Posteriormente, participou de inúmeros outros filmes, entre os quais "Perigosamente Harlem" ("A Rage in Harlem", de 1991), onde contracenou com Forest Whitaker, Danny Glover e Robin Givens.
Hines se destaca também em "Falando de Amor" ("Waiting To Exhale", de 1995), num elenco estrelado pelo talentosíssimo quarteto feminino formado por Whitney Houston, Angela Bassett, Loretta Devine e Lela Rochon. Este filme conta também com os colegas de elenco de Hines no "The Gregory Hines Show", Brandon Hammond e Wendell Pierce. Estrelou no ano seguinte o filme independente "Prazer em Matar- te" ("Mad Dog Time", de 1996) com Jeff Goldblum, Ellen Barkin, Gabriel Byrne e Richard Dreyfuss. Participou do também independente "Desafio Sem Limites" ("Good Luck", de 1997, dirigido por Richard LaBrie, com Vincent D'Onofrio) e, em 1996, de "Um Anjo em Minha Vida" ("The Preacher's Wife, dirigido por Penny Marshall e com uma deliciosa trilha sonora), estrelado por Denzel Washington e Whitney Houston. Com Willem Dafoe, Hines ainda estrelou "Saigon - O Império da Violência" ("Off Limits", 1998), dirigido por Christopher Crowe.
Em 2000, Gregory Hines fez uma participação em Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar Para Ela, com Holly Hunter, Cameron Diaz, Glenn Close e grande elenco. Até um filme dos Muppets ele fez, "The Muppets Take Manhattan", de 1984, dirigido por Frank Oz (diretor dos diversos filmes dos Muppets e a voz do Yoda de "O Retorno de Jedi").
TAP DANCER, IMPROVOGRAPHER E TUDO O MAIS
Um dos herdeiros da tradição de se levar o sapateado
Outro filme onde a dança
Mas foi o Max Washington de "Tap - A Dança
Cenas de "Tap", a Dança de Duas Vidas" Tanto em "Tap" quanto em "O Sol da Meia-Noite" e "Cotton Club", Hines também aparece nos créditos com a alcunha de "Improvographer" ou realizador de "Tap Improvography", algo que de fato só os sapateadores podem realmente entender, mas que de certa forma resume o transbordante talento que brotava todo o tempo dos pés e da mente deste exímio sapateador. Sobre este termo, escreveu Anita Feldman no capítulo 2 de seu livro "Inside Tap" (1996):
"In the movie Tap, Gregory Hines had to talk the director
Posteriormente ele também passou para trás das câmeras: no
Foi produtor executivo e ator principal do filme para a TV e outro importantíssimo marco de sua carreira: "Bojangles". No filme sobre a vida do lendário precursor do sapateado americano Bill "Bojangles" Robinson, dirigido em 2001 por Joseph Sargent, Gregory Hines faz o papel-título. Por seu desempenho, estupendo na opinião da crítica e do público, Hines obteve indicações em premiações como o importante "Emmy Awards" (em que Henry LeTang também foi indicado pela parte coreográfica), "Image Awards" (onde Hines ganhou como ator e o filme obteve mais duas indicações), entre outros. O filme possui locações em Toronto, Canadá, e o elenco conta com a também indicada Kimberly Elise e nada mais nada menos que Savion Glover, entre muitos outros.
Uma curiosidade de bastidores: Gregory Hines havia sido a primeira escolha para o papel que acabou sendo consagrado por Eddie Murphy no filme "48 Horas" (1982), mas acabou não fazendo o papel devido a conflitos de agenda com "Cotton Club". Como último trabalho para o cinema, Hines atuou como ator em um filme filmado em 2003: "The Root" (sem título em português).
Na TV, Gregory Hines teve seu próprio programa em 1997, a comédia "The Gregory Hines Show": numa descrição bastante simplificada, ele fazia um adorável pai solteiro que hesita em entrar novamente para o mundo do namoro. Na internet, há inúmeros guias sobre as séries de TV, contendo resumos dos episódios do "The Gregory Hines Show", um deles em: http://epguides.com/GregoryHines/guide.shtml Fonte: site da CNN Internacional Recentemente, tornou-se personagem da série "Will and Grace", participando, como o advogado Ben Doucette, dos episódios da série entre 1999 e 2000. Esteve em cartaz em 2003 na série de TV "Lost at Home", com o personagem "Jordan King".
