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  CESOL HP HIDROGEOLOGIA

Mantida por Carlos Eduardo Sobreira Leite - Geólogo / Hidrogeólogo (M.Sc.)

 

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TIPOS DE AQÜÍFEROS - PARTE I

As formações ou camadas da zona saturada nas quais se pode obter água para uso proveitoso são chamadas formações aqüíferas, lençóis aqüíferos , reservatórios de água subterrânea ou, simplesmente aqüíferos. Um aqüífero é uma unidade geológica saturada que fornece água a poços e nascentes em proporção suficiente, de modo que possam servir como proveitosas fontes de abastecimento ou outros usos. Para ser classificada como aqüífero, uma formação geológica deve conter poros ou espaços abertos repletos de água e permitir que a água mova-se através deles.

O tipo de aqüífero é função do tipo da rocha armazenadora, a qual pode ser classificada, quanto a sua origem, em ígnea, metamórfica e sedimentar. A primeira é formada pela consolidação do magma, gerando rochas compactas e duras, enquanto a segunda caracteriza-se como uma rocha secundária, que pode originar-se a partir de rochas ígneas (ortometamórficas) ou a partir de rochas sedimentares (parametamórficas), e da mesma forma que a primeira, apresenta-se dura e compacta sem porosidade expressiva. As rochas sedimentares são quase sempre formadas pelo material originário da destruição de qualquer tipo de rocha, que são transportados e depositados em um dos muitos ambientes da superfície do globo (origem clástica), mas podem também ser originárias de material de origem biológica (origem orgânica) ou originados por processos químicos (origem química). Os sedimentos são, portanto, na sua quase totalidade, rochas caracterizadas pela presença de porosidade expressiva, ou porosidade primária, com exceção dos calcários, p.ex., que são rochas compactas cuja porosidade é secundária pela formação de zonas de dissolução do carbonato.

Origem das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares

A água subterrânea pode ocorrer tanto em rochas duras compactas (rochas ígneas e metamórficas), como em rochas sedimentares não consolidadas (areias e cascalhos, p.ex.) e também de maior consistência (calcários), ou seja, qualquer tipo de rocha pode constituir um aqüífero, desde que apresente condições de armazenar e transmitir água.

Apesar do volume das rochas sedimentares corresponder a apenas 5% de todas as rochas da crosta terrestre, elas são responsáveis pelo armazenamento de cerca de 95% da água subterrânea existente no planeta, em função, exatamente, de suas características de material mais poroso.

Os aqüíferos, de forma geral, podem ser classificados com relação ao tipo de rocha armazenadora, em aqüíferos contínuos (porosidade primária) e descontínuos (porosidade secundária). Os primeiros estão associados as rochas sedimentares, e os segundos, principalmente as rochas ígneas e metamórficas (o calcário apesar de origem sedimentar apresenta porosidade secundária).

Aqüíferos contínuos

Esses tipos de aqüíferos caracterizam-se por uma fase sólida, constituída por grãos de natureza petrográfica, forma e dimensões muito variadas e apresentam espaços vazios de pequenas dimensões definidos como poros ou interstícios que são ocupados por líquidos ou gases: água, ar ou vapor de água.

A maior ou menor potencialidade desse tipo de aqüífero depende, principalmente, do percentual de vazios da matriz da rocha (porosidade total) e da conectividade entre eles (permeabilidade). Muitas vezes esses poros podem ser preenchidos por material ("cimentação") que diminui o volume de vazios e algumas vezes por material fino que podem tornar a rocha totalmente impermeável.

Considerados em conjunto, os arenitos são, sem dúvida, os melhores aqüíferos, fornecendo mais água que todos os demais aqüíferos reunidos, em função de além da sua larga distribuição, das suas boas características de armazenamento e permeabilidade. Outros aqüíferos sedimentares importantes são as areias e cascalhos.

Por originarem-se principalmente de materiais oriundos de outras rochas, as características dos aqüíferos sedimentares dependem principalmente do tipo da rocha matriz, do modo de transporte, da distância da fonte ao ambiente de deposição e do ambiente de sedimentação.

Os aqüíferos contínuos podem ainda ser classificados, em função da pressão a que está submetida a água, em freáticos ou livrese confinados .

 

Aqüíferos livres

A forma da superfície superior da zona de saturação, ou do aqüífero, é denominada de superfície do lençol ("water table"). depende da topografia do terreno, em parte, tendendo, em geral, a acompanhar a conformação da superfície do solo. A ocorrência da água subterrânea em alguns aqüíferos está subordinada à superfície do lençol. Significa dizer que o limite superior do aqüífero é definido pela própria superfície do lençol.

Na superfície do lençol a água nos poros do aqüífero encontra-se sob pressão atmosférica como se estivesse em um reservatório ao ar livre,e nessas condições o aqüífero é denominado de lençol de superfície livre , lençol freático ou aqüífero livre . A pressão hidráulica em determinado ponto do lençol freático é igual a sua profundidade, medida da superfície livre até o ponto em questão, podendo ser expressa pela coluna de água ou pressão hidrostática, em metros.

Quando um poço é perfurado em um lençol freático, o nível estático da água no poço é o mesmo que o da superfície livre do aqüífero. A superfície livre do lençol não é estacionária, movendo-se periodicamente para cima quando a zona de saturação recebe mais água de infiltração vertical e para baixo, nos períodos de estiagem, quando a água armazenada previamente flui para as nascentes, cursos de água, poços e outros pontos de descarga da água subterrânea.

Aqüíferos confinados

Quando um aqüífero se encontra entre duas camadas impermeáveis ele se encontra confinado. Pelo fato da camada confinante superior ser impermeável, a água se encontra sob uma pressão maior que a pressão atmosférica, sendo o aqüífero denominado deaqüífero confinado ouágua subterrânea confinada .

Quando um poço é perfurado através da camada superior confinante atingindo o aqüífero, a altura da água no poço representa a pressão a que se encontra submetida a água no aqüífero. A pressão hidrostática em determinado ponto do aqüífero, expressa em metros de água, é igual à distância vertical desse ponto àquele nível.

A elevação alcançada pela água em um poço que atinge um aqüífero confinado é definida como o nível piezométrico. Uma superfície imaginária representando a pressão em todos os pontos ou parte de um lençol confinado é asuperfície piezométrica . Esta é análoga à superfície efetiva do lençol dos aqüíferos freáticos.


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Página de Referência : http://www.geocities.com/cesol999/TipodeAquiferoParteI.htm

Autor: Carlos Eduardo Sobreira Leite

Citação do autor em bibliografia : LEITE, C.E.S.


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