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IMPRESSIONISMO

O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura, mas o que o destaca ainda mais, e o torna mais importante para nós, é o fato de que se trata do movimento que mais influenciou a pintura do século XX, inclusive o Surrealismo. Começou na França através das obras de alguns poucos pintores amigos e que trocavam correspondência - Monet (considerado seu fundador), Manet (sim, atenção, porque são dois pintores diferentes, aliás, bem diferentes)Renoir e Degas. Neste movimento os artistas primavam pela força das cores, concentrando-se mais no que elas transmitiam, deixando de se preocupar em retratar a forma perfeita e proporcional e procurando encontrar a forma de sensibilizar o observador pelas cores e sua força. A primeira exposição foi feita em Paris, em 1874. O público e a crítica não os recebeu nada bem. Além de muito bons, os Impressionistas eram muito insistentes. Deu no que deu: esse movimento de arte que perdura até hoje como um dos mais influentes da arte moderna.

 

 Principais características:

1-A pintura preocupada com o registro das tonalidades que os objetos sob a luz solar num determinado momento possuem, as cores que a natureza adquire dependentes da incidência da luz solar;

2- Figuras sem contornos definidos por linhas escuras;

3- As sombras devem ser luminosas e coloridas, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las; sombras como elementos de cor também;

4- As tintas ganham força e tonalidades sem ser misturadas, mas sim quando dispostas de forma própria, ganhando força apenas por estarem unidas numa imagem; devem se misturar através do olhar;

5- As cores têm mais força do que as imagens

IDÉIAS-CHAVE sobre o IMPRESSIONISMO:

Impressão - das cores é de grande importância - aquilo que as cores constroem quando unidas numa imagem;

Tonalidades - matiz de cor, relativo a como elas reagem unidas, se mais claras ou mais escuras - fortes ou fracas;

Luz - importante retratar como se comportam as cores em condições de luz diferentes;

 

 

 

 

 

Os Grandes Artistas

 

Vincent Van Gogh,  nasceu em 1853 e que, como você já deve saber, não foi muito reconhecido durante sua vida. Não venderia quadro algum antes de morrer. Além disso, não parecia bater muito bem da cachola, porque arrancou a própria orelha e a enviou num pacote para um amigo (muita gente acha que eles eram muy amigos, entende?) Pois é, passou a vida sem ganhar dinheiro com suas pinturas, mesmo assim não desistiu. Seu irmão e correspondente era quem o sustentava e era também seu confidente - esteve sempre a seu lado, até o dia de sua morte. Isso que é irmão! Filho de um pastor, Van Gogh pareceu sempre evitar temas religiosos, preferia a vida cotidiana dos trabalhadores. Embora sua pintura seja considerada Impressionista pelas suas características, outros autores o encaixam, cronologicamente, no Pós- Impressionismo.

 

O primeiro da esquerda para a direita é seu auto-retrato; depois Café Terrace; Sono; Campos de Trigo;e  o último é um dos seus trabalhos mais célebres: Os Comedores de batatas.

E aí? Por que a preferência de Van Gogh por paisagens bucólicas e momentos do cotidiano das pessoas comuns? O que você pode perceber da personalidade do artista através dos seus quadros?

 

 