Fonte: site oficial da série Esporadicamente, fez participações em outras importantes séries e programas de TV, como: "Jimmy Durante Presents the Lennon Sisters", em 1969, "Saturday Night Live", como ele mesmo no 14o. episódio do 4o. ano do programa, originalmente exibido em 10 de março de 1979, "Faerie Tale Theatre", fazendo "Puss in Boots" no episódio de mesmo nome, exibido originalmente em 09 de setembro de 1985, "Amazing Stories", no episódio "The Amazing Falsworth", o sexto do 1o. ano da série, originalmente exibido em 05 de novembro de 1985, e, mais recentemente, a premiadíssima "Law & Order", no espisódio "Suicide Box", 16o. episódio do 13o. ano da série, exibido originalmente em 26 de março de 2003.
Fonte: IMDB
Por sinal, as indicações e premiações de Gregory Hines a alguns dos mais importantes prêmios do cinema e da TV dão uma mostra de sua importância no cenário artístico mundial. No prêmio "American Comedy Awards, EUA" de 2001, foi indicado para a categoria "Funniest Male Guest Appearance in a TV Series" pela série "Will & Grace".
Já em 2003, pela série animada "Little Bill",
de Bill Cosby, Gregory Hines foi o grande vencedor
do prêmio "Daytime Emmy Awards" na categoria
"Outstanding Performer in an Animated Program", como a voz
de "Big Bill". Hines já havia sido indicado no mesmo prêmio
no mesmo ano
Para o já citado "Emmy Awards" foi indicado duas vezes, mas não venceu: em 1982, na categoria "Outstanding Individual Achievement - Special Class", pelo filme de TV "I Love Liberty", de 1982, e em 2001, por "Bojangles". Conforme já citado, "Bojangles" renderia a Gregory Hines o prêmio "Image Awards" de 2002, como Melhor Ator em um Filme de TV, Minisérie ou Especial de Drama". Ele havia vencido o mesmo "Image Awards" em 1988, como "Melhor Ator Princial de Filme de Cinema" por "Dois Policiais em Apuros" ("Running Scared", de 1986, com Billy Crystal no elenco), filme que fez bastante sucesso pelo mundo. Ao mesmo prêmio, Hines já havia sido indicado em 1998 na categoria "Melhor Ator de Uma Série de Comédia" por "The Gregory Hines Show" e "Melhor Ator de Filme de Cinema" em 1996 por "Falando de Amor" ("Waiting to Exhale", de 1995).
Fonte: site da CNN Internacional Finalmente, ao "Screen Actors Guild Awards", um dos mais importantes prêmios de cinema do mundo junto com o Oscar e o Globo de Ouro, Hines foi indicado, também por "Bojangles", na categoria "Melhor Ator em Filme ou Série para TV", em 2002.
