Last Land

Sexto Dia - Lembranças, as Peças que Montam o Passado

Capítulo 24 - Momentos Psicodélicos


Com grande velocidade, o gigantesco gênio louva-deus humanóide vai em direção do castelo.

Xarigan segura-se como pode sobre a cabeça do monstro.

O chefe da aldeia, totalmente alucinado para invadir o castelo, mal questiona quem seja esse aliado surgido repentinamente.

Como se fosse o mestre do gênio, ele em voz alta ordena:

- Vamos! Preciso entrar lá o mais rápido possível, antes que me notem!

Nem Suzako, nem o próprio gênio respondem à sua frase.

Xarigan observa que algumas pessoas estão à porta do castelo e erguem suas espadas e, em questão de segundos, Quitame encontra-se em desvantagem numérica, pois surgem Windom e Ceres à sua frente.

Aborrecido o ex-detetive sobrenatural ordena:

- Não permita que eles me atrapalhem!

Marine, dentro de seu gênio, vira-se para Anne, também dentro do seu gênio e diz:

- Vamos Anne! Defender Zefir mais uma vez!

Anne, com sua voz suave:

- É claro que sim! Vamos proteger a paz que retorna agora. Não vamos jamais deixá-la ir embora de novo.

Marine agora olha para Sandhye, tremendo, ainda no portão do castelo.

- É assim que temos que agir! Vai, garota medrosa! Chama o seu gênio!

Sandhye, vendo Ceres olhando para ela, sente ainda mais medo dos berreiros da outra guerreira.

Aproveitando esta perda de tempo dos oponentes, o gênio Quitame dá um ruído grotesco, fazendo com que várias cavidades abram-se em sua carapaça e dela começam a sair gafanhotos pequenos, mas com cabeças de leões, que vão numa nuvem contra Windom e Ceres e começam a roê-los, provocando muita dor nos gênios e em suas Guerreiras.

- GAFANHOTOS INFERNAIS! - grita o nome do poder, Suzako, enquanto os pequenos monstrengos fazem seu trabalho macabro.

Para protegerem-se, Windom e Ceres lançam seus poderes do vento e da água, envolvendo seus próprios corpos e varrendo aquelas criaturas carnívoras de seus corpos.

Dentro do castelo, apesar dos apelos dos amigos, Lucy corre para uma janela e agora vê o que está acontecendo em Zefir. No seu salão amplo está acompanhada de várias pessoas, inclusive Rayearth.

Lucy:

- Eu tenho que ir lá! Não vou deixar elas lutarem sozinhas.

Clef:

- Não, princesa Lucy! Você não pode ir! Não pode se arriscar!

Lucy contesta:

- Minha missão é defender Zefir! Como núcleo e como Guerreira Mágica!

Clef:

- Zefir não pode se arriscar a perder o núcleo de novo!

Lucy se aproxima de Rayearth:

- Você concorda comigo, não é? Vamos lá!

Rayearth:

- Eu até concordo com você, mas eu não sou mais um gênio. Perdi meus poderes a ponto de virar novamente apenas uma criatura mágica.

- E... eu não sabia! Me perdoe!

Ela vira-se para a janela, olha e diz:

- Quer dizer que tudo que posso fazer agora é assistir?! - volta-se para o sacerdote - Como aquela mulher pôde criar todas aqueles gênios através de Rayearth?! Não há uma maneira de Rayearth voltar a ser um gênio?

Clef:

- Lucy, lamento, mas não tenho idéia de como Seikiakko conseguiu poderes como esse. Para se criar ou desfazer a vida de um ser milenar, tem que se usar a vida de outro ser milenar, mas isso é coisa que só Brafma pode fazer.

Lucy:

- E como explica os gênios da Esmeralda, de Zagard e mesmo de Nova e Debonner?

Rayearth:

- Lucy, além dos gênios elementais, existem outros não elementais que também são criados por Brafma. Na verdade, os gênios não elementais um dia já o foram, e auxiliaram Guerreiras Mágicas assim como nós, porém quando eles chegaram a mil anos, Brafma tirou deles o poder elemental para passar a novos escolhidos e eles são obrigados a criar uma energia alternativa como luz, trevas, som e variados. Estes gênios se unem, não a Guerreiras Mágicas, mas a pessoas que compartilham de um objetivo comum, mesmo que sejam maus. Na verdade, grande parte se revolta por perder importância em Zefir e vemos aí união com criaturas como Debonner. Embora não pareçam, os gênios também possuem livre arbítrio. Você pode observar por Landover. Sendo assim, o núcleo e mesmo pessoas de Zefir podem criar criaturas, mas um gênio, somente Brafma o faz.

Lucy:

- Então... o que é aquela mulher?

Ninguém ali, porém, tem condições de responder.

Fora do gigantesco castelo de cristal, a nova batalha entre gênios continua.

