Gênesis
Capítulos:
Capítulo
1
1 No princípio, criou Deus os céus
e a terra.
2 E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre
a face das águas.
3 E disse Deus: Haja luz. E houve luz.
4 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus
separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz Dia; e às
trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro.
6 E disse Deus: Haja uma expansão
no meio das águas, e haja separação entre águas
e águas.
7 E fez Deus a expansão e fez separação
entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas
que estavam sobre a expansão. E assim foi.
8 E chamou Deus à expansão
Céus; e foi a tarde e a manhã: o dia segundo.
9 E disse Deus: Ajuntem-se as águas
debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção
seca. E assim foi.
10 E chamou Deus à porção
seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu Deus
que era bom.
11 E disse Deus: Produza a terra erva verde,
erva que dê semente, árvore frutífera que dê
fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra.
E assim foi.
12 E a terra produziu erva, erva dando semente
conforme a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente
está nela conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom.
13 E foi a tarde e a manhã: o dia
terceiro.
14 E disse Deus: Haja luminares na expansão
dos céus, para haver separação entre o dia e a noite;
e sejam eles para sinais e para tempos {ou estações} determinados
e para dias e anos.
15 E sejam para luminares na expansão
dos céus, para alumiar a terra. E assim foi.
16 E fez Deus os dois grandes luminares:
o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a
noite; e fez as estrelas.
17 E Deus os pôs na expansão
dos céus para alumiar a terra,
18 e para governar o dia e a noite, e para
fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que era
bom.
19 E foi a tarde e a manhã: o dia
quarto.
20 E disse Deus: Produzam as águas
abundantemente répteis {ou criaturas viventes, que se movem} de
alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.
21 E Deus criou as {ou os monstros dos mares}
grandes baleias, e todo réptil de alma vivente que as águas
abundantemente produziram conforme as suas espécies, e toda ave
de asas conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom.
22 E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai,
e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem
na terra.
23 E foi a tarde e a manhã: o dia
quinto.
24 E disse Deus: Produza a terra alma vivente
conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da
terra conforme a sua espécie. E assim foi.
25 E fez Deus as bestas-feras da terra conforme
a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o
réptil da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era
bom.
26 E disse Deus: Façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes
do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a
terra, e sobre todo réptil que se move {ou roja} sobre a terra.
27 E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 E Deus os abençoou e Deus lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e
dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
todo o animal que se move sobre a terra.
29 E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda
erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra
e toda árvore em que há fruto de árvore que dá
semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todo animal da terra, e a toda ave
dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma
vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e
eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.
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Capítulo
2
1 Assim, os céus, e a terra, e todo
o seu exército foram acabados.
2 E, havendo Deus acabado no dia sétimo
a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua
obra, que tinha feito.
3 E abençoou Deus o dia sétimo
e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara
e fizera.
4 Estas são as origens {ou gerações}
dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o SENHOR
{Heb. JEOVÁ} Deus fez a terra e os céus.
5 Toda planta do campo ainda não estava
na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o
SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia
homem para lavrar a terra.
6 Um vapor, porém, subia da terra
e regava toda a face da terra.
7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó
da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi
feito alma vivente.
8 E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden,
da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado.
9 E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda
árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore
da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência {ou conhecimento}
do bem e do mal.
10 E saía um rio do Éden para
regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
11 O nome do primeiro é Pisom; este
é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
12 E o ouro dessa terra é bom; ali
há o bdélio e a {ou o ônix, ou o berilo} pedra sardônica.
13 E o nome do segundo rio é Giom;
este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. {ou Etiópia}
14 E o nome do terceiro rio é Hidéquel;
{ou Tigre} este é o que vai para a banda do oriente da Assíria;
e o quarto rio é o Eufrates.
15 E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs
no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
16 E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo:
De toda árvore do jardim comerás livremente,
17 mas da árvore da ciência
do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.
18 E disse o SENHOR Deus: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja {ou
lhe assista} como diante dele.
19 Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da
terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão,
para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda
a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes a todo
o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas
para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então, o SENHOR Deus fez cair um
sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas
e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do
homem formou {Heb. edificou} uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora
osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa,
porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto, deixará o varão
o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher,
e serão ambos uma carne.
25 E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher;
e não se envergonhavam.
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Capítulo
3
1 Ora, a serpente era mais astuta que todas
as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse
à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de
toda árvore do jardim?
2 E disse a mulher à serpente: Do
fruto das árvores do jardim comeremos,
3 mas, do fruto da árvore que está
no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis,
para que não morrais.
4 Então, a serpente disse à
mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele
comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo
o bem e o mal.
6 E, vendo a mulher que aquela árvore
era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável
para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também
a seu marido, e ele comeu com ela.
7 Então, foram abertos os olhos de
ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram
para si aventais. {ou cintas}
8 E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava
no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão
e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores
do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus a Adão e
disse-lhe: Onde estás?
10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim,
e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11 E Deus disse: Quem te mostrou que estavas
nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então, disse Adão: A mulher
que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13 E disse o SENHOR Deus à mulher:
Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14 Então, o SENHOR Deus disse à
serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta
e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás
e pó comerás todos os dias da tua vida.
15 E porei inimizade entre ti e a mulher
e entre a tua semente e a sua semente; esta {Heb. ele} te ferirá
a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 E à mulher disse: Multiplicarei
grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás
filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
17 E a Adão disse: Porquanto deste
ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te
ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra
por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
18 Espinhos e cardos também te produzirá;
e comerás a erva do campo.
19 No suor do teu rosto, comerás o
teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste
tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.
20 E chamou Adão o nome de sua mulher
Eva, {que significa vida ou mãe da vida} porquanto ela era a mãe
de todos os viventes.
21 E fez o SENHOR Deus a Adão e a
sua mulher túnicas de peles e os vestiu.
22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis
que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora,
pois, para que não estenda a sua mão, e tome também
da árvore da vida, e coma, e viva eternamente,
23 o SENHOR Deus, pois, o lançou fora
do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado.
24 E, havendo lançado fora o homem,
pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada
que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.
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Capítulo
4
1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher,
e ela concebeu, e teve a Caim, {que significa aquisição}
e disse: Alcancei do SENHOR um varão.
2 E teve mais a seu irmão Abel; {que
significa vaidade} e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da
terra.
3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim
trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4 E Abel também trouxe dos primogênitos
das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para
a sua oferta.
5 Mas para Caim e para a sua oferta não
atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
6 E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste?
E por que descaiu o teu semblante?
7 Se bem fizeres, não haverá
aceitação {ou remissão} para ti? E, se não
fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo,
e sobre ele dominarás.
8 E falou Caim com o seu irmão Abel;
e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão
Abel e o matou.
9 E disse o SENHOR a Caim: Onde está
Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do
meu irmão?
10 E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue
do teu irmão clama a mim desde a terra.
11 E agora maldito és tu desde a terra,
que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.
12 Quando lavrares a terra, não te
dará mais a sua força; fugitivo e errante serás na
terra.
13 Então, disse Caim ao SENHOR: É
maior a minha maldade que a que possa ser {ou suportar} perdoada.
14 Eis que hoje me lanças da face
da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra,
e será que todo aquele que me achar me matará.
15 O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto,
qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. {ou vingado}
E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer
que o achasse.
16 E saiu Caim de diante da face do SENHOR
e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden.
17 E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu
e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo
nome de seu filho Enoque.
18 E a Enoque nasceu Irade, e Irade gerou
a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque.
19 E tomou Lameque para si duas mulheres;
o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá.
20 E Ada teve a Jabal; este foi o pai dos
que habitam em tendas e têm gado.
21 E o nome do seu irmão era Jubal;
este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão.
22 E Zilá também teve a Tubalcaim,
mestre de toda obra de cobre e de ferro; e a irmã de Tubalcaim foi
Naamá.
23 E disse Lameque a suas mulheres: Ada e
Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai
o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem,
por me pisar.
24 Porque sete vezes Caim será vingado;
{ou castigado} mas Lameque, setenta vezes sete.
25 E tornou Adão a conhecer a sua
mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete; {que significa compensação
ou renovo} porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel;
porquanto Caim o matou.
26 E a Sete mesmo também nasceu um
filho; e chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar
o nome do SENHOR.
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Capítulo
5
1 Este é o livro das gerações
de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança
de Deus o fez.
2 Macho e fêmea os criou, e os abençoou,
e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados.
3 E Adão viveu cento e trinta anos,
e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem,
e chamou o seu nome Sete.
4 E foram os dias de Adão, depois
que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas.
5 E foram todos os dias que Adão viveu
novecentos e trinta anos; e morreu.
6 E viveu Sete cento e cinco anos e gerou
a Enos.
7 E viveu Sete, depois que gerou a Enos,
oitocentos e sete anos e gerou filhos e filhas.
8 E foram todos os dias de Sete novecentos
e doze anos; e morreu.
9 E viveu Enos noventa anos; e gerou a Cainã.
10 E viveu Enos, depois que gerou a Cainã,
oitocentos e quinze anos e gerou filhos e filhas.
11 E foram todos os dias de Enos novecentos
e cinco anos; e morreu.
12 E viveu Cainã setenta anos e gerou
a Maalalel.
13 E viveu Cainã, depois que gerou
a Maalalel, oitocentos e quarenta anos e gerou filhos e filhas.
14 E foram todos os dias de Cainã
novecentos e dez anos; e morreu.
15 E viveu Maalalel sessenta e cinco anos
e gerou a Jarede.
16 E viveu Maalalel, depois que gerou a Jarede,
oitocentos e trinta anos e gerou filhos e filhas.
17 E foram todos os dias de Maalalel oitocentos
e noventa e cinco anos; e morreu.
18 E viveu Jarede cento e sessenta e dois
anos e gerou a Enoque.
19 E viveu Jarede, depois que gerou a Enoque,
oitocentos anos e gerou filhos e filhas.
20 E foram todos os dias de Jarede novecentos
e sessenta e dois anos; e morreu.
21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos e
gerou a Metusalém.
22 E andou Enoque com Deus, depois que gerou
a Metusalém, trezentos anos e gerou filhos e filhas.
23 E foram todos os dias de Enoque trezentos
e sessenta e cinco anos.
24 E andou Enoque com Deus; e não
se viu mais, porquanto Deus para si o tomou.
25 E viveu Metusalém cento e oitenta
e sete anos e gerou a Lameque.
26 E viveu Metusalém, depois que gerou
a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos e gerou filhos e filhas.
27 E foram todos os dias de Metusalém
novecentos e sessenta e nove anos; e morreu.
28 E viveu Lameque cento e oitenta e dois
anos e gerou um filho.
29 E chamou o seu nome Noé, {Heb.
Noah, que significa repouso} dizendo: Este nos consolará acerca
de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra
que o SENHOR amaldiçoou.
30 E viveu Lameque, depois que gerou a Noé,
quinhentos e noventa e cinco anos e gerou filhos e filhas.
31 E foram todos os dias de Lameque setecentos
e setenta e sete anos; e morreu.
32 E era Noé da idade de quinhentos
anos e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé.
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Capítulo
6
1 E aconteceu que, como os homens começaram
a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2 viram os filhos de Deus que as filhas dos
homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
3 Então, disse o SENHOR: Não
contenderá {ou permanecerá} o meu Espírito para sempre
com o homem, porque ele também é carne; porém os seus
dias serão cento e vinte anos.
4 Havia, naqueles dias, gigantes na terra;
e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas
dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na
antiguidade, os varões de fama.
5 E viu o SENHOR que a maldade do homem se
multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos
de seu coração era só má continuamente.
6 Então, arrependeu-se o SENHOR de
haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.
7 E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre
a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal,
até ao réptil e até à ave dos céus;
porque me arrependo de os haver feito.
8 Noé, porém, achou graça
aos olhos do SENHOR.
9 Estas são as gerações
de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações;
Noé andava com Deus.
10 E gerou Noé três filhos:
Sem, Cam e Jafé.
11 A terra, porém, estava corrompida
diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
12 E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida;
porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
13 Então, disse Deus a Noé:
O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra
está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
14 Faze para ti uma arca da madeira de gofer;
farás compartimentos {ou divisões} na arca e a betumarás
por dentro e por fora com betume.
15 E desta maneira farás: de trezentos
côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados
a sua largura, e de trinta côvados a sua altura.
16 Farás na arca uma janela e de um
côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás
ao seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros.
17 Porque eis que eu trago um dilúvio
de águas sobre a terra, para desfazer toda carne em que há
espírito de vida debaixo dos céus: tudo o que há na
terra expirará.
18 Mas contigo estabelecerei o meu pacto;
e entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres
de teus filhos contigo.
19 E de tudo o que vive, de toda carne, dois
de cada espécie meterás na arca, para os conservares vivos
contigo; macho e fêmea serão.
20 Das aves conforme a sua espécie,
dos animais conforme a sua espécie, de todo réptil da terra
conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão
a ti, para os conservares em vida.
21 E tu toma para ti de toda comida que se
come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, para ti e para
eles.
22 Assim fez Noé; conforme tudo o
que Deus lhe mandou, assim o fez.
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Capítulo
7
1 Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu
e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta
geração.
2 De todo animal limpo tomarás para
ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não
são limpos, dois: o macho e sua fêmea.
3 Também das aves dos céus
sete e sete: macho e fêmea, para se conservar em vida a semente sobre
a face de toda a terra.
4 Porque, passados ainda sete dias, farei
chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre
a face da terra toda substância que fiz.
5 E fez Noé conforme tudo o que o
SENHOR lhe ordenara.
6 E era Noé da idade de seiscentos
anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
7 E entrou Noé, e seus filhos, e sua
mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas
do dilúvio.
8 Dos animais limpos, e dos animais que não
são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra,
9 entraram de dois em dois para Noé
na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
10 E aconteceu que, passados sete dias, vieram
sobre a terra as águas do dilúvio.
11 No ano seiscentos da vida de Noé,
no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia,
se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus
se abriram,
12 e houve chuva sobre a terra quarenta dias
e quarenta noites.
13 E, no mesmo dia, entrou Noé, e
Sem, e Cam, e Jafé, os filhos de Noé, como também
a mulher de Noé, e as três mulheres de seus filhos, com ele
na arca;
14 eles, e todo animal conforme a sua espécie,
e todo gado conforme a sua espécie, e todo réptil que se
roja sobre a terra conforme a sua espécie, e toda ave conforme a
sua espécie, todo pássaro de toda {ou toda sorte de asas}
qualidade.
15 E de toda carne, em que havia espírito
de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca.
16 E os que entraram, macho e fêmea
de toda carne entraram, como Deus lhe tinha ordenado; e o SENHOR a fechou
por fora.
17 E esteve o dilúvio quarenta dias
sobre a terra; e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se
elevou sobre a terra.
18 E prevaleceram as águas e cresceram
grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
19 E as águas prevaleceram excessivamente
sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu
foram cobertos.
20 Quinze côvados acima prevaleceram
as águas; e os montes foram cobertos.
21 E expirou toda carne que se movia sobre
a terra, tanto de ave como de gado, e de feras, e de todo o réptil
que se roja sobre a terra, e de todo homem.
22 Tudo o que tinha fôlego de espírito
de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu.
23 Assim, foi desfeita toda substância
que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até
ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos
da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.
24 E prevaleceram as águas sobre a
terra cento e cinqüenta dias.
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Capítulo
8
1 E lembrou-se Deus de Noé, e de todo
animal, e de toda rês que com ele estava na arca; e Deus fez passar
um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.
2 Cerraram-se também as fontes do
abismo e as janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se.
3 E as águas tornaram de sobre a terra
continuamente {Heb. indo e tornando} e, ao cabo de cento e cinqüenta
dias, as águas minguaram.
4 E a arca repousou, no sétimo mês,
no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate.
5 E foram as águas indo e minguando
até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro
dia do mês, apareceram os cumes dos montes.
6 E aconteceu que, ao cabo de quarenta dias,
abriu Noé a janela da arca que tinha feito.
7 E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando,
até que as águas se secaram de sobre a terra.
8 Depois, soltou uma pomba, a ver se as águas
tinham minguado de sobre a face da terra.
9 A pomba, porém, não achou
repouso para a planta de seu pé e voltou a ele para a arca; porque
as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a
sua mão, e tomou-a, e meteu-a consigo na arca.
10 E esperou ainda outros sete dias e tornou
a enviar a pomba fora da arca.
11 E a pomba voltou a ele sobre a tarde;
e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé
que as águas tinham minguado sobre a terra.
12 Então, esperou ainda outros sete
dias e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele.
13 E aconteceu que, no ano seiscentos e um,
no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se
secaram de sobre a terra. Então, Noé tirou a cobertura da
arca e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta.
14 E, no segundo mês, aos vinte e sete
dias do mês, a terra estava seca.
15 Então, falou Deus a Noé,
dizendo:
16 Sai da arca tu, e tua mulher, e teus filhos,
e as mulheres de teus filhos contigo.
17 Todo animal que está contigo, de
toda carne, de ave, e de gado, e de todo réptil que se roja sobre
a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra, e frutifiquem,
e se multipliquem sobre a terra.
18 Então, saiu Noé, e seus
filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele;
19 todo animal, todo réptil, toda
ave, tudo o que se move sobre a terra, conforme as suas famílias,
saiu para fora da arca.
20 E edificou Noé um altar ao SENHOR;
e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos
sobre o altar.
21 E o SENHOR cheirou o suave cheiro e disse
o SENHOR em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar
a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração
do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir
todo vivente, como fiz.
22 Enquanto a terra durar, sementeira e sega,
e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão.
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Capítulo
9
1 E abençoou Deus a Noé e a
seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 E será o vosso temor e o vosso pavor
sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que
se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são
entregues.
3 Tudo quanto se move, que é vivente,
será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 A carne, porém, com sua vida, isto
é, com seu sangue, não comereis.
5 E certamente requererei o vosso sangue,
o sangue da vossa vida; {ou alma} da mão de todo animal o requererei,
como também da mão do homem e da mão do irmão
de cada um requererei a vida do homem.
6 Quem derramar o sangue do homem, pelo homem
o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a
sua imagem.
7 Mas vós, frutificai e multiplicai-vos;
povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 E falou Deus a Noé e a seus filhos
com ele, dizendo:
9 E eu, eis que estabeleço o meu concerto
convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 e com toda alma {ou criatura} vivente,
que convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra
convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal
da terra.
11 E eu convosco estabeleço o meu
concerto, que não será mais destruída toda carne pelas
águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio
para destruir a terra.
12 E disse Deus: Este é o sinal do
concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que
está convosco, por gerações eternas.
13 O meu arco tenho posto na nuvem; este
será por sinal do concerto entre mim e a terra.
14 E acontecerá que, quando eu trouxer
nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.
15 Então, me lembrarei do meu concerto,
que está entre mim e vós e ainda toda alma vivente de toda
carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio,
para destruir toda carne.
16 E estará o arco nas nuvens, e eu
o verei, para me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente
de toda carne, que está sobre a terra.