Como ele mesmo, sem estar caracterizado como personagem de ficção, Gregory Hines participou de inúmeras produções para TV, vídeo ou cinema: "Keeping Time: The Life, Music & Photography of Milt Hinton", de 2003 "It's Black Entertainment", de 2002 "Added Attractions: The Hollywood Shorts Story", de 2002 (participação não creditada) "AFI's 100 Years... 100 Stars", de 1999 "Intimate Portrait: Michele Lee", de 1999 "Come Get Some: The Women of the WWF", de 1999 "Small Steps, Big Strides: The Black Experience in Hollywood", de 1998 "Signature: George C. Wolfe", de 1997 "Baseball", de 1994, minisérie de TV "Jammin': Jelly Roll Morton on Broadway", de 1992 "Dying for a Smoke", de 1992 "Sammy Davis, Jr. - 60th Anniversary Celebration", de 1990 "Tap Dance in America", de 1989 "An All-Star Celebration Honoring Martin Luther King Jr.", de 1986 "The American Film Institute Salute to Gene Kelly", de 1985 "Motown Returns to the Apollo", de 1985 "Shirley MacLaine.... Illusions", de 1982
Participou de diversas cerimônias de premiação exibidas pela TV, como anfitrião, apresentador ou performer, como: "The 55th Annual Tony Awards", de 2002 "The Kennedy Center Honors: A Celebration of the Performing Arts", de 2000 "The 48th Annual Tony Awards", de 1995 "The 63rd Annual Academy Awards" (Oscar), em 1991 (participação não creditada) "The Kennedy Center Honors: A Celebration of the Performing Arts", de 1991 "21st NAACP Image Awards", de 1989 "19th Annual NAACP Image Awards", de 1987 "The Kennedy Center Honors: A Celebration of the Performing Arts", de 1982 "The 54th Annual Academy Awards" (Oscar), de 1982, como performer Fonte: IMDB
Na verdade, Hines personificou o que se pode chamar de astro multitalentoso. Além do teatro, cinema e TV, até no mercado fonográfico deixou suas marcas: pela Epic Release, lançou o LP "Gregory Hines," produzido pelo amigo e grande astro da música americana Luther Vandross. Neste album destacaram-se "That Girl Wants to Dance With Me" e "There's Nothing Better Than Love", dueto com Luther Vandross, que chegou ao topo da parada de sucessos "Black Singles Chart". Pela Epic também saiu a trilha do filme "Tap". Hines participou também, como sapateador, de CDs como "If This Bass Could Only Talk", de Stanley Clarke.
Outra realizaçao recente importante foi "It's Black Entertainment", dirigido por Stan Lathan, onde aparecem, como eles mesmos, em cenas inesquecíveis e/ou depoimentos, nomes como Fayard e Harold Nicholas, Debbie Allen, Louis Armstrong, Josephine Baker, Dorothy Dandridge, Sammy Davis Jr., Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Aretha Franklin, Billie Holiday, Michael Jackson, Bessie Smith, dentre outros. Pode ser encontrado em DVD, inclusive no Brasil.
Era muito querido de muitos artistas americanos. Em 2001,
Gregory Hines levou também seus próprios shows-solo desde Nova York até lugares como Atlantic City, Las Vegas, Japão e Monte Carlo. Hines também gostava do mundo dos computadores, como se pode ver no site da Apple Computadores, em especial no link http://www.apple.com/hotnews/features/applemaster_jam/ onde foram encontradas as fotos abaixo:
Considerado, junto com Brenda Bufalino, diretora da
"I'm a tap dancer.
Hines participou de inúmeros festivais de dança, como homenageado, performer ou professor convidado. Em 2001, foi um dos principais incentivadores da criação do "Tap City - New York City Tap Festival", que acontece sempre em julho em Nova York, o maior e mais importante festival de sapateado do mundo. Participou ativamente de todas as edições do festival, na organização, como performer, homenageado, professor de Master Classes... Na edição inaugural, em 2001, além de ministrar lotadas Master Classes, foi agraciado com o "The Hoofer Award".
Fonte: http://photofile.ru/
"A tap festival in New York? I don't know whether to laugh or cry with joy! I've been traveling around the world attending tap festivals for over 15 years now, hoping one day The Big Apple would finally show everyone how it's done. Hoping that someone would step up (Pun) and make it happen where it ought to be happening. New York City: the Tap Capital of the World."
Fonte: startribune.com (Mario Tama/Getty Images)
É de Gregory Hines o prefácio de um dos mais importantes livros de sapateado já escritos, "TAP! - The Greatest Tap Stars and Their Stories: 1900 - 1955", de Rusty E. Frank. O texto, datado de 05 de fevereiro de 1990, conta sobre as mais antigas lembranças de Hines sobre como o sapateado entrou de vez em sua vida, o momento em que conheceu Bunny Briggs e outros mitos do sapateado mundial. Num dos parágrafos finais, ele resume de forma contundente sua emoção e alegria em conhecer estes grandes nomes, citando até um gênio de outra área, Muhammad Ali: "I remember once I read where Muhammad Ali, at the height of his career, would psych other fighters out, because he would say to them, 'You know, you´re not just fighting me. When you fight me, you're fighting Joe Louis, Sugar Ray Robinson, Jack Johnson, and all the great champions that came before me.' Sometimes that's how I feel -- when I tap dance for people, they're not just seeing me, they're seeing me and they're seeing Bunny Briggs, Harold and Fayard Nicholas, Gene Kelly, Sandman Simms, Baby Lawrence, Steve Condos and, of course, Henry LeTang, my teacher."
