Anjos e Demônios

Capítulo 5: Sonhos Despedaçados


Olá pessoal!!! Aqui está mais um capítulo!!! Por favor, mandem seus comentários para o [email protected] que eu os lerei com o maior prazer!!!! Boa leitura!

 

Arashi estava radiante. Nunca ouvira o som irritante de um despertador com tanta alegria. Ela iria acordar para ver o seu amor, e isso se repetiria eternamente, caso dependesse dela. Levantou-se e foi tomar um bom banho. Perfumou-se e tomou café da manhã. A campainha tocou.

Quando abriu a porta e viu que era aquele lindo jovem de olhos esmeralda e cabelos cor de sangue, não pensou duas vezes. Puxou para um beijo calmo e apaixonado. Ele pareceu meio desconcertado e ela sorriu.

- Parece que agora eu consegui te dar um susto...

- Muito espertinha... - ele sorriu - Terminou de tomar café?

- Sim. Mas realmente precisamos ir à escola?

- Que convite agradável, mas devo recusá-lo... Vamos?

- Tudo bem, tudo bem...

Os dois saíram de mãos dadas. Resolveram pegar um caminho maior, passando próximo à casa de Kagome para tentar encontrá-la. E conseguiram. Ao contrário do que imaginaram, Kagome não estava abatida. Estava radiante também.

- Kagome! - Arashi falou, surpresa.

- Arashi e Kurama - a menina pareceu despertar de seus pensamentos - Ohayô!

- Kagome, você está bem? - Arashi perguntou.

- Estou ótima!

- Pensei que depois de ontem você estivesse abatida...

- Não, Arashi. Aconteceu uma coisa que jamais me deixaria abatida.

- O quê?

- Eu e Trunks estamos noivos!!!

Se Arashi estivesse com algo na boca, ou teria cuspido, ou teria se engasgado. Kurama não se abalou com a notícia.

- Como?!?!?!

- Sim, ele me pediu em casamento ontem!!! Vamos nos encontrar hoje, depois da escola. Até a árvore sagrada resolveu florescer especialmente!!! Acho que seremos muito felizes!!!

Arashi não tinha palavras para continuar falando.

- Seus poderes despertaram, não é mesmo?

- Isso foi o que o Eriol disse, Kurama. Não sinto nada de diferente em mim.

Chegaram à escola quase em cima da hora. Entraram e se sentaram. O professor Kinomoto entrou na sala.

- Bem, antes de começarmos, gostaria de fazer um comunicado triste. - Kagome e Arashi se entreolharam - A aluna Michiru Kaiou não faz mais parte desta escola. Ela foi transferida para uma outra escola, na França.

Arashi e Kagome estavam atônitas. Michiru estava morta. Quem fizera esta transferência? Pelo menos era melhor assim para as outras pessoas. Olharam para Kurama, mas este denotava a mesma expressão calma e impassível de sempre.

 

Trunks estava na empresa. Pela primeira vez tinha uma cara feliz dentro daquele ambiente. Os funcionários estranharam tanto que acharam que ele estava doente. Mas Trunks não estava feliz em estar dentro daquele cubículo com um monte de papéis e cima da mesa, vestindo aquele terno que o sufocava. Ele estava feliz pensando em Kagome.

Bulma fizera tanto gosto em relação ao noivado do filho que o deixara sair mais cedo, fato que Trunks comemorara internamente. Ele iria aproveitar para comprar as alianças e ir à casa dela, convidá-la e a família para jantarem na mansão Briefs. Saiu rápido, na hora do almoço, e foi a uma loja de jóias. Comprou uma belíssima aliança com uma safira para ela e comprou uma aliança simples para si. Fora para casa tomar um banho. Esperaria dar três horas para ir até a casa de Kagome. Tinha um plano em mente. E nada o impediria de executá-lo.

 

Kagome, Arashi e Kurama estavam almoçando no colégio. Estavam sentados num banco no jardim, um lugar fresco e agradável.

- Kurama, você sabe quem foi que providenciou aquela transferência? - Arashi pergunta.

- Sim. Foi a própria Michiru, segundo o que Eriol me contou.

- Como Eriol sabia? - Kagome ficou meio confusa.

- Uma mulher, chamada Haruka Tenou, que contou.