17 E disse Deus a Noé: Este é
o sinal do concerto que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que
está sobre a terra.
18 E os filhos de Noé, que da arca
saíram, foram Sem, e Cam, e Jafé; e Cam é o pai de
Canaã.
19 Estes três foram os filhos de Noé;
e destes se povoou toda a terra.
20 E começou Noé a ser lavrador
da terra e plantou uma vinha.
21 E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se
no meio de sua tenda.
22 E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez
de seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora.
23 Então, tomaram Sem e Jafé
uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás,
cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira
que não viram a nudez do seu pai.
24 E despertou Noé do seu vinho e
soube o que seu filho menor lhe fizera.
25 E disse: Maldito seja Canaã; servo
dos servos seja aos seus irmãos.
26 E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de
Sem; e seja-lhe Canaã por servo.
27 Alargue Deus a Jafé, e habite nas
tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.
28 E viveu Noé, depois do dilúvio,
trezentos e cinqüenta anos.
29 E foram todos os dias de Noé novecentos
e cinqüenta anos, e morreu.
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Capítulo
10
1 Estas, pois, são as gerações
dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé; e nasceram-lhes filhos
depois do dilúvio.
2 Os filhos de Jafé são: Gomer,
e Magogue, e Madai, e Javã, e Tubal, e Meseque, e Tiras.
3 E os filhos de Gomer são: Asquenaz,
e Rifate, e Togarma.
4 E os filhos de Javã são:
Elisá, e Társis, e Quitim, e Dodanim.
5 Por estes, foram repartidas as ilhas das
nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua,
segundo as suas famílias, entre as suas nações.
6 E os filhos de Cam são: Cuxe, e
Mizraim, e Pute, e Canaã.
7 E os filhos de Cuxe são: Sebá,
e Havilá, e Sabtá, e Raamá, e Sabtecá; e os
filhos de Raamá são: Sabá e Dedã.
8 E Cuxe gerou a Ninrode; este começou
a ser poderoso na terra.
9 E este foi poderoso caçador diante
da face do SENHOR; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador
diante do SENHOR.
10 E o princípio do seu reino foi
Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele à Assíria
e edificou a Nínive, e Reobote-Ir, e Calá,
12 e Resém, entre Nínive e
Calá (esta é a grande cidade).
13 E Mizraim gerou a Ludim, e a Anamim, e
a Leabim, e a Naftuim,
14 e a Patrusim, e a Casluim (donde saíram
os filisteus), e a Caftorim.
15 E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito,
e a Hete,
16 e ao jebuseu, e ao amorreu, e ao girgaseu,
17 e ao heveu, e ao arqueu, e ao sineu,
18 e ao arvadeu, e ao zemareu, e ao hamateu,
e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19 E foi o termo dos cananeus desde Sidom,
indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá,
e Zeboim, até Lasa.
20 Estes são os filhos de Cam, segundo
as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras,
em suas nações.
21 E a Sem nasceram filhos, e ele é
o pai de todos os filhos de Éber e o irmão mais velho de
Jafé.
22 Os filhos de Sem são: Elão,
e Assur, e Arfaxade, e Lude, e Arã.
23 E os filhos de Arã são:
Uz, e Hul, e Geter, e Más.
24 E Arfaxade gerou a Salá; e Salá
gerou a Éber.
25 E a Éber nasceram dois filhos:
o nome de um foi Pelegue, {que significa divisão} porquanto em seus
dias se repartiu a terra; e o nome do seu irmão foi Joctã.
26 E Joctã gerou a Almodá,
e a Selefe, e a Hazar-Mavé, e a Jerá,
27 e a Hadorão, e a Uzal, e a Dicla,
28 e a Obal, e a Abimael, e a Sabá,
29 e a Ofir, e a Havilá, e a Jobabe;
todos estes foram filhos de Joctã.
30 E foi a sua habitação desde
Messa, indo para Sefar, montanha do Oriente.
31 Estes são os filhos de Sem, segundo
as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras,
em suas nações.
32 Estas são as famílias dos
filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações;
e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio.
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Capítulo
11
1 E era toda a terra de uma mesma língua
e de uma mesma fala.
2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente,
acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos
tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume,
por cal.
4 E disseram: Eia, edifiquemos nós
uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos
um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a
terra.
5 Então, desceu o SENHOR para ver
a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é
um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam
a fazer; e, agora, não haverá restrição para
tudo o que eles intentarem fazer.
7 Eia, desçamos e confundamos ali
a sua língua, para que não entenda um a língua do
outro.
8 Assim, o SENHOR os espalhou dali sobre
a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 Por isso, se chamou o seu nome Babel, {que
significa confusão} porquanto ali confundiu o SENHOR a língua
de toda a terra e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra.
10 Estas são as gerações
de Sem: Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois
do dilúvio.
11 E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade,
quinhentos anos; e gerou filhos e filhas.
12 E viveu Arfaxade trinta e cinco anos e
gerou a Salá.
13 E viveu Arfaxade, depois que gerou a Salá,
quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas.
14 E viveu Salá trinta anos e gerou
a Éber.
15 E viveu Salá, depois que gerou
a Éber, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas.
16 E viveu Éber trinta e quatro anos
e gerou a Pelegue.
17 E viveu Éber, depois que gerou
a Pelegue, quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas.
18 E viveu Pelegue trinta anos e gerou a
Reú.
19 E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú,
duzentos e nove anos; e gerou filhos e filhas.
20 E viveu Reú trinta e dois anos
e gerou a Serugue.
21 E viveu Reú, depois que gerou a
Serugue, duzentos e sete anos; e gerou filhos e filhas.
22 E viveu Serugue trinta anos e gerou a
Naor.
23 E viveu Serugue, depois que gerou a Naor,
duzentos anos; e gerou filhos e filhas.
24 E viveu Naor vinte e nove anos e gerou
a Tera.
25 E viveu Naor, depois que gerou a Tera,
cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas.
26 E viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão,
a Naor e a Harã.
27 E estas são as gerações
de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã
gerou a Ló.
28 E morreu Harã, estando seu pai
Tera ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
29 E tomaram Abrão e Naor mulheres
para si; o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher
de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.
30 E Sarai foi estéril e não
tinha filhos.
31 E tomou Tera a Abrão, seu filho,
e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua
nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus,
para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã
e habitaram ali.
32 E foram os dias de Tera duzentos e cinco
anos; e morreu Tera em Harã.
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Capítulo
12
1 Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te
da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que
eu te mostrarei.
2 E far-te-ei uma grande nação,
e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás
uma bênção.
3 E abençoarei os que te abençoarem
e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão
benditas todas as famílias da terra.
4 Assim, partiu Abrão, como o SENHOR
lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de
setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
5 E tomou Abrão a Sarai, sua mulher,
e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam
adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram
para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.
6 E passou Abrão por aquela terra
até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré;
e estavam, então, os cananeus na terra.
7 E apareceu o SENHOR a Abrão e disse:
À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR,
que lhe aparecera.
8 E moveu-se dali para a montanha à
banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente
e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do
SENHOR.
9 Depois, caminhou Abrão dali, seguindo
ainda para a banda do Sul.
10 E havia fome naquela terra; e desceu Abrão
ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra.
11 E aconteceu que, chegando ele para entrar
no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher
formosa à vista;
12 e será que, quando os egípcios
te virem, dirão: Esta é a sua mulher. E matar-me-ão
a mim e a ti te guardarão em vida.
13 Dize, peço-te, que és minha
irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha
alma por amor de ti.
14 E aconteceu que, entrando Abrão
no Egito, viram os egípcios a mulher, que era mui formosa.
15 E viram-na os príncipes de Faraó
e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa
de Faraó.
16 E fez bem a Abrão por amor dela;
e ele teve ovelhas, e vacas, e jumentos, e servos, e servas, e jumentas,
e camelos.
17 Feriu, porém, o SENHOR a Faraó
com grandes pragas e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18 Então, chamou Faraó a Abrão
e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste
que ela era tua mulher?
19 Por que disseste: É minha irmã?
De maneira que a houvera tomado por minha mulher; agora, pois, eis aqui
tua mulher; toma-a e vai-te.
20 E Faraó deu ordens aos seus varões
a seu respeito, e acompanharam-no a ele, e a sua mulher, e a tudo o que
tinha.
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Capítulo
13
1 Subiu, pois, Abrão do Egito para
a banda do Sul, ele, e sua mulher, e tudo o que tinha, e com ele Ló.
2 E ia Abrão muito rico em gado, em
prata e em ouro.
3 E fez as suas jornadas do Sul até
Betel, até ao lugar onde, ao princípio, estivera a sua tenda,
entre Betel e Ai;
4 até ao lugar do altar que, dantes,
ali tinha feito; e Abrão invocou ali o nome do SENHOR.
5 E também Ló, que ia com Abrão,
tinha rebanhos, e vacas, e tendas.
6 E não tinha capacidade a terra para
poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era muita; de maneira que
não podiam habitar juntos.
7 E houve contenda entre os pastores do gado
de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os
ferezeus habitavam, então, na terra.
8 E disse Abrão a Ló: Ora,
não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus
pastores, porque irmãos somos.
9 Não está toda a terra diante
de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para
a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.
10 E levantou Ló os seus olhos e viu
toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o SENHOR
ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como
a terra do Egito, quando se entra em Zoar.
11 Então, Ló escolheu para
si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e
apartaram-se um do outro.
12 Habitou Abrão na terra de Canaã,
e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até
Sodoma.
13 Ora, eram maus os varões de Sodoma
e grandes pecadores contra o SENHOR.
14 E disse o SENHOR a Abrão, depois
que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde
o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente,
e do ocidente;
15 porque toda esta terra que vês te
hei de dar a ti e à tua semente, para sempre.
16 E farei a tua semente como o pó
da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da
terra, também a tua semente será contada.
17 Levanta-te, percorre essa terra, no seu
comprimento e na sua largura; porque a ti a darei.
18 E Abrão armou as suas tendas, e
veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom;
e edificou ali um altar ao SENHOR.
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Capítulo
14
1 E aconteceu, nos dias de Anrafel, rei de
Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal,
rei de Goim, {que significa nações}
2 que estes fizeram guerra a Bera, rei de
Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber,
rei de Zeboim, e ao rei de Bela (esta é Zoar).
3 Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim
(que é o mar de Sal).
4 Doze anos haviam servido a Quedorlaomer,
mas, ao décimo-terceiro ano, rebelaram-se.
5 E, ao décimo-quarto ano, veio Quedorlaomer
e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim,
e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
6 e aos horeus no seu monte Seir, até
à campina de Parã, que está junto ao deserto.
7 Depois, tornaram, e vieram a En-Mispate
(que é Cades), e feriram toda a terra dos amalequitas e também
os amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar.
8 Então, saiu o rei de Sodoma, e o
rei de Gomorra, e o rei de Admá, e o rei de Zeboim, e o rei de Bela
(esta é Zoar) e ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim,
9 contra Quedorlaomer, rei de Elão,
e Tidal, rei de Goim, e Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Elasar;
quatro reis contra cinco.
10 E o vale de Sidim estava cheio de poços
de betume; e fugiram os reis de Sodoma e de Gomorra e caíram ali;
e os restantes fugiram para um monte.
11 E tomaram toda a fazenda de Sodoma e de
Gomorra e todo o seu mantimento e foram-se.
12 Também tomaram a Ló, que
habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e a sua fazenda
e foram-se.
13 Então, veio um que escapara e o
contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre,
o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; eles eram confederados
de Abrão.
14 Ouvindo, pois, Abrão que o seu
irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa,
trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã.
15 E dividiu-se contra eles de noite, ele
e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que
fica à esquerda de Damasco.
16 E tornou a trazer toda a fazenda e tornou
a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua fazenda,
e também as mulheres, e o povo.
17 E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro
(depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele)
no vale de Savé, que é o vale do Rei.
18 E Melquisedeque, rei de Salém,
trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo.
19 E abençoou-o e disse: Bendito seja
Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da
terra;
20 e bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo
de tudo.
21 E o rei de Sodoma disse a Abrão:
Dá-me a mim as almas e a fazenda toma para ti.
22 Abrão, porém, disse ao rei
de Sodoma: Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo,
o Possuidor dos céus e da terra,
23 e juro que, desde um fio até à
correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é
teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão;
24 salvo tão-somente o que os jovens
comeram e a parte que toca aos varões que comigo foram, Aner, Escol
e Manre; estes que tomem a sua parte.
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Capítulo
15
1 D epois destas coisas veio a palavra do
SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão,
eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
2 Então, disse Abrão: Senhor
JEOVÁ, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo
da minha casa é o damasceno Eliézer.
3 Disse mais Abrão: Eis que me não
tens dado semente, e eis que um nascido na minha casa será o meu
herdeiro.
4 E eis que veio a palavra do SENHOR a ele,
dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de
ti será gerado, esse será o teu herdeiro.
5 Então, o levou fora e disse: Olha,
agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe:
Assim será a tua semente.
6 E creu ele no SENHOR, e foi-lhe {ou contou-lhe}
imputado isto por justiça.
7 Disse-lhe mais: Eu sou o SENHOR, que te
tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a herdares.
8 E disse ele: Senhor JEOVÁ, como
saberei que hei de herdá-la?
9 E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três
anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos,
e uma rola, e um pombinho.
10 E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os
pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves
não partiu.
11 E as aves desciam sobre os cadáveres;
Abrão, porém, as enxotava.
12 E, pondo-se o sol, um profundo sono caiu
sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão
caíram sobre ele.
13 Então, disse a Abrão: Saibas,
decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não
é sua; e servi-los -á e afligi-la-ão quatrocentos
anos.
14 Mas também eu julgarei a gente
à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda.
15 E tu irás a teus pais em paz; em
boa velhice serás sepultado.
16 E a quarta geração tornará
para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não
está ainda cheia.
17 E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão;
e eis um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas
metades.
18 Naquele mesmo dia, fez o SENHOR um concerto
com Abrão, dizendo: À tua semente tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates,
19 e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu,
20 e o heteu, e o ferezeu, e os refains,
21 e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu,
e o jebuseu.
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Capítulo
16
1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não
lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era
Agar.
2 E disse Sarai a Abrão: Eis que o
SENHOR me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura,
terei {ou serei dela edificada} filhos dela. E ouviu Abrão a voz
de Sarai.
3 Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão,
a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu
marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
4 E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e,
vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
5 Então, disse Sarai a Abrão:
Meu agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu em teu regaço; vendo
ela, agora, que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O SENHOR julgue
entre mim e ti.
6 E disse Abrão a Sarai: Eis que tua
serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus
olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face.
7 E o Anjo do SENHOR a achou junto a uma
fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
8 E disse: Agar, serva de Sarai, de onde
vens e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha
senhora.
9 Então, lhe disse o Anjo do SENHOR:
Torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos.
10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei
sobremaneira a tua semente, que não será contada, por numerosa
que será.
11 Disse-lhe também o Anjo do SENHOR:
Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome
Ismael, {que significa Deus (está) ouvindo} porquanto o SENHOR ouviu
a tua aflição.
12 E ele será homem {Heb. como um
jumento bravo} bravo; e a sua mão será contra todos, e a
mão de todos, contra ele; e habitará diante da face de todos
os seus irmãos.
13 E ela chamou o nome do SENHOR, que com
ela falava: Tu {ou Tu és um Deus que me vês} és Deus
da vista, porque disse: Não olhei eu também para aquele que
me vê?
14 Por isso, se chama aquele poço
de Laai-Roi; {que significa aquele que vive e me vê} eis que está
entre Cades e Berede.
15 E Agar deu um filho a Abrão; e
Abrão chamou o nome do seu filho que tivera Agar, Ismael.
16 E era Abrão da idade de oitenta
e seis anos, quando Agar deu Ismael a Abrão.
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Capítulo
17
1 Sendo, pois, Abrão da idade de noventa
e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus
Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2 E porei o meu concerto entre mim e ti e
te multiplicarei grandissimamente.
3 Então, caiu Abrão sobre o
seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4 Quanto a mim, eis o meu concerto contigo
é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5 E não se chamará mais o teu
nome Abrão, {que significa pai da altura} mas Abraão {que
significa pai de uma multidão} será o teu nome; porque por
pai da multidão de nações te tenho posto.
6 E te farei frutificar grandissimamente
e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7 E estabelecerei o meu concerto entre mim
e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto
perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois
de ti.
8 E te darei a ti e à tua semente
depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra
de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu
Deus.
9 Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém,
guardarás o meu concerto, tu e a tua semente depois de ti, nas suas
gerações.
10 Este é o meu concerto, que guardareis
entre mim e vós e a tua semente depois de ti: Que todo macho será
circuncidado.
11 E circuncidareis a carne do vosso prepúcio;
e isto será por sinal do concerto entre mim e vós.
12 O filho de oito dias, pois, será
circuncidado; todo macho nas vossas gerações, o nascido na
casa e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for
da tua semente.
13 Com efeito, será circuncidado o
nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; e estará o meu
concerto na vossa carne por concerto perpétuo.
14 E o macho com prepúcio, cuja carne
do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será
extirpada dos seus povos; quebrantou o meu concerto.
15 Disse Deus mais a Abraão: a Sarai,
tua mulher, não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara
{que significa princesa} será o seu nome.
16 Porque eu a hei de abençoar e te
hei de dar a ti dela um filho; e a abençoarei, e será mãe
das nações; reis de povos sairão dela.
17 Então, caiu Abraão sobre
o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem
de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade
de noventa anos?
18 E disse Abraão a Deus: Tomara que
viva Ismael diante de teu rosto!
19 E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher,
te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; {que significa
riso} e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo
para a sua semente depois dele.
20 E, quanto a Ismael, também te tenho
ouvido: eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar,
e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará,
e dele farei uma grande nação.
21 O meu concerto, porém, estabelecerei
com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano
seguinte.
22 E acabou de falar com ele e subiu Deus
de Abraão.
23 Então, tomou Abraão a seu
filho Ismael, e a todos os nascidos na sua casa, e a todos os comprados
por seu dinheiro, todo macho entre os homens da casa de Abraão;
e circuncidou a carne do seu prepúcio, naquele mesmo dia, como Deus
falara com ele.
24 E era Abraão da idade de noventa
e nove anos, quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.
25 E Ismael, seu filho, era da idade de treze
anos, quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.
26 Neste mesmo dia, foi circuncidado Abraão
e Ismael, seu filho.
27 E todos os homens da sua casa, o nascido
em casa e o comprado por dinheiro do estrangeiro, foram circuncidados com
ele.
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Capítulo
18
1 Depois, apareceu-lhe o SENHOR nos carvalhais
de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, quando {ou no
maior calor do dia} tinha aquecido o dia.
2 E levantou os olhos e olhou, e eis três
varões estavam em pé junto a ele. E, vendo-os, correu da
porta da tenda ao seu encontro, e inclinou-se à terra,
3 e disse: Meu Senhor, se agora tenho achado
graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.