"Não me lembro de não dançar", disse Gregory Hines em uma entrevista em 2001. "Quando me dei conta, estava vivo, aqueles eram meus pais, eu podia andar e falar, e eu podia dançar." A dança estava tão entranhada em sua alma que Hines disse certa vez que um de seus lugares favoritos para sapatear eram os elevadores vazios.
Sobre o filme "Bojangles", Hines disse ao Toronto Sun: "It's a dramatic biography of his life but dance was an integral part of his life so yeah, we pepper it pretty good with some dance scenes". Sammy Davis Jr. foi uma das inspirações do jovem Gregory Hines, como também o foram a dupla The Nicholas Brothers e, claro, Bill "Bojangles" Robinson, entre muitos outros. Certamente, Hines é a inspiração de muitos dos jovens talentosos sapateadores que vieram a seguir, como o internacionalmente conhecido Savion Glover.
Por sinal, sobre a participação de Hines e Savion no "New York City Tap Festival", Jennifer Dunning, do "The New York Times", escreveu: "Glover's wild genius-intensity played off Hines's more easy-going style with infectious delight. That camaraderie.... charming and genial.... is drawing gifted young dancers back into the fold.... New York may once again be home to tap...." Para o "New York Amsterdam News", Charmaine Warren escreveu: "Thanks to Tony Waag and Gregory Hines, New York City will host its own festival.... not just for tap dancers, but for everyone." Sobre Hines, com quem apresentou em 2002 o Tony Awards, Bernadette Peters disse recentemente: "His dancing came from something very real. It came out of his instincts, his impulses and his amazing creativity. His whole heart and soul went into everything he did." Foto 1: site da CNN Internacional "He was the last of a kind of immaculate performer -- a singer, dancer, actor and a personality. He knew how to command." Sobre Gregory Hines, escreveu Anita Feldman no capítulo 12 de seu livro "Inside Tap" (1996): "Gregory Hines has consistently used his fame to further tap dance by making numerous appearances to benefit other artists. He has forged his own virtuosic solo style of stream of consciousness improvisation." Acia Gray, em seu livro "The Souls of Your Feet", chama Hines the "tap dance's ambassador", e acrescenta: "(he) is usually too busy, but if you get a chance grab it!" No posfácio que Mrs. Brenda Bufalino, diretora da American Tap Dance Orchestra, escreveu para o (obrigatório) livro "Jazz Dance, The Story of American Vernacular Dance", de Marshall e Jane Stearns, ela se refere a Gregory Hines como um dos que representam a ponte entre o mundo antigo e o novo, referindo-se ao que ela própria e Gregory Hines representaram na busca do resgate e da revalorização do sapateado nos EUA a partir da década de 70. Mais adiante, acrescenta Mrs. Brenda: "There are so many dancers and choreographers that need to be written about; most specially, Gregory Hines takes center stage with afro-cuban moves, hard-hitting accents and slides. No matter how many movies he makes, he always comes backs to tap dance, with brilliant performances in 'Jelly's Last Jam', the PBS special 'Tap Dance in America' and the movie 'Tap'.
Gregory Hines foi casado com Pamela Koslow
Marcelo Batalha, 11 de agosto de 2003 P.S.: A notícia do falecimento está desde ontem sendo publicada nos principais jornais do mundo e nos principais portais de informação da internet. No Brasil, apesar da bela foto, o obituário do Jornal do Brasil de hoje é bastante fraco e quase inverídico, o do jornal O Globo é um pouco melhor, mas tem erros crassos, como a inversão da história da substituição de Richard Pryor por Hines (e não o contrário) em "A História do Mundo".
