.:DISCOGRAFIA:.
Angra
- Temple of Shadows
Por
Alexandre Afonso
Os
paulistas do Angra lançaram o quinto álbum de estúdio
“Temple of Shadows” um disco conceitual escrito pelo
fundador da banda e guitarrista Rafael Bittencourt. O novo CD
tem abordagem religiosa e traz como personagem principal um
soldado chamado “Shadow Hunter” que viveu na época das
cruzadas, a partir daí a
história
ganha um emocionante e polêmica interpretação, algo que só
lendo o disco para entender.
Vamos
as músicas, Deus Lê Volt! É aquela introdução
introspectiva, que dá o tom da avassaladora Spread your fire,
tema rápido que traz a interpretação perfeita de Edu Falaschi.
Em seguida temos Angesl and Demons, prog-metal classudo
cheio de guitarras e inovações. Waitting Silence é um
tema bonito e bem moderno, destaque para a dupla de guitarras
Kiko e Rafael. Whishing Well, é uma linda balada Heavy.
Eis que chega o novo hino do Angra Temple of Hate, o que
esses caras tocam nesta faixa, em especial Aquiles Priester, é
coisa pra ninguém botar defeito, a participação de Kai Hansen
brinda a música que beira a perfeição. The Shadow Hunter,
tem mais de oito minutos de duração trazendo um Angra
progressivo, criativo, moderno e acima de tudo original. No
Pain for the Dead é mais uma balada, traz a perfeita
interpretação de Sabine do Edenbrind. Winds of
Destination é outra faixa bem pesada, rápida e classuda,
traz mais uma participação, o líder do Blind Guardian Hansi
Kursch, essa musica foi feita para ser apreciada com calma, pois
além da sua complexidade ela tem uma letra emocionante. Sprouts
of Time, você lembrará logo de holy land (a música) o
clima, a percussão e a interpretação de Edu para essa canção
é digna de nota! Morning Star, eita musica harmônica,
melódica ousada! Com essa faixa o fãn do Angra tem a certeza,
finalmente eles voltaram a inovar! Late Redemption tem o
mestre Milton Nascimento ao lado de Edu, fazendo um dueto de
vozes talvez nunca apreciado na história do metal. Gate
XIII, tema instrumental fecha o álbum mais ousado e
original da carreira do Angra.
Um
dia achei o Holy Land o melhor disco da banda, pode até ainda
ser, mas Temple of Shadows é daqueles álbuns que veio
para entrar na história da musica pesada mundial.
MARTIRIA – THE
ETERNAL SOUL
Por Henrique Meireles
A Martiria é
uma banda italiana formada em 1987 e The Eternal Soul é
o debut da banda que conta em seu line up com o ex-Warlord
Rick Anderson. The Eternal Soul é um álbum de Epic
Metal que pode soar como uma coisa pomposa pra quem não
ouve o cd e pensa que é algo deslumbrante. Mas quando se pega
pra ouvir, a coisa muda por completo. O disco contém algumas
qualidades sim, como o trabalho de guitarra e teclados
(instrumento que dá o toque épico ao material) de Andy
Menarini, mas não espere por uma coisa pomposa, cheia de
detalhes, porque o a sonoridade é meio “suja”, não
passando do básico. A qualidade sonora não é lá essas coisas
e que poderia aumentar (e muito) o status deste lançamento,
pois mesmo tendo sido gravado em dois estúdios diferentes, a
coisa não andou como deveria e saiu com uma qualidade inferior
ao que poderia ter sido. A produção deixou a desejar no que
tanje a algo melhor acabado. Mas ainda assim podemos tirar
algumas músicas boas, com destaque para “The Ancient Lord”,
“The Most Part of The Men” e “Celtic Lands”,
onde os toques épicos se exaltam mostrando uma face melhor
apresentada e mais lapidada na sonoridade. Lembrando que as
letras das músicas são um caso à parte, tudo muito bem
elaborado e que remetem à civilizações antigas, assim como
contos medievais. The Eternal Soul é um disco que tem
influências de bandas como Iron Maiden (da fase Powerslave),
Helloween (do disco Keepers of The Seven Keys II)
e Manowar (dos dois primeiros álbuns). Vale à pena dar
uma conferida sem compromisso.
