Aratron

Capítulo 2: A caça e o caçador


Não demorou mais do que quinze minutos para Dante terminar de explicar aos irmãos Winchester e a Leon o que estava acontecendo na cidade, Sam que já tinha ouvido aquela história no caminho era o que aparentava mais calma, já Leon e Dean ouviam cada vez mais aflitos.

- Se o caso é esse a gente vai precisa de muita ajuda. - Começou Dean.

-Bom, agora são quase onze horas da noite, vão vir mais dois homens para nos ajudar amanhã, mais ou menos nesse mesmo horário. - respondeu Dante

- E quanto a Claire? - Leon perguntou aflito, foi Dean quem respondeu:

- O hospital não vai deixar ela sair se ela tiver as alucinações, não sabem se isso é contagioso e não vão arriscar deixar isso se espalhar.

- O melhor é você sair da cidade. - disso Sam.

- E leve a garota com você. - reforçou Dean.

- Nem pensar, eu não vou deixar ela sozinha nesse lugar, eu vou ligar para um amigo pegar a Shery na rodoviária, eu vou ficar aqui com vocês.

- Mais você nunca viu nada parecido com o que pode acontecer aqui, você morreria logo. - Quem falou foi Dante respondendo a última afirmação de Leon.

- Sim já enfrentei, há três anos atrás, eu estive em Raccoon City.

- E o que isso tem a ver? - Perguntou Sam confuso.

- O governo disse que foi uma tragédia em uma usina nuclear, mais não foi, um vírus criado por uma empresa transformou todos os habitantes em zumbis, além de terem criado aberrações genéticas que estavam por todas as partes. - Leon não gostava de relembrar aquele dia, mais sabia que algo pior estava para vir.

- Acho que não estamos em condições de dispensar ajuda, se você pode mesmo nos ajudar e sabe usar uma arma, então está conosco. - Concluiu Dean.

 

19 de Janeiro - Nova York

Três homens aguardavam o ônibus para Silent Hill, dois deles usavam sobretudo, um de sobretudo branco e outro preto, o que estava com a veste branca possuía um chapéu da mesma cor.

- O ônibus vai chegar que hora? - perguntou o homem que não usava sobretudo impaciente.

- Calma James, você sabe que o transito atrasa tudo. - falou o homem com sobretudo preto.

- Desculpa, é que estou nervoso, não acredito que vou ter que passar por isso de novo.

- O ônibus acabou de chegar, quer dar pra trás agora? - Questionou em tom ameaçador o homem de sobretudo branco e chapéu que até agora estava em silencio.

- Ivan, não fale assim, precisamos dele, ainda lamento Heather não ter aceitado vir.

- Não vou dar pra trás agora, vamos! - Falou James Sunderland tentando se animar. Quando os três estavam para entrar no ônibus, uma garota apareceu correndo entre a multidão.

- Esperem por mim! - gritou ela.

- Heather, que bom que veio. - Se animou Constantine.

- Desculpe o atraso, é que fui na sua casa e você já tinha saído, então eu arrombei a janela e achei o passe do ônibus que era para mim em cima da mesa e vim correndo pra cá. - respondeu ela meio sem jeito.

- Bom, a janela já estava frouxa mesmo, então... vamos? - Os quatro subiram no ônibus que chegaria em Silent Hill em aproximadamente nove horas e meia.

 

Em Silent Hill, uma figura no alto do prédio da policia vigiava a cidade durante a noite, ele usava roupas que o faziam parecer ter acabado de voltar da guerra, sua pele era um tanto esverdeada e o que mais chamava a atenção é que um de seus braços era uma espada que emanava uma aura negra. Ele observava a cidade calmamente como um leão observa sua presa antes de atacar, mais ele não era o único naquele telhado, pois há alguns minutos um outro homem chegou até aquele mesmo telhado, o que havia acabado de chegar tinha pele escura, seus cabelos eram negros também, ele vestia colete e roupas pretas e possuía várias armas de luta corpo a corpo além de óculos escuros.