4 Traga-se, agora, um pouco de água;
e lavai os vossos pés e recostai-vos debaixo desta árvore;
5 e trarei um bocado de pão, para
que esforceis o vosso coração; depois, passareis adiante,
porquanto por isso chegastes até vosso servo. E disseram: Assim,
faze como tens dito.
6 E Abraão apressou-se em ir ter com
Sara à tenda e disse-lhe: Amassa depressa três medidas de
flor de farinha e faze bolos.
7 E correu Abraão às vacas,
e tomou uma vitela tenra e boa, e deu-a ao moço, que se apressou
em prepará-la.
8 E tomou manteiga e leite e a vitela que
tinha preparado e pôs tudo diante deles; e ele estava em pé
junto a eles debaixo da árvore; e comeram.
9 E disseram-lhe: Onde está Sara,
tua mulher? E ele disse: Ei-la, aí está na tenda.
10 E disse: Certamente tornarei a ti por
este tempo da vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho. E
ouviu-o Sara à porta da tenda, que estava atrás dele.
11 E eram Abraão e Sara já
velhos e adiantados em idade; já a Sara havia cessado o costume
das mulheres.
12 Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo:
Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o
meu senhor já velho?
13 E disse o SENHOR a Abraão: Por
que se riu Sara, dizendo: Na verdade, gerarei eu ainda, havendo já
envelhecido?
14 Haveria coisa alguma difícil ao
SENHOR? Ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara
terá um filho.
15 E Sara negou, dizendo: Não me ri,
porquanto temeu. E ele disse: Não digas isso, porque te riste.
16 E levantaram-se aqueles varões
dali e olharam para a banda de Sodoma; e Abraão ia com eles, acompanhando-os.
17 E disse o SENHOR: Ocultarei eu a Abraão
o que faço,
18 visto que Abraão certamente virá
a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas
todas as nações da terra?
19 Porque eu o tenho conhecido, que ele há
de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho
do SENHOR, para agirem com justiça e juízo; para que o SENHOR
faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
20 Disse mais o SENHOR: Porquanto o clamor
de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem
agravado muito,
21 descerei agora e verei se, com efeito,
têm praticado segundo este clamor que é vindo até mim;
e, se não, sabê-lo-ei.
22 Então, viraram aqueles varões
o rosto dali e foram-se para Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé
diante da face do SENHOR.
23 E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás
também o justo com o ímpio?
24 Se, porventura, houver cinqüenta
justos na cidade, destruí-los-ás também e não
pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão
dentro dela?
25 Longe de ti que faças tal coisa,
que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio,
longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
26 Então, disse o SENHOR: Se eu em
Sodoma achar cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei todo o lugar
por amor deles.
27 E respondeu Abraão, dizendo: Eis
que, agora, me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza.
28 Se, porventura, faltarem de cinqüenta
justos cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse:
Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco.
29 E continuou ainda a falar-lhe e disse:
Se, porventura, acharem ali quarenta? E disse: Não o farei, por
amor dos quarenta.
30 Disse mais: Ora, não se ire o Senhor,
se eu ainda falar: se, porventura, se acharem ali trinta? E disse: Não
o farei se achar ali trinta.
31 E disse: Eis que, agora, me atrevi a falar
ao Senhor: se, porventura, se acharem ali vinte? E disse: Não a
destruirei, por amor dos vinte.
32 Disse mais: Ora, não se ire o Senhor
que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali
dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez.
33 E foi-se o SENHOR, quando acabou de falar
a Abraão; e Abraão tornou ao seu lugar.
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Capítulo
19
1 E vieram os dois anjos a Sodoma à
tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e, vendo-os
Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à
terra.
2 E disse: Eis agora, meus senhores, entrai,
peço-vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai
os vossos pés; e de madrugada vos levantareis e ireis vosso caminho.
E eles disseram: Não! Antes, na rua passaremos a noite.
3 E porfiou com eles muito, e vieram com
ele e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete e cozeu bolos sem levedura,
e comeram.
4 E, antes que se deitassem, cercaram a casa
os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o moço
até ao velho; todo o povo de todos os bairros.
5 E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde
estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora
a nós, para que os conheçamos.
6 Então, saiu Ló a eles à
porta, e fechou a porta atrás de si,
7 e disse: Meus irmãos, rogo-vos que
não façais mal.
8 Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda
não conheceram varão; fora vo-las trarei, e fareis delas
como bom for nos vossos olhos; somente nada façais a estes varões,
porque por isso vieram à sombra do meu telhado.
9 Eles, porém, disseram: Sai daí.
Disseram mais: Como estrangeiro, este indivíduo veio aqui habitar
e quereria ser juiz em tudo? Agora, te faremos mais mal a ti do que a eles.
E arremessaram-se sobre o varão, sobre Ló, e aproximaram-se
para arrombar a porta.
10 Aqueles varões, porém, estenderam
a sua mão, e fizeram entrar a Ló consigo na casa, e fecharam
a porta;
11 e feriram de cegueira os varões
que estavam à porta da casa, desde o menor até ao maior,
de maneira que se cansaram para achar a porta.
12 Então, disseram aqueles varões
a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e
tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar;
13 pois nós vamos destruir este lugar,
porque o seu clamor tem engrossado diante da face do SENHOR, e o SENHOR
nos enviou a destruí-lo.
14 Então, saiu Ló, e falou
a seus genros, aos que haviam de tomar as suas filhas, e disse: Levantai-vos;
saí deste lugar, porque o SENHOR há de destruir a cidade.
Foi tido, porém, por zombador aos olhos de seus genros.
15 E, ao amanhecer, os anjos apertaram com
Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que
aqui estão, para que não pereças na injustiça
desta cidade.
16 Ele, porém, demorava-se, e aqueles
varões lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher,
e pela mão de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso,
e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade.
17 E aconteceu que, tirando-os fora, disse:
Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti e não
pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não
pereças.
18 E Ló disse-lhe: Assim, não,
Senhor!
19 Eis que, agora, o teu servo tem achado
graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua misericórdia
que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida; mas não
posso escapar no monte, pois que tenho medo que me apanhe este mal, e eu
morra.
20 Eis, agora, aquela cidade está
perto, para fugir para lá, e é pequena; ora, para ali me
escaparei (não é pequena?), para que minha alma viva.
21 E disse-lhe: Eis aqui, tenho-te aceitado
também neste negócio, para não derribar esta cidade
de que falaste.
22 Apressa-te, escapa-te para ali; porque
nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado. Por isso,
se chamou o nome da cidade Zoar. {que significa pequena}
23 Saiu o sol sobre a terra, quando Ló
entrou em Zoar.
24 Então, o SENHOR fez chover enxofre
e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra.
25 E derribou aquelas cidades, e toda aquela
campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.
26 E a mulher de Ló olhou para trás
e ficou convertida numa estátua de sal.
27 E Abraão levantou-se aquela mesma
manhã de madrugada e foi para aquele lugar onde estivera diante
da face do SENHOR.
28 E olhou para Sodoma e Gomorra e para toda
a terra da campina; e viu, e eis que a fumaça da terra subia, como
a fumaça duma fornalha.
29 E aconteceu que, destruindo Deus as cidades
da campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio
da destruição, derribando aquelas cidades em que Ló
habitara.
30 E subiu Ló de Zoar e habitou no
monte, e as suas duas filhas com ele, porque temia habitar em Zoar; e habitou
numa caverna, ele e as suas duas filhas.
31 Então, a primogênita disse
à menor: Nosso pai é já velho, e não há
varão na terra que entre a nós, segundo o costume de toda
a terra.
32 Vem, demos a beber vinho a nosso pai e
deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos semente de nosso pai.
33 E deram a beber vinho a seu pai naquela
noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não
sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
34 E sucedeu, no outro dia, que a primogênita
disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite
me deitei com meu pai; demos-lhe a beber vinho também esta noite,
e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos
semente de nosso pai.
35 E deram a beber vinho a seu pai, também
naquela noite; e levantou-se a menor e deitou-se com ele; e não
sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
36 E conceberam as duas filhas de Ló
de seu pai.
37 E teve a primogênita um filho e
chamou o seu nome Moabe; este é o pai dos moabitas, até ao
dia de hoje.
38 E a menor também teve um filho
e chamou o seu nome Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom, até
o dia de hoje.
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Capítulo
20
1 E partiu Abraão dali para a terra
do Sul e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou em Gerar.
2 E, havendo Abraão dito de Sara,
sua mulher: É minha irmã, enviou Abimeleque, rei de Gerar,
e tomou a Sara.
3 Deus, porém, veio a Abimeleque em
sonhos de noite e disse-lhe: Eis que morto és por causa da mulher
que tomaste; porque ela está casada com marido.
4 Mas Abimeleque ainda não se tinha
chegado a ela; por isso, disse: Senhor, matarás também uma
nação justa?
5 Não me disse ele mesmo: É
minha irmã? E ela também disse: É meu irmão.
Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos,
tenho feito isto.
6 E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu
que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também
eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso, te não permiti
tocá-la.
7 Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido,
porque profeta é e rogará por ti, para que vivas; porém,
se não lha restituíres, sabe que certamente morrerás,
tu e tudo o que é teu.
8 E levantou-se Abimeleque pela manhã,
de madrugada, chamou todos os seus servos e falou todas estas palavras
em seus ouvidos; e temeram muito aqueles varões.
9 Então, chamou Abimeleque a Abraão
e disse-lhe: Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres
sobre mim e meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste aquilo que não
deverias ter feito.
10 Disse mais Abimeleque a Abraão:
Que tens visto, para fazeres tal coisa?
11 E disse Abraão: Porque eu dizia
comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles
me matarão por amor da minha mulher.
12 E, na verdade, é ela também
minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe;
e veio a ser minha mulher.
13 E aconteceu que, fazendo-me Deus sair
errante da casa de meu pai, eu lhe disse: Seja esta a graça que
me farás em todo o lugar aonde viermos: dize de mim: É meu
irmão.
14 Então, tomou Abimeleque ovelhas,
e vacas, e servos, e servas e os deu a Abraão; e restituiu-lhe Sara,
sua mulher.
15 E disse Abimeleque: Eis que a minha terra
está diante da tua face; habita onde bom for aos teus olhos.
16 E a Sara disse: Vês que tenho dado
ao teu irmão mil moedas de prata; eis que elas te sejam por véu
dos olhos para com todos os que contigo estão e até para
com todos os outros; e estás advertida.
17 E orou Abraão a Deus, e sarou Deus
a Abimeleque, e a sua mulher, e as suas servas, de maneira que tiveram
filhos;
18 porque o SENHOR havia fechado totalmente
todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão.
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Capítulo
21
1 E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito;
e fez o SENHOR a Sara como tinha falado.
2 E concebeu Sara e deu a Abraão um
filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha dito.
3 E chamou Abraão o nome de seu filho
que lhe nascera, que Sara lhe dera, Isaque.
4 E Abraão circuncidou o seu filho
Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado.
5 E era Abraão da idade de cem anos,
quando lhe nasceu Isaque, seu filho.
6 E disse Sara: Deus me tem feito riso; e
todo aquele que o ouvir se rirá comigo.
7 Disse mais: Quem diria a Abraão
que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?
8 E cresceu o menino e foi desmamado; então,
Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.
9 E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia,
que esta tinha dado a Abraão, zombava.
10 E disse a Abraão: Deita fora esta
serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará
com meu filho, com Isaque.
11 E pareceu esta palavra mui má aos
olhos de Abraão, por causa de seu filho.
12 Porém Deus disse a Abraão:
Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e
acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque
em Isaque será chamada a tua semente.
13 Mas também do filho desta serva
farei uma nação, porquanto é tua semente.
14 Então, se levantou Abraão
pela manhã, de madrugada, e tomou pão e um odre de água,
e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino
e despediu-a; e ela foi-se, andando errante no deserto de Berseba.
15 E, consumida a água do odre, lançou
o menino debaixo de uma das árvores.
16 E foi-se e assentou-se em frente, afastando-se
a distância de um tiro de arco; porque dizia: Que não veja
eu morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.
17 E ouviu Deus a voz do menino, e bradou
o Anjo de Deus a Agar desde os céus e disse-lhe: Que tens, Agar?
Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está.
18 Ergue-te, levanta o moço e pega-lhe
pela mão, porque dele farei uma grande nação.
19 E abriu-lhe Deus os olhos; e viu um poço
de água, e foi-se, e encheu o odre de água, e deu de beber
ao moço.
20 E era Deus com o moço, que cresceu,
e habitou no deserto, e foi flecheiro.
21 E habitou no deserto de Parã; e
sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito.
22 E aconteceu, naquele mesmo tempo, que
Abimeleque, com Ficol, príncipe {ou capitão-mor} do seu exército,
falou com Abraão, dizendo: Deus é contigo em tudo o que fazes;
23 agora, pois, jura-me aqui por Deus que
me não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; segundo
a beneficência que te fiz, me farás a mim e à terra
onde peregrinaste.
24 E disse Abraão: Eu jurarei.
25 Abraão, porém, repreendeu
a Abimeleque por causa de um poço de água que os servos de
Abimeleque haviam tomado por força.
26 Então, disse Abimeleque: Eu não
sei quem fez isto; e também tu mo não fizeste saber, nem
eu o ouvi senão hoje.
27 E tomou Abraão ovelhas e vacas
e deu-as a Abimeleque; e fizeram ambos concerto.
28 Pôs Abraão, porém,
à parte sete cordeiras do rebanho.
29 E Abimeleque disse a Abraão: Para
que estão aqui estas sete cordeiras, que puseste à parte?
30 E disse: Tomarás estas sete cordeiras
de minha mão, para que sejam em testemunho que eu cavei este poço.
31 Por isso, se chamou aquele lugar Berseba,
{Heb. Beer-Seba, que significa poço do juramento} porquanto ambos
juraram ali.
32 Assim, fizeram concerto em Berseba. Depois,
se levantou Abimeleque e Ficol, príncipe do seu exército,
e tornaram para a terra dos filisteus.
33 E plantou um bosque em Berseba e invocou
lá o nome do SENHOR, Deus eterno.
34 E peregrinou Abraão na terra dos
filisteus muitos dias.
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Capítulo
22
1 E aconteceu, depois destas coisas, que
tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me
aqui.
2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu
único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá;
e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 Então, se levantou Abraão
pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo
dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto,
e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
4 Ao terceiro dia, levantou Abraão
os seus olhos e viu o lugar de longe.
5 E disse Abraão a seus moços:
Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali;
e, havendo adorado, tornaremos a vós.
6 E tomou Abraão a lenha do holocausto
e pô-la sobre Isaque, seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na
sua mão. E foram ambos juntos.
7 Então, falou Isaque a Abraão,
seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse:
Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 E disse Abraão: Deus proverá
para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos
juntos.
9 E vieram ao lugar que Deus lhes dissera,
e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e
amarrou a Isaque, seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.
10 E estendeu Abraão a sua mão
e tomou o cutelo para imolar o seu filho.
11 Mas o Anjo do SENHOR lhe bradou desde
os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me
aqui.
12 Então, disse: Não estendas
a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada;
porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho,
o teu único.
13 Então, levantou Abraão os
seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas
suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu
-o em holocausto, em lugar de seu filho.
14 E chamou Abraão o nome daquele
lugar o {Heb. JEOVÁ Jire} SENHOR proverá; donde se diz até
ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15 Então, o Anjo do SENHOR bradou
a Abraão pela segunda vez desde os céus
16 e disse: Por mim mesmo, jurei, diz o SENHOR,
porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu
filho, o teu único,
17 que deveras te abençoarei e grandissimamente
multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e como a areia
que está na praia do mar; e a tua semente possuirá a porta
dos seus inimigos.
18 E em tua semente serão benditas
todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha
voz.
19 Então, Abraão tornou aos
seus moços, e levantaram-se e foram juntos para Berseba; e Abraão
habitou em Berseba.
20 E sucedeu, depois destas coisas, que anunciaram
a Abraão, dizendo: Eis que também Milca deu filhos a Naor,
teu irmão:
21 Uz, o seu primogênito, e Buz, seu
irmão, e Quemuel, pai de Arã,
22 e Quésede, e Hazo, e Pildas, e
Jidlafe, e Betuel.
23 E Betuel gerou Rebeca. Estes oito deu
Milca a Naor, irmão de Abraão.
24 E a sua concubina, cujo nome era Reumá,
lhe deu também Teba, e Gaã, e Taás, e Maaca.
Retorna
-
Capítulo
23
1 E foi a vida de Sara cento e vinte e sete
anos; estes foram os anos da vida de Sara.
2 E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é
Hebrom, na terra de Canaã; e veio Abraão lamentar a Sara
e chorar por ela.
3 Depois, se levantou Abraão de diante
do seu morto e falou aos filhos de Hete, dizendo:
4 Estrangeiro e peregrino sou entre vós;
dai-me possessão de sepultura convosco, para que eu sepulte o meu
morto de diante da minha face.
5 E responderam os filhos de Hete a Abraão,
dizendo-lhe:
6 Ouve-nos, meu senhor: príncipe de
Deus és no meio de nós; enterra o teu morto na mais escolhida
de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura,
para enterrares o teu morto.
7 Então, se levantou Abraão
e inclinou-se diante do povo da terra, diante dos filhos de Hete.
8 E falou com eles, dizendo: Se é
de vossa vontade que eu sepulte o meu morto de diante de minha face, ouvi-me
e falai por mim a Efrom, filho de Zoar.
9 Que ele me dê a cova de Macpela,
que tem no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em
posse de sepulcro no meio de vós.
10 Ora, Efrom estava no meio dos filhos de
Hete; e respondeu Efrom, heteu, a Abraão, aos ouvidos dos filhos
de Hete, de todos os que entravam pela porta da sua cidade, dizendo:
11 Não, meu senhor; ouve-me: o campo
te dou, também te dou a cova que nele está; diante dos olhos
dos filhos do meu povo ta dou; sepulta o teu morto.
12 Então, Abraão se inclinou
diante da face do povo da terra
13 e falou a Efrom, aos ouvidos do povo da
terra, dizendo: Mas, se tu estás por isto, ouve-me, peço-te:
o preço do campo o darei; toma-o de mim, e sepultarei ali o meu
morto.
14 E respondeu Efrom a Abraão, dizendo-lhe:
15 Meu senhor, ouve-me: a terra é
de quatrocentos siclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta
o teu morto.
16 E Abraão deu ouvidos a Efrom e
Abraão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos
filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, correntes entre mercadores.
17 Assim, o campo de Efrom, que estava em
Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava, e todo o
arvoredo que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor,
18 se confirmaram a Abraão em possessão
diante dos olhos dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta
da sua cidade.
19 E, depois, sepultou Abraão a Sara,
sua mulher, na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é
Hebrom, na terra de Canaã.
20 Assim, o campo e a cova que nele estava
se confirmaram a Abraão, em possessão de sepultura pelos
filhos de Hete.
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Capítulo
24
1 E era Abraão já velho e adiantado
em idade, e o SENHOR havia abençoado a Abraão em tudo.
