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Caderno de Cultura Caetiteense
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Os Primeiros habitantes de Caetité
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ORIGEM DO NOME DE CAETITÉ
ÍNDICE
JUSTIFICATIVA
UM ERRO ANTIGO
OS TAPUIAS
BIBLIOGRAFIA
Caderno de Cultura Caetiteense - Conteúdo de livre reprodução, desde que citada a fonte:
André Koehne - Site Cultural do Município de Caetité - Bahia - 2002-2009
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UMA CONCLUSÃO, FINALMENTE
CAETITÉ - ORIGEM DO NOME
  Graças ao contributo do Professor de História e Acadêmico Zezito Rodrigues da Silva, pudemos trazer a lume - para os que inda duvidam da origem dos nossos primeiros habitantes - as seguintes obras, que transcrevemos trechos agora, esperando assim dirimir vez por todas o equívoco:
3.2 - ATIVIDADES RESPONSÁVEIS PELA MULTIPLICAÇÃO  DOS NÚCLEOS URBANOS
Uma faceta da história urbana da Bahia pouco conhecida é a que diz respeito às origens dos núcleos que ao longo do tempo evoluíram para vilas e cidades.
Diferentes de outras regiões do globo onde o povoamento se deu de modo espontâneo e muito lento, o povoamento da Bahia se fez através de uma colonização de certo modo orientada para a exploração econômica do território. Desta maneira, a tarefa de identificar os fatores locacionais responsáveis, grosso modo, pelas origens dos atuais núcleos urbanos do Estado, não é das mais difíceis (...) tais como:
A.(...)
B. O aldeamento dos índios realizado pelas missões religiosas tem, também, importante papel no surgimento de núcleos urbanos. Como ficou esclarecido (...) os jesuítas e padres reuniam em aldeias fundadas por eles próprios, os índios das cercanias a fim de lhes ministrar os ensinamentos cristãos e da língua portuguesa, além de discipliná-los nos trabalhos domésticos e agrícolas. Estes pequenos núcleos criados com aqueles objetivos lograram muitas vezes grande êxito, evoluindo ao longo do tempo para vilas e cidades. Observa-se que a atividade missionária teve um grande peso na conquista do território baiano e expansão do povoamento.
(...)Outras aldeias possuíam localização difusa como Conceição do Coité, Ipirá, Maracás, Ituaçu, Condeúba, Caetité, Macaúbas, etc. (grifamos). ( em Sylvio C. Bandeira de Mello e Silva, et allii, "Urbanização e Metropolização no Estado da Bahia").
E, finalizando, o magistral extrato de Dias Tavares, cujo mapa acima grifamos:
(...) Entre o Rio Pardo e o de Contas habitavam numerosas tribos de camacãs, nogoiós, gongoiós e crancaiós. Os camacãs são aparentados com as tribos dos kataxós e meniens.
Vale do rio Paraguaçu e serra do Sincorá - os maracás estavam nas vizinhanças dos camacãs. O rio de Contas era o limite sul do território destes índios que habitavam o vale do Paraguaçu e a serra do Sincorá, com prováveis incursões pelas serras de Juazeiro e Caetité.Carlos Ott acredita que os maracás são os paiaiás referidos em documentos antigos.
Esta a história de um erro que muitos não lograram escapar, trazendo para Caetité uma aldeia de índios que jamais habitaram nossa região. O fato de o topônimo Caetité ser de origem tupi, explica-se: esta foi a língua adotada pelos padres para se comunicar com os nossos silvícolas - tendo Anchieta inclusive publicado uma gramática deste idioma.
Nossos primeiros habitantes, jês, da tribo Camacã, ou também chamados mongoiós, deixaram para o futuro não apenas o gene misturado em nossos moradores. Demonstraram, com inscrições rupestres, que sua cultura era rica, criativa. Terminamos esta parte do Caderno, com a imagem de seus escritos, perpetuados na Gruta das Vargens, a alguns quilômetros da sede da cidade.
INSCRIÇÕES RUPESTRES - GRUTA DAS VARGENS - CAETITÉ - BAHIA

foto Adailton Carvalho - 2002
Expedição da Divisão de Cultura
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