- Olha, tenho que admitir, de todos os vampiros que já vi... Você é o mais feio. - disse o homem de óculos escuros.

-Quem é você? - O outro ser que estava no telhado daquele prédio se vira para ver quem era. - Nunca te vi antes, vamos diga quem é.

- Você tem certeza que é um vampiro?

- Sim.

- Então como não me conhece? Eu sou Blade, caçador de vampiros, precisa de cartão de visitas?

- Não, não será necessário, já que daqui a alguns minutos estará morto.

- Eu duvido muito disso. Vai tentar a sorte vampiro?

- Mas é claro. Meu nome é Raziel, lembrará desse nome quando estiver no inferno.

- Quer apostar quem chega lá antes? - Blade corre em direção a Raziel com uma espada de prata em punhos, Raziel pula sobre seu inimigo e gira para atacar seu inimigo com a espada em seu braço, mais o golpe é bloqueado pela lamina do inimigo. Raziel dá um pulo para trás e tenta atirar uma esfera de energia que o caçador de vampiros desvia com uma cambalhota para o lado e depois saca uma pistola de sua cintura e começa a atirar no inimigo que desvia ou bloqueia os disparos com sua espada, quando a munição de Blade acaba, o vampiro aproveita para se aproximar de seu caçador, sua espada fica com uma aura negra em volta e ele manda um corte pelo ar a alguns metros de distancia que criam uma onde de energia, Blade tenta desviar do golpe mais é atingido de raspão e quase cai do alto do prédio, só não cai porque se segura no parapeito do edifício e usa sua força para subir de volta.

- Que tipo de vampiro você é?

- O mais poderoso de todos. - Dito isso Raziel se lança sobre seu inimigo com a espada, Blade é obrigado a largar a arma de fogo no chão e se dedicar a sua espada para se defender dos golpes do inimigo. Em certo momento Blade volta a ter espaço na luta e os dois começam um duelo de espadas de igual para igual chegando a soltar chuvas de faíscas em cada golpe que trocavam.

 

Dois carros estavam indo em direção à estação de ônibus, um dos carros era de Sam e Dean e eles mesmo estavam no carro, já o outro que era de Leon, estava o dono do carro e Dante no banco do passageiro.

- Dante... precisamos mesmo de dois carros? - perguntou Leon.

- Sim, Constantine me disse que vai trazer mais companhia além de Ivan.

No outro carro...

- Sam, acha mesmo que podemos confiar no cara de cabelo branco?

- Eu tava junto quando ele foi atacado, eu lutei junto com ele.

- Não sei não... não confio nesse cara.

- Ah, para com isso Dean, você nunca se preocupa com nada.

- Tem razão... besteira minha.

- Que horas são?

- Dez e meia da noite... porque?

- Não, é que o Dante falou que os amigos dele chegam lá por onze, ou onze e meia.

- A gente vai chegar a tempo.

- Vamos sim... Hei Dean! Olha ali!

- Ali aonde?

- Em cima do prédio da policia.

- Bom... tem faíscas, devem ta fazendo alguma obra.

- Se liga Dean, ninguém trabalha em construção depois das seis, para o carro.

Dean parou o carro, Sam saiu e acenou para Leon que também parou, o irmão de Dean correu até a janela do outro carro já avisando:

- Tem alguma coisa lá em cima do prédio da policia. - Leon e Dean olharam pelas janelas e viram as faíscas. Dante foi o primeiro a falar:

- Vão pra estação, eu vou lá ver.

- Mais como vamos reconhecer o pessoal que a gente ta esperando? - Perguntou Dean que já havia chegado na janela do lado de Dante.

- Eu vou lá em cima. - Todos olharam para Leon que havia sido o autor da frase. - Tenho que ser útil pra alguma coisa, o Dante pode dirigir o meu carro.