2 E disse Abraão ao seu servo, o mais
velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe
agora a tua mão debaixo da minha coxa,
3 para que eu te faça jurar pelo SENHOR,
Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para
meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito,
4 mas que irás à minha terra
e à minha parentela e daí tomarás mulher para meu
filho Isaque.
5 E disse-lhe o servo: Porventura não
quererá seguir-me a mulher a esta terra. Farei, pois, tornar o teu
filho à terra de onde saíste?
6 E Abraão lhe disse: Guarda-te, que
não faças lá tornar o meu filho.
7 O SENHOR, Deus dos céus, que me
tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou,
e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra, ele enviará
o seu Anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para
meu filho.
8 Se a mulher, porém, não quiser
seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças
lá tornar a meu filho.
9 Então, pôs o servo a sua mão
debaixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio.
10 E o servo tomou dez camelos, dos camelos
do seu senhor, e partiu, pois que toda a fazenda de seu senhor estava em
sua mão; e levantou-se e partiu para a Mesopotâmia, {que é
Síria dos dois rios} para a cidade de Naor.
11 E fez ajoelhar os camelos fora da cidade,
junto a um poço de água, pela tarde, ao tempo em que as moças
saíam a tirar água.
12 E disse: Ó SENHOR, Deus de meu
senhor Abraão, dá-me, hoje, bom encontro e faze beneficência
ao meu senhor Abraão!
13 Eis que eu estou em pé junto à
fonte de água, e as filhas dos varões desta cidade saem para
tirar água;
14 Seja, pois, que a donzela a quem eu disser:
abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe,
e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste
ao teu servo Isaque; e que eu conheça nisso que fizeste beneficência
a meu senhor.
15 E sucedeu que, antes que ele acabasse
de falar, eis que Rebeca, que havia nascido a Betuel, filho de Milca, mulher
de Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro
sobre o seu ombro.
16 E a donzela era mui formosa à vista,
virgem, a quem varão não havia conhecido; e desceu à
fonte, e encheu o seu cântaro, e subiu.
17 Então, o servo correu-lhe ao encontro
e disse: Ora, deixa-me beber um pouco de água do teu cântaro.
18 E ela disse: Bebe, meu senhor. E apressou-se,
e abaixou o seu cântaro sobre a sua mão, e deu-lhe de beber.
19 E, acabando ela de lhe dar de beber, disse:
Tirarei também água para os teus camelos, até que
acabem de beber.
20 E apressou-se, e vazou o seu cântaro
na pia, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou
para todos os seus camelos.
21 E o varão estava admirado de vê-la,
calando-se, para saber se o SENHOR havia prosperado a sua jornada ou não.
22 E aconteceu que, acabando os camelos de
beber, tomou o varão um pendente de ouro de meio siclo de peso e
duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro,
23 e disse: De quem és filha? Faze-mo
saber, peço-te; há também em casa de teu pai lugar
para nós pousarmos?
24 E ela disse: Eu sou filha de Betuel, filho
de Milca, o qual ela deu a Naor.
25 Disse-lhe mais: Também temos palha,
e muito pasto, e lugar para passar a noite.
26 Então, inclinou-se aquele varão,
e adorou ao SENHOR,
27 e disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de
meu senhor Abraão, que não retirou a sua beneficência
e a sua verdade de meu senhor; quanto a mim, o SENHOR me guiou no caminho
à casa dos irmãos de meu senhor.
28 E a donzela correu e fez saber estas coisas
na casa de sua mãe.
29 E Rebeca tinha um irmão cujo nome
era Labão; e Labão correu ao encontro daquele varão
à fonte.
30 E aconteceu que, quando ele viu o pendente
e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã e quando ouviu as
palavras de sua irmã Rebeca, que dizia: Assim me falou aquele varão,
veio ao varão, e eis que estava em pé junto aos camelos,
junto à fonte.
31 E disse: Entra, bendito do SENHOR, por
que estarás fora? Pois eu já preparei a casa e o lugar para
os camelos.
32 Então, veio aquele varão
à casa, e desataram os camelos e deram palha e pasto aos camelos
e água para lavar os pés dele e os pés dos varões
que estavam com ele.
33 Depois, puseram de comer diante dele.
Ele, porém, disse: Não comerei, até que tenha dito
as minhas palavras. E ele disse: Fala.
34 Então, disse: Eu sou o servo de
Abraão.
35 O SENHOR abençoou muito o meu senhor,
de maneira que foi engrandecido; e deu-lhe ovelhas e vacas, e prata e ouro,
e servos e servas, e camelos e jumentos.
36 E Sara, a mulher do meu senhor, gerou
um filho a meu senhor depois da sua velhice; e ele deu-lhe tudo quanto
tem.
37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não
tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra
habito;
38 irás, porém, à casa
de meu pai e à minha família e tomarás mulher para
meu filho.
39 Então, disse eu ao meu senhor:
Porventura não me seguirá a mulher.
40 E ele me disse: O SENHOR, em cuja presença
tenho andado, enviará o seu Anjo contigo e prosperará o teu
caminho, para que tomes mulher para meu filho da minha família e
da casa de meu pai.
41 Então, serás livre do meu
juramento, quando fores à minha família; e, se não
ta derem, livre serás do meu juramento.
42 E hoje cheguei à fonte e disse:
Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, se tu, agora, prosperas
o meu caminho, no qual eu ando,
43 eis que estou junto à fonte de
água; seja, pois, que a donzela que sair para tirar água
e à qual eu disser: Ora, dá-me um pouco de água do
teu cântaro,
44 e ela me disser: Bebe tu também
e também tirarei água para os teus camelos, esta seja a mulher
que o SENHOR designou ao filho de meu senhor.
45 E, antes que eu acabasse de falar no meu
coração, eis que Rebeca saía com seu cântaro
sobre o seu ombro, e desceu à fonte, e tirou água; e eu lhe
disse: Ora, dá-me de beber.
46 E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro
de sobre si, e disse: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos;
e bebi, e ela deu também de beber aos camelos.
47 Então, lhe perguntei e disse: De
quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que
lhe gerou Milca. Então, eu pus o pendente no seu rosto e as pulseiras
sobre as suas mãos.
48 E, inclinando-me, adorei ao SENHOR e bendisse
ao SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que me havia encaminhado pelo
caminho da verdade, para tomar a filha do irmão de meu senhor para
seu filho.
49 Agora, pois, se vós haveis de mostrar
beneficência e verdade a meu senhor, fazei-mo saber; e, se não,
também mo fazei saber, para que eu olhe à mão direita
ou à esquerda.
50 Então, responderam Labão
e Betuel e disseram: Do SENHOR procedeu este negócio; não
podemos falar-te mal ou bem.
51 Eis que Rebeca está diante da tua
face; toma-a e vai-te; seja a mulher do filho de teu senhor, como tem dito
o SENHOR.
52 E aconteceu que o servo de Abraão,
ouvindo as suas palavras, inclinou-se à terra diante do SENHOR;
53 e tirou o servo vasos {ou jóias}
de prata, e vasos de ouro, e vestes e deu-os a Rebeca; também deu
coisas preciosas a seu irmão e a sua mãe.
54 Então, comeram, e beberam, ele
e os varões que com ele estavam, e passaram a noite. E levantaram-se
pela manhã, e disse: Deixai-me ir a meu senhor.
55 Então, disseram seu irmão
e sua mãe: Fique a donzela conosco alguns dias ou pelo menos dez
dias; e depois irá.
56 Ele, porém, lhes disse: Não
me detenhais, pois o SENHOR tem prosperado o meu caminho; deixai-me partir,
para que eu volte a meu senhor.
57 E disseram: Chamemos a donzela e perguntemos-lho.
58 E chamaram Rebeca e disseram-lhe: Irás
tu com este varão? Ela respondeu: Irei.
59 Então, despediram Rebeca, sua irmã,
e a sua ama, e o servo de Abraão, e os seus varões.
60 E abençoaram Rebeca e disseram-lhe:
Ó nossa irmã, sejas tu em milhares de milhares, e que a tua
semente possua a porta de seus aborrecedores!
61 E Rebeca se levantou com as suas moças,
e subiram sobre os camelos e seguiram o varão; e tomou aquele servo
a Rebeca e partiu.
62 Ora, Isaque vinha do caminho do poço
de Laai-Roi, porque habitava na terra do Sul.
63 E Isaque saíra a orar {ou meditar}
no campo, sobre a tarde; e levantou os olhos, e olhou e eis que os camelos
vinham.
64 Rebeca também levantou os olhos,
e viu a Isaque, e lançou-se do camelo,
65 e disse ao servo: Quem é aquele
varão que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este
é meu senhor. Então, tomou ela o véu e cobriu-se.
66 E o servo contou a Isaque todas as coisas
que fizera.
67 E Isaque trouxe-a para a tenda de sua
mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim,
Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.
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Capítulo
25
1 E Abraão tomou outra mulher; o seu
nome era Quetura.
2 E gerou-lhe Zinrã, e Jocsã,
e Medã, e Midiã, e Isbaque, e Suá.
3 E Jocsã gerou a Seba e a Dedã;
e os filhos de Dedã foram Assurim, e Letusim, e Leumim.
4 E os filhos de Midiã foram Efá,
e Efer, e Enoque, e Abida, e Elda; estes todos foram filhos de Quetura.
5 Porém Abraão deu tudo o que
tinha a Isaque.
6 Mas, aos filhos das concubinas que Abraão
tinha, deu Abraão presentes e, vivendo ele ainda, despediu-os do
seu filho Isaque, ao Oriente, para a terra oriental.
7 Estes, pois, são os dias dos anos
da vida de Abraão, que viveu cento e setenta e cinco anos.
8 E Abraão expirou e morreu em boa
velhice, velho e farto de dias; e foi congregado ao seu povo.
9 E sepultaram-no Isaque e Ismael, seus filhos,
na cova de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, heteu, que estava
em frente de Manre,
10 o campo que Abraão comprara aos
filhos de Hete. Ali está sepultado Abraão e Sara, sua mulher.
11 E aconteceu, depois da morte de Abraão,
que Deus abençoou a Isaque, seu filho; e habitava Isaque junto ao
poço Laai-Roi.
12 Estas, porém, são as gerações
de Ismael, filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia,
deu a Abraão.
13 E estes são os nomes dos filhos
de Ismael pelos seus nomes, segundo as suas gerações: o primogênito
de Ismael era Nebaiote, depois Quedar, e Abdeel, e Mibsão,
14 e Misma, e Dumá, e Massá,
15 e Hadade, e Tema, e Jetur, e Nafis, e
Quedemá.
16 Estes são os filhos de Ismael,
e estes são os seus nomes pelas suas vilas e pelos seus castelos:
{ou acampamentos} doze príncipes segundo as suas famílias.
{ou nações}
17 E estes são os anos da vida de
Ismael, que viveu cento e trinta e sete anos; e ele expirou, e morreu,
e foi congregado ao seu povo.
18 E habitaram desde Havilá até
Sur, que está em frente do Egito, indo para Assur; {ou Assíria}
e Ismael fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos.
19 E estas são as gerações
de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
20 e era Isaque da idade de quarenta anos,
quando tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu {ou siro} de Padã-Arã,
irmã de Labão, arameu, por sua mulher.
21 E Isaque orou instantemente ao SENHOR
por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas
orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.
22 E os filhos lutavam dentro dela; então,
disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao
SENHOR.
23 E o SENHOR lhe disse: Duas nações
há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas:
um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá
ao menor.
24 E, cumprindo-se os seus dias para dar
à luz, eis gêmeos no seu ventre.
25 E saiu o primeiro, ruivo e todo como uma
veste cabeluda; por isso, chamaram o seu nome Esaú. {que significa
cabeludo}
26 E, depois, saiu o seu irmão, agarrada
sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se chamou o seu nome
Jacó. {que significa suplantador} E era Isaque da idade de sessenta
anos quando os gerou.
27 E cresceram os meninos. E Esaú
foi varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó
era varão simples, habitando em tendas.
28 E amava Isaque a Esaú, porque a
caça era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
29 E Jacó cozera um guisado; e veio
Esaú do campo e estava ele cansado. {ou desfalecido}
30 E disse Esaú a Jacó: Deixa-me,
peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por
isso, se chamou o seu nome Edom. {que significa vermelho}
31 Então, disse Jacó: Vende-me,
hoje, a tua primogenitura.
32 E disse Esaú: Eis que estou a ponto
de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?
33 Então, disse Jacó: Jura-me
hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
34 E Jacó deu pão a Esaú
e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se.
Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura.
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Capítulo
26
1 E havia fome na terra, além da primeira
fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque,
rei dos filisteus, em Gerar.
2 E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não
desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;
3 peregrina nesta terra, e serei contigo
e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas
estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão,
teu pai.
4 E multiplicarei a tua semente como as estrelas
dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua
semente serão benditas todas as nações da terra,
5 porquanto Abraão obedeceu à
minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos
e as minhas leis.
6 Assim, habitou Isaque em Gerar.
7 E, perguntando-lhe os varões daquele
lugar acerca de sua mulher, disse: É minha irmã; porque temia
dizer: É minha mulher; para que porventura (dizia ele) me não
matem os varões daquele lugar por amor de Rebeca; porque era formosa
à vista.
8 E aconteceu que, como ele esteve ali muito
tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela e viu, e eis
que Isaque estava brincando com Rebeca, sua mulher.
9 Então, chamou Abimeleque a Isaque
e disse: Eis que, na verdade, é tua mulher; como, pois, disseste:
É minha irmã? E disse-lhe Isaque: Porque eu dizia: Para que
eu porventura não morra por causa dela.
10 E disse Abimeleque: Que é isto
que nos fizeste? Facilmente se teria deitado alguém deste povo com
a tua mulher, e tu terias trazido sobre nós um delito.
11 E mandou Abimeleque a todo o povo, dizendo:
Qualquer que tocar neste varão ou em sua mulher certamente morrerá.
12 E semeou Isaque naquela mesma terra e
colheu, naquele mesmo ano, cem {ou o cêntuplo} medidas, porque o
SENHOR o abençoava.
13 E engrandeceu-se o varão e ia-se
engrandecendo, até que se tornou mui grande;
14 e tinha possessão de ovelhas, e
possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira
que os filisteus o invejavam.
15 E todos os poços que os servos
de seu pai tinham cavado nos dias de Abraão, seu pai, os filisteus
entulharam e encheram de terra.
16 Disse também Abimeleque a Isaque:
Aparta-te de nós, porque muito mais poderoso te tens feito do que
nós.
17 Então, Isaque foi-se dali, e fez
o seu assento no vale de Gerar, e habitou lá.
18 E tornou Isaque, e cavou os poços
de água que cavaram nos dias de Abraão, seu pai, e que os
filisteus taparam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes
que os chamara seu pai.
19 Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele
vale e acharam ali um poço de águas vivas.
20 E os pastores de Gerar porfiaram com os
pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso,
chamou o nome daquele poço Eseque, {que significa contenda} porque
contenderam com ele.
21 Então, cavaram outro poço
e também porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Sitna.
{que significa inimizade}
22 E partiu dali e cavou outro poço;
e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote {que
significa alargamento} e disse: Porque agora nos alargou o SENHOR, e crescemos
nesta terra.
23 Depois, subiu dali a Berseba,
24 e apareceu-lhe o SENHOR naquela mesma
noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente
por amor de Abraão, meu servo.
25 Então, edificou ali um altar, e
invocou o nome do SENHOR, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque
cavaram ali um poço.
26 E Abimeleque veio a ele de Gerar, com
Ausate, seu amigo, e Ficol, príncipe {ou capitão-mor} do
seu exército.
27 E disse-lhe Isaque: Por que viestes a
mim, pois que vós me aborreceis e me enviastes de vós?
28 E eles disseram: Havemos visto, na verdade,
que o SENHOR é contigo; pelo que dissemos: Haja, agora, juramento
entre nós, entre nós e ti; e façamos concerto contigo.
29 Que nos não faças mal, como
nós te não temos tocado, e como te fizemos somente bem, e
te deixamos ir em paz. Agora, tu és o bendito do SENHOR.
30 Então, lhes fez um banquete, e
comeram e beberam.
31 E levantaram-se de madrugada e juraram
um ao outro; depois, os despediu Isaque, e despediram-se dele, em paz.
32 E aconteceu, naquele mesmo dia, que vieram
os servos de Isaque, e anunciaram-lhe acerca do negócio do poço,
que tinham cavado, e disseram-lhe: Temos achado água.
33 E chamou-o Seba. {que significa juramento}
Por isso, é o nome daquela cidade Berseba {Heb. Beer-Seba, que significa
poço do juramento} até o dia de hoje.
34 Ora, sendo Esaú da idade de quarenta
anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha
de Elom, heteu.
35 E estas foram para Isaque e Rebeca uma
amargura de espírito.
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Capítulo
27
1 E aconteceu que, como Isaque envelheceu,
e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver, chamou
a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho! E ele lhe
disse: Eis-me aqui!
2 E ele disse: Eis que já agora estou
velho e não sei o dia da minha morte.
3 Agora, pois, toma as tuas armas, a tua
aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça,
4 e faze-me um guisado saboroso, como eu
gosto, e traze-mo, para que eu coma, e para que minha alma te abençoe,
antes que morra.
5 E Rebeca escutou quando Isaque falava ao
seu filho Esaú; e foi-se Esaú ao campo, para apanhar caça
que havia de trazer.
6 Então, falou Rebeca a Jacó,
seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú,
teu irmão, dizendo:
7 Traze-me caça e faze-me um guisado
saboroso, para que eu coma e te abençoe diante da face do SENHOR,
antes da minha morte.
8 Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz
naquilo que eu te mando.
9 Vai, agora, ao rebanho e traze-me de lá
dois bons cabritos; e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai,
como ele gosta;
10 e levá-lo-ás a teu pai,
para que o coma e para que te abençoe antes da sua morte.
11 Então, disse Jacó a Rebeca,
sua mãe: Eis que Esaú, meu irmão, é varão
cabeludo, e eu, varão liso.
12 Porventura, me apalpará o meu pai,
e serei, a seus olhos, enganador; assim, trarei eu sobre mim maldição
e não bênção.
13 E disse-lhe sua mãe: Meu filho,
sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha
voz, e vai, e traze-mos.
14 E foi, e tomou-os, e trouxe-os à
sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai
gostava.
15 Depois, tomou Rebeca as vestes {ou vestes
preciosas} de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo
em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor.
16 E, com as peles dos cabritos, cobriu as
suas mãos e a lisura do seu pescoço
17 e deu o guisado saboroso e o pão
que tinha preparado na mão de Jacó, seu filho.
18 E veio ele a seu pai e disse: Meu pai!
E ele disse: Eis-me aqui. Quem és tu, meu filho?
19 E Jacó disse a seu pai: Eu sou
Esaú, teu primogênito. Tenho feito como me disseste. Levanta-te
agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.
20 Então, disse Isaque a seu filho:
Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse:
Porque o SENHOR, teu Deus, a mandou ao meu encontro.
21 E disse Isaque a Jacó: Chega-te
agora, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú
mesmo ou não.
22 Então, se chegou Jacó a
Isaque, seu pai, que o apalpou e disse: A voz é a voz de Jacó,
porém as mãos são as mãos de Esaú.