Nightwish – Once
Por
Alexandre Afonso
Maravilhoso! Assim começo esta resenha do novo álbum
da banda Finlandesa Nightwish. O quinteto conseguiu com Once
(Universal Music), vôos já mais alcançados outrora, é o
disco mais caro e mais bem produzido de sua nova e promissora
carreira de sucesso. Ficou até fácil encontrar a música Nemo
na MTV e nas principais rádios pop’s do Brasil, mas Nemo
perde feio no conceito exuberância, quando ouvimos as outras
dez faixas do álbum. Dessa vez o guitarrista Emppu Vuorinen
desceu a mão na guitarra e produziu excelentes rifs. Faixas
como Planet Hell, Dark chest of Vonders são dignas de
muito respeito. Eles abriram mão dos arranjos de orquestra no
teclado e contrataram uma orquestra de verdade para gravar Once.
A bela Tarja Turunen comprovou para o mundo a sua
superioridade como vocalista, sem duvidas a maior autoridade no
atual cenário metálico mundial. O que ela canta na faixa Ghost
Love Score é de deixar qualquer um com a boca aberta! Vale
a pena comprar e comprovar a superioridade da maior banda de
Metal da Finlândia em todos os tempos.
Heaves
Guardian - Doll
Por
Renê Carvalho
A banda goiana Heaven´s
Guardian formada por: Carlos Zema (vocal), Luiz Mauricio
(guitarra), Ericsson Marin (guitarra), Murilo Rassi (baixo) e
Alexandre Salino (bateria), na estrada desde 1997, apresentam
D.O.L.L. o seu novo trabalho (o segundo) que chega trazendo doze
faixas do mais puro e autêntico Heavy Metal.
Com uma produção que realmente impressiona pelo profissionalismo,
o disco traz uma gravação de ótima qualidade, com boas
composições, arranjos que equilibram peso e técnica, e que são
executadas de maneira competente, e empolgante pelos músicos da
banda. Destaque para os arranjos vocais, o trabalho de Carlos Zema com seu alcance
notável, e timbre semelhante (em alguns momentos) a Tim Owens (Iced
Earth) e também para o uso de um coral nos
refrões de algumas das músicas.
Dentre as doze faixas do disco, atenção especial para Killing
Night, e a ótima Máster of Streets.
Thalion
– Another Sun
Por
Alexandre Afonso
A banda paulista Thalion estréia em grande estilo, Another Sun
(Hellion Records) pode não ser o melhor disco do ano, mas com
certeza tem a melhor gravação até então. Alexandra Liambos (vocals),
Rodrigo Vinhas (guitarra), Fábio Russo (guitarra), David Shalom
(baixo) e Giancarlo Scairato (bateria) são músicos de pouca
idade e enorme talento. O que essa galera proporciona neste álbum
é digno de muita expectativa, pois de imediato da uma vontade
danada de poder ver a banda ao vivo.
As músicas The Journey, The Encounter e
Wait for Tomorrow são as minhas favoritas. As outras sete que
compõem o Cd são muito boas merecendo destaque a balada
“Another Sun and Follow the Way” que conta com a participação
especial do mestre Michael Kiske (ex-helloween) em um dueto de
vozes que impressiona o ouvinte. A produção ficou a cargo do
excelente Felipe Colodetti e as participações especiais dos
tecladistas Fabio Ribeiro e Fábio Laguna fizeram a diferença.
Indispensável para o novo mercado de heavy metal melódico.
Khallice
– The Journey
PorAlexandre
Afonso.