- Tem certeza? - questionou Dante. Leon apenas consentiu com a cabeça.

- Bom, então eu fico aqui com ele. - Era Sam quem falava. - Vocês dois vão pegar os outros e depois voltam aqui.

- Tudo bem, então vocês pegam algumas armas lá no carro.

Dean falou e os dois concordaram, Leon saiu do carro e seguiu Sam até o porta-malas do outro carro, enquanto Dean voltava para o seu carro e Dante assumia o banco do passageiro, Sam pegou duas pistolas e quatro cartuchos de munição e entregou uma Shotgun para Leon acompanhado de quatorze balas.

- Vamos? - Incentivou Sam.

- Vamos! - concordou Leon enquanto os dois carros se afastavam e eles estudavam um meio de chegar ao telhado da delegacia sem ter que arrombar nada.

No telhado da delegacia a luta continuava, em certo momento Blade deu um salto pisando no peito de Raziel e logo em seguida deu outro salto com um mortal para trás do inimigo aproveitando o momento para causar um corte nas costas do vampiro.

- Minha espada é de prata. Como você está vivo? - Se espantou o caçador.

- Eu lhe disse que era o mais poderoso dos vampiros. - O vampiro se virou na direção de Blade.

- Hei, a espada que você tinha não estava no lugar do seu braço? - Perguntou Blade reparando que agora no lugar da espada, seu inimigo agora possuía um braço normal.

- É uma longa história, agora lute! - Dizendo isso Raziel lança uma esfera de energia contra seu inimigo que desvia do ataque facilmente.

- Como quiser! - O caçador de vampiros se aproximou de sua presa segurando firmemente a espada e começou a desferir golpes que Raziel desviava usando o máximo de sua agilidade enquanto procurava o momento certo para atacar.

- Parados! - Uma voz surgiu vindo do topo da escadaria de emergência, era Sam. - Não se movam ou eu atiro. - Disse engatilhando a primeira bala de suas pistolas.

- Ouviram ele, larguem as armas. - Foi Leon que falou, surgindo logo atrás de Sam.

- Que ótimo, mais humanos. - Disse Raziel num tom sarcástico.

- Escutem aqui garotos, esse cara não é normal, ele é um vampiro e eu tenho que acaba com ele ta legal? - questionou Blade.

- Já to acostumado com vampiros, o que ta acontecendo aqui é pior do que um bando de sugadores de sangue, mas sei que você é um vampiro também. - Respondeu Sam.

- Eu não sou um vampiro.

- Eu sei que é, eu estava aqui já quando você desviou da bola de energia dele, só um vampiro seria tão rápido.

- Calem a boca vocês dois. - Raziel interrompeu. - Se os humanos querem participar da briga também, terei prazer em sugar a alma dos três. - Dizendo isso, ele começou a correr contra Leon e Sam, esse último tentou pará-lo com tiros, chegando a disparar três tiros, no braço, no tórax e no estomago do vampiro, mais não teve nenhum resultado pois o inimigo nem cambaleou. Foi um tiro de Leon no tórax do oponente que realmente surtiu algum efeito, de modo que ao receber o tiro, Raziel foi jogado para trás com o peitoral sangrando.

- Como? - Leon não entendia o porque de seus tiros terem surtido maior efeito no inimigo do que os de Sam. Blade apenas assistiu a cena impressionado, e com a mesma dúvida de Leon e mente.

- A sua arma está carregada com sal grosso... normalmente serve contra espíritos, mais como esse daí disse que ia sugar nossas almas, ele deve ter alguma parte espiritual. - Explicou Sam.

Dentro da delegacia, quatro policiais que deveriam estar de plantão, cochilavam tranqüilamente, até que um deles acorda.

- Hei pessoal, acordem!

- O que foi Nelman? - disse um oficial acordando.

- Kevin, eu acho que ouvi tiros. - falou Nelman para o policial que acabava de acordar.

