Sete Gatos e uma Louca!

 

Hello! Retornando das cinzas, “Sete Gatos e uma Louca!”, hehe! Para os que achavam que essa fic não teria final, eu digo: “não sei se terá final, mas mais um capítulo hoje, com certeza”. Mas calma, claro que vai ter final...

Well, mas faz tanto tempo que eu não posto um capítulo, acho que ninguém mais se lembra em que pé que está a história, não é mesmo? Ok, vamos lembrar algumas coisas:

 

* Shiryu descobre, por intermédio de tia Nastácia o primeiro nome de Éli:

- Ela deve ser uma boa pessoa no final das contas... Éli... Éli de que, tia?

- Eu não devo dizer...

- Nem pra mim? - ele a olhou com carinho - Aquele a quem a senhora chama de líder, mas que de líder não tem nada...

- Você é muito especial, menino Shiryu. Na opinião da tia, o mais prudente de todos! Tão sensato, tão íntegro!

- A senhora diria "tão digno de saber pelo menos o primeiro nome dela"?

- A tia diria isso também... Mas é que...

- Fico pensando o que eu poderia fazer com apenas um nome... Não poderia fazer nada, não é mesmo?

- É verdade... mas...

- E além do mais - ele a interrompeu de novo - não temos mais câmeras por aqui... Só o nome, tia... O primeiro nome...

- Tá bem... - tia Nastácia suspirou - Éli de... Lenore... - falou muito mais por pressão do que por querer.

- Lenore... - Shiryu repetiu baixinho - Bonito... soa bem... Lenore... Sabe, tia.. Eu queria vê-la. Olhar pra ela e perguntar de onde surgiu essa idéia tão maluca de trazer sete homens que nunca se viram a uma ilha sem o consentimento deles.

 

· Pego de supresa, Shiryu acaba dizendo a Aoshi o primeiro nome de Éli:

Gatinha, no entanto, não estava a fim de conversa. Ela deu outro salto para sair da rede e partiu dali correndo velozmente na direção da praia. Shiryu limitou-se apenas a admirar toda aquela "arrumação".

- Sua maluquinha! - ele falou sozinho - Sua dona deve ser mesmo a Lenore. Vocês combinam...

- Lenore? Quem é?

Shiryu olhou para trás assustado.

- Aoshi? Como faz isso?

- Isso o que?

- Chegar dessa forma sem ser notado... Eu não percebi que estava aí.

- Você estava distraído olhando a gata louca e pensando em Lenore. Quem é ela?

- Bem... ela é...

- A senhorita Éli? - Aoshi concluiu antes mesmo de Shiryu responder.

- É... é isso mesmo... o nome dela é Lenore...

 

· Chegaram na ilha várias garotas a pedido de Jack (Naru, Buffy, Kate, Jesse, Botan, Max, Mina e Tomoyo). A piloto do helicóptero chama-se Lenore e ela é a nossa louca. Aoshi e Shiryu são os únicos que sabem disso até o momento. Vegeta apenas desconfia que Lenore e Éli são a mesma pessoa, na verdade ele tem quase certeza. E Lex parece estar muito interessado em nossa piloto.

Nesse momento, saiu do helicóptero uma outra garota.

O grupo de rapazes observou, mas ao contrário do que esperavam, ela não seguiu em direção a eles e sim na direção da casa. Tratava-se de uma garota bem jovem, de corpo fino, cabelos castanhos-dourado e cacheados que alcançavam a cintura. Usava óculos escuros e um conjunto preto de blusa com mangas ¾ e calça estilo corsário.

- Quem é ela? - Shiryu perguntou ao grupo de meninas.

- Hã? Ah... ela? - Naru olhou na direção em que Shiryu apontou. - Não se preocupe com ela... É apenas a piloto do helicóptero. Deixa que a cozinheira cuida dela. Aliás, tem uma cozinheira aqui, não tem? Pelo menos avisaram a gente que não precisaríamos fazer nada na cozinha!

.....................

- Sinto não poder ajudar. Acho que vou tomar um banho... - a garota disse após tia Nastácia deixar o recinto e já estava prestes a fazer o mesmo quando Lex perguntou-lhe uma última coisa:

- Como se chama?

A jovem virou o rosto novamente em sua direção e sorriu.

- Me chamo Lenore... - ela respondeu.

Lex só agradeceu com a cabeça e Vegeta nem ligou, mas alguém ali tinha ficado completamente perturbado com a revelação: Aoshi.