23 E não o conheceu, porquanto as
suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú,
seu irmão. E abençoou-o.
24 E disse: És tu meu filho Esaú
mesmo? E ele disse: Eu sou.
25 Então, disse: Faze chegar isso
perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha
alma te abençoe. E chegou-lho, e comeu; trouxe-lhe também
vinho, e bebeu.
26 E disse-lhe Isaque, seu pai: Ora, chega-te
e beija-me, filho meu.
27 E chegou-se e beijou-o. Então,
cheirou o cheiro das suas vestes, e abençoou-o, e disse: Eis que
o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o SENHOR abençoou.
28 Assim, pois, te dê Deus do orvalho
dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e
de mosto.
29 Sirvam-te povos, e nações
se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da
tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem,
e benditos sejam os que te abençoarem.
30 E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar
a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da face de Isaque, seu
pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça.
31 E fez também ele um guisado saboroso,
e trouxe-o a seu pai, e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da
caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.
32 E disse-lhe Isaque, seu pai: Quem és
tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito, Esaú.
33 Então, estremeceu Isaque de um
estremecimento muito grande e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou
a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei
-o; também será bendito.
34 Esaú, ouvindo as palavras de seu
pai, bradou com grande e mui amargo brado e disse a seu pai: Abençoa-me
também a mim, meu pai.
35 E ele disse: Veio o teu irmão com
sutileza e tomou a tua bênção.
36 Então, disse ele: Não foi
o seu nome justamente chamado Jacó? Por isso, que já duas
vezes me enganou: a minha primogenitura me tomou e eis que agora me tomou
a minha bênção. E disse mais: Não reservaste,
pois, para mim bênção alguma?
37 Então, respondeu Isaque e disse
a Esaú: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus
irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho
fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?
38 E disse Esaú a seu pai: Tens uma
só bênção, meu pai? Abençoa-me também
a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz e chorou.
39 Então, respondeu Isaque, seu pai,
e disse-lhe: Eis que a tua habitação será longe das
gorduras da terra e sem orvalho dos céus.
40 E pela tua espada viverás e ao
teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que,
quando te libertares, então, sacudirás o seu jugo do teu
pescoço.
41 E aborreceu Esaú a Jacó
por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado;
e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os
dias de luto de meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.
42 E foram denunciadas a Rebeca estas palavras
de Esaú, seu filho mais velho; e ela enviou, e chamou a Jacó,
seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú, teu irmão, se
consola a teu respeito, propondo-se matar-te.
43 Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz:
levanta-te e acolhe-te a Labão, meu irmão, em Harã;
44 e mora com ele alguns dias, até
que passe o furor de teu irmão,
45 até que se desvie de ti a ira de
teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste. Então,
enviarei e te farei vir de lá. Por que seria eu desfilhada também
de vós ambos num mesmo dia?
46 E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou
da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher
das filhas de Hete, como estas são das filhas desta terra, para
que me será a vida?
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Capítulo
28
1 E Isaque chamou a Jacó, e abençoou
-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas
de Canaã.
2 Levanta-te, vai a Padã-Arã,
à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma
mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe.
3 E Deus Todo-poderoso te abençoe,
e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão
de povos;
4 e te dê a bênção
de Abraão, a ti e à tua semente contigo, para que em herança
possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.
5 Assim, enviou Isaque a Jacó, o qual
se foi a Padã-Arã, a Labão, filho de Betuel, arameu,
{ou siro} irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú.
6 Vendo, pois, Esaú que Isaque abençoara
a Jacó, e o enviara a Padã-Arã, para tomar mulher
para si dali, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não
tomes mulher das filhas de Canaã;
7 e que Jacó obedecera a seu pai e
a sua mãe e se fora a Padã-Arã;
8 vendo também Esaú que as
filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque, seu pai,
9 foi-se Esaú a Ismael e tomou para
si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate, filha de Ismael,
filho de Abraão, e irmã de Nebaiote.
10 Partiu, pois, Jacó de Berseba,
e foi-se a Harã.
11 E chegou a um lugar onde passou a noite,
porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar,
e a pôs por sua cabeceira, e deitou-se naquele lugar.
12 E sonhou: e eis era posta na terra uma
escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam
e desciam por ela.
13 E eis que o SENHOR estava em cima dela
e disse: Eu sou o SENHOR, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de
Isaque. Esta terra em que estás deitado ta darei a ti e à
tua semente.
14 E a tua semente será como o pó
da terra; e estender-se -á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte,
e ao sul; e em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias
da terra.
15 E eis que estou contigo, e te guardarei
por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não
deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito.
16 Acordado, pois, Jacó do seu sono,
disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.
17 E temeu e disse: Quão terrível
é este lugar! Este não é outro lugar senão
a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus.
18 Então, levantou-se Jacó
pela manhã, de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua
cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela.
19 E chamou o nome daquele lugar Betel; {que
significa Casa de Deus} o nome, porém, daquela cidade, dantes, era
Luz.
20 E Jacó fez um voto, dizendo: Se
Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão
para comer e vestes para vestir,
21 e eu em paz tornar à casa de meu
pai, o SENHOR será o meu Deus;
22 e esta pedra, que tenho posto por coluna,
será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei
o dízimo.
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Capítulo
29
1 Então, pôs-se Jacó
a pé e foi-se à terra dos filhos do Oriente.
2 E olhou, e eis um poço no campo,
e eis três rebanhos de ovelhas que estavam deitados junto a ele;
porque daquele poço davam de beber aos rebanhos; e havia uma grande
pedra sobre a boca do poço.
3 E ajuntavam ali todos os rebanhos, e removiam
a pedra de sobre a boca do poço, e davam de beber às ovelhas,
e tornavam a pôr a pedra sobre a boca do poço, no seu lugar.
4 E disse-lhes Jacó: Meus irmãos,
donde sois? E disseram: Somos de Harã.
5 E ele lhes disse: Conheceis a Labão,
filho de Naor? E disseram: Conhecemos.
6 Disse-lhes mais: Está ele bem? E
disseram: Está bem, e eis aqui Raquel, sua filha, que vem com as
ovelhas.
7 E ele disse: Eis que ainda é muito
dia, não é tempo de ajuntar o gado; dai de beber às
ovelhas, e ide, e apascentai-as.
8 E disseram: Não podemos, até
que todos os rebanhos se ajuntem, e removam a pedra de sobre a boca do
poço, para que demos de beber às ovelhas.
9 Estando ele ainda falando com eles, veio
Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora.
10 E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel,
filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de
Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu
a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber às ovelhas
de Labão, irmão de sua mãe.
11 E Jacó beijou a Raquel, e levantou
a sua voz, e chorou.
12 E Jacó anunciou a Raquel que era
irmão de seu pai e que era filho de Rebeca. Então, ela correu
e o anunciou a seu pai.
13 E aconteceu que, ouvindo Labão
as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro,
e abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa. E contou ele
a Labão todas estas coisas.
14 Então, Labão disse-lhe:
Verdadeiramente és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com ele
um mês inteiro.
15 Depois, disse Labão a Jacó:
Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça?
Declara-me qual será o teu salário.
16 E Labão tinha duas filhas; o nome
da mais velha era Léia, e o nome da menor, Raquel.
17 Léia, porém, tinha olhos
tenros, {ou enfermos} mas Raquel era de formoso semblante e formosa à
vista.
18 E Jacó amava a Raquel e disse:
Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor.
19 Então, disse Labão: Melhor
é que eu ta dê do que a dê a outro varão; fica
comigo.
20 Assim, serviu Jacó sete anos por
Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava.
21 E disse Jacó a Labão: Dá-me
minha mulher, porque meus dias são cumpridos, para que eu entre
a ela.
22 Então, ajuntou Labão todos
os varões daquele lugar e fez um banquete.
23 E aconteceu, à tarde, que tomou
Léia, sua filha, e trouxe-lha. E entrou a ela.
24 E Labão deu sua serva Zilpa por
serva a Léia, sua filha.
25 E aconteceu pela manhã ver que
era Léia; pelo que disse a Labão: Por que me fizeste isso?
Não te tenho servido por Raquel? Por que, pois, me enganaste?
26 E disse Labão: Não se faz
assim no nosso lugar, que a menor se dê antes da primogênita.
27 Cumpre a semana desta; então te
daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete
anos servires comigo.
28 E Jacó fez assim e cumpriu a semana
desta; então, lhe deu por mulher Raquel, sua filha.
29 E Labão deu sua serva Bila por
serva a Raquel, sua filha.
30 E entrou também a Raquel e amou
também a Raquel mais do que a Léia; e serviu com ele ainda
outros sete anos.
31 Vendo, pois, o SENHOR que Léia
era aborrecida, abriu a sua madre; porém Raquel era estéril.
32 E concebeu Léia, e teve um filho,
e chamou o seu nome Rúben, {que significa Eis um filho} dizendo:
Porque o SENHOR atendeu à minha aflição. Por isso,
agora me amará o meu marido.
33 E concebeu outra vez e teve um filho,
dizendo: Porquanto o SENHOR ouviu que eu era aborrecida, me deu também
este; e chamou o seu nome Simeão. {que significa ouvindo}
34 E concebeu outra vez e teve um filho,
dizendo: Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo, porque três
filhos lhe tenho dado; por isso, chamou o seu nome Levi. {que significa
junto}
35 E concebeu outra vez e teve um filho,
dizendo: Esta vez louvarei ao SENHOR. Por isso, chamou o seu nome Judá;
{que significa louvor} e cessou de ter filhos.
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Capítulo
30
1 Vendo, pois, Raquel que não dava
filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó:
Dá-me filhos, senão morro.
2 Então, se acendeu a ira de Jacó
contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto
de teu ventre?
3 E ela disse: Eis aqui minha serva Bila;
entra a ela, para que tenha filhos sobre os meus joelhos, e eu assim receba
{ou tenha filhos} filhos por ela.
4 Assim, lhe deu a Bila, sua serva, por mulher;
e Jacó entrou a ela.
5 E concebeu Bila e deu a Jacó um
filho.
6 Então, disse Raquel: Julgou-me Deus,
e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso, chamou
o seu nome Dã. {que significa juiz}
7 E Bila, serva de Raquel, concebeu outra
vez e deu a Jacó o segundo filho.
8 Então, disse Raquel: Com lutas de
Deus, tenho lutado com minha irmã e também venci; e chamou
o seu nome Naftali. {que significa lutando}
9 Vendo, pois, Léia que cessava de
gerar, tomou também a Zilpa, sua serva, e deu-a a Jacó por
mulher.
10 E deu Zilpa, serva de Léia, um
filho a Jacó.
11 Então, disse Léia: Vem {Heb.
Vem uma fortuna} uma turba; e chamou o seu nome de Gade. {que significa
fortuna}
12 Depois, deu Zilpa, serva de Léia,
um segundo filho a Jacó.
13 Então, disse Léia: Para
{Heb. Sou feliz} minha ventura, porque as filhas me terão por bem-aventurada;
e chamou o seu nome Aser. {que significa feliz}
14 E foi Rúben, nos dias da sega do
trigo, e achou mandrágoras no campo. E trouxe-as a Léia,
sua mãe. Então, disse Raquel a Léia: Ora, dá-me
das mandrágoras do teu filho.
15 E ela lhe disse: É já pouco
que hajas tomado o meu marido? Tomarás também as mandrágoras
do meu filho? Então, disse Raquel: Por isso, se deitará contigo
esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
16 Vindo, pois, Jacó, à tarde,
do campo, saiu-lhe Léia ao encontro e disse: A mim entrarás,
porque certamente te aluguei com as mandrágoras do meu filho. E
deitou-se com ela aquela noite.
17 E ouviu Deus a Léia, e concebeu
e teve um quinto filho.
18 Então, disse Léia: Deus
me tem dado o meu galardão, pois tenho dado minha serva ao meu marido.
E chamou o seu nome Issacar. {que significa galardão}
19 E Léia concebeu outra vez e deu
a Jacó um sexto filho.
20 E disse Léia: Deus me deu a mim
uma boa dádiva; desta vez morará o meu marido comigo, porque
lhe tenho dado seis filhos. E chamou o seu nome Zebulom. {que significa
morada}
21 E, depois, teve uma filha e chamou o seu
nome Diná. {que significa julgada}
22 E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a
ouviu, e abriu a sua madre.
23 E ela concebeu, e teve um filho, e disse:
Tirou-me Deus a minha vergonha.
24 E chamou o seu nome José, {que
significa aumentador} dizendo: O SENHOR me acrescente outro filho.
25 E aconteceu que, quando Raquel teve a
José, disse Jacó a Labão: Deixa-me ir; que me vá
ao meu lugar e à minha terra.
26 Dá-me os meus filhos e as minhas
mulheres, pelas quais te tenho servido, e ir-me-ei; pois tu sabes o meu
serviço, que te tenho feito.
27 Então, lhe disse Labão:
Se, agora, tenho achado graça a teus olhos, fica comigo. Tenho {Heb.
Tenho adivinhado} experimentado que o SENHOR me abençoou por amor
de ti.
28 E disse mais: Determina-me o teu salário,
que to darei.
29 Então, lhe disse: Tu sabes como
te tenho servido e como passou o teu gado comigo.
30 Porque o pouco que tinhas antes de mim
é aumentado até uma multidão; e o SENHOR te tem abençoado
por meu trabalho. Agora, pois, quando hei de trabalhar também por
minha casa?
31 E disse ele: Que te darei? Então,
disse Jacó: Nada me darás; tornarei a apascentar e a guardar
o teu rebanho, se me fizeres isto:
32 passarei hoje por todo o teu rebanho,
separando dele todos os salpicados e malhados, e todos os morenos entre
os cordeiros, e o que é malhado e salpicado entre as cabras; e isto
será o meu salário.
33 Assim, testificará por mim a minha
justiça no dia de amanhã, quando vieres e o meu salário
estiver diante de tua face; tudo o que não for salpicado e malhado
entre as cabras e moreno entre os cordeiros ser-me -á por furto.
34 Então, disse Labão: Tomara
que seja conforme a tua palavra.
35 E separou, naquele mesmo dia, os bodes
listrados e malhados e todas as cabras salpicadas e malhadas, tudo em que
havia brancura e todo o moreno entre os cordeiros; e deu-os nas mãos
dos seus filhos.
36 E pôs três dias de caminho
entre si e Jacó; e Jacó apascentava o resto dos rebanhos
de Labão.
37 Então, tomou Jacó varas
verdes de álamo, e de aveleira, e de castanheiro e descascou nelas
riscas brancas, descobrindo a brancura que nas varas havia,
38 e pôs estas varas, que tinha descascado,
em frente do rebanho, nos canos e nas pias de água, aonde o rebanho
vinha a beber, e conceberam vindo a beber.
39 E concebia o rebanho diante das varas,
e as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas.
40 Então, separou Jacó os cordeiros
e pôs as faces do rebanho para os listrados e todo moreno entre o
rebanho de Labão; e pôs o seu rebanho à parte e não
o pôs com o rebanho de Labão.
41 E sucedia que, cada vez que concebiam
as ovelhas fortes, punha Jacó as varas diante dos olhos do rebanho
nos canos, para que concebessem diante das varas.
42 Mas, quando enfraqueceu o rebanho, não
as pôs. Assim, as fracas eram de Labão, e as fortes, de Jacó.
43 E cresceu o varão em grande maneira;
e teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos.
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Capítulo
31
1 Então, ouvia as palavras dos filhos
de Labão, que diziam: Jacó tem tomado tudo o que era de nosso
pai e do que era de nosso pai fez ele toda esta glória. {ou riqueza}
2 Viu também Jacó o rosto de
Labão, e eis que não era para com ele como dantes.
3 E disse o SENHOR a Jacó: Torna à
terra dos teus pais e à tua parentela, e eu serei contigo.
4 Então, enviou Jacó e chamou
a Raquel e a Léia ao campo, ao seu rebanho.
5 E disse-lhes: Vejo que o rosto de vosso
pai para comigo não é como anteriormente; porém o
Deus de meu pai esteve comigo.
6 E vós mesmas sabeis que, com todo
o meu poder, tenho servido a vosso pai;
7 mas vosso pai me enganou e mudou o salário
dez vezes; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal.
8 Quando ele dizia assim: Os salpicados serão
o teu salário, então, todos os rebanhos davam salpicados.
E, quando ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário,
então, todos os rebanhos davam listrados.
9 Assim, Deus tirou o gado de vosso pai e
mo deu a mim.
10 E sucedeu que, ao tempo em que o rebanho
concebia, eu levantei os meus olhos e vi em sonhos que os bodes que cobriam
as ovelhas eram listrados, salpicados e malhados.
11 E disse-me o Anjo de Deus, em sonhos:
Jacó! E eu disse: Eis-me aqui.
12 E disse ele: Levanta, agora, os teus olhos
e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados,
salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez.
13 Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido
uma coluna, onde me tens feito o voto; levanta-te agora, sai-te desta terra
e torna-te à terra da tua parentela.
14 Então, responderam Raquel e Léia
e disseram-lhe: Há ainda para nós parte ou herança
na casa de nosso pai?
15 Não nos considera ele como estranhas?
Pois vendeu-nos e comeu todo o nosso dinheiro.
16 Porque toda a riqueza que Deus tirou de
nosso pai é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faze tudo o que
Deus te tem dito.
17 Então, se levantou Jacó,
pondo os seus filhos e as suas mulheres sobre os camelos,
18 e levou todo o seu gado e toda a sua fazenda
que havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara em
Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã.
19 E, havendo Labão ido a tosquiar
as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos {Heb. terafim (ver Jz 17
-5; 1sm 19-13; Os 3 -4)} que seu pai tinha.
20 E esquivou-se Jacó de Labão,
o arameu, {ou siro} porque não lhe fez saber que fugia.
21 E fugiu ele com tudo o que tinha; e levantou-se,
e passou o rio, e pôs o seu rosto para a montanha de Gileade.
22 E, no terceiro dia, foi anunciado a Labão
que Jacó tinha fugido.
23 Então, tomou consigo os seus irmãos
e atrás dele seguiu o seu caminho por sete dias; e alcançou
-o na montanha de Gileade.
24 Veio, porém, Deus a Labão,
o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales
a Jacó nem bem nem mal.
25 Alcançou, pois, Labão a
Jacó. E armara Jacó a sua tenda naquela montanha; armou também
Labão com os seus irmãos a sua na montanha de Gileade.
26 Então, disse Labão a Jacó:
Que fizeste, que te esquivaste de mim e levaste as minhas filhas como cativas
pela espada?
27 Por que fugiste ocultamente, e te esquivaste
de mim, e não me fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria,
e com cânticos, e com tamboril, e com harpa?
28 Também não me permitiste
beijar os meus filhos e as minhas filhas. Loucamente, pois, agora andaste,
fazendo assim.
29 Poder havia em minha mão para vos
fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo:
Guarda-te, que não fales a Jacó nem bem nem mal.
30 E agora, se te querias ir embora, porquanto
tinhas saudades de voltar à casa de teu pai, por que furtaste os
meus deuses?