- O que?

- Isso mesmo! Veio do telhado!

- O caramba! Martin! Alex! Acordem!

De volta no telhado, Sam, Leon e Blade ainda miravam suas armas para o corpo de Raziel já que os ferimentos das balas começavam a se fechar lentamente e o vampiro continuava vivo.

- Dean logo deve aparecer com reforços, daí a gente vê o que fazemos com esse vampiro. - Disse Sam tentando incentivar os outros dois. Eles continuaram vigiando o corpo do vampiro e viam como os buracos das balas se fechavam cada vez mais, até que a porta que dava acesso ao prédio da policia foi aberto bruscamente e quatro figuras saíram de dentro dela.

- Parados os três! - Gritou Nelman que começava a fazer pressão em Dean mirando a arma nele.

- Larguem as armas e se afastem do corpo! - Advertiu Kevin que foi verificar o corpo enquanto Martin mirava para Blade e Alex oprimia Leon. Blade e os outros dois que tinham lutado contra o vampiro largaram as armas e se afastaram enquanto Kevin olhava para o corpo aflito reparando o corpo esverdeado, a ausência de pele e de mandíbula e os olhos grandes do corpo. - Não... não pode ser... a Umbrella... não... eles faliram.

- Umbrella? - Perguntou Leon surpreso.

- Não... não pode ser... - Kevin estava confuso, estava vendo um monstro morto a sua frente, igual, ou pior dos que viu em Raccoon há três anos atrás. Mais tentou se controlar e disse em tom firme - Vocês estão presos por porte ilegal de arma, invasão do prédio da polícia, disparos não autorizados e por balearem um ser vivo. “Seja lá que tipo de ser vivo ele era.” - Pensou consigo mesmo. Martin e os outros policiais com exceção de Kevin, algemaram Sam, Blade e Leon e os levaram para dentro da delegacia enquanto Kevin continuava observando o corpo, quando só restou ele e o vampiro no telhado, este último começou a se levantar vagarosamente. Percebendo a movimentação do ser, o policial correu para trás do indivíduo e quando este estava completamente em pé, Kevin foi rápido em algemá-lo antes que o vampiro pudesse entender o que estava acontecendo, e porque de estar tão fraco a ponto de não conseguir de se livrar das algemas.

- O que é isso? - Perguntou Raziel nervoso.

- Eu gostaria de saber o que é você!

- Me largue humano!

- Não sei quem ou o que você é, mais você está preso até haja um motivo para o contrario!

Dante e Dean estavam dentro dos carros, Dante olhava para todos os lados tentando achar Constantine ou Ivan, por outro lado Dean estava mais preocupado em saírem logo dali pra ajudar os outros.

- Lá estão eles! - Quando Dante falou, Dean saltou de dentro do carro.

- Onde?

- Ali! Hei! Constantine! Ivan! Aqui!

- Olha o Dante lá! - Apontou John Constantine.

- Vamos! - Concluiu Ivan, os dois foram até perto do carro de Dante seguidos por Heather e James.

- Rápido, entrem nos carros! - Apressou Dean.

- Quem é seu amigo Dante? - perguntou Ivan curioso.

- Ele se chama Dean, mais ele tem razão, temos que ir logo, depois nos apresentamos.

- Porque a pressa? - Estranhou John.

- Temos dois amigos que podem estar em apuros. - Disse Dante já entrando no carro.

- Nesse caso, vamos logo! - Concluiu Constantine sentando no banco do passageiro do mesmo veiculo em que Dante estava, e logo em seguida Ivan sentou no meio do banco traseiro. James e Heather foram de carona no carro de Dean, no banco do passageiro e no banco traseiro atrás do motorista respectivamente.

Assim que entrou na delegacia, Kevin jogou Raziel em uma cela perto da onde os outros prisioneiros já estavam confinados, logo depois foi ata a jaula de Leon que estava mais próxima e perguntou:

- O que é aquilo? - apontando para Raziel.