Nesse instante Quitame desvia-se por pouco do imenso jato d'água do ataque de Ceres. Xarigan quase cai por isso.

Xarigan:

- Cuidado! Está sendo muito lento! Me leve para dentro do castelo, já!

Suzako esbraveja:

- Você sabe que não é tão fácil!

Quitame revida, atingindo Ceres com um corte horizontal no abdome, feito com o braço serrilhado, e tal corte se reflete no corpo da Guerreira das Águas.

Suzako:

- Por onde quer entrar no castelo?

Xarigan observa que de uma das janelas um homem faz sinal para ele. É Nero.

Xarigan:

- Por ali. - aponta.

Neste momento surge Windom e lança jatos de ar contra Quitame, que formam círculos ao seu redor, o prendendo.

Contudo, no momento em que esses anéis estão se formando, Xarigan, com toda sua força, salta da cabeça de Quitame e quica sobre a cabeça de Windom, descendo por trás do gênio, usando sua espada para cortar as costas do gênio de cima a baixo , causando uma dor terrível em Anne, e ainda usa as costas de Windom como apoio para colocar os pés, empurrar e saltar em direção a uma janela do castelo, sendo que, por sorte, agarra a mão do seu aliado, que quase cai, puxado por causa da força da queda, mas Nero consegue puxar Xarigan para dentro.

O gênio com a características mais defensiva de todos porém resiste a este ataque e tenta virar-se e quase enfia a mão para tentar pegar Xarigan a beira da janela com seus dedos enormes em proporção ao homem, porém surge mais um problema, é o gênio da morte, que chega repentinamente vindo de debaixo da ilha flutuante do castelo e logo agarrando Windom pelo pescoço, não com duas, mas com quatro mãos, ironicamente sufocando Anne ali dentro.

De longe Marine fica apavorada e volta ao combate

- Não! Anne! - e ataca- Tufão azuuul!!

Uma espécie de jato de água ainda mais grosso que o Dragão Marinho é lançado contra Dwhell, mas Quitame que revida usando sua nuvem de gafanhotos para que sirvam de bloqueio, e funciona.

Suzako de Quitame:

- Pensa que Dwhell vai matá-la? Não se iluda, não pretendemos dar-lhes o paraíso.

Windom vai caindo para o solo à frente do castelo, a guerreira não está inconsciente, assim o gênio não pode tomar seu controle, mas a garota está enfraquecida demais e com certeza a queda pode ter um fim trágico.

Sandhye assiste, sabe que tem que invocar Landover para impedir a queda do outro gênio, mas não consegue; seus braços e boca estão paralisados devido ao medo e insegurança que a domina.

Windom cairia perigosamente no chão, não fosse surgir, repentinamente, abaixo dele um tapete de caules, que, em décimos de segundos desabrocham grandes flores de pétalas largas e grossas, cor de rosa, tornando o local onde Windom cai, um tapete macio.

Tal milagre havia sido feito por Kurama, que, por sorte, surgira saindo do castelo e atirou suas sementes.

Sandhye vira-se para ele e agradece:

- Obrigada, você a salvou.

Kurama exausto arfa de cansaço e quase cai, sendo ajudado por Sandhye.

- Isso foi incrível, mas você quase desmaiou de cansaço!

Kurama, num tom suave de voz, diz palavras ásperas:

- Se eu não tivesse chegado a tempo, a queda dela seria fatal. O meu cansaço é preferencial a uma queda como aquela.

Sandhye abaixa a cabeça envergonhada.

Kurama coloca dois dedos no queixo da garota e ergue seu rosto, lhe dizendo com voz mansa:

- Sandhye, eu não estou te repreendendo, eu apenas quero que você perceba que se em determinadas situações você simplesmente não fizer nada, sofrerá muito mais de arrependimento.

Sandhye o olha, e nota no semblante do ruivo uma sabedoria sobrenatural, que finalmente desperta sua mente.

- A Fonte! - diz ela, entusiasmada - Finalmente entendi o que a Fonte Eterna quis me dizer!

Kurama não sabe exatamente o que houvera com ela, mas percebendo o brilho nos olhos castanhos da garota, nota que ela entendera seu recado.

Sandhye pensa:

- A Fonte me mostrou o que poderia acontecer se eu não interviesse meu pai naquele dia. Hoje eu podia não ter mais meu pai! É isso!

Sandhye olha para o cabeludo com gratidão:

- Muito obrigada, Kurama. Eu prometo enfrentar meus medos.

Neste momento Windom ainda está caído. Ceres está sozinho, cercado por Dwhell e Quitame.

Kurama aponta para a luta dos gênios no alto:

- Veja, é a sua chance, Sandhye! Ela confia em você e eu também.

O meio humano coloca as mãos nos ombros da garota, num gesto de confiança.

Sandhye fecha os olhos, respira fundo e coloca suas mãos em sua cabeça, e com ambas puxa as fitas que prendem seus cabelos, desfazendo o penteado maria chiquinha que sempre usara.

