Sete Gatos e uma Louca!

Capítulo 9 - Elefantes não Incomodam não!


- O que foi que eu disse sobre a carta?

- Por isso mesmo. - explica Mulder. - Vamos nos tornar insuportáveis e aí a senhora vai poder entregar a carta. Vamos lá, pessoal! E um, dois, três e já...

- Um elefante incomoda muita gente! Dois elefantes incomodam muito mais! - todos os cinco estavam cantando a música do elefantinho ao redor da tia Nastácia: Mulder, Jack, Hotohori, Lex e Shiryu. - Três elefantes incomodam muita gente, quatro elefantes incomodam muito mais........

Minutos depois....

- Cento e trinta e sete elefantes incomodam muita gente, cento e trinta e oito elefantes incomodam muito mais! Cento e trinta e......

- CALEM ESSAS MALDITAS BOCAAAAAS!! - era Vegeta gritando com as mãos tapando os ouvidos. - Eu não agüento maaaaais!!

- Mas Vegeta. Essa é a nossa estratégia para conseguir a carta que está com a tia. - Mulder se explica.

- E por acaso já notaram que não está dando resultado nenhum? - Vegeta aponta para tia Nastácia que ainda estava cantarolando baixinho a música do elefantinho enquanto piruetava pela cozinha. Os cinco olham decepcionados para ela, percebendo que ela estava era gostando.

- Eu não entendo... - Mulder ficou pensativo. - No filme funcionou perfeitamente...

- Bah! Só poderia ter sido idéia sua mesmo se basear num filme idiota qualquer! - Vegeta sai grunhindo.

- Ei meninos! - grita tia Nastácia. - Vamos continuar a canção do elefantinho? Eu adoro ela!

- Não tia... - Mulder baixa a cabeça. - Uma outra hora quem sabe....

- Ahhh... Que pena.. Tava tão legal, mas tudo bem... Vocês se esforçaram tanto e ficaram todo esse tempo aí cantando pra tia que ela vai dar a carta pra vocês.

- Vai mesmo, tia Nastácia?! - o sorriso de Mulder volta a iluminar-se seguido pelo dos outros quatro.

- É... Fiquem aqui que eu vou buscar a carta. - ela sai a caminho de seu quarto.

- Ei, Shiryu! - fala Lex. - Vai chamar o carrancudo do Vegeta! Avisa a ele que a gente conseguiu!

- Não precisa... - Vegeta fala por trás deles. - O carrancudo do Vegeta já está aqui. Não acredito que conseguiram dobrar a velha com aquela besteira de elefantes.

- Funcionou ao contrário do filme... - Mulder sorri. - Ela gostou tanto que vai nos entregar a carta... O importante é funcionar, não é?

- Com certeza! - Jack confirma.

Minutos depois, tia Nastácia volta.

- Aqui está, mas ela pediu pra vocês lerem os sete juntos... O menino Aoshi... Ele ainda está no quarto.

- Que se dane! - Vegeta grita. - Vamos ver logo o que está nessa maldita carta!

- Espera, Vegeta... - Shiryu se aproxima da tia e pega a carta que está lacrada em um envelope. - Vamos até o quarto de Aoshi... Não custa ler a carta lá, não é?

- Quantos contratempos! - ele resmunga. - Se é pra ir, então vamos de uma vez.

Os seis seguem na direção do quarto de Aoshi. Lá chegando, Shiryu bate de leve na porta e pergunta se eles podem entrar. Aoshi responde rispidamente que sim.

Após entrarem, Aoshi os encara um a um. Hotohori se mostra emocionado em vê-lo bem.

- Aoshi... - Hotohori se aproxima um pouco mais. - Que bom que está bem. Estou muito feliz com a sua recuperação.

Aoshi o olha calado como se o avaliasse melhor.

- Você é Hotohori, correto? - ele pergunta.

- Sim, eu sou Hotohori.

- Eu também devo agradecer a você pelo que fez por mim...

Contudo, numa ação inesperada, Hotohori abraça Aoshi como se fosse um irmão ou um pai. Os olhos de Aoshi expressam a completa surpresa sentida durante o inusitado ato de Hotohori. Depois de se afastar, o imperador de Konan achou por melhor justificar.

- Quando eu te vi daquele jeito, Aoshi, eu implorei a Suzaku que não o deixasse morrer tão longe de sua casa e de seus amigos. Eu acreditei na sua recuperação com todas as minhas forças. Te ver bem é uma grata felicidade representada pelo sentimento de um pedido atendido.

- Minha... casa? Meus... A-amigos? - Aoshi repete confuso. - Isso é bobagem! Morrer aqui ou em qualquer outro lugar não iria fazer diferença.

- Não preciso acreditar que suas palavras são sinceras. - Hotohori sorri para ele. - Prefiro acreditar que ainda esteja revoltado com tudo isso e por isso diz coisas desse gênero.