- Acreditaria se eu dissesse que é um vampiro? - Respondeu o prisioneiro.

- Como assim? É alguma criação da Umbrella?

- Seria mais fácil acreditar que fosse, eu quase morri pelas criaturas deles há três anos atrás.

- Eu também... Era oficial do departamento de policia de Raccoon.

- Jura? Eu também... era meu primeiro dia de trabalho... - ele deu uma leve risada consigo mesmo e continuou. - Não recebi por aquele dia.

- Espere... você é Leon Scott Kennedy? O cara novo?

- Eu mesmo.

- Não acredito... A gente fez uma festa de boas vindas pra você... Mais não deu muito certo.

- Eu me lembro, vi os preparativos.

- Bom saber que mais um companheiro de trabalho sobreviveu aquele dia... por mais que a gente nunca tenha se visto antes.

- Verdade... Mais voltando a falar daquele monstro, ou seja lá o que ele seja... acho que vai ter mais resultados falando com um dos outros dois. - Apontando para Sam e Blade.

- Tudo bem, vou lá. - Ele caminhou até a cela de Blade. - Hei! Você...

- O que foi?

- Pode me dizer o que é aquela criatura na outra cela? - novamente apontando para Raziel que parecia cada vez mais tonto e quase desmaiando novamente.

- Ele é um vampiro, eu os caço há muito tempo... mais esse daí é diferente.

- Vampiros? Tipo Conde Drácula, e Van Helsing?

- Não... não acredite nesses filmes infantis que você assiste na TV sobre vampiros. A realidade é bem diferente.

- Olha, eu não estou entendendo isso... vocês estavam portando arma, é meu dever prendê-los por mais que eu ache justo estarem se defendendo de uma criatura daquelas, mais tenho que fazer meu dever, amanhã falaremos sobre o caso.

- Meu irmão vai vir. - Interrompeu Sam. - Ele acha que vamos estar esperando, ou irá nos procurar no telhado.

- Tudo bem. Nelman! Alex! Cuidem das celas, Martin vem comigo.

A cidade de Silent Hill nunca foi muito movimentada, durante a noite menos ainda, apenas dois carros corriam pela cidade.

- Ele vai ser útil? - Perguntou Constantine quebrando o silencio.

- Quem? Dean? - Dante rebateu a pergunta.

- Sim. E tem mais não?

- Estamos aqui pra salvar vidas, não colocá-las em perigo, se eles não forem úteis é melhor não envolvê-los nisso. - Foi a vez de Ivan entrar na conversa, Dante olhou para ele pelo espelho retrovisor, onde só podia ver seu sobretudo e o chapéu sobre sua cabeça meio abaixada, que cobria toda sua face e só deixava um olho visível.

- Eles vão ser úteis, o irmão do Dean me ajudou a resolver um dos nossos problemas ontem. - Começou Dante. - só que eu acho que me precipitei quando disse que apenas Sachieh e Zoniel já estavam aqui... Hubaril também já está aqui. Sachieh já está morto... Zoniel não será problema... mais Hubaril é o mais poderoso mensageiro de Phaleg.

- Então é certeza, é realmente Phaleg quem está nos atacando não é? - questionou Ivan.

- Acho que sim... pelo que eu entendi no livro que eu traduzi, Sachieh, Zoniel e Hubaril são mensageiros da morte.

- Pêra ai... você traduziu? - Constantine perguntou confuso.

- Sim, o único registro sobre o grimório de Turiel que está no museu é em latim... Mais algumas vitimas citam o nome de Phaleg, e eu reconheci a descrição dos mensageiros, eu vi os três já, mais só consegui lutar com Sachieh, e por mais fraco que ele seja em relação aos outros mensageiros, teria me causado sérios problemas se Sam não tivesse me ajudado causando uma distração naquela hora.