Seus lisos e belos cabelos castanhos escuros caem-lhe sobre os ombros, revelando a beleza em conjunto com seu par de olhos da mesma cor de suas madeixas.

Kurama fica surpreso. Nem ele esperava que Sandhye fosse tão bela. Ela está tão bonita quanto Marine, com a diferença de ter os cabelos mais escuros e poucos centímetros mais curtos.

- Eu fiz isso porque a Sandhye antiga não teria coragem de ir lutar. Dessa maneira eu me sinto como outra pessoa. Só assim conseguirei superar meu medo.

Ela entrega suas fitas de cabelo nas mãos de Kurama.

- Por favor, jogue isso fora pra mim.

Sandhye invoca sua espada e a ergue, mas antes que pudesse falar o nome do gênio um brilho toma conta de sua arma e armadura, que em segundos modificam-se, tornando-se um pouco maiores e mais ornamentadas.

Sandhye olha encantada a mudança:

- Isso quer dizer que eu evoluí?

Kurama, sorrindo:

- Meus parabéns!

Ela olha o cabo de sua espada que agora parece ser maior e envolve mais sua mão, que fica como que escondida ali dentro.

Sandhye ergue a espada e grita:

- LANDOVER!!

O corpo da Guerreira ergue-se no ar, porém o Gênio da Terra aparece à frente da garota.

Landover:

- Me chamaste de novo! Já disse que vou matá-la por isso!

Sandhye treme os lábios com medo de responder, mas diz:

- Mate-me e se tornará um fraco! V... você p... precisa de m... mim! Eu vou lutar!

Landover:

- Você é incapaz!

A Guerreira da terra observa como eles podem estar flutuando. Pessoas não voam, e aquele gigante humanóide, menos provável ainda, porém, Landover assim como um esquilo- voador, ou um morcego, tem uma espécie de pele sob os braços, que fisicamente seria impossível mantê-lo no ar. Talvez as leis da física não sejam iguais em Zefir ou o certo seja aplicar as leis da magia no assunto, ou talvez nem estas leis existam, já que em Zefir quase tudo pode ocorrer.

Sandhye continua com seus argumentos:

- Eu não sou a mesma pessoa! V... vamos!!

Landover aproxima sua cabeça do rosto da garota, que se assusta.

- Pensa que tem poder sobre mim!? Sua escória!

Sandhye irrita-se, mas o seu pavor é muito grande. Porém ela fecha os olhos e solta as palavras que o seu cérebro havia criado, mas que com dificuldade escapam por sua boca:

- Você é que é escória, Landover! O excluído dos gênios de Zefir! Faça algo útil em sua vida longa e fútil e evite que Brafma o castigue!

A garota tampa a boca e arregala os olhos após dizer isso. Ela nem acredita que fora capaz de soltar tais frases.

Landover repleto de ira:

- Maldita! Sua vida vai depender de sua batalha agora! Se falhar comigo, eu a destruo!

Finalmente Landover e Sandhye voltam a se unir e voam para junto de Ceres.

Kurama guarda as fitas de cabelo da garota.

Dentro do castelo, Xarigan, cercado por um bando de aldeões que resolveram ser seus comparsas, diz:

- Agradeço muito terem ficado do meu lado, meus amigos. Agora peço que me levem até o núcleo.

Nero:

- Como o senhor se tornará o núcleo?

Xarigan:

- Só há uma maneira da coroa estar livre. Matando o núcleo atual. É lamentável, mas o mundo continua em colapso, acreditem. Vão me ajudar?

Nero gesticula na hora, indicando sua aprovação. Os demais chegam a olhar uns para os outros, mas todos acabam concordando.

Eles saem porta afora e alguns gesticulam, para que Xarigan os siga. Xarigan vai correndo.

O espadachim rebelde vai para o corredor, encontrando os aldeões complacentes à sua idéia, que o indicam o caminho para chegar ao núcleo.

Nesse ínterim, Priscila, Rafaga e outros já notam que Xarigan não está mais com o gênio. Deve estar no castelo, deduzem.

Shurato voa com seu shakiti pelo corredor do castelo. Ele encontra um aldeão no meio do caminho. Freia, bruscamente, e quase atropela o homem, mas consegue evitar com o custo de cair de seu shakiti e por isso reclama:

- Tá maluco!!?? Por que se meteu no caminho?

Aldeão:

- Eu vi Xarigan! Mas você tá indo pro lado errado! É pra lá!

Shurato:

- Ah, é?! Obrigado.

Shurato sobe no shakiti de novo e parte para o lado oposto.

Noutra parte do castelo, Rafaga passa correndo, quando uma mulher aldeã surge no caminho.

- Senhor Rafaga! Eu vi o invasor! Foi para o salão de Clef!

Rafaga:

- Você tem certeza?

Ela acena com a cabeça, positivamente.