- Ah, a namorada dela.

- Namorada?! - Arashi falou.

- Sim. É uma garota muito bonita. Mas, já que estamos falando em namorados, vocês dois estão se entendendo muito bem, não é mesmo?

Arashi corou; Kurama respondeu.

- E por que não? - Ele deu um selinho na garota, envergonhando-a ainda mais. Kagome sorriu.

- Que bom! Finalmente se entenderam!

Na hora da saída, Kagome estava apressada.

- Tenho que voltar logo pra casa. Acho que o Trunks vai lá agora.

- Tchau Kagome! Cuidado! - Arashi falou.

Os dois ficaram a sós. Foram andando tranqüilamente até chegarem a uma praça deserta. Havia enormes cerejeiras que, embora nenhuma estivesse florida, deixavam o ambiente agradável. Soprava uma brisa fresca. Os dois pararam.

- A natureza é tão bonita, Kurama. Pena que estas cerejeiras não estejam floridas... Queria ver as flores da árvore sagrada! Desde antes de eu nascer, aquela árvore não floresce!

Kurama parecia estranho.

- Quer ver estas árvores florescerem?

- Ah, se isto fosse possível, seria lindo.

Kurama fechou os olhos. Arashi pode sentir lentamente o poder dele crescendo. Em pouco tempo, uma luz vermelha emanava do corpo de Kurama e rasgava os céus. O poder dentro dele era imenso.

- Pare, Kurama! Ninguém pode te descobrir! Pare!

Kurama não parecia dar ouvidos. Jogara tudo pro alto. Não se importava mais com o que Clow ou Koenma disseram.

- Kurama, pare já!

Uma luz muito forte começou a emanar do corpo de Kurama. Não era mais aquela luz vermelha. Era uma luz branca. Kurama sorriu e parou de emitir seu poder.

- Vamos embora! - ela o puxou pelo braço.

Kurama continuava estranho. Deixava-se conduzir por Arashi até que fez a garota parar atrás de um muro, ainda muito próximos da praça.

- O que foi agora? - Arashi estava impaciente. Tinha medo de que o inimigo o descobrisse.

Kurama não disse nada; apenas apontou para as cerejeiras. Arashi ficou encantada. As cerejeiras, lentamente, estavam florescendo. As sakuras eram belíssimas. Todas elas floresciam e deixavam ocorrer uma chuva de pétalas.

- Você... Você fez isso? - Arashi não conseguia acreditar.

- Sim. Posso fazer isto e muito mais.

- Mas você se arriscou muito! Vamos sair daqui!

Kurama deixou-se levar, ainda estranho. Observava o céu.

“Hoje vai haver derramamento de sangue...”

 

Chizuru estava sentada, novamente. O homem chegou e ficou em pé.

- Está se sentindo bem?

- Estou sim, meu caro. Por que não se senta?

O homem obedeceu.

- Por que não me conta mais sobre a sua vida? - Chizuru pergunta.

- Não tenho nada para contar além daquilo que você já saiba.

- Curto e grosso.

O homem riu.

- Desculpe-me a arrogância. Não me sinto muito bem. - ele sorria.

- Eu entendo. Depois do que aconteceu ontem, realmente você deve estar muito chateado.

O homem continuou a sorrir, mas seu olhar estava diferente.

- Ainda não entendo como investiga tanto assim os meus sentimentos... É estranho. Mas quero fazer duas perguntas a você, Chizuru.

- Diga quais são.

- Quero saber o nome do youkai por quem você era apaixonada.

- Bem, não quero dizer. Talvez eu te diga mais tarde, quando estiver com o amuleto em mãos.

- Então poderia me dizer o seu verdadeiro nome?

Chizuru estremeceu.

- Como sabia?

- Adivinhei. Não pense que é só você que consegue ver dentro da minha alma. Eu também vejo dentro da sua. Com certeza você trocaria de nome depois de perder sua essência.

- Um dia você descobrirá. Você faz perguntas muito difíceis de responder!

O homem riu alto. Bateram na porta.

- Sim? - Chizuru pergunta.

- É Kamus, srta. Chizuru.

- Entre.

Kamus entrou. Tinha um semblante triste.

- Srta. Chizuru, receio não querer mais participar desta missão.