31 Então, respondeu Jacó e
disse a Labão: Porque temia; pois que dizia comigo se porventura
me não arrebatarias as tuas filhas.
32 Com quem achares os teus deuses, esse
não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é
teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois Jacó não
sabia que Raquel os tinha furtado.
33 Então, entrou Labão na tenda
de Jacó, e na tenda de Léia, e na tenda de ambas as servas
e não os achou; e, saindo da tenda de Léia, entrou na tenda
de Raquel.
34 Mas tinha tomado Raquel os ídolos,
e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e
apalpou Labão toda a tenda e não os achou.
35 E ela disse a seu pai: Não se acenda
a ira nos olhos de meu senhor, que não posso levantar-me diante
da tua face; porquanto tenho o costume das mulheres. E ele procurou, mas
não achou os ídolos.
36 Então, irou-se Jacó e contendeu
com Labão. E respondeu Jacó e disse a Labão: Qual
é a minha transgressão? Qual é o meu pecado, que tão
furiosamente me tens perseguido?
37 Havendo apalpado todos os meus móveis,
que achaste de todos os móveis da tua casa? Põe-no aqui diante
dos meus irmãos e teus irmãos; e que julguem entre nós
ambos.
38 Estes vinte anos eu estive contigo, as
tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros
do teu rebanho.
39 Não te trouxe eu o despedaçado;
eu o pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da minha mão
o requerias.
40 Estava eu de sorte que de dia me consumia
o calor, e, de noite, a geada; e o meu sono foi-se dos meus olhos.
41 Tenho estado agora vinte anos na tua casa;
catorze te servi por tuas duas filhas e seis anos por teu rebanho; mas
o meu salário tens mudado dez vezes.
42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão
e o Temor de Isaque, não fora comigo, por certo me enviarias agora
vazio. Deus atendeu à minha aflição e ao trabalho
das minhas mãos e repreendeu-te ontem à noite.
43 Então, respondeu Labão e
disse a Jacó: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos
são meus filhos, e este rebanho é o meu rebanho, e tudo o
que vês meu é; e que farei, hoje, a estas minhas filhas ou
aos filhos que tiveram?
44 Agora, pois, vem, e façamos concerto,
eu e tu, que seja por testemunho entre mim e ti.
45 Então, tomou Jacó uma pedra
e erigiu-a por coluna.
46 E disse Jacó a seus irmãos:
Ajuntai pedras. E tomaram pedras, e fizeram um montão, e comeram
ali sobre aquele montão.
47 E chamou-lhe Labão Jegar-Saaduta;
{que é, em Aramaico, o montão do testemunho} porém
Jacó chamou-lhe Galeede. {que é, em Hebraico, o montão
do testemunho}
48 Então, disse Labão: Este
montão seja, hoje, por testemunha entre mim e ti; por isso, se chamou
o seu nome Galeede
49 e Mispa, {que significa torre de vigia}
porquanto disse: Atente o SENHOR entre mim e ti, quando nós estivermos
apartados um do outro.
50 Se afligires as minhas filhas e se tomares
mulheres além das minhas filhas, mesmo que ninguém esteja
conosco, atenta que Deus é testemunha entre mim e ti.
51 Disse mais Labão a Jacó:
Eis aqui este mesmo montão, e eis aqui esta coluna que levantei
entre mim e ti.
52 Este montão seja testemunha, e
esta coluna seja testemunha de que eu não passarei este montão
para lá e que tu não passarás este montão e
esta coluna para cá, para mal.
53 O Deus de Abraão e o Deus de Naor,
o Deus de seu pai, julguem entre nós. E jurou Jacó pelo Temor
de Isaque, seu pai.
54 E sacrificou Jacó um sacrifício
na montanha e convidou seus irmãos para comerem pão; e comeram
pão e passaram a noite na montanha.
55 E levantou-se Labão pela manhã,
de madrugada, e beijou seus filhos e suas filhas, e abençoou-os;
e partiu e voltou Labão ao seu lugar.
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Capítulo
32
1 E foi também Jacó o seu caminho,
e encontraram-no os anjos de Deus.
2 E Jacó disse, quando os viu: Este
é o exército de Deus. E chamou o nome daquele lugar Maanaim.
3 E enviou Jacó mensageiros diante
da sua face a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, território
de Edom.
4 E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a
meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino
morei com Labão e me detive lá até agora.
5 E tenho bois, e jumentos, e ovelhas, e
servos, e servas; e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache
graça a teus olhos.
6 E os mensageiros tornaram a Jacó,
dizendo: Fomos a teu irmão Esaú; e também ele vem
a encontrar-te, e quatrocentos varões com ele.
7 Então, Jacó temeu muito e
angustiou-se; e repartiu em dois bandos o povo que com ele estava, e as
ovelhas, e as vacas, e os camelos.
8 Porque dizia: Se Esaú vier a um
bando e o ferir, o outro bando escapará.
9 Disse mais Jacó: Deus de meu pai
Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó SENHOR, que me disseste:
Torna à tua terra e à tua parentela, e far-te-ei bem;
10 menor sou eu que todas as beneficências
e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo; porque com meu cajado
passei este Jordão e, agora, me tornei em dois bandos.
11 Livra-me, peço-te, da mão
de meu irmão, da mão de Esaú, porque o temo, para
que porventura não venha e me fira e a mãe com os filhos.
12 E tu o disseste: Certamente te farei bem
e farei a tua semente como a areia do mar, que, pela multidão, não
se pode contar.
13 E passou ali aquela noite; e tomou, do
que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão
Esaú:
14 duzentas cabras e vinte bodes; duzentas
ovelhas e vinte carneiros;
15 trinta camelas de leite com suas crias,
quarenta vacas e dez novilhos; vinte jumentas e dez jumentinhos.
16 E deu-o na mão dos seus servos,
cada rebanho à parte, e disse a seus servos: Passai adiante da minha
face e ponde espaço entre rebanho e rebanho.
17 E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando
Esaú, meu irmão, te encontrar e te perguntar, dizendo: De
quem és, para onde vais, de quem são estes diante da tua
face?
18 Então, dirás: São
de teu servo Jacó, presente que envia a meu senhor, a Esaú;
e eis que ele mesmo vem também atrás de nós.
19 E ordenou também ao segundo, e
ao terceiro, e a todos os que vinham atrás dos rebanhos, dizendo:
Conforme esta mesma palavra, falareis a Esaú, quando o achardes.
20 E direis também: Eis que o teu
servo Jacó vem atrás de nós. Porque dizia: Eu o aplacarei
com o presente que vai diante de mim e, depois, verei a sua face; porventura
aceitará a minha face.
21 Assim, passou o presente diante da sua
face; ele, porém, passou aquela noite no arraial.
22 E levantou-se aquela mesma noite, e tomou
as suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus onze filhos, e
passou o vau de Jaboque.
23 E tomou-os e fê-los passar o ribeiro;
e fez passar tudo o que tinha.
24 Jacó, porém, ficou só;
e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
25 E, vendo que não prevalecia contra
ele, tocou a juntura de sua coxa; e se deslocou a juntura da coxa de Jacó,
lutando com ele.
26 E disse: Deixa-me ir, porque já
a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se me
não abençoares.
27 E disse-lhe: Qual é o teu nome?
E ele disse: Jacó.
28 Então, disse: Não se chamará
mais o teu nome Jacó, mas Israel, {que significa aquele que luta
com Deus} pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens
e prevaleceste.
29 E Jacó lhe perguntou e disse: Dá-me,
peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu
nome? E abençoou-o ali.
30 E chamou Jacó o nome daquele lugar
Peniel, {que significa a face de Deus} porque dizia: Tenho visto a Deus
face a face, e a minha alma foi salva.
31 E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel;
e manquejava da sua coxa.
32 Por isso, os filhos de Israel não
comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até
o dia de hoje, porquanto ele tocara a juntura da coxa de Jacó no
nervo encolhido.
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Capítulo
33
1 E levantou Jacó os olhos e olhou,
e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então,
repartiu os filhos entre Léia, e Raquel, e as duas servas.
2 E pôs as servas e seus filhos na
frente e a Léia e a seus filhos, atrás; porém a Raquel
e José, os derradeiros.
3 E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se
à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
4 Então, Esaú correu-lhe ao
encontro e abraçou-o; e lançou-se sobre o seu pescoço
e beijou-o; e choraram.
5 Depois, levantou os seus olhos, e viu as
mulheres e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse:
Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo.
6 Então, chegaram as servas, elas
e os seus filhos, e inclinaram-se.
7 E chegou também Léia com
seus filhos, e inclinaram-se; e, depois, chegaram José e Raquel
e inclinaram-se.
8 E disse Esaú: De que te serve todo
este bando que tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos
olhos de meu senhor.
9 Mas Esaú disse: Eu tenho bastante,
meu irmão; seja para ti o que tens.
10 Então, disse Jacó: Não!
Se, agora, tenho achado graça a teus olhos, peço-te que tomes
o meu presente da minha mão, porquanto tenho visto o teu rosto,
como se tivesse visto o rosto de Deus; e tomaste contentamento em mim.
11 Toma, peço-te, a minha bênção,
que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado, e porque tenho
de tudo. E instou com ele, até que a tomou.
12 E disse: Caminhemos, e andemos; e eu partirei
adiante de ti.
13 Porém ele lhe disse: Meu senhor
sabe que estes filhos são tenros e que tenho comigo ovelhas e vacas
de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá.
14 Ora, passe o meu senhor diante da face
de seu servo; e eu irei como guia pouco a pouco, conforme o passo do gado
que está diante da minha face e conforme o passo dos meninos, até
que chegue a meu senhor, em Seir.
15 E Esaú disse: Deixarei logo contigo
desta gente que está comigo. E ele disse: Para que é isso?
Basta que eu ache graça aos olhos de meu senhor.
16 Assim, tornou Esaú aquele dia pelo
seu caminho a Seir.
17 Jacó, porém, partiu para
Sucote, e edificou para si uma {ou cabanas} casa, e fez cabanas para o
seu gado; por isso, chamou o nome daquele lugar Sucote.
18 E chegou Jacó salvo à cidade
de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha
de Padã-Arã; e fez o seu assento diante da cidade.
19 E comprou uma parte do campo, em que estendera
a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por
cem peças de dinheiro.
20 E levantou ali um altar e chamou-lhe Deus,
o Deus de Israel.
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Capítulo
34
1 E saiu Diná, filha de Léia,
que esta dera a Jacó, a ver as filhas da terra.
2 E Siquém, filho de Hamor, heveu,
príncipe daquela terra, viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e
humilhou-a.
3 E apegou-se a sua alma com Diná,
filha de Jacó, e amou a moça, e falou {Heb. falou ao coração
da moça} afetuosamente à moça.
4 Falou também Siquém a Hamor,
seu pai, dizendo: Toma-me esta por mulher.
5 Quando Jacó ouviu que fora contaminada
Diná, sua filha, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se
Jacó até que viessem.
6 E saiu Hamor, pai de Siquém, a Jacó,
para falar com ele.
7 E vieram os filhos de Jacó do campo;
e, ouvindo isso, entristeceram-se os varões e iraram-se muito, pois
aquele fizera doidice em Israel, deitando-se com a filha de Jacó,
o que não se devia fazer assim.
8 Então, falou Hamor com eles, dizendo:
A alma de Siquém, meu filho, está namorada da vossa filha;
dai-lha, peço-vos, por mulher.
9 Aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas
filhas e tomai as nossas filhas para vós;
10 e habitareis conosco; e a terra estará
diante da vossa face; habitai, e negociai nela, e tomai possessão
nela.
11 E disse Siquém ao pai dela e aos
irmãos dela: Ache eu graça a vossos olhos e darei o que me
disserdes.
12 Aumentai muito sobre mim o dote e a dádiva,
e darei o que me disserdes; dai-me somente a moça por mulher.
13 Então, responderam os filhos de
Jacó a Siquém e a Hamor, seu pai, enganosamente, e falaram,
porquanto havia contaminado a Diná, sua irmã.
14 E disseram-lhes: Não podemos fazer
isso, que déssemos a nossa irmã a um varão não-circuncidado;
porque isso seria uma vergonha para nós.
15 Nisso, porém, consentiremos a vós:
se fordes como nós, que se circuncide todo macho entre vós;
16 então, dar-vos-emos as nossas filhas,
e tomaremos nós as vossas filhas, e habitaremos convosco, e seremos
um só povo.
17 Mas, se não nos ouvirdes e não
vos circuncidardes, tomaremos a nossa filha e ir-nos-emos.
18 E suas palavras foram boas aos olhos de
Hamor e aos olhos de Siquém, filho de Hamor.
19 E não tardou o jovem em fazer isto;
porque a filha de Jacó lhe agradava, e ele era o mais honrado de
toda a casa de seu pai.
20 Vieram, pois, Hamor e Siquém, seu
filho, à porta da sua cidade e falaram aos varões da sua
cidade, dizendo:
21 Estes varões são pacíficos
conosco; portanto, habitarão nesta terra e negociarão nela;
eis que a terra é larga de espaço diante da sua face; tomaremos
nós as suas filhas por mulheres e lhes daremos as nossas filhas.
22 Mas somente consentirão aqueles
varões habitar conosco, para que sejamos um só povo, se todo
macho entre nós se circuncidar, como eles são circuncidados.
23 O seu gado, e as suas possessões,
e todos os seus animais não serão nossos? Consintamos somente
com eles, e habitarão conosco.
24 E deram ouvidos a Hamor e a Siquém,
seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado
todo macho, de todos os que saíam pela porta da sua cidade.
25 E aconteceu que, ao terceiro dia, quando
estavam com a mais violenta dor, dois filhos de Jacó, Simeão
e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram
afoitamente na cidade, e mataram todo macho.
26 Mataram também a fio de espada
a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram Diná da casa de
Siquém e saíram.
27 Vieram os filhos de Jacó aos mortos
e saquearam a cidade, porquanto haviam contaminado a sua irmã.
28 As suas ovelhas, e as suas vacas, e os
seus jumentos, e o que na cidade e o que no campo havia tomaram;
29 e toda a sua fazenda, e todos os seus
meninos, e as suas mulheres levaram presos e despojaram-nos de tudo o que
havia em casa.
30 Então, disse Jacó a Simeão
e a Levi: Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores
desta terra, entre os cananeus e ferezeus; sendo eu pouco povo em número,
ajuntar-se-ão, e ficarei destruído, eu e minha casa.
31 E eles disseram: Faria, pois, ele a nossa
irmã, como a uma prostituta?
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Capítulo
35
1 Depois, disse Deus a Jacó: Levanta-te,
sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando
fugiste diante da face de Esaú, teu irmão.
2 Então, disse Jacó à
sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos
que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas
vestes.
3 E levantemo-nos e subamos a Betel; e ali
farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia
e que foi comigo no caminho que tenho andado.
4 Então, deram a Jacó todos
os deuses estranhos que tinham em suas mãos e as arrecadas que estavam
em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está
junto a Siquém.
5 E partiram; e o terror de Deus foi sobre
as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após
os filhos de Jacó.
6 Assim, chegou Jacó a Luz, que está
na terra de Canaã (esta é Betel), ele e todo o povo que com
ele havia.
7 E edificou ali um altar e chamou aquele
lugar El-Betel, {que significa o Deus de Betel} porquanto Deus ali se lhe
tinha manifestado quando fugia diante da face de seu irmão.
8 E morreu Débora, a ama de Rebeca,
e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho cujo nome chamou
Alom-Bacute. {que significa o carvalho de pranto}
9 E apareceu Deus outra vez a Jacó,
vindo de Padã-Arã, e abençoou-o.
10 E disse-lhe Deus: O teu nome é
Jacó; não se chamará mais o teu nome Jacó,
mas Israel será o teu nome. E chamou o seu nome Israel.
11 Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-poderoso;
frutifica e multiplica-te; uma nação e multidão de
nações sairão de ti, e reis procederão de ti.
12 E te darei a ti a terra que tenho dado
a Abraão e a Isaque e à tua semente depois de ti darei a
terra.
13 E Deus subiu dele, do lugar onde falara
com ele.
14 E Jacó pôs uma coluna no
lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma
libação e deitou sobre ela azeite.
15 E chamou Jacó o nome daquele lugar,
onde Deus falara com ele, Betel.
16 Partiram de Betel, e, havendo ainda um
pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, teve um filho Raquel
e teve trabalho em seu parto.
17 E aconteceu que, tendo ela trabalho em
seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também
este filho terás.
18 E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma
(porque morreu), chamou o seu nome Benoni; {que significa filho de minha
dor} mas seu pai o chamou Benjamim. {que significa filho da destra}
19 Assim, morreu Raquel e foi sepultada no
caminho de Efrata; esta é Belém.
20 E Jacó pôs uma coluna sobre
a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até
o dia de hoje.
21 Então, partiu Israel e estendeu
a sua tenda além de Migdal-Éder. {ou a torre de Éder}
22 E aconteceu que, habitando Israel naquela
terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel
soube-o. E eram doze os filhos de Jacó:
23 os filhos de Léia: Rúben,
o primogênito de Jacó, depois Simeão e Levi, Judá,
Issacar e Zebulom;
24 os filhos de Raquel: José e Benjamim;
25 os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã
e Naftali;
26 os filhos de Zilpa, serva de Léia:
Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram
em Padã-Arã.
27 E Jacó veio a Isaque, seu pai,
a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão
e Isaque.
28 E foram os dias de Isaque cento e oitenta
anos.
29 E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido
aos seus povos, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus
filhos, o sepultaram.
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Capítulo
36
1 E estas são as gerações
de Esaú (que é Edom).
2 Esaú tomou suas mulheres das filhas
de Canaã: Ada, filha de Elom, heteu; Oolibama, filha de Aná,
filho de Zibeão, heveu;
3 e Basemate, filha de Ismael, irmã
de Nebaiote.
4 E Ada teve de Esaú a Elifaz; e Basemate
teve a Reuel;
5 e Oolibama teve a Jeús, e Jalão,
e Corá; estes são os filhos de Esaú, que lhe nasceram
na terra de Canaã.
6 E Esaú tomou suas mulheres, e seus
filhos, e suas filhas, e todas as almas de sua casa, e seu gado, e todos
os seus animais, e toda a sua fazenda, que havia adquirido na terra de
Canaã; e foi-se a outra terra de diante da face de Jacó,
seu irmão.
7 Porque a fazenda deles era muita para habitarem
juntos; e a terra de suas peregrinações não os podia
sustentar por causa de seu gado.
8 Portanto, Esaú habitou na montanha
de Seir; Esaú é Edom.
9 Estas, pois, são as gerações
de Esaú, pai dos edomitas, na montanha de Seir.
10 Estes são os nomes dos filhos de
Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; Reuel, filho
de Basemate, mulher de Esaú.
11 E os filhos de Elifaz foram: Temã,
Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz.
12 E Timna era concubina de Elifaz, filho
de Esaú, e teve de Elifaz a Amaleque; estes são os filhos
de Ada, mulher de Esaú.
13 E estes foram os filhos de Reuel: Naate,
Zerá, Samá e Mizá; estes foram os filhos de Basemate,
mulher de Esaú.