O espadachim muda seu percurso devido a informação da aldeã.

E ainda em outro corredor, Yusuke corre afobadamente em busca do outro detetive sobrenatural, quando também junto a ele surge Nero no seu caminho, já apontando para o lado oposto, para o qual ele corre.

- Ei! Ei! Ele foi pra lá!

Yusuke pára e já vai na direção apontada.

- Valeu, cara!

Urameshi já começa a correr de novo, quando um homem de poucos cabelos surge no corredor.

- Ei, pra onde você vai? - diz ele - Se procura o invasor, ele foi por aqui! - aponta justamente a direção que Yusukee corria antes.

Yusuke aborrecido:

- Peraí! Qual é a de vocês?!

Nero se aproxima, acusando:

- Ele tá mentindo!

O homem calvo retruca:

- Você é que é mentiroso, porque eu iria mentir?!

Yusuke irrita-se:

- Que brincadeira é essa?! - ele pega os dois indivíduos pela camisa e os olha com agressividade e firmeza, berrando - Aí! Qual dos dois tá mentindo!?

O homem calvo sente-se assustado.

Nero também está assustado, mas uma gota de suor nervoso escorre em sua testa.

Yusuke solta o homem calvo, mas continua segurando Nero e indaga grosseiramente:

- Eu esqueci! Pra onde tinha que ir mesmo?

Nero aponta.

Yusuke irado:

- Você apontou pra outro lado da outra vez! Fala, seu espertinho! Cadê o Xarigan?

As aflições não tem fim no castelo. Enquanto isso, Shiryu sofre um interrogatório dos seus amigos em seu quarto.

Hyoga:

- Como pode não lembrar? Das montanhas da China? Do santuário de Atena?

Shiryu:

- Eu não sei mesmo do que você está falando. Não tenho nenhum conhecimento desses lugares!

Seiya:

- Você não lembra de absolutamente nada?

Shiryu nervoso:

- Não! Não sei quem sou eu! Quem são vocês! Nada!!

Seiya:

- Nem da Shunrei você lembra? O mestre ancião?

Shiryu:

- Mestre?! Não sei! Me deixem em paz um pouco! Me deixem andar um pouco por aí! Talvez assim algo me volte à mente.

Kuwabara, que é companheiro de quarto do Cavaleiro comenta:

- O cara tá mal mesmo.

 

No salão de sua sina.

Lucy está quieta. Está apenas sentada numa espécie de trono de mineral escudo, de cor escura, com o formato ornamentado, com figuras sem definição, como se quisessem representar abstratamente o deus Brafma e o poder do núcleo sobre Zefir.

Aos pés de Lucy, deitado, está Rayearth, como um cão de guarda para protegê-la de qualquer perigo.

De repente suas orelhas ficam de pé e viram-se para a porta. Ele ergue a cabeça. Está percebendo alguma coisa.

Rayearth levanta-se e fala:

- Tem alguém estranho chegando.

Lucy:

- Estranho?

Rayearth:

- Sim, eu sinto o cheiro.

O animal mágico vai até a porta. Repentinamente fica nervoso. Sai pela porta para o corredor, de modo a sair da visão curiosa da garota.

A voz de Rayearth, num tom agressivo diz a alguém lá fora:

- Afaste-se!

Lucy indaga:

- Rayearth...? Que houve?

A garota sai de seu trono e anda na direção do corredor, quando vê uma forte luz branca, azulada, no corredor, a qual logo se apaga.

Lucy:

- Rayearth...?

Nenhuma resposta. Por uns segundos, quando, ao invés do animal mágico retornar ao salão, quem vem é Xarigan, que entra no salão e já com sua espada em punho.

Lucy fica bastante surpresa em vê-lo ali.

- Você de novo!? - diz a garota.

Xarigan, com um sorriso malicioso:

- Eu de novo! Sim! E vejo que desta vez você está portando a tiara do núcleo, menina.

Lucy:

- Sim, agora sou o núcleo. Irei proteger Zefir.

Xarigan põe-se em posição de ataque.

- Não, eu serei o núcleo! Eu salvarei Zefir do egoísmo que esta terra vem sofrendo nesses últimos anos.

Lucy nervosa:

- Ei! Não!

Xarigan, sem o menor receio, dá um golpe na direção da garota, que se esquiva e se afasta.

Xarigan:

- Morra logo! Eu assumirei assim que você morrer!

Um novo ataque de Xarigan é repelido pela lâmina da espada de Lucy, que é invocada pela Guerreira.

Xarigan afasta-se um pouco, mas não perde nada de sua coragem:

- Uma Guerreira Mágica que tornou-se núcleo...!! Interessante! Isso não acontece muitas vezes. Então morra! Assim como o núcleo que você mesma matou!

- Me deixe em paz, por favor! Não quero machucar mais ninguém!

Xarigan:

- Que cinismo o seu!

