Sete Gatos e uma Louca!

Capítulo 8 - Procurando as Respostas


- Hotohoriiiiiiii!!! Hotohoriiiii!! - Mulder e Jack vinham correndo de encontro a eles e de longe gritavam pelo nome de Hotohori.

- O que deu naqueles dois? - Hotohori coloca uma das mãos sobre a vista para proteger-se do Sol e tentar olhar na direção que eles vinham.

- Nós achamos a Miakaaaaaa!!! - grita Mulder ainda de longe.

- O quê? - Hotohori mostra-se completamente surpreso. - A Miaka está aqui? A minha Miaka?

Os dois enfim os alcançaram.

- Onde está ela, Mulder? Fale! Onde vocês a encontraram?

- Ah, ela estava perdida por aí... Acho que estava procurando por você.

- A Miaka veio me procurar! Ela estava preocupada comigo! Mas por que vocês não a trouxeram até aqui?

- Claro que nós trouxemos! Jack, mostre a ele!

Jack tinha algo dentro da camisa. Ele enfia a mão e traz uma pequena gatinha.

- E aí, Miaka? - Jack brinca com ela. - A gente achou ela do outro lado da ilha, Hotohori. E aí? Tá feliz?

- Isso por acaso é alguma brincadeira? - grita Hotohori.

- Ué... mas por quê? - diz Mulder. - Essa aqui não é a Miaka?

- Lógico que esse animal não é a Miaka!

Todos começam a gargalhar das caras de Mulder e Hotohori se fitando.

- Como não? Ontem você disse que a Miaka era a sua gatinha que tinha ficado no escuro... - conclui Mulder.

- Correção... - intromete-se Vegeta. - Você disse isso, Mulder.

- Mas ele não negou, então era verdade. - Mulder defende-se. - E ela é tão bonitinha, não é Miaka? - Mulder pega a gatinha das mãos de Jack.

- Não ouse chamar esse animal pelo nome da Miaka! - grita Hotohori.

- Tá legal, tá legal... Não vou mais chamar!

- Que brincadeira sem graça, hein, Mulder? - Shiryu diz aproximando-se dele e pegando a gatinha nos braços.

- Mas Shiryu... Eu não fiz por mal. Achei que era a Miaka!

- É uma gatinha bem bonita... - Lex se aproxima de Shiryu e é sua vez de pegar a gatinha. - Será da dona dessa casa?

- Provavelmente... - conclui Jack. - Já que não é a Miaka... Eu proponho que o nome dela seja... Gatinha... Quem discorda?

- É brincadeira! - diz Vegeta irritado, afastando-se do grupo em seguida.

- Não Vegeta! É sério! Não é um bom nome? - Jack diz levantando Gatinha para o alto, fazendo todos rirem. - Ninguém discorda?

- Por mim tanto faz... - Shiryu dá sua opinião. - Chamem-na do que quiserem...

Jack olha para os outros e todos permanecem calados.

- Ok! Pessoal, essa é a "Gatinha"!

- E qual é a novidade? - Mulder cochicha com Lex que apenas ri balançando a cabeça.

- E eu volto a perguntar. - Lex insiste após decidirem o nome da Gatinha. - Como será a estratégia?

- Estratégia? - Mulder franze a testa.

- Estamos tentando criar uma estratégia para conseguirmos pegar a carta da tia. - esclarece Shiryu.

- Hum... Sei... Eu tenho uma idéia... - Mulder diz.

- Que idéia? - Lex pergunta.

- Alguém aqui assistiu ao filme "Ghost, do outro lado da vida"?

- Eu vi! - Jack é o primeiro a se manifestar.

- Eu também. - responde Lex. - Mas o que isso tem a ver com a nossa situação?

- Eu não vi. Não sou ligado em filmes. - diz Shiryu.

- Ei! Hotohori! E você? - Mulder olha para Hotohori que estava um pouco mais afastado de todos.

- Não fale comigo, seu insensato! - Hotohori grita com Mulder.

- Ah Hotohori! Não faz isso não, cara! - Mulder se aproxima dele. - Foi sem querer! Eu juro!

- Não quero saber! Você não devia ter me iludido daquela forma.

- Mas Hotohori... - Mulder começa a brincar com ele por causa do termo "iludido". - Eu prometo que nunca mais voltarei a te iludir! Meu amor por você é sincero!