.....................

- Mas a Miaka não está aqui! - Jack insistiu. - E você, Lex? Vai encarar a ruivinha "arretada"?

- Não. Não estou interessado nela.

- E está interessado em quem? - Aoshi, que só ouvia, não resistiu ao comentário.

- Aoshi, se está com tanto ciúme de Lenore, não devia agir assim.

- Ciúme de quem?! - Shiryu perguntou, assustado.

- Lenore... A piloto que trouxe as garotas - Lex respondeu.

- É mesmo? - Shiryu desviou o olhar diretamente para Aoshi. - Muito interessante, mas acho que vou buscar mais cerveja. Aoshi? Quer vir comigo?

Aoshi levantou a cabeça com ares de surpresa.

- Eu??

- Sim. Você não quer mais cerveja?

- C-claro... - disse por não conseguir pensar em outra resposta.

Os dois saíram caminhando até à cozinha.

- Então a Lenore está aqui?

- Parece que sim...

.....................

O deslocamento do ar causado pelos impulsos que Vegeta estava aplicando no balanço fazia os longos cabelos soltos de Lenore se agitarem, indo para trás quando ela ia para frente e vice-versa. Mais alguns impulsos e Vegeta parou o balanço.

- Como disse que era mesmo o seu nome? - Vegeta estendeu a mão para ela para que se levantasse do balanço, demonstrando assim que até os saiyajins poderiam ser gentis se assim eles quisessem.

- Lenore...

- Lenore... - ele repetiu. - Foi o que eu achei que tivesse ouvido. Mas na hora não dei atenção.

- E por que deveria? Sou só a piloto das garotas...

- É, eu sei. Só que eu percebi o óbvio, senhorita Lenore - deu ênfase ao "Lenore".

- E o que foi?

- Lenore começa com "Éli".

Ela sorriu. - Tem razão - concordou. - Lenore realmente começa com "L". Acho que isso não era nenhum segredo... Pelo menos não para aqueles que conhecem o alfabeto...

- Então você admite!

- Admitir o quê?

- Que você é a mulher que nos reuniu neste lugar! Você é a tal Éli!

- Só porque o meu nome começa com L não significa que eu seja ela. L é uma letra muito comum... Se eu fosse realmente ela, provavelmente teria dado um outro nome qualquer para vocês... Qualquer um que não começasse com.... L... Não parece lógico?

- Mas não é só isso - Vegeta lançou-lhe um olhar desafiador. - Por que a garota soltou o Jack quando viu você aqui?

 

· Shiryu foi falar com Lenore, contar a ela que sabia que ela era a Éli e deu-lhe um prazo para que ela contasse o segredo aos outros. No momento, ela acha que só Shiryu sabe a verdade, mas lembrem-se, Aoshi também sabe:

- Então? - Lenore indagou com um sorriso.

- É... bom... Não sei como dizer isso, Lenore... mas eu sei que você é a Éli...

Lenore franziu a testa e respirou pesadamente.

- Andou ouvindo as teorias do Vegeta... - não tinha sido uma pergunta.

- Vegeta? - ele lançou-lhe um olhar de surpresa. - Não... nem falei nada com ele a esse respeito... Não ainda...

- Tudo bem. Então você tem sua própria teoria sobre isso. Que aliás não deve ser tão diferente da de Vegeta, ou seja, Lenore começa com L, logo...

- Não é por isso, Lenore. Eu não estou supondo através de teorias. Eu... sei que você é ela... Entende?

- Por que... por que está falando assim, Shiryu?

- Desculpe. Pouco antes de você chegar, eu descobri que o "L" era de Lenore... Daí, quando me disseram seu nome ontem à noite, eu não precisei supor nada.

- Você está blefando! - Lenore quase gritou, demonstrando nervosismo.

- Não, Lenore. Sei que você sabe que eu nunca faria isso...

"Menina Lenore, tem uma coisa sobre Shiryu que a tia precisa lhe contar...", Lenore lembrou-se. "Ele sabe!", pensou imediatamente. "Ele sabe! Mas que droga! Ele sabe! O que é que eu faço agora?!".

- Shiryu, eu...

- Por favor, Lenore. Não minta para mim - ele pediu de forma gentil.

Ela fitou o chão. Como poderia mentir para ele? Sentia que não mais conseguiria depois disso. Ele sabia. E Lenore sabia disso.

- Como... soube? - embora ela fizesse uma idéia de como, resolveu indagar. Os olhos pousaram nos dele. Havia apreensão. A verdade admitida num sopro de pergunta.