O chefe dos rebeldes volta a atacá-la, agora com golpes de espada ininterruptos. Definitivamente sabe que seu tempo é curto para matá-la, então parte para faze-lo o mais rápido possível.

O tilintar das lâminas que se chocam é incrível. É como um som agudo que entra como uma flecha aos tímpanos. Mas a luta parece ser intencional de um só lado. O núcleo de Zefir apenas usa sua arma para defender-se de Xarigan.

Xarigan:

- Você não é fácil, garotinha, mesmo para um veterano como eu.

A luta dos dois é inquieta. Ambos acabam rodando por todo o salão nesse duelo.

Xarigan já está ficando impaciente, quando, enfim consegue, num golpe certeiro, atingir o cabo da espada da Guerreira, ferindo sua mão e fazendo-a largar a sua arma, que cai e se finca no piso.

Sem perder tempo, ele avança com um golpe fatal contra a adolescente, tencionando cravar sua lâmina no coração de Lucy.

Porém o golpe do homem é impedido, mas nenhum objeto o deteve. Foi algo abstrato, uma energia emanada pelo corpo de Lucy, que repeliu a arma de Xarigan com uma força invisível, que faz a arma larga-se das mãos de seu proprietário e se atira longe, em direção da janela, saindo por ela e caindo na imensidão do castelo.

Xarigan havia perdido sua espada.

Xarigan, impressionado:

- Como você fez isso? Foi poder do núcleo? Você desejou isso?

Lucy:

- Isso mesmo! Eu quis que sua arma fosse lançada fora. Mesmo que você duvide, eu vou manter a paz em Zefir. - diz ela, recolhendo sua espada de fogo de volta na pedra mágica.

Xarigan:

- Que paz?! Não seja hipócrita! Ou você acha que eu não sei o que está acontecendo?

Lucy:

- Do que você tá falando?

Xarigan:

- Não vê quem me deixou entrar aqui? Foram eles!

O chefe dos rebeldes aponta alguns aldeões na porta da sala.

Lucy pasmada:

- Aldeões do castelo? Mas por que? Eu estou mantendo Zefir verdejante novamente!

Xarigan ira-se:

- Alguns quilômetros não é toda Zefir, garota! Você criou um paliativo em volta do castelo, mas deixou o resto do mundo nas mesmas ruínas, com o seu coração egoísta.

Lucy fica aflita:

- Não é possível! Eu fiz tudo direitinho! Zefir não pode estar mais em colapso!

Xarigan:

- Está em colapso! Não duvide de mim! Eu sou de Zefir, amo esta terra! Por isso eu sou o mais indicado para ser o núcleo. E agora que você assumiu, só a morte pode te livrar da coroa e assim ela será adotada por mim.

Lucy ajoelha-se e esfrega seus próprios cabelos:

- Quer dizer que mais esta tentativa minha de ajudar Zefir foi em vão? Não deu em nada eu ser o núcleo?!

Xarigan em tom de piedade:

- Não se preocupe, garota. Talvez você não seja egoísta como imaginei, mas talvez seu desejo não seja forte o suficiente. Ajude Zefir agora. Dê-me a chance de salvar minha terra.

Lucy:

- Salvar Zefir...? Se você diz que pode...

Xarigan, discretamente aproxima-se de um aldeão, que lhe passa uma espécie de estilete e, munido desta arma, ele se aproxima da garota:

Mais uma vez a menina deixa lágrimas escorrerem por seu rosto, enquanto lamenta:

- De novo! Eu falhei com Zefir! Talvez seja melhor eu deixar você tratar de salvar este mundo.

Xarigan, com mansidão:

- Isso mesmo. Eu juro que salvarei este mundo. Dê-me uma chance.

Lucy:

- Você deve estar certo.

Lentamente, Xarigan aproxima-se da garota, agacha-se junto a ela, segura sua cabeça com uma das mãos, e com a outra encosta o estilete em seu pescoço.

Lucy encolhe-se um pouco.

Xarigan:

- Será rápido! E indolor!

A garota não o impede. Fecha os olhos e espera o corte fatal.

- Oi, Detetive sobrenatural idiota! - diz a voz meio de malandro de Yusuke.

Xarigan, contudo, logo nota que isso foi uma tentativa de distraí-lo e apressa a sua tentativa de homicídio, logo tocando a lâmina na pele da garota.

Porém Yusuke, que havia gritado, também usa uma tática extra e disparou um ReiGun, enquanto gritava.

Sendo assim, a magia de Urameshi vai em direção do rosto de Xarigan, que tem que usar a mão da arma para barrar o ataque.

Xarigan coloca a sua mão à frente do rosto para se defender. A arma acaba por ser destruída completamente, porém a mão do homem consegue, com o dedo indicador, absorver a energia do ReiGun. Yusuke fica surpreso, mas não esquece de berrar para Lucy:

- Sai daí, sua garota imbecil! Quer que ele te mate?