- É mesmo, sobre o Sam e o Dean... o que eles são? - novamente perguntou Constantine.

- São quase que nem eu e você, a diferença é que caçamos almas do inferno, eles combatem assombrações, almas perdidas, lendas regionais.

- E Vergil virá? - Interrompeu Ivan.

- Sim, pelo que ele me disse, faltam dois dias pra ele vir. Talvez ele venha antes.

No outro carro se seguia silencio, até Heather quebrá-lo.

- Vocês são o que? - perguntou para Dean.

- Eu sou humano, já o Dante e os amiguinhos dele eu não sei.

- Você sabe contra o que vamos lutar? - Foi a vez de James interromper o silencio.

- Lords planetários, acho que algo assim.

- Samael? - Reforçou James.

- Pelo que entendi, Samael é só um dos nossos piores problemas, o verdadeiro problema vai ser o chefe dele.

- Acha que vamos vencer? - preocupou-se Heather.

- Não sei... mais sei de uma coisa. Podem ser lords planetários, quase demônios, mais não são deuses. - Dean concluiu e os outros dois apenas assentiram com a cabeça. - A propósito... me chamo Dean Winchester.

- Meu nome é Heather Mason.

- Sou James Sunderland.

- Ali em frente está a delegacia de polícia, vamos parar para pegar meu irmão e mais um outro cara.

- São aqueles ali? - Heather apontou para dois homens parados em frente à delegacia.

- Não... - Dean estacionou o carro e saiu acompanhado dos outros dois, um pouco mais e Dante e os outros já estavam junto ao grupo se dirigindo até os dois homens em frente à delegacia com roupas de policiais. - Bom... seus policiais a gente...

- Conhecem Leon Scott Kennedy? - Interrompeu Kevin bruscamente.

- Sim. - Dante tomou a frente.

- Então venham conosco. - Kevin e Martin seguiram para dentro da delegacia acompanhados do grupo. Eles entraram pela porta dupla de entrada e passaram por uma porta no canto mais à direita da sala de recepção ganhando um corredor com duas escadas, uma subindo e outra descendo, ganharam essa última até chegarem em um andar de celas.

- Sam! - estranhou Dean a ver seu irmão atrás das grades.

- Vocês demoraram. - respondeu o caçula da família Winchester atrás das grades.

- Descobriram o que eram as faíscas? - perguntou Dante.

- Um caçador de vampiros... caçando. - Respondeu Leon.

- Caçador de vampiros? - impressionou-se Constantine.

- Eu mesmo. - Blade se levantou do canto que estava e foi até a porta da cela.

- Há muito tempo não vejo um. Me chamo John Constantine.

- Me chamo Blade.

- Você matou o vampiro?

- Não, esse era diferente dos outros.

- Ele fugiu? - Ivan interrompeu a conversa dos dois.

- Não, está ali naquela cela. - Blade apontou para uma jaula mais ao fundo perto da de Leon, Constantine caminhou até ela acompanhado de Dean, Ivan e Dante.

- Raziel? - Constantine reconheceu o vampiro caído logo após bater os olhos nele.

- O que acha disso John? Saí do inferno e vim parar aqui, na cadeia.

- Isso não te seguraria se você não quisesse.

- Tem razão, só estou esperando meus ferimentos passarem para eu ter forças pra empunhar a Soul Reaver novamente.

- Quase não te reconheci sem a espada no braço. Nem acredito que veio mesmo para enfrentar os Lords.

- Que história é essa? - Estranhou Blade.

- Eu também to interessado. - Kevin se aproximou dos outros, todos olharam para Dante e ele consentiu com a cabeça e explicou para os dois tudo de novo, todos prestaram atenção, inclusive Nelman, Martin e Alex, mais esses últimos acharam que os outros estavam delirando, até Kevin estava com dificuldades de acreditar, havia lutado com aberrações genéticas, não com seres espirituais ou seja lá o que fossem o que Dante estava descrevendo.