A mestra Cintia Martin era uma fã ardorosa de Gregory Hines, a ponto de andar em sua carteira com uma foto do marido e outra de seu ídolo. Ainda em choque pela morte deste grande expoente, escreveu algumas palavras sobre o mestre Gregory Hines: "Descrever a genialidade, o talento e todos os trabalhos de Gregory Hines seria muito fácil se não se tratasse de sua morte.... Falar hoje de Gregory Hines fica difícil.... A lembrança dele vivo é muito forte, a idolatria que sentia por ele não permite muitos comentários. Ele teve uma sorte quase que única, cresceu vendo os grandes sapateadores no seu auge, como os Nicholas Brothers, Jimmy Slide, Buster Brown, Bunny Briggs, Sandman Sims, Lon Chaney, Chuck Green e tantos e tantos outros, e foi crescendo ao lado desses deuses e se firmando, e se tornando um gênio e um ídolo para eles também. Ao crescer, foi fazendo escola, vendo e ajudando a crescer outro gênio como o Savion. O que me consola é a prova que tudo continua, transformado mas continua, e devemos fazer o possivel para que continue sempre e cada dia cresça mais a arte, propagando-se sempre a historia e nomes como o de Gregory Hines. Tive apenas três oportunidades na vida de estar ao seu lado, nem que fosse por poucos minutos, mas foi o suficiente para encher minha alma de satisfação e admirar aquele que tanto respeitei e idolatrei. Realmente deixo para outra ocasião falar melhor sobre ele, pois realmente não tenho palavras. Não imaginávamos que algo assim pudesse acontecer com ele tão jovem, aos 57 anos, já que vemos tantos sapateadores chegarem aos 80, 85 e mais, ou pouco menos... Fica minha despedida e minha oração, e um muito obrigada pelo que fez na história do sapateado, pelo que representa e pelos ensinamentos que deixou a muitos novos talentos da atual geração. Gregory era o Rei. Viva o Rei." Cíntia Martin, Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2003 Fonte: Arquivo pessoal de Cíntia Martin
O verbete de Gregory Hines na conceituada Enciclopédia de Filmes de Leonard Maltin, no original:
"Sleepy-eyed, silky-smooth black performer who has almost single-handedly kept the art of bigscreen tap dancing alive. He's also a capable dramatic actor who has shown he can command attention as a lrother Maurice he became part of a successful show-business act called Hines, Hines and Dad, and developed his showbusiness savvy at a tender age. Also a skilled choreographer, Hines was a staple in Broadway, most memorably in "Sophisticated Ladies" (when he took the show on the road, Maurice replaced him on Broadway). He got his first film role, as a Roman slave in Mel Brooks'History of the World-Part 1 (1981), as a last-minute replacement for an ailing Richard Pryor, and made a convincing if unorthodox medical ex in Wolfen In The Cotton Club (1984), Hines made his screen dancing debut as a thinly disguised Nicholas Brother (Maurice played his sibling). He used his dancing shoes again, opposite ballet star MiWhite Nights (1985), and Tap (1989), as an excon trying to stay straight. His nonmusical characterizations include an unwilling gunrunner in Deal of the Century (1983), a wise-cracking cop (partnered with Billy Crystal) in Running Scared (1986), a nonwise-cracking cop in Ea fast-talking con artist in A Rage in Harlem (both 1991). In 1994 he appeared in Renaissance Man In 1992 he won a Tony Award for the Broadway musical "Jelly's Last Jam." " Fonte: IMDB
Sei que este texto, ainda que grande, será insuficiente para falar de toda a importância de Gregory Hines. Tentei apenas fazer, como uma humilde homenagem, um grande apanhado sobre a sua vida e carreira, recolhidos em livros, sites da internet, matérias de jornais, e agradeço mais uma vez à mestra Cíntia Martin pela ajuda, memória, reminiscências. Mas, sobretudo, tenho certeza que não tenho nenhuma pretensão de substituir, com este texto, algo que aqueles que um dia o viram dançando, seja em filmes, na TV ou pessoalmente em cursos, sempre terão: suas próprias emoções, guardadas para sempre em sua memória.
