Boletim Mensal * Ano V * Abril de 2007 * Número 49

           
   

ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

 vence, com 42% dos votos, o concurso,


“GRANDES PORTUGUESES”
 

   
 

António de Oliveira Salazar, seguido de Álvaro Cunhal e Aristides Sousa Mendes, foi eleito o melhor dos «Grandes Portugueses» através de um concurso televisivo promovido pelo canal público RTP provocando uma situação incomoda da interpretação destes resultados por vários historiadores e sociólogos que tentam minimizar as repercussões históricas deste concurso televisivo.
Inicialmente excluído da lista do concurso da RTP «Os Grandes Portugueses», António de Oliveira Salazar foi incluído quase à «última da hora» após múltiplos protestos dos telespectadores do canal estatal luso, acabando por ser o eleito dos 10 últimos selecionadas: Afonso Henriques, Álvaro Cunhal, Aristides Sousa Mendes, Fernando Pessoa. Infante D. Henrique, D. João li, Luís Vaz de Camões, Marquês de Pombal, Vasco da Gama e Salazar.
Trinta e sete anos após a sua morte, António de Oliveira Salazar continua a suscitar uma multiplicidade de sentimentos junto da população portuguesa.Ódio. admiração, indiferença e curiosidade são o cocktail de emoções que o ex Ditador de Santa Comba Dão ainda provoca junto dos portugueses, criando agora a situação «politicamente incorreta» incomoda após ter sido eleito o «Grande Português»de sempre destronando nomes que marcaram a resistência contra o regime do Estado Novo que propulsionou Salazar a totalitarismo.
Após um longo período de tabu editorial, pós-revolução do 25 de Abril, de se abordar independentemente a questão de Oliveira Salazar o mundo livreiro luso compreendeu rapidamente que a marca «Salazar» provocava importante sucessos editorais de vendas.Um sinal á discreto do interesse português pelo «seu ex ditador» que acabou por se refletir neste concurso televisivo.
«Imaginem que Álvaro Cunhal ganha este concurso» comentava um lisboeta num restaurante da capital portuguesa«, peguei o telemóvel (celular) de todos os meus colegas e amigos e votei Salazar»confessou. Uma atitude que reflete também o «combate» partidário nos bastidores do concurso travado através do voto numa personalidade de «direita» ou «esquerda», segundo as convicções políticas, ou um voto meramente histórico ou cultural.
Todavia o voto político prevaleceu.
Concursos similares deram resultados menos polêmicos, Winston Churchill na Inglaterra, Charles de Gaulle em França, Konrad Adenauer Alemanha Ronald Reagan nos EUA. Os checos elegeram figuras como, Václav Havel (ex-presidente e dramaturgo) e Dvorak (compositor). Os Sul-africanos, Nelson Mandela (ex-presidente) e Christiaan Barnard (cirurgião que desenvolveu a técnica do transplante cardíaco), enquanto na Finlândia fez parte da lista, Jean Sibelius (compositor). Os belgas optaram por Jacques 8rel (cantor), Eddy Merckx (ciclista) e Hergé (criador do Tintim). O programa também foi produzido na Malásia e Equador, encontrando-se neste momento em produção no Chile.

(Contínua na pág. 8)

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