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Grande
Jornada! e pensar que Brasília só é a capital política do País,
quando é de se admirar este primeiro disco da banda brasiliense
Khallice, tanto musicalmente como pela produção impecável. O
disco é um lançamento da Hellion Records.
Alírio Neto (vocal), Marcelo Barbosa (guitarra), Michel
Marciano (baixo), Bruno Wambier (teclado) e César Zolhof
(bateria) tem como maior influência o Dream Theater, o legal é
que a banda não pratica nenhuma cópia do ícone americano do
estilo. A música do Khallice vai muito além e em nenhum
momento fica repetitiva.
Todas! as faixas estão em destaque: Isso mesmo, todas,
cada uma diferente da outra. Sendo que as duas músicas finais
possuem um clima que deixa a banda com uma sonoridade única e
moderna. Mas das duas, “The Journey” merece destaque por
contar com a participação especial do vocalista André Fantom
que muito ajudou na gravação do álbum.
Altamente recomendável a todos que gostam de metal progressivo
como do rock em geral. Este é o recém e primeiro registro do
Khallice, que pelo jeito ainda vai dar muito o que falar no
Brasil.
DUNGEON - RISE TO POWER
Por: Henrique Meireles
Se tem um disco em que se pode dizer hoje em
dia que é power metal, este disco é o Rise to Power dos
australianos do Dungeon. Esse disco não possui frescuras de
teclados que muitas bandas hoje em dia querem carregar seu som.
Pelo contrário. esse disco aqui é carregado de riffs
poderosos, um trabalho especialmente calcado nas guitarras, mas
não soa enjoativo em momento algum. A pessoa que vir ersta capa
sem conhecer a banda ou o disco pode pensar "ah, mais uma
banda querenso soar como o Manowar" ou até mesmo "ah,
mais uma daquelas atuais bandinhas chatas de power metal".
Ledo engano. Rise To Power possui verdadeiras obras-primas do
verdadeiro power metal e se formos fazer alguma analogia, a
primeira banda que nos vem à cabeça é, com certeza, o
Helloween da fase Keepers, só que com muito mais peso e sem os
vocais agudos de Kiske. Esse disco é uma verdadeira usina de
energia onde as faixas "A Rise To Power", "Insanity's
Fall", "The Other Side", "Lost In The Light"
e "Traumatised" podem comprovar tal fato, injetando
uma alta dose do mais puro power metal. Rise to Power é
poderoso e técnico e, além das guitarras de Stu e Lord Tim, a
cozinha precisa e pesada ainda podem ser destaques também nesse
material. Quer power metal de verdade? Compre de olhos fechados
Rise to Power!
Perpetual
Dreams - Eyes of Infinity
Por Henrique Meireles
Mais uma grata
surpresa da já consolidada cena catarinense que nos brinda com
uma banda muito boa, a Perpetual Dreams. Formada por
Eduardo D’Ávila (V), Deny R. Bonfante (G), Jan P. Findeiss
(K), Chris Link (B) e Fábio Passold (D) e tendo lançado seu
debut chamado Eyes of Infinity ano passado pela Hellion
Records, os catarinenses esbanjam virtuosismo, qualidade, muita
técnica e um cd muito bem gravado e produzido no famoso Clínica
Studios em Curitiba/PR. Eyes of Inifinity possui algumas
características peculiares e influências que vão desde Symphony
X até Iron Maiden e Scorpions, ou seja, a
banda mescla elementos de prog metal, metal tradicional e um
pouco de hard rock. E não é que eles acertaram?! Eyes of
Infinity possui ao mesmo tempo influências latentes dessas
bandas, mas também estão lá as caracterísitcas da Perpetual
Dreams incorporada na excelente amostra do guitarrista Deny
com o tecladista Jan. Infelizmente o vocal de Eduardo soa muitas
vezes maçante, mas esse destaque de Deny em seus excelentes
riffs e solos de dar inveja a muitos guitarristas que se acham
“guitar heroes”, muitas vezes “duelando” com os teclados
de Jan é que fazem das músicas na parte instrumental algo que
possa colocá-los em um patamar maior. Quem gosta de guitarras
trabalhadas vai se deleitar com este disco. Destaque para as músicas
“To Live Forever” (com seu refrão “grudento” e
de fácil assimilação), a “Gypsy Ride” (lembrando
muito os Scorpions) e a “Lords of War” (seu início
lembra muito a “Back to The Village” do Iron
Maiden). Ah, o cd ainda contém uma parte em multimídia com
muitas coisas interessantes e teve participações especiais de
André Fabian (Steel Warrior) nos vocais de “Paradise”,
Murilo da Rós tocando violão em “Shadows And Lies” e
Luciano Madalozzo (Zeitgeist) nas percussões de “Lords
of War”.
