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CESOL HP HIDROGEOLOGIA     

Mantida por Carlos Eduardo Sobreira Leite - Geólogo / Hidrogeólogo (M.Sc.)

 

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TIPOS DE AQÜÍFEROS - PARTE II

Aqüíferos descontínuos

Os aqüíferos descontínuos são compostos por rochas duras cujos principais vazios são essencialmente constituídos por fraturas abertas (porosidade secundária). A água nesses tipos de rochas são encontradas preenchendo estas fraturas e apresentam características bem distintas daquelas dos aqüíferos contínuos. Os aqüíferos constituídos por zonas abertas por dissolução como nos calcários, também são classificados como descontínuos (aqüíferos cársticos - veja figura abaixo).

Uma fratura representa o resultado de uma deformação sofrida por uma rocha quando esta é submetida a esforços tensionais de naturezas diversas. Uma rocha pode "quebrar" de várias formas podendo haver ou não deslocamento dos blocos. No caso de deslocamento, as fraturas são denominadas de falhas, podendo ser classificadas como normal, inversa ou transcorrente, dependendo do movimento relativo daqueles blocos.

(Rocha fraturada)

(Esquema de um aqüífero cárstico mostrando as "fendas" originadas por dissolução do calcário - durante períodos de recarga da água subterrânea, poços anteriormente secos podem se tornar produtivos pela elevação do nível da água no aqüífero; por outro lado, poços construídos durante os períodos de recarga podem se tornar improdutivos nas épocas de verão se não se conhecem os níveis de flutuação do nível da água)

 

(Esquema de um aqüífero cárstico)

Com relação ao potencial hidrogeológico, dentre os tipos de falhas, as normais são as que apresentam as melhores características em função de originarem-se a partir de esforços tracionais (setas em preto nas figuras abaixo), tendendo a apresentar maiores aberturas. As do tipo inversa e transcorrente, são frutos de esforços compressivos gerando planos de falha muito fechados, sendo as do tipo transcorrente as de menor potencialidade uma vez que são associadas a processos de milonitização. Com respeito as fraturas, devem sempre ser consideradas aquelas resultantes de esforços de tração por se mostrarem mais abertas;as resultantes de cisalhamento são fechadas.

(Sistemas de fraturas de tensão e de cisalhamento)

(Falha normal - um bloco desce em relação ao outro)

(Falha inversa - um bloco sobe em relação ao outro)

(Falha transcorrente - um bloco desliza lateralmente em relação ao outro)

(Juntas de alívio em rochas duras)

O fluxo da água subterrânea em aqüíferos fraturados depende essencialmente das características das fraturas presentes cujos principais elementos são a sua abertura, rugosidade das paredes e material de preenchimento.

A abertura é a medida de separação média entre as paredes de uma fratura, sendo de importância fundamental para as questões de infiltração e armazenamento de água. A rugosidade das paredes pode ser definida como a distância entre duas linhas paralelas à linha média e que tangencia a saliência mais pronunciada e a reentrância mais profunda, e depende da origem da fratura e da granulometria, mineralogia e alteração da rocha. A rugosidade de uma fratura influencia diretamente a condutividade hidráulica podendo acarretar perdas elevadas de carga quando a água tende a circular acompanhando o relevo da parede da fratura.

Com relação ao preenchimento, as fraturas podem apresentar-se parcial ou totalmente preenchidas por fragmentos da própria rocha, por detritos de origem superficial que podem penetrar em meio aquoso decantando no interior da fratura, por recristalização de sais ou por ascenção de soluções hidrotermais mineralizantes.

Condições favoráveis e desfavoráveis de sistemas de fraturas para água subterrânea

Desfavoráveis

Favoráveis

Tamanho das aberturas

Tamanho das aberturas

aberturas pequenas - baixa capacidade de

armazenamento de água

aberturas grandes - melhor capacidade de

armazenamento de água

Espaçamento entre as fraturas

Espaçamento entre as fraturas

muito espaçadas - risco maior de um

poço seco

pouco espaçadas - menor risco de captação

de uma fratura seca

Interconecção

Interconecção

Fraturas pouco conectadas - baixa

circulação de água

Fraturas muito conectadas - maior

circulação de água

Orientação

Orientação

 

Alta inclinação (mergulho) - Os poços interceptam poucas fraturas

Baixa inclinação (mergulho) - Os poços interceptam várias fraturas

Cobertura do solo

Cobertura do solo

A ausência de cobertura de solo não facilita a retenção de água superficial  e a infiltração de água para as fraturas - condição sem recarga

A maior cobertura de solo permite maior infiltração de água e maior recxarga 


Vá para "Tipos de Aqüíferos (Parte I)"


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Página de Referência : http://www.geocities.com/cesol999/TipodeAquiferoParteII.htm

Autor: Carlos Eduardo Sobreira Leite

Citação do autor em bibliografia : LEITE, C.E.S.


 

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