.....................

- E por que cismou justamente com nós sete? Por que é tão importante para você que nos tornemos amigos?

- Porque... eu amo vocês...

Shiryu ouviu. E sabia que ouviria algo parecido com isso - pelo que ouvira certa vez de tia Nastácia -, mas nunca pensou que tais palavras o afetariam daquela forma. Mil vezes idiotas eram aqueles que não acreditavam na força do amor! Mil vezes amaldiçoado era o ódio que se contrapunha a tão poderoso sentimento. Sua simples menção era capaz de atordoar até os mais fortes guerreiros. Baixou os olhos. Mas algo ainda não fazia sentido... algo ainda precisava ser explicado...

- Como? Como pode nos dedicar tal sentimento se mal nos conhece?

- Está enganado. Eu os conheço muito bem. Só não vou explicar quando nem como, pelo menos não agora. Só peço que não conte a eles ainda, Shiryu!

- Não, Lenore... Eu não contarei...

- Obrigada! - ela quase sorriu ao mesmo tempo em que mais uma lágrima deslizava por sua face. - Muito obrigada, Shiryu!

- Não vou contar... porque é você quem vai.

- O quê? Como assim?

- Você tem até a meia-noite de hoje, minha amiga... Depois disso, me sentirei na obrigação de conversar com eles.

- Até meia-noite? Mas é muito pouco tempo!

- Mas é só o que você tem, Lenore... Afinal, seu objetivo já foi alcançado, você não acha?

- Está bem... - baixou a cabeça. - Até meia-noite...

 

· Lenore tem uma conversa bastante séria com Aoshi, ainda em seu quarto, quando o espadachim vai procurá-la assim que Shiryu sai de lá. Ele quer saber se Shiryu contou ou não a ela que ele sabe a verdade, mas encontra muito mais que isso... Encontra um abraço...

- Pois eu vou lhe dizer. Veio aqui para conversar comigo. E conversar significa compartilhar. Compartilhar, senhor Shinomori! Sejam sensações, situações, sentimentos... não importa! Compartilhar é tentar não se entregar à solidão que a vida, ordinária e traiçoeira como sabemos que é, nos impõe a cada segundo que respiramos.

- Do que você está falando? - ele franziu as sobrancelhas. Estava confuso com toda aquela conversa.

- Estou tentando dizer que você é um ser humano. E como todo ser humano, precisa das pessoas. Você não é auto-suficiente!

- Eu não estou dizendo isso! - ele quase gritou.

- Está! Não com palavras, mas com o olhar! - ela também elevou a voz.

- De fato não sei o que estou fazendo aqui - disse, dirigindo-se à porta.

Lenore levantou-se num ímpeto e o segurou pelo braço.

- Nós ainda não terminamos... - murmurou, mudando assim drasticamente o tom de sua voz.

- Não se pode terminar o que nem sequer se começou - respondeu.

- Fique... - Ainda segurando-o pelo braço, ela se aproximou mais. Era bom senti-lo. E percebeu que queria um pouco mais daquele superficial, mas muito agradável contato. Tomou-lhe a frente e inesperadamente o abraçou.

A diferença de altura entre eles era notável - o espadachim era muito mais alto. Aoshi não esperava por mais aquela atitude e ficou totalmente sem ação. Lenore permaneceu assim, agarrada a ele por um bom tempo. E ele sem nada dizer ou fazer. A única coisa que queria era deixar aquele lugar o mais rápido quanto fosse possível para nunca mais cair na maldita tentação de demonstrar carinho por alguém. Quase passou as mãos pelos cabelos dela, mas, quando enfim considerou a possibilidade, ela se afastou com os olhos no chão.

 

Capítulo 26: Meus Agentes Preferidos


Minutos depois Lenore surgiu na sala. Parecia tranqüila agora. Passou pelas meninas e lhes deu um suave bom-dia, sendo retribuída da mesma forma. Teve o mesmo comportamento ao passar pelo grupo de quatro rapazes formado por Shiryu, Jack, Mulder e Hotohori. Desejou-lhes bom dia, sorrindo. Eles também sorriram, enquanto alguns aproveitaram para avaliá-la melhor:

- Até que o Lex tem bom gosto - Jack comentou após ela sumir de vista. - A garota é bem bonita.

- Pelo menos é mais bonita que a ruiva mandona que o escolheu. Acho que ele saiu ganhando na troca - Mulder completou.