14 E estes foram os filhos de Oolibama, filha
de Aná, filho de Zibeão, mulher de Esaú; e deu a Esaú:
Jeús, Jalão e Corá.
15 Estes são os príncipes dos
filhos de Esaú; os filhos de Elifaz, o primogênito de Esaú,
foram: o príncipe Temã, o príncipe Omar, o príncipe
Zefô, o príncipe Quenaz,
16 o príncipe Corá, o príncipe
Gaetã, o príncipe Amaleque; estes são os príncipes
de Elifaz, na terra de Edom; estes são os filhos de Ada.
17 E estes são os filhos de Reuel,
filho de Esaú: o príncipe Naate, o príncipe Zerá,
o príncipe Samá, o príncipe Mizá; estes são
os príncipes de Reuel, na terra de Edom; estes são os filhos
de Basemate, mulher de Esaú.
18 E estes são os filhos de Oolibama,
mulher de Esaú: o príncipe Jeús, o príncipe
Jalão, o príncipe Corá; estes são os príncipes
de Oolibama, filha de Aná e mulher de Esaú.
19 Estes são os filhos de Esaú,
e estes são seus príncipes; ele é Edom.
20 Estes são os filhos de Seir, horeu,
moradores daquela terra: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná,
21 Disom, Eser e Disã; estes são
os príncipes dos horeus, filhos de Seir, na terra de Edom.
22 E os filhos de Lotã foram: Hori
e Homã; e a irmã de Lotã era Timna.
23 Estes são os filhos de Sobal: Alvã,
Manaate, Ebal, Sefô e Onã.
24 E estes são os filhos de Zibeão:
Aiá e Aná; este é o Aná que achou as caldas
no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeão, seu pai.
25 E estes são os filhos de Aná:
Disom e Oolibama, a filha de Aná.
26 E estes são os filhos de Disom:
Hendã, Esbã, Itrã e Querã.
27 Estes são os filhos de Eser: Bilã,
Zaavã e Acã.
28 Estes são os filhos de Disã:
Uz e Arã.
29 Estes são os príncipes dos
horeus: o príncipe Lotã, o príncipe Sobal, o príncipe
Zibeão, o príncipe Aná,
30 o príncipe Disom, o príncipe
Eser, o príncipe Disã; estes são os príncipes
dos horeus, segundo seus príncipes, na terra de Seir.
31 E estes são os reis que reinaram
na terra de Edom, antes que reinasse rei algum sobre os filhos de Israel.
32 Reinou, pois, em Edom Belá, filho
de Beor, e o nome da sua cidade foi Dinabá.
33 E morreu Belá; e Jobabe, filho
de Zerá, de Bozra, reinou em seu lugar.
34 E morreu Jobabe; e Husão, da terra
dos temanitas, reinou em seu lugar.
35 E morreu Husão, e em seu lugar
reinou Hadade, filho de Bedade, o que feriu a Midiã no campo de
Moabe; e o nome da sua cidade foi Avite.
36 E morreu Hadade; e Samlá, de Masreca,
reinou em seu lugar.
37 E morreu Samlá; e Saul, de Reobote
do rio, reinou em seu lugar.
38 E morreu Saul; e Baal-Hanã, filho
de Acbor, reinou em seu lugar.
39 E morreu Baal-Hanã, filho de Acbor;
e Hadar reinou em seu lugar; o nome da sua cidade foi Paú; e o nome
de sua mulher foi Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe.
40 E estes são os nomes dos príncipes
de Esaú, segundo as suas gerações, segundo os seus
lugares, pelos seus nomes: o príncipe Timna, o príncipe Alva,
o príncipe Jetete,
41 o príncipe Oolibama, o príncipe
Elá, o príncipe Pinom,
42 o príncipe Quenaz, o príncipe
Temã, o príncipe Mibzar,
43 o príncipe Magdiel, o príncipe
Irã; estes são os príncipes de Edom, segundo as suas
habitações, na terra da sua possessão; este é
Esaú, pai de Edom.
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Capítulo
37
1 E Jacó habitou na terra das peregrinações
de seu pai, na terra de Canaã.
2 Estas são as gerações
de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas
com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com
os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má
fama deles a seu pai.
3 E Israel amava a José mais do que
a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma
túnica de várias cores.
4 Vendo, pois, seus irmãos que seu
pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e
não podiam falar com ele pacificamente.
5 Sonhou também José um sonho,
que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.
6 E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este
sonho, que tenho sonhado:
7 Eis que estávamos atando molhos
no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava
em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao
meu molho.
8 Então, lhe disseram seus irmãos:
Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás
domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por
seus sonhos e por suas palavras.
9 E sonhou ainda outro sonho, e o contou
a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que
o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
10 E, contando-o a seu pai e a seus irmãos,
repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste?
Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos
perante ti em terra?
11 Seus irmãos, pois, o invejavam;
seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
12 E seus irmãos foram apascentar
o rebanho de seu pai, junto de Siquém.
13 Disse, pois, Israel a José: Não
apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei
a eles. E ele lhe disse: Eis-me aqui.
14 E ele lhe disse: Ora, vai, e vê
como estão teus irmãos e como está o rebanho, e traze-me
resposta. Assim, o enviou do vale de Hebrom, e José veio a Siquém.
15 E achou-o um varão, porque ele
andava errado pelo campo, e perguntou-lhe o varão, dizendo: Que
procuras?
16 E ele disse: Procuro meus irmãos;
dize-me, peço-te, onde eles apascentam.
17 E disse aquele varão: Foram-se
daqui, porque ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã. José, pois,
seguiu seus irmãos e achou-os em Dotã.
18 E viram-no de longe e, antes que chegasse
a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.
19 E disseram uns aos outros: Eis lá
vem o sonhador-mor!
20 Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo
numa destas covas, e diremos: Uma besta-fera o comeu; e veremos que será
dos seus sonhos.
21 E, ouvindo-o Rúben, livrou-o das
suas mãos e disse: Não lhe tiremos a vida.
22 Também lhes disse Rúben:
Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova que está
no deserto e não lanceis mãos nele; para livrá-lo
das suas mãos e para torná-lo a seu pai.
23 E aconteceu que, chegando José
a seus irmãos, tiraram a José a sua túnica, a túnica
de várias cores que trazia.
24 E tomaram-no e lançaram-no na cova;
porém a cova estava vazia, não havia água nela.
25 Depois, assentaram-se a comer pão,
e levantaram os olhos, e olharam, e eis que uma companhia de ismaelitas
vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias, e bálsamo,
e mirra; e iam levar isso ao Egito.
26 Então, Judá disse aos seus
irmãos: Que proveito haverá em que matemos a nosso irmão
e escondamos a {Heb. o seu sangue} sua morte?
27 Vinde, e vendamo-lo a estes ismaelitas;
e não seja nossa mão sobre ele, porque ele é nosso
irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.
28 Passando, pois, os mercadores midianitas,
tiraram, e alçaram a José da cova, e venderam José
por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José
ao Egito.
29 Tornando, pois, Rúben à
cova, eis que José não estava na cova; então, rasgou
as suas vestes,
30 e tornou a seus irmãos, e disse:
O moço não aparece; e, eu, aonde irei?
31 Então, tomaram a túnica
de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue.
32 E enviaram a túnica de várias
cores, e fizeram levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta
túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica
de teu filho.
33 E conheceu-a e disse: É a túnica
de meu filho; uma besta-fera o comeu, certamente foi despedaçado
José.
34 Então, Jacó rasgou as suas
vestes, e pôs pano de saco sobre os seus lombos, e lamentou a seu
filho muitos dias.
35 E levantaram-se todos os seus filhos e
todas as suas filhas, para o consolarem; recusou, porém, ser consolado
e disse: Na verdade, com choro hei de descer ao meu filho até à
sepultura. Assim, o chorou seu pai.
36 E os midianitas venderam-no no Egito a
Potifar, eunuco {ou oficial} de Faraó, capitão da guarda.
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Capítulo
38
1 E aconteceu, no mesmo tempo, que Judá
desceu de entre seus irmãos e entrou na casa de um varão
de Adulão, cujo nome era Hira.
2 E viu Judá ali a filha de um varão
cananeu, cujo nome era Sua; e tomou-a e entrou a ela.
3 E ela concebeu e teve um filho; e chamou
o seu nome Er.
4 E tornou a conceber, e teve um filho, e
chamou o seu nome Onã.
5 E continuou ainda, e teve um filho, e chamou
o seu nome Selá; e ele estava em Quezibe quando ela o teve.
6 Judá, pois, tomou uma mulher para
Er, o seu primogênito; e o seu nome era Tamar.
7 Er, porém, o primogênito de
Judá, era mau aos olhos do SENHOR, pelo que o SENHOR o matou.
8 Então, disse Judá a Onã:
Entra à mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita
semente a teu irmão.
9 Onã, porém, soube que essa
semente não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando entrava
à mulher de seu irmão, derramava-a na terra, para não
dar semente a seu irmão.
10 E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR,
pelo que também o matou.
11 Então, disse Judá a Tamar,
sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá,
meu filho, seja grande. Porquanto disse: Para que, porventura, não
morra também este, como seus irmãos. Assim, foi-se Tamar
e ficou-se na casa de seu pai.
12 Passando-se, pois, muitos dias, morreu
a filha de Sua, mulher de Judá; e, depois, se consolou Judá
e subiu aos tosquiadores das suas ovelhas, em Timna, ele e Hira, seu amigo,
o adulamita.
13 E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que
teu sogro sobe a Timna, a tosquiar as suas ovelhas.
14 Então, ela tirou de sobre si as
vestes da sua viuvez, e cobriu-se com o véu, e disfarçou-se,
e assentou-se à {ou na porta de Enaim} entrada das duas fontes que
estão no caminho de Timna; porque via que Selá já
era grande, e ela lhe não fora dada por mulher.
15 E, vendo-a Judá, teve-a por uma
prostituta; porque ela havia coberto o seu rosto.
16 E dirigiu-se para ela no caminho e disse:
Vem, peço-te, deixa-me entrar a ti. Porquanto não sabia que
era sua nora; e ela disse: Que darás, para que entres a mim?
17 E ele disse: Eu te enviarei um cabrito
do rebanho. E ela disse: Dás-me penhor até que o envies?
18 Então, ele disse: Que penhor é
que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu lenço, {ou cordão}
e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e entrou
a ela; e ela concebeu dele.
19 E ela levantou-se, e foi-se, e tirou de
sobre si o seu véu, e vestiu as vestes da sua viuvez.
20 E Judá enviou o cabrito por mão
do seu amigo, o adulamita, para tomar o penhor da mão da mulher;
porém não a achou.
21 E perguntou aos homens daquele lugar,
dizendo: Onde está a prostituta que estava no caminho junto às
duas fontes? E disseram: Aqui não esteve prostituta alguma.
22 E voltou a Judá e disse: Não
a achei; e também disseram os homens daquele lugar: Aqui não
esteve prostituta.
23 Então, disse Judá: Tome
-o ela, para que porventura não venhamos a cair em desprezo; eis
que tenho enviado este cabrito, mas tu não a achaste.
24 E aconteceu que, quase três meses depois,
deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou e eis que
está pejada do adultério. Então, disse Judá:
Tirai-a fora para que seja queimada.
25 E, tirando-a fora, ela mandou dizer a
seu sogro: Do varão de quem são estas coisas eu concebi.
E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo,
e estes lenços, {ou cordões} e este cajado.
26 E conheceu-os Judá e disse: Mais
justa é ela do que eu, porquanto não a tenho dado a Selá,
meu filho. E nunca mais a conheceu.
27 E aconteceu, ao tempo de dar à
luz, que havia gêmeos em seu ventre.
28 E aconteceu, dando à luz, que um
pôs fora a mão, e a parteira tomou-a e atou em sua mão
um fio roxo, dizendo: Este saiu primeiro.
29 Mas aconteceu que, tornando ele a recolher
a sua mão, eis que saiu o seu irmão; e ela disse: Como tens
tu rompido? Sobre ti é a rotura. E chamaram o seu nome Perez.
30 E depois saiu o seu irmão, em cuja
mão estava o fio roxo; e chamaram o seu nome Zerá.
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Capítulo
39
1 E José foi levado ao Egito, e Potifar,
eunuco {ou oficial} de Faraó, capitão da guarda, varão
egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado
lá.
2 E o SENHOR estava com José, e foi
varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio.
3 Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR
estava com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em sua mão,
4 José achou graça a seus olhos
e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão
tudo o que tinha.
5 E aconteceu que, desde que o pusera sobre
a sua casa e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do
egípcio por amor de José; e a bênção
do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.
6 E deixou tudo o que tinha na mão
de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não
ser do pão que comia. E José era formoso de aparência
e formoso à vista.
7 E aconteceu, depois destas coisas, que
a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te
comigo.
8 Porém ele recusou e disse à
mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há
em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem.
9 Ninguém há maior do que eu
nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és
sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?
10 E aconteceu que, falando ela cada dia
a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela
e estar com ela,
11 sucedeu, num certo dia, que veio à
casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali.
12 E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo:
Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu,
e saiu para fora.
13 E aconteceu que, vendo ela que deixara
a sua veste em sua mão e fugira para fora,
14 chamou os homens de sua casa e falou-lhes,
dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós;
entrou até mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz.
15 E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava
a minha voz e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para
fora.
16 E ela pôs a sua veste perto de si,
até que o seu senhor veio à sua casa.
17 Então, falou-lhe conforme as mesmas
palavras, dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escarnecer
de mim.
18 E aconteceu que, levantando eu a minha
voz e gritando, ele deixou a sua veste comigo e fugiu para fora.
19 E aconteceu que, ouvindo o seu senhor
as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Conforme estas mesmas
palavras me fez teu servo, a sua ira se acendeu.
20 E o senhor de José o tomou e o
entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam
presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.
21 O SENHOR, porém, estava com José,
e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos
do carcereiro-mor.
22 E o carcereiro-mor entregou na mão
de José todos os presos que estavam na casa do cárcere; e
ele fazia tudo o que se fazia ali.
23 E o carcereiro-mor não teve cuidado
de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o SENHOR estava
com ele; e tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava.
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Capítulo
40
1 E aconteceu, depois destas coisas, que
pecaram o copeiro do rei do Egito e o padeiro contra o seu senhor, o rei
do Egito.
2 E indignou-se Faraó muito contra
os seus dois eunucos, contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor.
3 E entregou-os à prisão, na
casa do capitão da guarda, na casa do cárcere, no lugar onde
José estava preso.
4 E o capitão da guarda pô-los
a cargo de José, para que os servisse; e estiveram muitos dias na
prisão.
5 E ambos sonharam um sonho, cada um seu
sonho na mesma noite; cada um conforme a interpretação do
seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam presos na
casa do cárcere.
6 E veio José a eles pela manhã
e olhou para eles, e eis que estavam turbados.
7 Então, perguntou aos eunucos de
Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor,
dizendo: Por que estão, hoje, tristes os vossos semblantes?
8 E eles lhe disseram: Temos sonhado um sonho,
e ninguém há que o interprete. E José disse-lhes:
Não são de Deus as interpretações? Contai-mo,
peço-vos.
9 Então, contou o copeiro-mor o seu
sonho a José e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante
da minha face.
10 E, na vide, três sarmentos, e ela
estava como que brotando; a sua flor saía, e os seus cachos amadureciam
em uvas.
11 E o copo de Faraó estava na minha
mão; e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó,
e dava o copo na mão de Faraó.
12 Então, disse-lhe José: Esta
é a sua interpretação: os três sarmentos são
três dias;
13 dentro ainda de três dias, Faraó
levantará a tua cabeça e te restaurará ao teu estado,
e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume
antigo, quando eras seu copeiro.
14 Porém lembra-te de mim, quando
te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças
menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa;
15 porque, de fato, fui roubado da terra
dos hebreus; e tampouco aqui nada tenho feito, para que me pusessem nesta
cova.
16 Vendo, então, o padeiro-mor que
tinha interpretado bem, disse a José: Eu também sonhava,
e eis que três cestos {ou cestos de pão branco} brancos estavam
sobre a minha cabeça;
17 e, no cesto mais alto, havia de todos
os manjares de Faraó, obra de padeiro; e as aves os comiam do cesto
de sobre a minha cabeça.
18 Então, respondeu José e
disse: Esta é a sua interpretação: os três cestos
são três dias;
19 dentro ainda de três dias, Faraó
levantará a tua cabeça sobre ti e te pendurará num
madeiro, e as aves comerão a tua carne de sobre ti.
20 E aconteceu, ao terceiro dia, o dia do
nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos;
e levantou a cabeça do copeiro-mor e a cabeça do padeiro-mor,
no meio dos seus servos.
21 E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício
de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraó.
22 Mas ao padeiro-mor enforcou, como José
havia interpretado.
23 O copeiro-mor, porém, não
se lembrou de José; antes, se esqueceu dele.
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Capítulo
41
1 E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros,
Faraó sonhou e eis que estava em pé junto ao rio.
2 E eis que subiam do rio sete vacas, formosas
à vista e gordas de carne, e pastavam no prado.
3 E eis que subiam do rio após elas
outras sete vacas, feias à vista e magras de carne, e paravam junto
às outras vacas na praia do rio.
4 E as vacas feias à vista e magras
de carne comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então,
acordou Faraó.
5 Depois, dormiu e sonhou outra vez, e eis
que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas.
6 E eis que sete espigas miúdas e
queimadas do vento oriental brotavam após elas.
7 E as espigas miúdas devoravam as
sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó, e eis
que era um sonho.
8 E aconteceu que, pela manhã, o seu
espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores
do Egito e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus
sonhos, mas ninguém havia que os interpretasse a Faraó.
9 Então, falou o copeiro-mor a Faraó,
dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje.
10 Estando Faraó mui indignado contra
os seus servos e pondo-me sob prisão na casa da guarda, a mim e
ao padeiro-mor,
11 então, sonhamos um sonho na mesma
noite, eu e ele, cada um conforme a interpretação do seu
sonho sonhamos.
12 E estava ali conosco um jovem hebreu,
servo do capitão da guarda, e contamos-lhos, e interpretou-nos os
nossos sonhos, a cada um interpretou conforme o seu sonho.
13 E como ele nos interpretou, assim mesmo
foi feito: a mim me fez tornar ao meu estado, e a ele fez enforcar.
14 Então, enviou Faraó e chamou
a José, e o fizeram sair logo da cova; e barbeou-se, e mudou as
suas vestes, e veio a Faraó.
15 E Faraó disse a José: Eu
sonhei um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti
ouvi dizer que, quando ouves um sonho, o interpretas.
16 E respondeu José a Faraó,
dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta
de paz a Faraó.
17 Então, disse Faraó a José:
Eis que em meu sonho estava eu em pé na praia do rio.
18 E eis que subiam do rio sete vacas gordas
de carne e formosas à vista e pastavam no prado.
19 E eis que outras sete vacas subiam após
estas, muito feias à vista e magras de carne; não tenho visto
outras tais, quanto à fealdade, em toda a terra do Egito.