Xarigan:

- Isso mesmo! Pelo bem de Zefir!

Xarigan direciona seu indicador brilhante contra a garota, mas ela, repentinamente, ergue-se do chão. Seu corpo incendeia sem se consumir. O vermelho do fogo se mistura com seus cabelos e olhos avermelhados.

Além desse fenômeno, pode-se ver pela janela que em segundos o céu de Zefir volta a escurecer e relampejar.

Lá fora todos, inclusive os gênios se surpreendem com a mudança repentina no ambiente.

Novamente no salão do núcleo, Xarigan aponta para a menina e atira:

- REI GUN!!

O poder do homem porém é desmanchado pelas chamas ao redor de Lucy, que neste instante apresenta uma expressão de ira em que poucas vezes fez na vida. Ela estende seus braços e as chamas alastram-se até Xarigan, causando-lhe feridas e fazendo-o afastar-se.

- Agora! Eu não quero mais morrer! Não vou aceitar!

Yusuke surpreso:

- Que poder! Caramba!

Xarigan pensa:

- Este é o poder do núcleo. O meu futuro poder! - e fala - Este é o desejo do povo, garota! Que eu seja o núcleo. Você tem que abrir mão de sua vida!

Yusuke intromete-se:

- Teus amiguinhos traiçoeiros não me enganaram, babaca! Sabia que estavam mentindo quando diziam onde você estava! Sempre fui bom em mentir! E sabia que ia te pegar aqui.

Lucy berra:

- A minha vida é minha! Eu faço o que eu quiser com ela!

Xarigan irrita-se:

- Maldita alienígena! Você vai arruinar Zefir!

Lucy sai do recinto correndo. Pelo caminho encontra aldeões nocauteados por Yusuke e os que não haviam sido esquivam-se ao ver a garota coberta por chamas, passando pelo corredor.

Enquanto isso, Yusuke desafiador:

- Vem, Detetive covarde! Vem que eu quebro tua cara!

Xarigan:

- Quebrar minha cara?! Se for preciso eu te destruo também, intrometido!

- Vem ver quem é o melhor! Palhaço! - diz Urameshi, logo despachando um soco no rosto do inimigo.

Dois contra dois.

A luta volta a ser equilibrada entre os Neo Mashins e os gênios das Guerreiras.

Landover, ao lado de Ceres, observa seus oponentes, Quitame e Dwhell.

Sandhye:

- Estou aqui, mestra. Eu vou ajudar você.

Marine confirma com a cabeça.

Suzako de Dwhell:

- Pensa que isso te ajudará? Landover é uma vítima perfeita para Dwhell!

Sandhye:

- Você não vai conseguir... eu acho!

Dwhell não tarda em tornar os seus seis braços em sombras novamente e os lança contra o gênio da terra.

- TENTÁCULOS DA MORTE!! - grita Suzako

- Defenda-se! Defenda-se, garota inútil! - berra Landover.

Sandhye ergue os braços à frente e rochas se desprendem do chão lá em baixo e em extrema velocidade amontoam-se, como um escudo, ao redor de Landover, como uma cápsula o envolvendo.

Os braços sombras de Dwhell são impedidos de atingir o oponente, mas eles continuam insistindo, tendo que penetrar por entre as frestas deixadas entre as rochas.

No escuro, envolta pelas pedras, Sandhye sente pavor, ainda mais por saber que se os braços de Dwhell invadirem, ela não os enxergará. Ela se encolhe ali, como um bebê no útero da mãe.

Landover, logicamente, fica na mesma posição.

Landover, irônico.

- Muito bem, Você nos defendeu! Mas não podemos ficar aqui sempre.

Enquanto isso, Marine tem uma luta com Quitame. Ela defende-se com sua espada dos dois braços serrilhados do neo mashin, contudo, mesmo assim, ela vigia a sua aprendiz, vendo a situação em que ela se encontra.

- Tenho que intervir! - diz Marine, que vira-se contra Dwhell e usa o - DRAGÃO MARINHOOO! VAAAI!

O poder aquoso de Ceres atinge Dwhell. Conseqüentemente o Suzako dentro dele, que acaba por se desarmar.

Ceres aproxima-se da "concha" de pedras criada por Landover e, para chamar Sandhye ali dentro, bate com o punho, como se batesse numa porta e, ainda com pancadinhas ritmadas, simulando uma curta música.

- Não tem ninguém! - berra Sandhye - Vai embora!

Marine:

- Sou eu! Pode sair! Eu vou proteger você!

Landover irado:

- Não me faça passar ridículo, garota!

Sandhye hesita por uns segundos, mas acaba obedecendo e sai das pedras, como se saísse de uma casca de ovo, quebrando as beiradas e logo então anula a magia sobre as pedras, deixando que elas "chovam" para o solo.

Marine segura Sandhye (Ceres segura Landover) pelos braços e berra:

- Se disse que vai ajudar, ajuda! Mas se não, vai! Muito ajuda quem não atrapalha!

