Boletim Mensal * Ano V * Abril de 2007 * Número 49

           

 

O 25 de Abril e a História de Portugal
 

Apesar de só na conferencia de Zamora, em 1143, entre os reis de Leão, de Portugal e o Cardeal legado Guido de Vico, e depois do rei de Portugal prestar vassalagem ao Papa ter sido reconhecido o Reino de Portugal, foi em 25 de Abril de 1140 que D. Afonso Henriques usou, pela primeira vez, o titulo de Rei.
         É por isso que os herdeiros do trono de Portugal consideram esta data como o início da Monarquia e da fundação de Portugal.
         A segunda vez que a mesma data é, de novo, referida na História, é a de 25 de Abril de 1821, no vice-reino do Brasil.
         Foi nessa data que regressou ao reino, depois de um pouco mais de 13 anos no Brasil, o Rei D. João VI e a sua corte.
         No mesmo dia ficou na História o gesto da Rainha Carlota Joaquina, que aniversariava na data, ter tirado os sapatos ao entrar na fragata que a levava para Lisboa, batido um no outro e ter dito “nem o pó do Brasil quero levar para Portugal”.
         A terceira vez que o mesmo dia é de novo citado, é a 25 de Abril de 1974 quando, sem disparar um só tiro e com cravos vermelhos nos canos das espingardas, a “Revolução dos Capitães” derrubou o regime da 2ª. Republica iniciada a em 28 de Maio de 1926, a chamada “Ditadura Salazarista”, implantada pelo Primeiro Ministro António de Oliveira Salazar, que governou o País entre 1932 e 1968.
       Era o objetivo de tal movimento implantar a liberdade política no País com a livre formação de partidos de qualquer ideologia, por fim à guerra colonial e dar independência às colônias, fazendo delas países livres e democráticos.
        O modo como se concedeu a independência às colônias ainda ninguém contou ou escreveu com clareza para que possa ficar na História a verdade dos fatos. Acho que o Dr. Mario Soares, um dos poucos membro participante das conferencias de Alvor e de Kinsasha, ainda vivo, deve isso aos mais de dois milhões de refugiados políticos que essas independências originaram.
        Depois, milhares de portugueses deixaram de acreditar nela quando o Partido Comunista Português fechou o maior símbolo da oposição ao Governo de Salazar, o Jornal “A REPUBLICA” e apodou de fascista o seu diretor, RAUL REGO que, com a sua boina basca, era um dos maiores, mais conhecido e respeitado anti salazarista.
       Quanto às democracias que se formaram após a independência das colônias, salvo a exemplar exceção da Republica de Cabo Verde, foi o caos que aí está à vista de todos.

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