- Entendo. Era algo pelo qual eu já esperava. Mas como posso deixá-lo partir?

- Acredite que eu seria incapaz de revelar este local. Sou leal a você, como jurei no dia em que você me convidou para esta missão. Como prova de minha palavra, trago-lhe isto. - Ele estendeu as mãos. Havia um pequeno objeto nelas.

- E o que vou fazer com isto? - Chizuru pergunta, olhando para o que lhe foi oferecido.

O homem abre um largo sorriso.

- Calma, minha amiga. Temo que isto nos seja muito útil. - ele pega o objeto - Muito obrigado, Kamus. Fez um bom trabalho.

- Já que insiste, tudo bem. Pode ir, Kamus, está livre. Mas lembre-se que a traição mata...

- Jamais me esquecerei disto.

Kamus se retira.

- Não sei qual o interesse que você viu neste objeto, meu caro?

- Aguarde e você verá. Isso tem uma utilidade imensa, minha amiga.

Chizuru parecia tentar adivinhar as intenções do amigo quando ambos sentiram um enorme poder cruzar os céus.

- Que poder é este? - o homem perguntou.

- Não é possível... - Chizuru estava extremamente pálida - Kotoko!

- Sim, mestra.

- Mostre-nos o lugar de onde saiu este poder!

Kotoko se conectou à televisão. O homem segurou a delicada mão de Chizuru, sentindo-a gelada. A imagem se formou. Não havia ninguém, exceto uma praça muito florida.

- Muito obrigada, Kotoko. Agora vá.

Chizuru ficou imóvel por um tempo.

- Está tudo bem, minha amiga?

- Não, não está. Mas quero ficar sozinha! Vá!

- Tudo bem. - o homem deu um sorriso mais largo e saiu.

 

Kagome estava voltando para casa, muito feliz. Tinha certeza de que Trunks a estaria esperando e que teriam um dia estonteante. Ainda não acreditava que era noiva do amor da sua vida, um amor que, inicialmente, lhe parecera tão platônico. Caminhou e chegou às escadas. Começou a subi-las.

Estava perto da metade da escadaria quando sentiu uma presença conhecida atrás de si. Era uma presença diferente, mas muito conhecida. Sorriu. “Trunks deve estar querendo me pregar uma peça.”. Continuou caminhando, fingindo que não percebera nada.

Caminhou até ouvir um barulho estranho. Um som metálico. Sentiu uma dor lancinante no seu ombro direito. Não só no ombro, mas em toda a extensão até a altura de seu busto. Sangue jorrava pela fenda aberta em seu corpo. Olhou para trás. Um vulto passou e ficou a sua frente. Olhou e viu uma figura encapuzada, segurando um objeto por dentro da capa que pingava sangue no chão. Provavelmente era uma espada. Não queria acreditar que aquilo estava acontecendo. Com um esforço, tentou agarrar aquela pessoa pelo pescoço, mas não conseguiu. Suas mãos chegaram a alcançar a pessoa e agarrar a capa, mas com um movimento rápido, esta fugiu para dentro da floresta que circundava a escadaria. Porém, deixou cair algo no chão.

Kagome se abaixou e pegou o objeto. Um ódio imenso percorreu todas as veias e artérias de seu corpo. Recusara-se a acreditar quando vira a provável espada. Mas agora tinha certeza. Kagome recolhera uma correntinha com uma pedrinha azul pendurada. Sim, aquela correntinha era a mesma que dera a Trunks, quando foram passear no parque. Chorava de ódio.

“Maldito! Traidor! Por que, Trunks, por que você nos traiu? Por que você me traiu? Eu não acredito... Mas não posso te deixar impune. Tenho que fazer algo a respeito, ou não me perdoaria. Você partiu meu coração, maldito!”

Com um esforço descomunal, Kagome subiu as escadas correndo. O ombro doía muito, mas ela não queria pensar na dor. Apenas corria. Corria e deixava um rastro de sangue. Sentia a presença de Trunks em cima, perto de sua casa. Então correu por dentro da floresta - para que ele não a visse quando terminasse de subir - e foi até o lugar onde tinha guardado seu arco. Pegou-o e mais uma única flecha. Saiu. Viu Trunks em pé, de costas para ela, olhando para as flores da árvore sagrada.