- Se precisarem posso ajudar vocês, só vim nessa cidade pra acabar com aquele ali - Blade apontou para Raziel. - Vou ter tempo.

- Toda ajuda é bem vinda. - Concluiu Constantine.

- Eu também posso ajudar, tenho a mesma experiência que Leon em casos assim, mais não posso soltá-los agora... - Kevin olhou para os outros policiais de canto de olho, de modo que todos os outros pudessem ver. - Não seria ético, e eu seria dado como louco.

- Entendemos, mais por favor, faça o possível. - Falou Dean colocando a mão sobre o ombro do policial.

- Temos que ir agora, precisamos nos preparar e procurar saber mais sobre o que estamos fazendo. - Disse Ivan.

- Ele tem razão. - Concluiu Constantine. - Manteremos vocês informados, mais seria possível eu levar o Raziel?

- Bom, ele pode ser considerado a vítima do caso... - Kevin falou bem alto de modo que os outros três policiais pudessem ouvir. - Então ele pode ser levado para casa. - Kevin abriu a cela, Dante e Constantine seguraram Raziel pelos braços e o tiraram da cela e iam saindo da delegacia, Kevin apenas acenou para os sete que estavam de saída.

- Esperem! - Gritou Sam. - Você nos prendeu por porte de arma, invasão do prédio e disparar contra ele não foi? - Kevin se interessou no assunto e se aproximou da cela, os outros policiais o acompanharam dessa vez.

- Sim. - Concordou Kevin.

- Então, o Leon estava com sal grosso no lugar da munição, os disparos não matam, mesmo ele tendo atirado e...

- E ele não arrombou nada nem roubou nada do prédio. - Concluiu Kevin. Martin foi até a arma que Leon carregava e conferiu a munição onde havia ainda um frasco de sal grosso. - A pena por vadiagem é liberdade condicional. - Kevin foi até a cela de Leon e o soltou.

- Pego pesado com o negocio da vadiagem. - Riu Leon.

- É meu serviço. - Leon e Kevin apertaram as mãos e Leon correu até os outros.

 

20 de Janeiro - Sábado

O modesto “Motel do Haerbey” podia acomodar três pessoas por quarto, duas no sofá e uma na cama. Leon, Dean e James compartilhavam do mesmo cômodo, Heather deu um jeito de ficar junto com os três colocando um colchonete ao lado da cama. Dante, Ivan e Constantine também compartilhavam o mesmo quarto, com Raziel amarrado na sala. Tanto para Heather, quanto para James a noite foi perturbadora, Silent Hill não era o lugar que eles gostariam de estar, os dois foram convencidos por palavras fortes de Constantine, mais mesmo assim sabiam que não iriam ter boas lembranças daquele “passeio”. Dean dormia tranqüilamente, desde criança ele luta contra assombrações e aberrações, seria quase igual a sempre, só que um pouco mais difícil. Leon começava a ter lembranças da noite que passou em Raccoon, e de Claire sendo atingida por um raio branco. Dante, Ivan, Raziel e Constantine não aparentavam o mínimo de preocupação, mesmo sabendo do risco que corriam. O primeiro a acordar foi Leon, que assim que levantou foi direto para o telefone.

- Atende logo, por favor... Alô?

- Sim, quem é? - perguntou uma voz sonolenta do outro lado da linha.

- Ark? É o Leon!

- Ah, Leon... e ai, como vai a viagem em Silent Hill?

- Nada bem.

- Ué? Porque?

- Ta acontecendo umas coisas... a Claire foi para no hospital.

- Não brinca? Como isso?

- É uma longa historia...

- Quer que eu avise o Chris?

- Não, é melhor ele não saber, eu só preciso de um favor seu.

- Pode dize.

- Eu queria sabe se a Sherry pode fica ai por um tempo.

- Sim, pode...

- Valeu, eu vou mandar ela hoje mesmo, ela sai daqui as três da tarde ta legal?