Landover:

- Idiota! Faz-me passar por humilhações o tempo todo!

Sandhye tampa os ouvidos e se encolhe:

- Tá! Chega de criticar! Chega, por favor!

Aproveitando a perda de tempo, Quitame chega, vindo em direção de Marine, que está distraída, usando seu braço serrilhado para um golpe fatal.

Sandhye medita:

- Melhor parar de pensar! Não pensar mais nada! - e vê Quitame se aproximando e, impulsivamente, voa na direção do gênio, lhe dando um abraço e pensa - Vou fazer de conta que é como um videogame. Tudo isso é um jogo, onde nada é real! - e então invoca sua magia - MUTAÇÃO DA TERRA!! DE ACORDO COM MEU CORAÇÃO!!

Ao pronunciar as palavras, ela não vê diferença alguma em Dwhell, porém dentro do Neo Mashin Suzako está tomando uma coloração amarela. Seu corpo começa a se fragilizar a ponto de se tornar apenas areia.

Sandhye, com medo da reação do inimigo, se afasta, porém o Suzako já estava morto e agora escorre pelas juntas de Quitame como areia em ampulheta.

Marine:

- Muito bem!

Quitame, enfraquecido, voa para afastar-se.

Marine abraça Sandhye:

- Meus parabéns! Você foi demais agora!

Em Dwhell o outro Suzako rosna, cheio de raiva:

- Como ousa me matar assim?

Marine:

- E você vai continuar? Está sozinho contra nós duas!

Suzako:

- Não tem problema! Não estou aqui para matar vocês! Eu estou apenas abrindo caminho.

Marine:

- Como assim?

Enquanto isso, Quitame pousa numa montanha próxima do castelo, onde ali o aguardam, um Suzako substituto e Seikiakko também.

Quitame ajoelha-se perante o casal.

Seikiakko:

- Enfim, a hora está chegando.

Suzako:

- Milhões de almas a agradecem.

Seikiakko:

- Não é a mim que devem agradecer! Vamos, agora.

 

Nesse ínterim, finalmente Lucy chega onde seu coração ansiava. Na sala das armas. Com os olhos tristes e o coração palpitando, olha para seu amado ainda preso no bloco de gelo.

Com afeto, ela novamente segura o medalhão em seu peito e aperta-o, enquanto murmura:

- Lantis, agora eu vou tira-lo daí, eu juro! Não vou permitir que você continue aí, sofrendo.

A Guerreira invoca outra vez sua espada e prepara-a na direção do bloco.

- Lantis, eu vou te salvar! Você ouviu? Eu sei que você pode me ouvir, como da outra vez.

Ela aguarda, mas desta vez não ouve a telepatia do amado.

Ela aproxima-se do bloco gelado, esfrega a mão nele afobadamente. Aproxima seu rosto para observar a face do espadachim, que continua igual, nada mudado.

- Por que você não me responde, Lantis? Você tem que aguentar. Eu vou tira-lo daí! Eu juro!

Lucy ergue sua espada, envolve o cabo com as mãos firmemente e salta em direção ao gelo e colocando toda sua ânsia reprimida e, de fato, a lâmina de sua espada atravessa o gelo e, ao puxa-la de volta, Lucy observa com seus olhos escarlates, notando que o gelo não tem marca alguma, como se nada ali tivesse ocorrido. Ela, respirando rápido pelo nervosismo e sua cabeça balança lentamente e negativamente, como se não quisesse crer na sua impotência.

- Não! Lantis, eu tenho que salvar você! Eu consegui cortar o gelo! Eu consegui!

Desolada, ela escora-se no bloco, e, batendo com seu pequeno punho no gelo, ela demonstra sua frustração. Olha mais uma vez para o seu querido, imóvel dentro daquele sarcófago gelado.

Ela encosta sua testa e sua franja ruiva no gelo, enquanto novas palavras de desespero escapam de seus lábios.

- Isso não é justo! Eu o salvei! Eu consegui! Você tem que sair daí!

Uma nova lágrima escapa dos seus olhos, percorrem pelo pequeno nariz e através dele, chega ao bloco de gelo e por ele começa a escorrer.

A lágrima de Lucy vai descendo pelo bloco e, como por mágica, deixa um rastro luminoso por onde escorrera.

A garota vê esse fenômeno impressionada, afasta-se um pouco e aguarda o que pode ocorrer.

A linha luminosa deixada pela lágrima agora surpreendentemente, estende-se, criando uma linha do alto até o pé do bloco, exatamente o caminho percorrido pela lâmina da espada da Guerreira.

Essa linha luminosa então começa a se alargar, cobrindo aos poucos as paredes geladas do bloco e logo todo o gelo é envolto por uma forte luz.

Lucy, apesar da luz forte, não sente incômodo em sua vista e seus olhos continuam bem fixados no local, apesar de não poder ver nada além de branco no momento.

