Localizada à Rua Frei Gaspar no 280 - Centro de São Vicente, a primeira notícia que se tem desse logradouro data de fins do século passado, mais precisamente de 1870. Era, então, unia chácara de propriedade do coronel José Lopes, português, tido como grande benemerente dos pobres e que chegou a ser nomeado pelo Presidente Floriano Peixoto, na Revolta de 1893, como comandante do 192º Batalhão da Guarda Nacional de São Vicente. |
Já neste século, pertenceu a um barão alemão, (daí a denominação de Casa do Barão) de nome Kurt Von Pritzelwitz. Durante a 2ª Guerra Mundial, quando da entrada do Brasil ao lado dos aliados, o então Presidente Getúlio Vargas baixou decreto em que proibia a residência de cidadães de países inimigos em cidades litorâneas. O barão foi, assim, compelido a deixar São Vicente. A propriedade foi vendida a um médico que ali instalou uma clínica cardiológica.
Mais tarde, a Casa do Barão foi adquirida pela Caixa Econômica Federal que, em 1973, cedeu o prédio ao Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, em comodato, por tempo indeterminado. Por iniciativa do historiador Francisco Martins dos Santos, o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, a partir de 1968, organizou várias exposições culturais na Casa do Barão. Em 1972, em comemoração ao Sesquicentenário da Independência, foi realizada uma exposição alusiva a este evento, com motivos brasileiros. Tendo em vista o grande sucesso alcançado, os organizadores passaram a montar uma exposição permanente: o Museu Geral Vicentino, tendo como enfoque o Brasil, através de suas regiões, mostrando um pouco de nosso rico País à juventude vicentina e de toda Baixada Santista. |
Aqui nasceu o Brasil. Nada mais justo que mostrar uma síntese de nosso País. Pelas quatorze salas da antiga Casa da Barão, estão representados todos os Estados brasileiros, com mapas artísticos, objetos de artesanato, exemplares da fauna, costumes indígenas, belezas paisagísticas, curiosidades, arqueologia, economia, geografia, riquezas minerais e potencial turístico. Ao acervo do Museu pertencem, aproximadamente, 1380 peças, algumas raríssimas de incalculável valor histórico, como o crucifixo do século XVI, inúmeras amostras de pedras brasileiras, fósseis e peças do Mestre Vitalino, além de valiosa coleção numismática. Além do Museu Geral Vicentino, a Casa da Barão abriga atividades teatrais, a Biblioteca Municipal, aulas de pintura, dança, etc.
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Em 04 de julho de 1988, após anos de luta da comunidade, com o apoio da Prefeitura, a então Secretária de Estado da Cultura, Beth Mendes, sensível à questão cultural tão delicada, assinou a resolução de tombamento da Casa da Barão, in loco, na presença de várias autoridades municipais. Cabe salientar que, além do aspecto cultural, já enfocado, há também a questão ecológica, uma vez que o terreno do aludido Espaço Cultural abriga alguns tipos de animais em extinção como por exemplo, bichos-preguiça, em uma vegetação rica e representativa da Mata Atlântica. |
página em construção por Simone Schumacher Vaz Cid e Emilio Cid
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