EM BUSCA
DO CANDIDATO
PERDIDO Após
10 longos anos de espera, os fãs de Indiana Jones podem festejar...
Steven Spielberg (inspirado, talvez (?), por George Lucas), finalmente,
decidiu realizar o quarto filme da saga do nosso sempre querido Indy.
Pois é! Espantem-se... pulem de alegria... abram aquela garrafa de champagne
que têm reservada no fundo do armário... É mesmo verdade, o professor
mais aventureiro do mundo está de volta para aquilo que promete ser uma
grandiosa e, quem sabe, perigosíssima, missão. Não se trata, porém, da busca
do Santo Graal... muito menos da Arca da Aliança! Desta
feita, o nosso prezado herói tem a hercúlea tarefa de encontrar o
candidado presidencial ideal e tão desejado pela direita portuguesa. Como
decerto imaginam, há material para um grande guião, repleto de surpresas, de
mudanças inexperadas, de revelações de última hora e de efeitos para além
de especiais. Porém,
desta vez, o nosso herói não terá que enfrentar, apenas, o tradicional
inimigo... Terá dezenas deles que, por detrás das suas máscaras, espreitam de
todos os lados, tentando impedi-lo de terminar a missão que lhe foi confiada.
E, para seu desespero, não tem, sequer, a certeza da sempre preciosa ajuda de
uma 'IndyGirl' (dada a escassez de girls nos jobs da Respublica)
para o ajudar na sua temerária empresa! Revelando
em primeiríssima mão todos os segredos desta estória (Steven Spielberg que não
saiba) posso dizer-vos que o 'velho' Indy irá começar a sua aventura ao
receber uma secretíssima missiva de um destacado político nacional (deixo o
seu nome à vossa imaginação!) em que este pede a sua ajuda para encontrar o
Candidato (até parece o título de um filme sobre os bastidores da White
House ao melhor estilo de Hollywood!). Indy
aportará em Portugal, trazendo armas poderosíssimas para barrar
a acção dos duros inimigos... No melhor do seu trabalho de arqueólogo,
Indiana Jones irá revolver os ficheiros da Respublica,
inspeccionar os arquivos mais antigos dos multicoloridos partidos e percorrer
todo o país em busca de um nobre presidenciável... Por
fim, depois de momentos de alta tensão, aparecerá com o Candidato (até
então um mero perfil definido, a várias mãos, numa folha de papel.)
Quem é ele? - perguntam todos, ansiosamente. Aguardem pelo fim do filme... Senão,
o tio Steve deixa de confiar na vossa leal informadora e acabam as
esclarecedoras conversas em 'off record'! PS:
Meus caros senhores, sei que este é um momento crucial... que a escolha do
Presidente é um assunto 'excessivement grave'... Este país precisa que
o tal perfil saia do papel e assuma a Presidência desta República (que,
teimosa e, talvez, naïve acredito não ser uma República da(o)s Bananas). Não
temos o Indy para nos ajudar... por isso temos que agir sozinhos, com coragem,
determinação e vontade de vencer... Uma
sugestão... depois de tanta confusão com as presidenciais, porque não
voltamos, de uma vez por todas, para a saudosa
e virtuosa Monarquia, sem eleições, candidatos e controvérsias partidárias
nas páginas dos jornais? PS
s (!):
Subsiste, ainda, uma dúvida pertinente: será que o PSD e o CDS-PP conseguirão
concordar na escolha de D. Duarte como 'candidato' a futuro rei? M A. Guerreira 23
de Março de 2000 |
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