Todavia logo a luz vai se reduzindo e a silhueta do homenzarrão Lantis é vista em meio a luminosidade e, para felicidade de Lucy, vê os braços do homem caírem, batendo junto a cintura e os joelhos dobrarem, significando que, por um milagre, finalmente aquela camada de gelo em torno de Lantis fôra dissipada.

- Lantis!! - exclama a garota, com um belo sorriso no rosto, correndo para a luz. Logo ela chega ao seu amado e recebe o seu corpanzil caindo sobre seus braços frágeis, quase caindo junto com o espadachim inconsciente, mas esforça-se e consegue sentar os joelhos no chão, deitando a cabeça de seu amado sobre suas coxas.

Lantis está inconsciente, quase morto, numa provável hipotermia. Sua pele chega a estar azulada de frio e pequenas crostas de gelo ainda estão coladas em partes do seu corpo, como o pescoço e entre os dedos.

Lucy olha seu amado com felicidade. Tem certeza em seu coração que pode salva-lo. Fará tudo para isso .

A garota entrelaça seus delicados dedos aos dedos robustos do homenzarrão. Ela joga sua longa trança sobre o pescoço de Lantis, enquanto encosta sua face ao lado da face do amado. Seus femininos braços lentamente envolvem o pescoço dele.

- Lantis, eu não consigo ser só o núcleo de Zefir. Eu o amo muito!

Neste instante uma aura avermelhada surge ao redor da Guerreira . É o poder das chamas que ela já dominava, unida agora com o fogo da sua paixão. Lucy assim, pretende conseguir salvar Lantis do efeito gelado do poder de Hyoga.

Os olhos da garota fecham-se, para que seu sentido do tato se destaque mais e assim ela aprecia aquela sensação, pois nunca estivera tão junto a seu grande amor.

Nesse momento entram na sala das armas Priscila e Ascot. Lucy, porém, não liga para isso.

Ascot impressionado:

- Ah! Ela conseguiu tirar Lantis do gelo?! É o poder do núcleo! Mas... por isso Zefir voltou a escurecer! Ela tem que parar!

Priscila, porém o segura e diz:

- Não faça isso. Ela nunca quis ser núcleo. Deixa ela sentir este momento. Ela sempre pensou nos outros e sofreu muito por isso. Deixa ela ter este momento de egoísmo, talvez o único de sua vida!

 

No Santuário de Atena, Saori está um tanto chocada com os comentários de Seika, que está ajoelhada à sua frente e lhe contou os bizarros acontecimentos no mundo de Zefir.

Shun, não menos estupefato, está ali também ouvindo, com sua caixa da armadura nas costas.

Saori:

- Além disso tudo acontecer, quer dizer que você é a irmã de Seiya...! Ele a procurou demais; eu também a procurei.

Seika:

- Lamento. Desculpe, deusa Atena, mas eu já expus minhas razões.

Saori:

- Eu compreendo, mas estou surpresa de saber desse lugar chamado Zefir. Nem sabia que existia.

Seika:

- Me parece que este mundo tem uma ligação estreita com a Terra.

Shun:

- Desculpe Seika, você falou de todos, mas não citou o meu irmão Ikki. Ele não está lá?

Seika:

- O Fênix? Sim, ele está! Eu senti a presença de sua armadura e seu cosmo, mas ele não está junto dos outros.

Shun:

- Mas... por que?

Seika ia abrir a boca, mas sua atenção é tirada por um som de pancada intermitente, cuja origem ele desconhece.

Seika:

- O que é isso?

Shun olha para a urna da armadura e comenta:

- A corrente está se movendo.

Saori:

- A corrente!!

Shun coloca a urna da armadura de Andrômeda no chão, e ao abri-la as correntes se estendem pelo chão, um tanto apressadas.

Shun:

- A corrente quer dizer alguma coisa.

Seika e Saori observam apreensivas.

A corrente, como um ninho de serpentes, vai se movendo aos poucos e formando caracteres. Primeiro um A, logo depois um X.

- Não pode ser! - exclama Shun - Que não seja!! - deseja ele, porém mais duas letras se formam: um I e um A.

- AXIA!! Escreveu AXIA novamente! Como na guerra galática! - exclama o Cavaleiro.

Saori:

- Ele escreveu isso quando Ikki se aproximava para roubar a armadura de Sagitário. Ele estava cheio de ódio e rancor.

Shun:

- Será que a corrente se refere a Ikki? Que ele está separado dos outros porque voltou a ser como antes? Ou será que se refere a outra coisa?

Enquanto isso, lá em baixo, perto da entrada do santuário, um homem com uma grande capa cobrindo seu corpo, olha para o santuário com os olhos sinistros saltando e contando as doze casas Zodiacais. E agora começa a caminhar para a escadaria.


Capítulo 25

Capítulo 23

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