Boletim Mensal * Ano VII * Setembro de 2008 * Número 63

     

 

 

É TRISTE, MAS É VERDADE:- É PRECISO, COM URGÊNCIA, EDUCAR OS EDUCADORES.

A revista Veja nº. 2074, ano, 41, nº. 33, de 20/08/2008, paginas 72 e seguintes, escreve o seguinte:- “Uma pesquisa mostra que para os brasileiros tudo vai bem na escola. Mas a realidade é bem menos rósea: o sistema é medíocre.

A Veja examinou apostilas de 130 livros de História, Geografia e Português, adotados em mais de 2.000 escolas do País.

Cerca de 75% deles trazem informações distorcidas por miopias ideológicas.”

“Os especialistas consultados nesta pesquisa foram: os economistas Mailson da Nóbrega e Sergio Vale; o filosofo Roberto Romano; os historiadores Marco António Villa e Octaciano Nogueira.”

Há já alguns anos que escrevemos neste Boletim que se ensina errado nas escolas, colégios, universidades e, até, nos cursos de doutorado e mestrado.

Depois, o problema maior, é que o estudante no nosso País não estuda para aprender, ele estuda para fazer as provas que lhe são apresentadas e concluir o curso.

Uns dias atrás eu pude constatar que, mesmo no mestrado se ensina errado e, alguns mestres, espalham “fantasias” e não cultura.

Num seminário realizado numa conceituada escola desta cidade, nós ouvimos uma professora de História mostrar a todos os presentes a sua falta de preparação na palestra que proferiu e responder, quase ridiculamente, às perguntas que lhe foram dirigidas.

Aconselhamos aos alunos daquela conceituada escola que esqueçam o que ouviram.

Mesmo numa palestra muito bem feita, como foi a que falou sobre os reflexos no campo militar com a vinda da Família Real para o Brasil o palestrante teve um pequeno detalhe que não citou que, por si só, foi o principio do apressamento da independência do Brasil.

No dia 20 de Março de 1816 morreu no Rio de Janeiro, a Rainha D. Maria I, “A Louca”.

Em 21 de Março, o Príncipe Regente tomou posse do trono como Rei do Brasil, do Reino de Portugal e dos Algarves e das Províncias Unidas da Guiné, Angola, etc., etc., fez do Rio de Janeiro a capital do Império e nomeou o Marechal Inglês Beresford como Comandante do Exercito Portugues e, na pratica como um Vice Rei de Portugal.

A partir dessa data e até ao dia 5 de Junho de 1821 Portugal foi colônia do Brasil, situação que só acabou naquela data quando D. João VI chegou a Lisboa e as Cortes portuguesas não o deixaram desembarcar sem que assinasse a carta constitucional que retirava todos os poderes ao Governo que já existia no Brasil que voltava a ser uma simples colônia (A Rainha Carlota Joaquina não assinou a carta constitucional e ficou presa no Palácio de Queluz, de era proibida sair, até sua morte).

Mas já era tarde. Na véspera de embarcar para Portugal, D. João VI foi ao Senado do  Brasil, no Rio de Janeiro, (um fato muito interessante sucedeu nessa sua ida ao Senado, o povo desatrelou os cavalos que puxavam a carruagem real e puxou-a ate a porta do Palácio do Senado) e assinou a carta constitucional brasileira que nomeava D. Pedro como Vice Rei do Brasil com plenos poderes para resolver as questões do Vice Reino, assessorado por 4 Senadores por ele também nomeados.

Foram as sucessivas retaliações a esta resolução de D. João VI que fizeram as cortes portuguesas tentar, de todos os modos possíveis, fazer o Brasil voltar a colônia que levaram ao “Dia do Fico” e ao “Grito de Ipiranga”.

Depois desta pequena explanação, voltemos ao artigo da “Veja”.

As cerca de 40 falhas encontradas pela pesquisa feita pela revista mostram que, os “fazedores” de apostilas não são educadores e sim destruidores da cultura.

Leiam esta preciosidade:- “A China era um dos países mais pobres do mundo e as mudanças instaladas e estruturadas por Mao Tsé-Tung promoveram o crescimento econômico do país”. “Geografia, pag. 217, Ed. Quinteto Editoriais.”

Comentário:- Sob Mao Tse-Tung, 30 milhões de chineses foram assassinados e 70 milhões morreram de fome”.

Procurando bem talvez possamos encontrar algo que diga que Fidel de Castro implantou a democracia em Cuba!!

Sr. Ministro da Educação, antes que os livros de estudo virem compêndios de burrice, nomeie uma comissão de mestres, devidamente habilitados que, depois de avaliarem minuciosamente os livros que se pretende editar para ensino, autorizem a sua publicação.

Já será muito tarde, mas com vontade, chega-se lá.

 

Foto:- “1808”, Laurentino Gomes, Editora Planeta do Brasil, Ltda., São Paulo, 2007. A melhor fonte para se estudar a estadia da Família Real no Brasil.

        

 

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