- Os cabelos dela são muito bonitos - Hotohori, distraidamente, observou.

Os outros automaticamente olharam para ele.

- O que foi? Por que estão olhando para mim assim?

- Escuta, Hotohori... - Jack passou o braço pelos ombros do imperador e foi dizendo: - Você só reparou no cabelo, foi?

- N-não.... - Hotohori respondeu, vermelho. - Reparei em outras coisas também, mas...

- Mas nada! Fale das pernas, fale da bunda, fale dos seios, Hotohori... mas, por favor, não fale do cabelo!

Todos riram. E Hotohori ficou completamente sem jeito e ainda mais vermelho.

A intenção de Lenore era seguir para a piscina, mas ouviu muitos risos do grupinho que tinha se formado dentro da casa e resolveu voltar.

- Também gostaria de saber o que foi tão engraçado - disse ao se aproximar. Estava sorrindo.

- Nada... - Shiryu respondeu. Todos haviam parado de rir no instante em que perceberam sua presença. - Bobagem do pessoal...

- Ah! Eu adoro bobagens! Vamos lá, rapazes! Contem-me, por favor!

- É que... - Jack ia começar a explicar, mas Aoshi olhou feio para ele e o agente parou. - Diz, você, Mulder.

- É que o Hotohori observou como seu cabelo é bonito. É isso. E é mesmo, viu! Não é Jack?

- Ô! Lindo! Não tirei os olhos deles nem por um segundo quando você passou por aqui. Agora mesmo não consigo parar de admirá-los.

Hotohori olhou de lado. Como eles conseguiam ser tão dissimulados daquela forma?

- Só isso? - ela continuava sorrindo.

- Só... Queria mais alguma coisa? - Shiryu respondeu.

- Não... Só que isso não é nada engraçado. Pensei que fôssemos rir a valer. Digamos que eu esteja desapontada. - Ela olhou para Jack: - posso falar com você?

- Comigo? - ele ergueu uma sobrancelha em surpresa. - Claro! Se for particular, melhor ainda.

- Então pode contar com esse melhor ainda.

- Certo! - exclamou. Depois olhou para os companheiros: - Rapazes, me dêem licença que preciso falar com a jovem aqui presente.

- Não vou tomar muito do tempo do amigo de vocês - ela explicou.

Shiryu achou estranho. Será que a intenção dela já era contar a verdade? Mas por que para Jack primeiro? Ele achara que se Lenore optasse por contar toda a verdade em particular para cada um deles, o primeiro da fila seria Lex.

Jack afastou-se do grupo ao lado de Lenore. Eles saíram caminhando, calados. Ao passar pela piscina, Lenore viu Vegeta e Lex tomando um pouco de sol. Ambos de sunga e óculos escuros. Lex a viu e ergueu-se imediatamente da cadeira onde estava. Tirou os óculos e a fitou sério por um bom tempo. Depois lançou-lhe um sorriso e voltou para sua posição inicial. Lenore também sorriu e seguiu caminho com Jack.

- Deixa disso, garoto... - Vegeta falou assim que eles passaram.

- Deixar disso o quê, Vegeta? O que foi que eu fiz?

- Você está passando uma impressão errada pra todo mundo. Aqueles outros estão todos pensando que você está apaixonado por ela.

- O quê?

- É isso mesmo! Por isso, deixa disso!

Lex nada respondeu.

Já no caminho para a praia...

Lenore continuava calada. Jack já estava começando a estranhar. Então resolveu perguntar:

- Você tem algum recado pra mim?

- Recado?

- Sim. Da Éli.

- Não... na verdade era eu que queria conversar com você. Achei estranho quando soube que um de vocês tinha solicitado garotas aqui na ilha. Mas mais estranho ainda foi a Éli ter atendido.

- Estranho foi mesmo. Nunca pensei que ela atenderia àquele pedido meu.

- E está feliz agora que as garotas estão aqui?

- Eu não sei... Acho que já estava na hora era dela estar aqui. Você sabe de algo a esse respeito?

- Sobre ela vir falar com vocês? Não... não sei... Mas acredito que isso não vá demorar.

- É bom que não demore mesmo.

- Por que a pressa?

- É que eu quero muito conhecê-la. Quem sabe se eu olhar bem dentro dos olhos dela, eu possa conseguir compreendê-la um pouco.

- Compreender o porquê dela ter trazido vocês até aqui?

- Isso.

- Eu não sei se conseguiria...