Cros
Fire
- Sharpshooter
Por Henrique Meireles
Nos
anos 80, as bandas mais conhecidas da Bélgica eram Ostrogoth,
Killer e Crossfire.
Esta última lançou quatro álbuns, sendo que três deles de
estúdio e um ao vivo. A Crossfire
surgiu em 1980 com Peter De Wint (V/D), Marc Van Caelenberge
(G), Patrick Van Londerzele (B) e Nero Neerinckx (G) e em 1982
Nero saiu da banda para dar lugar a Rudy Van De Sype e Peter
cedeu o lugar para Chris De Brauwer, ficando somente com as
partes vocais. O primeiro disco lançado em 84 se chamou See You In Hell e o segundo, em 85, chamou-se Second Attack. Durante o mesmo ano de 85 eles decidiram lançar o
disco Sharpshooter,
que continha material não lançado dos dois álbuns anteriores,
assim como músicas gravadas ao vivo. Daí surgiu o disco Sharpshooter,
onde possui aquela típica pegada NWOBHM, cujas bandas da época
faziam um estilo único, mas com sonoridades diferentes. Duas músicas
que podem realmente ser destaques neste disco são "Motorcycles"
e "Killer Queen",
mostrando o lado mais explícito do heavy metal da banda. Em 86
entrou o guitarrista Jacky D'hondt e, no final daquele ano, fora
gravado no famoso festival Shockwave
o disco Live Attack contendo algumas ótimas faixas como "Starchild",
"Killer Queen", "Scream And Shout", "Fly
High" e "Feeling
Down". No ano passado a Hellion Records licenciou em
edições especiais no formato 2 em 1 os discos See
You In Hell e Second Attack e na outra versão veio este Sharpshooter e o Live Attack.
Uma ótima pedida para aqueles que querem conhecer mais sobre a
banda, podendo pagar o preço de um cd e levando pra casa os
discos de uma grande banda da época. Vale muito à pena comprar
as duas versões.
Frameshift
– Unweaving the rainbow
PorAlexandre
Afonso.
A gravadora Hellion Records está lançando no
mercado nacional o projeto do guitarrista, produtor e compositor
alemão Henning Pauly. Frameshift “unweaving the rainbbw” é
um excelente disco de rock progressivo. Nos vocais temos nada
mais nada menos que James Labrie (Dream Theater) na bateria o
desconhecido e preciso Eddie Marvin. O álbum é emoção do
inicio ao fim, destacando a beleza dos vocais de Labrie, o cara
está melhor do que nunca! O legal é que nesta obra não
existem comparações, pois em Frameshift não encontramos
nenhuma semelhança com o Dream Theater, Yes, Rush e sim a
beleza e o virtuosismo do Rock Progressivo.
As
músicas Spiders, Your eyes e The gamem machine contam com muita
propriedade e emoção as experiências cientificas do professor
Richard Dawkins, pois o disco é conceitual. Uma obra única que
vai deixar os fans de Rock em particular os “progressivos”
com a certeza de que seu estilo ainda não morreu e que ele tem
muito, mais MUITO a mostrar ao mundo. Vida longa!
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