Claude Monet nasceu em 1840 em Paris e foi um dos grandes entusiastas e idealizadores do movimento Impressionista. Antes de poder seguir dedicado a sua arte, serviu como soldado na Argélia (na África). Irredutível em seus ideais e por sua arte, Monet não conseguiu muitos amigos entre os críticos de arte, na verdade, a maior parte do tempo teve que suportar as chacotas que ele e seus colegas de estilo recebiam da parte desse bando de mal agradecidos! Mas no fim, a cabeça-dura de Monet ganhou, porque acabou sendo reconhecido - embora isso tenha demorado bastante e ele só conseguisse vender seus quadros quando tinha uns 40 anos de idade.
Pierre-Auguste Renoir nasceu na França em Limoges, fevereiro de 1851. Seu pai decidiu se mudar com a família para Paris e lá Renoir acabou por trabalhar numa fábrica de porcelana... Adivinha o que ele fazia na porcelana...PINTAVA! Pintava buquês de flores. Começou a fazer cursos noturnos de desenho com o suíço Charles Gleyre, em cujas aulas conheceu Claude Monet, Alfred Sisley e Jean-Frédéric Bazille. Engajou-se ao movimento destes artistas que não pretendiam se encerrar apenas nos estúdios - queriam um pouco de ar puro - pintando cenários naturais. Renoir pintava flagrantes da vida cotidiana em seus quadros. A velhice não foi fácil para ele; com reumatismo crônico era obrigado a amarrar o pincel na mão para conseguir continuar pintando até sua morte em 1919.
Édouard Manet nasceu em Paris em 1832, foi aprendiz de piloto de navegação e em dezembro de 1848 esteve no Rio de Janeiro ( ! ). Foi apenas depois dessa sua viagem que seus pais deixaram que ele estudasse desenho, que era sua grande paixão. Estudou com Thomas Couture e depois de seis anos já tinha seu próprio atelier em Paris. Quando começou a exibir seus quadros ele não foi recebido com bom olhos pelos críticos, principalmente por esse quadro aí, Piquenique no Bosque; ora, uma mulher pelada no meio de uns tios vestidos não era algo muito comum para a época. Mesmo assim, seus quadros chamaram a atenção dos jovens artistas - inclusive do seu quase xará Monet. Infelizmente, só foi reconhecido realmente depois de morto... Que saco!
Hilaire-Germais-Edgar Degas nasceu em Paris em 19 de julho de 1834, abandonou a escola de Direito e se dedicou ao desenho - ingressando na Escola de Belas Artes de Paris em 1855. Era fascinado pelos renascentistas, embora posteriormente mudasse a característica de seus quadros, depois de conhecer Monet e diversos outros pintores Impressionistas. Mesmo inserido num movimento que primava pelas cores e pelas paisagens, Degas preferiu se concentrar em obras que exploravam o movimento das figuras, embora continuasse explorando as cores e as suas nuances inspirado em estampas japonesas e em Nicolas Poussin. Influenciado pela literatura da época, mudou seus temas e passou a explorar a vida cotidiana e as injustiças. Morreu quase cego dedicando-se a criar esculturas e gravuras, e com uma fama de mal-humorado que explicava assim: "Era ou parecia duro com todos, por uma espécie de impulso à brutalidade que me vinha da incredulidade e mau humor. Me sentia tão inferior, tão frágil, tão incapaz, enquanto me parecia que os meus cálculos artísticos fossem tão precisos. Era mal-humorado com todos e até comigo mesmo".

 

Francisco Goya nasceu na Espanha em 1796. Assim como a maioria dos artistas, viajou pela Europa colhendo informações e estudando até adquirir traços pessoais e experiência. Em 1786 foi nomeado pintor da corte por Carlos III, nomeação confirmada por Carlos IV. Em 1799, era o primeiro pintor da corte, mas retirou-se em 1808, quando o trono foi ocupado por José Bonaparte (não o Napoleão, esse era outro). Reassumiu esta posição quando Fernando VII assumiu o poder, mas mais uma vez se retirou quando o Absolutismo se reafirmou na Espanha. Mudou-se para a França, cidade de Bordéus (nomezinho legal esse!) onde viria a morrer em 1828. Goya era conhecido pela escolha de temas relacionado ao seu país, e pela crítica contumaz aos políticos absolutistas - embora não apenas a esta linha de políticos - e era bastante irônico, mesmo que nem sempre, como neste quadro à esquerda - O Massacre dos Inocentes, retratando a Revolução Espanhola. Sua obra mais conhecida, principalmente pela frase que dá título a ela é O Adormecer da Razão gera Monstros.
Di Cavalcanti nasceu no Rio de janeiro em 1897, filho de uma família bem relacionada, embora não muito bem em termos de grana. Bem relacionada significa dizer que sua família tinha muitos amigos relacionados à política e à literatura, como o escritor Machado de Assis. Influenciado pelo amigos célebres, Di Cavalcanti escolheu por se dedicar à arte e retratar a realidade do Brasil. Venceu todos os preconceitos pelo fato de ser filho de uma negra - teve uma queda pelo ideal socialista numa época que essa linha política não era muito bem vista. Ilustrou as obras de Oscar Wilde - escritor inglês, e foi de suma importância para a Semana de Arte Moderna, de 1922. Morreu em 1976.

E aí? Os pintores Impressionistas tem características parecidas, certo? Mas o que você vê de diferente entre estes que estão aqui? Por que artistas de lugares diferentes e até bem distantes uns dos outros, têm estas características tão parecidas? Sabe? Pense a respeito.

Ah, mais uma pergunta: Por que você acha que a maioria dos grandes pintores reconhecidos hoje, só eram reconhecidos depois que batiam as botas? Por que você acha que a sociedade, em épocas distintas, tem tanta resistência às novidades, principalmente em relação à arte?

 

 

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