|
Apesar
de só na conferencia de Zamora, em 1143, entre os reis de Leão, de
Portugal e o Cardeal legado Guido de Vico, e depois do rei de Portugal
prestar vassalagem ao Papa ter sido reconhecido o Reino de Portugal, foi
em 25 de Abril de 1140 que D. Afonso Henriques usou, pela primeira vez,
o titulo de Rei.
É por isso que os herdeiros do
trono de Portugal consideram esta data como o início da Monarquia e da
fundação de Portugal.
A segunda vez que a mesma data
é, de novo, referida na História, é a de 25 de Abril de 1821, no
vice-reino do Brasil.
Foi nessa data que regressou ao
reino, depois de um pouco mais de 13 anos no Brasil, o Rei D. João VI e
a sua corte.
No mesmo dia ficou na História
o gesto da Rainha Carlota Joaquina, que aniversariava na data, ter
tirado os sapatos ao entrar na fragata que a levava para Lisboa, batido
um no outro e ter dito “nem o pó do Brasil quero levar para Portugal”.
A terceira vez que o mesmo dia
é de novo citado, é a 25 de Abril de 1974 quando, sem disparar um só
tiro e com cravos vermelhos nos canos das espingardas, a “Revolução dos
Capitães” derrubou o regime da 2ª. Republica iniciada a em 28 de Maio de
1926, a chamada “Ditadura Salazarista”, implantada pelo Primeiro
Ministro António de Oliveira Salazar, que governou o País entre 1932 e
1968.
Era o objetivo de tal movimento implantar a
liberdade política no País com a livre formação de partidos de qualquer
ideologia, por fim à guerra colonial e dar independência às colônias,
fazendo delas países livres e democráticos.
O modo como se concedeu a
independência às colônias ainda ninguém contou ou escreveu com clareza
para que possa ficar na História a verdade dos fatos. Acho que o Dr.
Mario Soares, um dos poucos membro participante das conferencias de
Alvor e de Kinsasha, ainda vivo, deve isso aos mais de dois milhões de
refugiados políticos que essas independências originaram.
Depois, milhares de portugueses
deixaram de acreditar nela quando o Partido Comunista Português fechou o
maior símbolo da oposição ao Governo de Salazar, o Jornal “A REPUBLICA”
e apodou de fascista o seu diretor, RAUL REGO que, com a sua boina
basca, era um dos maiores, mais conhecido e respeitado anti salazarista.
Quanto às democracias que se formaram após
a independência das colônias, salvo a exemplar exceção da Republica de
Cabo Verde, foi o caos que aí está à vista de todos.
ENTRADA -
Página 02 |