- Trunks! - gritou cheia de ódio.

Ele se virou. Quando olhou Kagome, ficou atordoado. Kagome não pensou duas vezes e atirou a flecha. Não o acertara em cheio, mas a flecha trespassara a cintura de Trunks, machucando-o muito e fazendo-o sangrar bastante.

- Droga... Errei... - Kagome estava em pé, segurando o ombro.

- Kagome! O que aconteceu? Por que você me atacou? - Trunks olhava a garota, perplexo. Segurava a ferida que Kagome lhe causara, por onde escorria muito sangue.

- Não se faça de inocente, idiota! Afinal, acha que não sei que você acabou de me atacar na escadaria? - Kagome estava revoltada. Lágrimas saíam de seus olhos enquanto ela segurava o ombro machucado.

- Eu? Mas eu estava aqui o tempo todo!

- Não minta pra mim, Trunks! Não me faça te odiar mais! Se você estava aqui o tempo todo, então de quem é isto, afinal? - Kagome mostrou o colar com a mão do ombro machucado. Apoiava-se com o arco.

- Meu Deus! O pingente que perdi dias atrás! Kagome, por favor, não fui eu! Acredite! Eu te amo demais, jamais a machucaria! Sei que parece uma desculpa furada, mas estou falando a verdade!

Kagome olhou para aqueles olhos azuis cheios de lágrimas e percebeu que eles não estavam mentindo. Não fora Trunks quem a atacara. Então veio uma voz ecoando e sua mente. A voz de Kaho.

Ela florescerá quando algo muito importante estiver para acontecer. Preste atenção os avisos da natureza, Kagome.

Sim, Kaho a avisara que a árvore floresceria numa situação delicada e ela não prestara atenção. Uma lembrança veio à mente da garota. Era o último suspiro de Michiru.

Isso tudo... Está parecendo o meu sonho... [Kagome falou]

Você não muda mesmo... Sempre burrinha... [Michiru olhou uma última vez para Kagome e fechou os olhos]”

Foi aí que ela entendeu tudo. Sim, tudo. Os sonhos esquisitos, as falas de Kaho, as falas de Eriol, o diário de Clow aquele arco... Tudo passou pela sua mente e agora tudo fazia sentido para ela. Olhou para frente e viu aquela mulher, aquela sacerdotisa parada, observando-a.

- Parece que demorei um pouco para entender os seus avisos... - Kagome falou.

- É, eu deveria ter adivinhado. Numa época com esta, onde quase não existem youkais, seria difícil para você adivinhar os meus avisos. Mas graças a sua péssima mira você não matou um inocente.

- Obrigada pela parte que me toca. Mas acho que nunca poderia ter sido uma mulher tão forte como você.

- Você se engana pensando assim. Mas agora eu devo ir. Iremos nos encontrar ainda, Kagome.

- Tudo bem. Muito obrigada por tentar me avisar. E muito obrigada por me emprestar o seu arco, Kikyou...

A mulher sorriu e se foi. Kagome tinha esquecido por alguns segundos da dor que sentia, mas esta voltara mais forte como que para compensar os segundos de sua ausência. Ela não agüentou e se sentou no chão.

Trunks resolveu se aproximar. Ficou com medo de que Kagome o atacasse novamente e depois a ficou observando conversar com o nada. Mas tinha que cuidar daquele ferimento. O seu ele poderia cuidar mais tarde. Colocou-a em se colo e afagou-lhe os cabelos. Ouviram Eriol falar por telepatia.

Trunks, não tente trazer Kagome para o hospital. Já falei com Tokiko e estamos indo para aí. Se você tentar levar Kagome, pode piorar a situação dela.”

- Calma, minha Kagome, tudo ficará bem. Tokiko já está vindo, tudo vai dar certo...

- Não se engane, Trunks. Você sabe que não vai dar tempo. Não para mim. Mas, graças a Kami que sou péssima de mira, você ficará bem.

- Para de falar besteiras! Afinal, nós vamos casar e ter muitos filhos! Você me prometeu! Que tipo de mulher é esta que faz promessas e não cumpre? Olha aqui, eu trouxe as nossas alianças. - ele mostrou a caixinha - Você é minha noiva e eu não vou deixar nada te acontecer, entendeu?