- Por quê?

- Porque ela é uma pessoa difícil de ser entendida.

- Você a entende?

- Guarde essa resposta, Jack. Muitas vezes eu não entendo nada do que passa pela cabeça dela...

- E olha que você já trabalha com ela há algum tempo, não é?

- Há bastante tempo mesmo...

- Será que é louca de verdade?

- Será?

- Estou perguntando, oras! Afinal você tem a vantagem de conhecê-la.

- Às vezes penso que sim... às vezes penso que não... E a resposta é “eu não sei”.

- Boa resposta. Melhor não se comprometer, não é isso?

- É isso...

- Então você me chamou para conversar sobre as meninas?

- É... - ela sorriu. - É que fiquei curiosa em conhecê-lo. E também queria saber qual foi a sensação em ter um pedido como esse atendido.

- Entendo. Eu gostei. As meninas são lindas! E vão ajudar a descontrair.

- Pena que seja por pouco tempo...

- É? Como sabe? Não me diga que tem ordens para levá-las embora logo!

- Isso é confidencial... - sorriu de novo. - Mas é mais ou menos isso, sim.

- Eu sabia que ela não ia deixar as meninas ficarem! Eu sabia!

- Na verdade, vai haver algumas mudanças por aqui até amanhã...

- Sério? O que vai mudar?

Lenore não respondeu.

- Mudanças? - Mulder perguntou.

Lenore e Jack levaram um susto. Olharam para trás instantaneamente para encontrarem Mulder bem ali, praticamente colado a eles.

- O que faz aqui, Mulder? - Jack perguntou, arisco. - Pelo que eu entendi, ela queria falar comigo em particular.

- Não tem problema... - Lenore sorriu para Mulder.

- Viu só? Não tem problema, Jack. Eu vim porque achei que talvez ela tivesse algo a falar sobre a Éli... Vocês estão conversando sobre ela?

- Mais ou menos... - Jack respondeu. - A gente estava avaliando se a tal Éli era louca mesmo.

- E é? - Mulder sorriu.

- Não sabemos... - foi Lenore quem respondeu.

- Pois eu estou louco para conhecê-la! No bom sentido da palavra!

- É verdade?

- Sim, senhorita - Mulder confirmou. - Estou muito ansioso. E algo me diz que não vai demorar nada, nada para que a Éli apareça por aqui.

- Pode ser que esteja certo, Mulder... - Lenore concordou. - E o que fará quando isso acontecer?

Mulder pensou um pouco. Era uma pergunta direta e objetiva, mas, acabava de perceber, muito difícil de ser respondida.

- Não sei... - ele voltou a sorrir. - Eu sinceramente não sei... Talvez eu a seqüestre um pouco também.

Lenore abriu um sorriso e Jack revirou os olhos. Mulder estava atraindo toda a atenção da conversa para ele.

- E para que faria isso? - Lenore insistiu.

- Para quê? Para saber como ela se sentiria ao ser seqüestrada. É isso...

- Pelo que conheço dela, acho que iria adorar.

- Fale-nos dessa parte, senhorita - Mulder pediu.

- Que parte?

- Dessa que diz respeito ao que você conhece dela...

- Ah! Certo. O que quer saber especificamente?

- Ela é bonita? - Jack aproveitou a brecha para se interpor na conversa novamente.

- Bonita? - Lenore fez pose de quem estava pensando a respeito. - Não acho, não...

- É sério? Ela não é bonita? - Jack insistiu.

- Mas eu sou muito crítica quando se trata de avaliar pessoas do sexo feminino. Estou dizendo que eu não acho, mas pode ser que, aos olhos de outras pessoas, ela até seja.

- Ela é uma multimilionária excêntrica. Admita... - Mulder disse, tranqüilo. - E está se divertindo a valer com esse joguinho... Vamos, admita.

- Não é bem assim... - Lenore fechou o sorriso.

- Então como é? - Mulder insistiu.

- Fala como se tudo isso aqui fosse um jogo no qual vocês são as peças...

- Ótima definição! - exclamou Mulder. - Muito boa mesmo!

- Eu não acredito que seja assim tão simples... - Lenore continuou. - Mas também não estou aqui como advogada dela.

- E está aqui como quê? - Jack perguntou.

- Como uma funcionária somente - ela sorriu.

- Uma funcionária que anda conquistando corações - Jack disse, malicioso.

- Do que está falando?