- Pára com isso, Mulder. - Hotohori diz baixinho olhando de lado. Ele vê os outros já se preparando para a zombaria.

- É maior que eu, Hotohori... Você é irresistível! Eu quero te beijar! Eu estou louco para te beijar! Eu vou te beijar agora! Vem cá! - e partiu pra cima de Hotohori com os braços abertos.

- Nãooooo!!! - Hotohori grita colocando as mãos na frente do corpo na tentativa de se proteger. - Tá legal... Vamos esquecer aquele mal-entendido da Miaka, ok? - ele estende a mão para Mulder.

- Ok! - Mulder aperta a mão dele.

- E nada de beijos!

- Hahahaha!!! Nada de beijos! - Mulder concorda. - E aí? Pronto para a execução da estratégia?

- Sim! Eu vou fazer parte! - Hotohori fala seguramente. - Mas, como é isso? Não entendi nada do que estava falando.

- Não se preocupe! Eu vou explicar. - diz Mulder enquanto os outros se aproximam dos dois para poderem ouvir. - Mas vamos agir só depois do almoço, ok? Vai que a tia fica com muita raiva e decide deixar a gente com fome!

- Nós não devemos fazer nada contra a tia Nastácia, Mulder. - Shiryu se manifesta.

- Não se preocupem! Não vamos fazer nada de mau... Ou nada de muito mau, hehe...

E eles ficam lá conversando até a hora do almoço.

Tia Nastácia bate à porta e escuta alguém permitindo-lhe a entrada. Ela entra.

- Menino Aoshi... Eu trouxe o seu almoço... Você não foi almoçar com o pessoal.

- Ainda não tenho fome. - ele estava sentado no parapeito da janela olhando para o tempo lá fora.

- Acho que você gostou desse lugar. - ela diz colocando a bandeja sobre uma mesinha próxima à cama.

- É um belo lugar e transmite muita paz à alma. Pena que seja uma ilusão.

- Não é ilusão, menino Aoshi. É tudo real...

- Real pra quem?

- Pra todos vocês... - ela diz com um sorriso.

- Me diga... Como eu pude permitir que me capturassem daquela forma e me trouxessem pra cá contra a minha vontade? Me responda!

- Essa é a sua dor? Só isso?

- A senhora acha que isso é pouco? A senhora não faz idéia...

- É você que não faz idéia, menino Aoshi. Tem gente aqui muito forte. Forte em muitos sentidos... força física, força financeira, força espiritual também... E isso não ajudou nenhum deles a se livrar dessa viagem.

- Qual é o intuito? - ele pergunta semicerrando os olhos.

- Existe um sim, mas não é possível explicar com palavras. O menino entende?

- Não... Eu não entendo.

- Eu já sabia que essa seria a resposta, mas com o tempo todos vão entender.

- Por que a senhora não me explica?

- Por que não dá... Não ia fazer sentido agora. E eu também não ia saber como fazer isso, menino. É coisa de sentir... Não de dizer.

- Essa mulher... O que ela pretende fazer comigo?

- Ela não vai fazer nada...

- Seja o que for, eu não vou permitir...

- Eu já disse que ela não vai fazer nada... Ela é uma pessoa muito boa, que admira você.... Que se importa com você....

- Isso é ridículo! Ninguém pode se importar com uma pessoa sem nem ao menos conhecê-la.

- Mas ela conhece você menino. Conhece muito bem pelo que eu pude perceber.

- Impossível... Nem eu me conheço muito bem.

- Você pensa assim... E ninguém vai mudar isso por enquanto.

- Eu considero-lhe cúmplice dessa pessoa!

Tia Nastácia já estava se preparando para deixar o quarto quando Aoshi disse isso. Ela se virou para ele e sorriu.

- Obrigada filho... Foi bom ouvir isso. - e sai encostando a porta devagar.

"Considerou um elogio?? Mas por quê?? O que há por trás disso tudo?", ele pensava enquanto descobria a bandeja com seu almoço. Aoshi observava agora o cuidado com que tinha sido preparado. "Por quê?", essa interrogação não saia de sua cabeça.

Quando tia Nastácia chegou na cozinha, encontrou cinco dos sete sequest... quer dizer, convidados a sua espera. Foi Mulder quem falou.

- Tia... A gente está aqui para pedir uma coisa.

- Pois peçam...

- A carta que a senhora tem pra entregar a gente. A gente quer ela.


Capítulo 9

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