- Hum... Afinal, o que vieram fazer aqui? - Aoshi pergunta olhando para todos.

- É que conseguimos pegar a tal carta que te falei na hora do seu café, Aoshi. - é Shiryu quem explica.

- E daí?

- Devemos ler a carta quando todos estivermos reunidos. - Shiryu continua explicando. Por isso viemos até aqui.

- Chega de explicações, Shiryu! - Vegeta grita procurando uma cadeira para se acomodar. - Começa logo a ler essa droga de carta!

Aoshi desvia seu olhar diretamente para Vegeta e o fita por vários segundos. Vegeta, é claro, percebe, mas nem se importa.

- Ok... Vamos ver o que diz a carta. - Shiryu rasga o envelope.

Mulder, Jack e Lex sentam-se na borda da cama de Aoshi. Este último procura o parapeito de sua janela mais uma vez. Hotohori permanece de pé, assim como Shiryu.

- Vou começar... - avisa Shiryu. O ambiente é de expectativa. - "Prezados Senhores: Shiryu, Vegeta, Mulder, Jack, Hotohori, Lex e Aoshi. Sejam bem-vindos à minha casa. Convido-lhes a considerarem-na como vossa enquanto estiverem usufruindo de suas acomodações. Escrevi essa carta imaginando se vocês iriam ou não realmente ter a chance de lê-la. Fico imaginando também quem estaria lendo-a neste momento... Tenho alguns palpites... Talvez Lex ou Shiryu. Será que acertei?".

- Que idiotice! - Vegeta grita. - Ela não diz nada que valha a pena?

- "Um outro palpite meu é que Vegeta deve ter resmungado alguma coisa sobre a falta de informação na parte inicial desta mensagem..." - Shiryu continua lendo e todos olham paara Vegeta com um risinho nos lábios. - "Ele assim como todos vocês devem estar esperando muitas respostas por entre essas linhas. Não sei se poderei ajudar muito nesse primeiro contato, mas com certeza será um grande ponta-pé inicial. O que vocês fizeram para conseguir a carta da tia Nastácia? Ela costuma seguir muito bem as ordens que lhe passam.".

- Cantamos a música do elefantinho! - Jack é quem interrompe dessa vez.

- "...E o que devem estar pensando sobre mim, agora? Será que acham que sou louca? Bom, talvez eu seja... Por isso podem me chamar de Éli...".

- Éli? - Mulder acha estranho. - A letra "L" do alfabeto? "L" de louca?

- Aqui está escrito Éli.. - explica Shiryu. - E, L, I... Acento agudo no "E". Continuando: "O intuito de toda essa superprodução é algo muito simples, apesar de complexo. Tudo isso foi feito para que vocês sete pudessem conviver por algum tempo num mesmo espaço. Todo esse ambiente foi criado para vocês, com exceção da própria ilha (é claro! Ia demorar muito criar uma ilha!). Nesse primeiro momento, digo-lhes que uma das minhas grandes intenções era fazer com que se conhecessem. Isso já deve estar bem encaminhado. Vão perceber que existem diferenças incríveis entre vocês... Uns mais calmos, outros mais agitados... Uns mais comunicativos, outros reservados... Uns mais doces, outros mais amargos... Contudo, sei que a convivência entre vocês é perfeitamente possível. Compreendo que é bastante difícil acreditarem que tudo o que move toda essa notável engenhosidade é simplesmente amor e admiração... Compreendo também que devem estar me odiando por se considerarem seqüestrados por alguém que não fazem idéia de quem seja e que os mantém fora do alcance de parentes e amigos por um tempo que para vocês ainda não foi determinado. Eu sinto muito... Mas um convite formal não os traria para onde estão e é muito importante que estivessem exatamente onde estão. Convenhamos, o local não é de todo ruim... Para terminar essa mensagem, gostaria que soubessem que há meios de falar comigo quando precisarem. Peçam a chave do sótão à tia Nastácia. Lá vocês encontrarão uma TV de 29''. Não pensem que poderão assistir filmes ou qualquer outro tipo de programação. A TV não servirá para isso...".

- Droga! - Mulder resmunga. - Eu já estava feliz.

- "Essa TV especial está programada para receber e enviar sinais através de uma enorme antena instalada na ilha. Existe uma programação em sua memória baseada em rotinas executadas em simples programas de Chats... Em outras palavras, nós poderemos conversar via teclado através da tela da TV todas as vezes que se fizer necessário. O teclado está junto da TV no sótão. Ela deve ser ligada nas tomadas preparadas especialmente para recebê-la na sala principal, localizadas do lado esquerdo da janela desse cômodo com vista para o gerador de energia. Por enquanto é só isso. Tentem ficar bem! Éli."


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