- Claro, eu pego ela na estação, vai chega só pelas duas da manhã não?

- Mais ou menos isso.

- Tranqüilo, eu pego ela mais... me diz, o que que tá acontecendo?

- Nem eu sei direito, mais tenho que fazer uma coisa pela Claire...

- Iiiiihhh... ando arrumando encrenca?

- Das grandes.

- Posso ajuda?

- Sim, mantendo a Sherry bem longe daqui.

- Não era bem esse tipo de ajuda que eu tava pensando, mais eu pego ela no terminal hoje a noite, mais se precisa de qualquer coisa pode avisa ta legal?

- Valeu, valeu mesmo. Mais só preciso disso por enquanto.

- Bom, então... até mais.

- Até.

- Se cuida.

- Valeu.- dizendo isso Leon desligou o telefone, ao mesmo tempo em que James acordava no outro sofá.

- Uuaaahhh... hum.... bom dia.

- Bom dia. - a partir daí se seguiu silêncio, os dois trocaram de roupa, e foram tomar café da manhã, ao mesmo passo em que Dean também já havia se levantado, foi até a sala pra trocar suas roupas e ligou a TV antes de ir tomar café junto com os outros.

- E ae, como vão? - perguntou Dean se aproximando da mesa.

- Tudo bem.

- Tranqüilo. - responderam Leon e James respectivamente. Dean se sentou a mesa, alguns minutos depois os três já estavam satisfeitos e foram para sala ver TV enquanto Heather já saia do quarto e ia tomar o café da manhã. O único som era o da televisão.

- O Constantine nos disse que tem coisas estranhas acontecendo na cidade. - Começou James.

- É sim, o pessoal começou a ter alucinações, inclusive a gente viu como acontece. - Respondeu Dean.

- Viram como?

- Bom... - Dean foi explicar mais foi interrompido por Leon.

- Estávamos aqui no Motel, faz dois dias, estava eu e a Claire juntos e o Dean do outro lado do pátio ali fora, até que um raio branco veio e atingiu a Claire.

- Entendo... - Lamentou James. - Sinto muito.

- Pessoal, olhem aquilo. - Heather surgia na sala com um pedaço de pão , apontando para a TV. Todos dirigiram sua atenção a manchete.

- Estamos sobrevoando o centro da cidade agora. - Começou o jornalista. - Essa manhã aconteceu vários casos de alucinação instantânea como vem ocorrendo em toda a cidade, o mais estranho é que em vez de ficarem apenas em um lugar, as pessoas alucinadas estão saindo de casa e destruindo tudo, a policia está tendo dificuldade de controlar o caso visto que é enorme o numero de pessoas com os sintomas, e até agora a policia nos deu um número de treze oficiais da delegacia que também estão com sintomas de alucinação, as pontes que ligam o centro da cidade, ás outras áreas vai ser levantada em meia hora se a prefeitura der autorização. Voltamos a qualquer minuto com mais detalhes.

- Meu deus... - James estava aterrorizado.

- Caramba, Sam ta lá no meio daquilo. - Dean se preocupou com seu irmão.

- A gente tem que ir pra lá. - Leon tomou a frente. - A Claire ta no hospital, e a Sherry ta junto com ela.

- Eu chamo os outros, vão pros carros, só temos meia hora! - Incentivou Heather. Não precisou repetir, Leon correu para seu carro e ligou o motor, assim como Dean, James entrou no carro deste último, alguns minutos depois viram Heather sair correndo do quarto onde estavam os outros, ela entrou no carro junto com Leon. Pra ocupar os bancos traseiros, vieram Ivan e Dante no carro dirigido por Leon, e Constantine forçando Raziel a entrarem no carro de Dean. Não demorou muito e eles já ganhavam as ruas. Leon era o mais preocupado de todos.

- Sherry... Claire...


Capítulo 3

Capítulo 1

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