- Do grande charme que você tem, senhorita. Já envolveu um de nós e não tarda envolver mais uns outros... - foi Mulder quem respondeu.

- Ainda não entendi...

- Estamos falando do Lex! - Jack explicou. - Está encantado por você! Mas eu não o culpo. Você o culpa, Mulder?

- Nem um pouco.

- Ora, parem com isso. Não é o que estão pensando. O Lex é um ótimo rapaz. Muito educado, muito cavalheiro, simpático e prestativo.

- Ihhhh! - Jack riu. - Parece que a recíproca é verdadeira.

- Só porque eu o elogiei? Vocês dois também são tudo isso, sabiam? Simpáticos, prestativos, educados e lindos!

- Sei... - Mulder olhou de lado. - Mas o Lex é mais, não?

- Não. Não é não. São igualmente simpáticos, lindos, educados e prestativos! E estou muito feliz de estar aqui para poder conhecê-los a todos!

Então Lenore ofereceu um braço para Jack e o outro para Mulder.

- Vamos voltar? - ela pediu.

- Vamos - os dois responderam, cada um passando um braço em volta do que lhes fora oferecido.

E lá foram os três de volta para a casa.

Ao se aproximarem da piscina, Lenore soltou-se deles.

- Bem, se me dão licença, preciso falar com o Lex agora.

- Claro que sim - Jack abriu um sorriso. - Fique à vontade. Não queremos atrapalhar, não é, Mulder?

- De forma nenhuma.

- Já disse que não é o que estão pensando. Eu só quero ter uma conversa séria com ele. Jack, Mulder, prometo que ainda hoje conversaremos também.

Os dois agentes não entenderam bem o que ela quis dizer, mas não se importaram muito com isso. Simplesmente assentiram e se foram para dentro da casa. Lenore olhou na direção em que Lex estava. Ele continuava no mesmo local que o vira antes de sair com Jack. Vegeta também. Resolveu aproximar-se da dupla.

- Oi! - ela disse ao ficar de frente para eles.

- Olá! - Lex respondeu com um sorriso.

- Ora se não é a motorista... - Vegeta afirmou com um meio sorriso.

- É piloto, Vegeta - Lex o corrigiu.

- Oh, claro! Piloto. Mas... não é tudo a mesma coisa? Ambos não... dirigem?

- Sim, Vegeta... - Lenore concordou sem perder a esportiva. - Tem razão.

- E já que estamos falando em direção... - Lex esboçou um sorriso um tanto maroto - Quero saber quando terei direito a uma certa volta num certo Bel 360 que me foi prometida.

- Hoje... - Lenore respondeu.

- Hoje? - Lex ficou surpreso. Não esperava por tal resposta.

- Por que não dizer agora? - Lenore foi além e o surpreendeu ainda mais.

- A-agora? Claro! Vai ser ótimo! Deixe-me colocar uma roupa e...

- Não precisa, não - disse, maliciosa. - Você está muito bem assim.

- Mesmo assim, acho melhor por mais alguma coisa - ele respondeu com a face corada. Depois saiu em direção à casa.

- Senta aí... - Vegeta ofereceu, com sua típica gentileza, a cadeira onde Lex estava para Lenore.

Ela obedeceu e sentou-se.

- Então... - ele começou - empregados podem passear com os convidados?

- Não tenho escolha. Eu prometi.

- Sei. E também prometeu ser enxerida daquele jeito?

- Enxerida? Eu?

- Sim. Você. Não queria deixar o rapaz vestir a roupa. Que coisa feia...

- Não tenho culpa se vocês ficam melhores assim - e apontou para a sunga de Vegeta, que tentou não ficar vermelho, mas sem muito êxito.

- Gostaria de ver como fica de biquíni.

- Gostaria mesmo?

- Se eu já disse que gostaria...

- Infelizmente você só vai poder imaginar, Vegeta... - disse ela, levantando-se ao avistar Lex, que já vinha de volta.

- Isso eu já fiz... Não é a mesma coisa... - Vegeta concluiu no momento em que Lex os alcançou.

- O que não é a mesma coisa? - perguntou o rapaz, tendo ouvido apenas a última frase da conversa.

- Piloto e motorista... Enfim estou convencido - respondeu o príncipe dos saiyajins com um meio sorriso.

- Vamos? - Lenore chamou, tentando corta logo aquela conversa.

- Vamos, sim... - Lex sorriu.

- Na volta, converso com você, Vegeta - ela falou seriamente.


Capítulo 27

Capítulo 25

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