Marcelo Batalha
NOTÍCIAS POSTERIORES
Gregory Hines foi sepultado na manhã do último dia 16 de agosto. Mr. Hines tem agora como sua última morada terrestre a cidade de Toronto, no Canadá. A morada divina, certamente, é o céu dos sapateadores, onde em cada dia e noite de infinitas horas deve estar havendo uma jam session espetacular. Embora homenagens e pré-cerimônias tenham acontecido durante a semana nos EUA, foi no Canadá que os funerais oficiais e mais íntimos para a família aconteceram, na Toronto onde Hines conhecera sua última companheira e noiva, Negrita Jayde, uma cidade que adotou em seu coração. A igreja foi a de St. Mark, com celebração do padre Marion Sobolewski, e o cemitério foi o St. Volodymyr's Ukrainian Catholic Cemetery a oeste de Toronto. Fiquei muito honrado em ter recebido no dia 20 de agosto, por fontes fidedignas e próximas a Negrita Jayde e à família de Gregory Hines, informações detalhadas a respeito de seu sepultamento, em e-mails super atenciosos onde fui também informado que a página do Divulgando em homenagem a ele foi muito bem recebida, mesmo que em nosso português natal, e igualmente elogiada pelos admiradores de Mr. Hines como a primeira ampla e ilustrada homenagem conhecida na internet. Entre as informações recebidas, o texto de Antonia Zerbisias publicado no "Toronto Sun" é o que apresenta a mais completa (e tocante) gama de informações a respeito. Me sinto incapaz de traduzir com a correção e a manutenção da emoção necessárias e descritas no texto, então prefiro publicá-lo na íntegra, no original em inglês, nesta humilde página que homenageia este grande mestre.
(Publicado por Marcelo Batalha na edição 379 do
Tap dancer Hines found a new home in Toronto
Yesterday morning, as Tony- and Emmy-award winning performer Gregory
Hines went to his final rest in Toronto, I would like to believe that
the thunder overhead was my friend tap dancing in heaven.
The man acknowledged as the greatest tap dancer of his generation —
who succumbed to bile duct cancer last Saturday in a Marina del Rey,
Calif., hospital — chose a modest Roman Catholic church in Etobicoke
and an Oakville cemetery for his farewell performance.
Gregory, who died at 57, attended St. Mark's, which Father Marion
Sobolewski described as a "very humble and simple parish church,"
whenever he was in town, either working or spending time with the
family of his fiancée Negrita Jayde, whom he adopted as his own.
And so the Harlem-born African-American star of stage (Sophisticated
Ladies, Jelly's Last Jam) and screen, both big (White Nights, Tap, A
Rage In Harlem, The Cotton Club) and small (Will & Grace, The Gregory
Hines Show), now lies in the family plot of Carmela and Michael
Truszyk in St. Volodymyr's Ukrainian Catholic cemetery west of
Toronto.
It was Gregory's encore send-off, but it was the one he wanted. The
first was a glitterati-packed memorial service last Wednesday in L.A.
But that was just the dress rehearsal. The real show was very private,
in Toronto yesterday, attended by about 100 people, none of them
"Hollywood."
"This one's a little different," said his son Zack, 20, as he spoke in
the church. "Most, if not all of you, knew him personally. Whereas at
the last one, not all of them did."
"He was such a famous person yet extremely humble," said Father
Sobolewski, who recalled his "shining" face in the pews. Which was
true right to the end.
For example, very few people knew of his illness, which was diagnosed
a year ago.
In fact, the last time I saw him alive, he and Negrita had intended to
tell me. But, because I was bouncing off the walls with happiness over
some personal triumph, they opted not to bring me down with bad news.
Instead, he and I bopped around my living room, as usual, to Jimmy
Ruffin's "What Becomes Of The Broken-Hearted" — which boomed out of my
car stereo yesterday as I pulled up to the church.
The funeral directors didn't get it.
But Gregory would have. He would have seen it not as inappropriate,
but me being me, a person needing to do whatever to purge herself of
pain.
Gregory was that kind of man, with time, patience and understanding
for all.
"The biggest lesson he ever taught me was to shower hate with
kindness," Zack recalled. "He had unconditional love for everybody."