Trunks colocou a aliança no dedo dela e a outra em seu dedo. Kagome sorriu.

- Diga ao Eriol que, infelizmente, eu só pude compreender tudo quando já era tarde demais. Eu te amo, Trunks. Eu te amo como nunca amei ninguém na minha vida. Não quero te ver sofrer... Tenho certeza que vai encontrar alguém que te faça muito feliz, meu amor.

- Não fale como se fosse me abandonar! Eu sei que não vai! Você vai viver, Kagome. Você é forte! Este ferimento não significa nada. - Trunks lutava contra as lágrimas que insistiam em cair.

Trunks a abraçou com cuidado, levantando-a. Kagome sorria e chorava. Gostaria de ficar naquele abraço gostoso para sempre. Os sangues se misturavam. Kagome sentia que havia um pouco de Trunks dentro de si e ele sentia que havia um pouco dela dentro dele. Mas algo despertou a atenção da garota durante aquele abraço. Não algo, alguém. Alguém estava sentado num dos galhos da árvore sagrada florida, atrás de Trunks, observando a cena. Kagome conhecia aquela pessoa. Teve um calafrio.

A pessoa tirou o capuz, mostrando a face. Era um homem. Kagome ficou espantada com o que viu. Parecia não acreditar. “Não, não pode ser ele!”. As lágrimas caiam mais fortes agora. O homem sorria o tempo todo. Ela o viu gesticular a boca calmamente para ela e leu-lhe os lábios.

“Eu te amo.”

Kagome teve espasmos de terror. O homem sorria cada vez mais quando via a cara horrorizada de Kagome. Cobriu o rosto novamente com o capuz e foi embora. Kagome precisava falar, precisava contar a alguém a identidade daquela pessoa. Estava desesperada e em choque. Abriu a boca para falar, mas a voz não saía.

Trunks percebeu a inquietação de Kagome e a colocou no colo novamente. Viu que a garota desejava lhe falar algo. Afagava-lhe os cabelos e tentava acalmá-la.

- Calma, meu amor. Eriol e Tokiko já estão chegando...

Kagome não parecia se acalmar.

- Eu te amo, minha Kagome. - Trunks colou seus lábios junto aos da garota.

Kagome foi perdendo a expressão aterrorizada e ganhando uma face calma e feliz. Esboçou um sorriso e sentiu os lábios macios e quentes de Trunks. Ainda mantinha os olhos abertos, mas sua vista foi anuviando. Fechou os olhos para sentir mais aquele beijo, para sentir Trunks junto dela. E nunca mais tornou a abri-los.

Trunks sentiu que o corpo de Kagome amolecera de repente e que seus lábios perderam o calor. Não queria acreditar. Olhou para Kagome e recomeçou a chorar.

- Kagome! Acorde, Kagome! Não vá embora! Não faça isso comigo! Você prometeu que nos casaríamos e vai embora assim, sem um adeus ou um até logo? Não me deixe aqui, Kagome, não... Por quê? Por que você teve de partir e me deixar aqui, sozinho? Kagome!!!

Trunks encostou a testa na da garota e chorou. Chorou violentamente. Deixara o amor de sua vida morrer em seus braços sem nem ao menos poder fazer nada para impedir a tragédia. Mas ao menos tinha um consolo dado pelo sorriso nos lábios da garota: Kagome morrera feliz.


Comentário final da autora: tentei fazer algo triste, mas realmente não sei se consegui. Achei a cena realmente bonita, mas não consegui me comover. Bem, não sei quantas pessoas no mundo gostariam de matar a Kagome - sei que a maioria gosta dela e odeia a minha adorada e idolatrada Kikyou, mas paciência... - mas confesso que tive pena de matá-la nesta fic. Eu até que estava gostando mais dela - eu nunca a odiei, ela apenas me revolta às vezes - mas a sua morte estava prevista desde o início da fic. Por favor, falem algo a respeito deste capítulo!

Só lembrando, mais uma vez, que, à exceção de Chizuru, os personagens aqui utilizados não são meus.

Este capítulo ficou realmente curto... Mas não é falta de criatividade, é que isso sempre acontece comigo na reta final. Parece que eu acelero tudo de repente... O próximo capítulo será o último. Bem, acho que é tudo.

Capítulo 6

Capítulo 4

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