In her eulogy to Gregory, Negrita said:
"We all knew Gregory was a
genius entertainer. He was brilliant on stage. But I want to tell the
world how he was so brilliant in life. That he was a genius Christian
as well."
It was a long trip home for Gregory, who was born, appropriately
enough, on Valentine's Day in Harlem, New York.
Negrita, Zack Hines and his father's body were to have arrived in
Toronto on Thursday but, because of the blackout, they were diverted
to Windsor where they spent the night.
Ironic, in a way.
That's because on Wednesday, they dimmed the lights of Broadway to pay
him tribute.
And then, when the power went out, it was as if the whole world went
black for him.
Gregory's professional career, as a dancer, actor, singer,
choreographer and director began when he was just 5 and took him from
the ghetto to international acclaim.
But it was to Toronto he felt most connected, a link cemented when he
met Negrita.
He had first noticed the Toronto fitness trainer and nutritionist in
her iron-pumping days, when her photos appeared in bodybuilding
magazines in the 1980s.
But it would not be until five years ago, when the man who had taken
those pictures, Artie Geller, himself dying of cancer, brought them
together.
So Gregory spent more and more of his time in Toronto, just hanging
out or shooting movies such as Who Killed Atlanta's Children? and
Bojangles, a biopic of dance legend Bill Robinson.
"He could drive all over town," Zack Hines said.
"He was very proud of that."
Gregory helped out with various community groups and would also drop
into the Dance Works studio in Concord, Ont., to tap out his routines.
Yesterday, four of the young women with whom he would rehearse there,
paid him homage as they danced to Jerry Jeff Walker's "Mr. Bojangles."
"I knew a man Bojangles/And he'd dance for you/In worn out shoes ..."
Gregory Hines went out in his tap shoes, to thunderous applause.
And yesterday, as the rain sluiced through the city, I could swear I
heard someone say "Please, Mister Bojangles, please, Come back and
dance ..." (Antonia Zerbisias - Toronto Sun - agosto de 2003)
O lendário Apollo Theater, em Nova York, já está organizando um evento especial para celebrar a vida e carreira de Gregory Hines. A data agendada será o próximo dia 21 de setembro, às 20h. Já está certo que será Maurice Hines quem dirigirá o show em homenagem a seu irmão. É certo também que um dos grandes mentores de Hines, Henry LeTang, irá realizar performance. São esperadas também as presenças do pai, Maurice Hines Sr., e de amigos de todas as áreas, como Savion Glover, Fayard Nicholas, Ben Vereen, Andre De Shields, Mercedes Ellington, Chita Rivera, Ossie Davis, Ruby Dee, Geoffrey Holder, Laurence Fishburne e Roscoe Lee Browne. Phylicia Rashad será a co-apresentadora do evento junto com Maurice Hines.
(Publicado por Marcelo Batalha na edição 379 do
São duas perdas tão recentes quanto importantes. As fotos abaixo são do site que homenageia Mr. Buster Brown, falecido em maio de 2002. Infelizmente não constam no site os créditos dos autores das fotos. O endereço do site é http://drbusterbrown.com/
ATUALIZAÇÕES
Gregory Hines aparece em lançamentos realizados após seu falecimento. Está no segmento "There's Nothing Better Than Love" em um vídeo do grande cantor e compostior americano Luther Vandross (falecido em julho de 2005): "Luther Vandross: From Luther with Love - The Videos", de 2004. Gregory também aparece no vídeo "Keeping Time: The Life, Music & Photography of Milt Hinton", também produzido em 2004. Também está em cenas de "Great Performances - Broadway's Lost Treasures II", episódio para a TV, também de 2004 e em "Friendly Fire: Making an Urban Legend", de 2003. O mestre também foi homenageado no "Memorial Tribute" da 76a. entrega do Oscar, que aconteceu em 29 de fevereiro de 2004.
Infelizmente estão sem o autor, mas caso venham ser descobertos serão registrados posteriormente.
Fotos do blog do Divulgando:
|
Divulgando o Sapateado Por Aí Copyright© 2000-2007 - Marcelo Batalha - Todos os direitos reservados |