20 E as vacas magras e feias comiam as primeiras
sete vacas gordas;
21 e entravam em suas entranhas, mas não
se conhecia que houvessem entrado em suas entranhas, porque o seu aspecto
era feio como no princípio. Então, acordei.
22 Depois, vi em meu sonho, e eis que de
um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas.
23 E eis que sete espigas secas, miúdas
e queimadas do vento oriental brotavam após elas.
24 E as sete espigas miúdas devoravam
as sete espigas boas. E eu disse-o aos magos, mas ninguém houve
que mo interpretasse.
25 Então, disse José a Faraó:
O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de
fazer, notificou-o a Faraó.
26 As sete vacas formosas são sete
anos; as sete espigas formosas também são sete anos; o sonho
é um só.
27 E as sete vacas magras e feias à
vista, que subiam depois delas, são sete anos, como as sete espigas
miúdas e queimadas do vento oriental; serão sete anos de
fome.
28 Esta é a palavra que tenho dito
a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
29 E eis que vêm sete anos, e haverá
grande fartura em toda a terra do Egito.
30 E, depois deles, levantar-se-ão
sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra
do Egito, e a fome consumirá a terra;
31 e não será conhecida a abundância
na terra, por causa daquela fome que haverá depois, porquanto será
gravíssima.
32 E o sonho foi duplicado duas vezes a Faraó
é porque esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa
a fazê-la.
33 Portanto, Faraó se proveja agora
de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do
Egito.
34 Faça isso Faraó, e ponha
governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos
sete anos de fartura.
35 E ajuntem toda a comida destes bons anos,
que vêm, e amontoem trigo debaixo da mão de Faraó,
para mantimento nas cidades, e o guardem.
36 Assim, será o mantimento para provimento
da terra, para os sete anos de fome que haverá na terra do Egito;
para que a terra não pereça de fome.
37 E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó
e aos olhos de todos os seus servos.
38 E disse Faraó a seus servos: Acharíamos
um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?
39 Depois, disse Faraó a José:
Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão
inteligente e sábio como tu.
40 Tu estarás sobre a minha casa,
e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu
serei maior que tu.
41 Disse mais Faraó a José:
Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.
42 E tirou Faraó o anel da sua mão,
e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de
linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.
43 E o fez subir no segundo carro que tinha,
e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim, o pôs sobre toda a terra
do Egito.
44 E disse Faraó a José: Eu
sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a
sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.
45 E chamou Faraó o nome de José
Zafenate-Panéia {que significa salvador do mundo} e deu-lhe por
mulher a Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José
por toda a terra do Egito.
46 E José era da idade de trinta anos
quando esteve diante da face de Faraó, rei do Egito. E saiu José
da face de Faraó e passou por toda a terra do Egito.
47 E a terra produziu nos sete anos de fartura
a mãos-cheias.
48 E ajuntou todo o mantimento dos sete anos
que houve na terra do Egito; e guardou o mantimento nas cidades, pondo
nas cidades o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade.
49 Assim, ajuntou José muitíssimo
trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar, porquanto
não havia numeração.
50 E nasceram a José dois filhos (antes
que viesse o ano de fome), que lhe deu Asenate, filha de Potífera,
sacerdote de Om.
51 E chamou José o nome do primogênito
Manassés, {que significa que faz esquecer} porque disse: Deus me
fez esquecer de todo o meu trabalho e de toda a casa de meu pai.
52 E o nome do segundo chamou Efraim, {que
significa duplamente frutífero} porque disse: Deus me fez crescer
na terra da minha aflição.
53 Então, acabaram-se os sete anos
de fartura que havia na terra do Egito,
54 e começaram a vir os sete anos
de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras,
mas em toda a terra do Egito havia pão.
55 E, tendo toda a terra do Egito fome, clamou
o povo a Faraó por pão; e Faraó disse a todos os egípcios:
Ide a José; o que ele vos disser fazei.
56 Havendo, pois, fome sobre toda a terra,
abriu José tudo em que havia mantimento e vendeu aos egípcios;
porque a fome prevaleceu na terra do Egito.
57 E todas as terras vinham ao Egito, para
comprar de José, porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
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Capítulo
42
1 Vendo, então, Jacó que havia
mantimento no Egito, disse Jacó a seus filhos: Por que estais olhando
uns para os outros?
2 Disse mais: Eis que tenho ouvido que há
mantimento no Egito; descei até lá e comprai-nos trigo, para
que vivamos e não morramos.
3 Então, desceram os dez irmãos
de José, para comprarem trigo no Egito.
4 A Benjamim, porém, irmão
de José, não enviou Jacó com os seus irmãos,
porque dizia: Para que lhe não suceda, porventura, algum desastre.
5 Assim, vieram os filhos de Israel para
comprar, entre os que vinham lá; porque havia fome na terra de Canaã.
6 José, pois, era o governador daquela
terra; ele vendia a todo o povo da terra; e os irmãos de José
vieram e inclinaram-se ante ele com a face na terra.
7 E José, vendo os seus irmãos,
conheceu-os; porém mostrou-se estranho para com eles, e falou com
eles asperamente, e disse-lhes: Donde vindes? E eles disseram: Da terra
de Canaã, para comprarmos mantimento.
8 José, pois, conheceu os seus irmãos;
mas eles não o conheceram.
9 Então, José lembrou-se dos
sonhos que havia sonhado deles e disse-lhes: Vós sois espias e viestes
para ver a nudez da terra.
10 E eles lhe disseram: Não, senhor
meu; mas teus servos vieram a comprar mantimento.
11 Todos nós somos filhos de um varão;
somos homens de retidão; os teus servos não são espias.
12 E ele lhes disse: Não; antes, viestes
para ver a nudez da terra.
13 E eles disseram: Nós, teus servos,
somos doze irmãos, filhos de um varão da terra de Canaã;
e eis que o mais novo está com nosso pai, hoje; mas um já
não existe.
14 Então, lhes disse José:
Isso é o que vos tenho dito, dizendo que sois espias.
15 Nisto sereis provados: pela vida de Faraó,
não saireis daqui senão quando vosso irmão mais novo
vier aqui.
16 Enviai um dentre vós, que traga
vosso irmão; mas vós ficareis presos, e vossas palavras serão
provadas, se há verdade convosco; e, se não, pela vida de
Faraó, vós sois espias.
17 E pô-los juntos em guarda três
dias.
18 E, ao terceiro dia, disse-lhes José:
Fazei isso e vivereis, porque eu temo a Deus.
19 Se sois homens de retidão, que
fique um de vossos irmãos preso na casa de vossa prisão;
e, vós, ide, levai trigo para a fome de vossa casa.
20 E trazei-me o vosso irmão mais
novo, e serão verificadas vossas palavras, e não morrereis.
E eles assim fizeram.
21 Então, disseram uns aos outros:
Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia
de sua alma, quando nos rogava; nós, porém, não ouvimos;
por isso, vem sobre nós esta angústia.
22 E Rúben respondeu-lhes, dizendo:
Não vo-lo dizia eu, dizendo: Não pequeis contra o moço?
Mas não ouvistes; e, vedes aqui, o seu sangue também é
requerido.
23 E eles não sabiam que José
os entendia, porque havia intérprete entre eles.
24 E retirou-se deles e chorou. Depois, tornou
a eles, falou-lhes, tomou a Simeão dentre eles e amarrou-o perante
os seus olhos.
25 E ordenou José que enchessem os
seus sacos de trigo, e que lhes restituíssem o seu dinheiro, a cada
um no seu saco, e lhes dessem comida para o caminho; e fizeram-lhes assim.
26 E carregaram o seu trigo sobre os seus
jumentos e partiram dali.
27 E, abrindo um deles o seu saco, para dar
pasto ao seu jumento na venda, viu o seu dinheiro; porque eis que estava
na boca do seu saco.
28 E disse a seus irmãos: Devolveram
o meu dinheiro, e ei-lo mesmo aqui no meu saco. Então, lhes desfaleceu
o coração, e pasmavam, dizendo um ao outro: Que é
isto que Deus nos tem feito?
29 E vieram para Jacó, seu pai, na
terra de Canaã; e contaram-lhe tudo o que lhes aconteceu, dizendo:
30 O varão, o senhor da terra, falou
conosco asperamente e tratou-nos como espias da terra.
31 Mas dissemos-lhe: Somos homens de retidão;
não somos espias;
32 somos doze irmãos, filhos de nosso
pai; um não é mais, e o mais novo está hoje com nosso
pai na terra de Canaã.
33 E aquele varão, o senhor da terra,
nos disse: Nisto conhecerei que vós sois homens de retidão:
deixai comigo um de vossos irmãos, e tomai para a fome de vossas
casas, e parti;
34 e trazei-me vosso irmão mais novo;
assim, saberei que não sois espias, mas homens de retidão;
então, vos darei o vosso irmão, e negociareis na terra.
35 E aconteceu que, despejando eles os seus
sacos, eis que cada um tinha a trouxinha com seu dinheiro no seu saco;
e viram as trouxinhas com seu dinheiro, eles e seu pai, e temeram.
36 Então, Jacó, seu pai, disse-lhes:
Tendes-me desfilhado: José já não existe, e Simeão
não está aqui, e, agora, levareis a Benjamim! Todas estas
coisas vieram sobre mim.
37 Mas Rúben falou a seu pai, dizendo:
Mata os meus dois filhos, se to não tornar a trazer; dá-mo
em minha mão, e to tornarei a trazer.
38 Ele, porém, disse: Não descerá
meu filho convosco, porquanto o seu irmão é morto, e só
ele ficou. Se lhe sucede algum desastre no caminho por onde fordes, fareis
descer minhas cãs com tristeza à sepultura.
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-
Capítulo
43
1 E a fome era gravíssima na terra.
2 E aconteceu que, como acabaram de comer
o mantimento que trouxeram do Egito, disse-lhes seu pai: Tornai, comprai-nos
um pouco de alimento.
3 Mas Judá respondeu-lhe, dizendo:
Fortemente nos protestou aquele varão, dizendo: Não vereis
a minha face, se o vosso irmão não vier convosco.
4 Se enviares conosco o nosso irmão,
desceremos e te compraremos alimento;
5 mas, se não o enviares, não
desceremos, porquanto aquele varão nos disse: Não vereis
a minha face, se o vosso irmão não vier convosco.
6 E disse Israel: Por que me fizestes tal
mal, fazendo saber àquele varão que tínheis ainda
outro irmão?
7 E eles disseram: Aquele varão particularmente
nos perguntou por nós e pela nossa parentela, dizendo: Vive ainda
vosso pai? Tendes mais um irmão? E respondemos-lhe conforme as mesmas
palavras. Podíamos nós saber que diria: Trazei vosso irmão?
8 Então, disse Judá a Israel,
seu pai: Envia o jovem comigo, e levantar-nos-emos e iremos, para que vivamos
e não morramos, nem nós, nem tu, nem os nossos filhos.
9 Eu serei fiador por ele, da minha mão
o requererás; se eu não to trouxer e não o puser perante
a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre.
10 E, se nós não nos tivéssemos
detido, certamente já estaríamos segunda vez de volta.
11 Então, disse-lhes Israel, seu pai:
Pois que assim é, fazei isso; tomai do mais precioso desta terra
em vossos sacos e levai ao varão um presente: um pouco de bálsamo,
um pouco de mel, especiarias, mirra, terebinto e amêndoas. {ou nozes
da pistaceira}
12 E tomai em vossas mãos dinheiro
dobrado; e o dinheiro que tornou na boca dos vossos sacos tornai a levar
em vossas mãos; bem pode ser que fosse erro.
13 Tomai também a vosso irmão,
e levantai-vos, e voltai àquele varão.
14 E Deus Todo-poderoso vos dê misericórdia
diante do varão, para que deixe vir convosco vosso outro irmão,
e Benjamim; e eu, se for desfilhado, desfilhado ficarei.
15 E os varões tomaram aquele presente
e tomaram dinheiro dobrado em suas mãos e a Benjamim; e levantaram-se,
e desceram ao Egito, e apresentaram-se diante da face de José.
16 Vendo, pois, José a Benjamim com
eles, disse ao que estava sobre a sua casa: Leva estes varões à
casa, e mata reses, e prepara tudo; porque estes varões comerão
comigo ao meio-dia.
17 E o varão fez como José
dissera e o varão levou aqueles varões à casa de José.
18 Então, temeram aqueles varões,
porquanto foram levados à casa de José e diziam: Por causa
do dinheiro que da outra vez voltou nos nossos sacos, fomos trazidos aqui,
para nos criminar e cair sobre nós, para que nos tome por servos
e a nossos jumentos.
19 Por isso, chegaram-se ao varão
que estava sobre a casa de José, e falaram com ele à porta
da casa.
20 E disseram: Ai! Senhor meu, certamente
descemos, dantes, a comprar mantimento;
21 e aconteceu que, chegando nós à
venda e abrindo os nossos sacos, eis que o dinheiro de cada varão
estava na boca do seu saco, nosso dinheiro por seu peso; e tornamos a trazê-lo
em nossas mãos.
22 Também trouxemos outro dinheiro
em nossas mãos, para comprar mantimento; não sabemos quem
tenha posto o nosso dinheiro nos nossos sacos.
23 E ele disse: Paz seja convosco, não
temais; o vosso Deus, e o Deus de vosso pai, vos tem dado um tesouro nos
vossos sacos; o vosso dinheiro me chegou a mim. E trouxe-lhes fora a Simeão.
24 Depois, levou o varão aqueles varões
à casa de José e deu-lhes água, e lavaram os seus
pés; também deu pasto aos seus jumentos.
25 E prepararam o presente, para quando José
viesse ao meio-dia; porque tinham ouvido que ali haviam de comer pão.
26 Vindo, pois, José à casa,
trouxeram-lhe ali o presente que estava na sua mão; e inclinaram-se
a ele até à terra.
27 E ele lhes perguntou como estavam e disse:
Vosso pai, o velho de quem falastes, está bem? Ainda vive?
28 E eles disseram: Bem está o teu
servo, nosso pai vive ainda. E abaixaram a cabeça e inclinaram-se.
29 E ele levantou os olhos, e viu a Benjamim,
seu irmão, filho de sua mãe, e disse: Este é o vosso
irmão mais novo, de quem me falastes? Depois, ele disse: Deus te
abençoe, meu filho.
30 E José apressou-se, porque o seu
íntimo moveu-se para o seu irmão; e procurou onde chorar,
e entrou na câmara, e chorou ali.
31 Depois, lavou o rosto e saiu; e conteve-se
e disse: Ponde pão.
32 E puseram-lhe a ele à parte, e
a eles à parte, e aos egípcios que comiam com ele à
parte; porque os egípcios não podem comer pão com
os hebreus, porquanto é abominação para os egípcios.
33 E assentaram-se diante dele, o primogênito
segundo a sua primogenitura e o menor segundo a sua menoridade; do que
os varões se maravilhavam entre si.
34 E apresentou-lhe as porções
que estavam diante dele; porém a porção de Benjamim
era cinco vezes maior do que a de qualquer deles. E eles beberam e se regalaram
com ele.
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Capítulo
44
1 E deu ordem ao que estava sobre a sua casa,
dizendo: Enche de mantimento os sacos destes varões, quanto puderem
levar, e põe o dinheiro de cada varão na boca do seu saco.
2 E o meu copo, o copo de prata, porás
na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez conforme
a palavra de José, que tinha dito.
3 Vinda a luz da manhã, despediram-se
estes varões, eles com os seus jumentos.
4 Saindo eles da cidade e não se havendo
ainda distanciado, disse José ao que estava sobre a sua casa: Levanta-te
e persegue aqueles varões; e, alcançando-os, lhes dirás:
Por que pagastes mal por bem?
5 Não é este o copo por que
bebe meu senhor? E em que ele bem adivinha? Fizestes mal no que fizestes.
6 E alcançou-os e falou-lhes as mesmas
palavras.
7 E eles disseram-lhe: Por que diz meu senhor
tais palavras? Longe estejam teus servos de fazerem semelhante coisa.
8 Eis que o dinheiro que temos achado na
boca dos nossos sacos te tornamos a trazer desde a terra de Canaã;
como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor prata ou ouro?
9 Aquele dos teus servos, com quem for achado,
morra; e ainda nós seremos escravos do meu senhor.
10 E ele disse: Ora, seja também assim
conforme as vossas palavras; aquele com quem se achar será meu escravo,
porém vós sereis desculpados.
11 E eles apressaram-se, e cada um pôs
em terra o seu saco, e cada um abriu o seu saco.
12 E buscou, começando no maior e
acabando no mais novo; e achou-se o copo no saco de Benjamim.
13 Então, rasgaram as suas vestes,
e carregou cada um o seu jumento, e tornaram à cidade.
14 E veio Judá com os seus irmãos
à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se
diante dele em terra.
15 E disse-lhes José: Que é
isto que fizestes? Não sabeis vós que tal homem como eu bem
adivinha?
16 Então, disse Judá: Que diremos
a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniqüidade
de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós
como aquele em cuja mão foi achado o copo.
17 Mas ele disse: Longe de mim que eu tal
faça; o varão em cuja mão o copo foi achado, aquele
será meu servo; porém vós subi em paz para vosso pai.
18 Então, Judá se chegou a
ele e disse: Ai! Senhor meu, deixa, peço-te, o teu servo dizer uma
palavra aos ouvidos de meu senhor, e não se acenda a tua ira contra
o teu servo; porque tu és como Faraó.
19 Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo:
Tendes vós pai ou irmão?
20 E dissemos a meu senhor: Temos um velho
pai e um moço da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é
morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.
21 Então, tu disseste a teus servos:
Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos sobre ele.
22 E nós dissemos a meu senhor: Aquele
moço não poderá deixar a seu pai; se deixar a seu
pai, este morrerá.
23 Então, tu disseste a teus servos:
Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais
vereis a minha face.
24 E aconteceu que, subindo nós a
teu servo, meu pai, e contando-lhe as palavras de meu senhor,
25 disse nosso pai: Tornai, comprai-nos um
pouco de mantimento.
26 E nós dissemos: Não poderemos
descer; mas, se nosso irmão menor for conosco, desceremos; pois
não poderemos ver a face do varão, se este nosso irmão
menor não estiver conosco.
27 Então, disse-nos teu servo, meu
pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois filhos;
28 um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente
foi despedaçado, e não o tenho visto até agora;
29 se agora também tirardes a este
da minha face, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas
cãs com dor à sepultura.
30 Agora, pois, indo eu a teu servo, meu
pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está
atada com a alma dele,
31 acontecerá que, vendo ele que o
moço ali não está, morrerá; e teus servos farão
descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.
32 Porque teu servo se deu por fiador por
este moço para com meu pai, dizendo: Se não to tornar, eu
serei culpado a meu pai todos os dias.
33 Agora, pois, fique teu servo em lugar
deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com
os seus irmãos.
34 Porque como subirei eu a meu pai, se o
moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que
sobrevirá a meu pai.
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Capítulo
45
1 Então, José não se
podia conter diante de todos os que estavam com ele; e clamou: Fazei sair
daqui a todo varão; e ninguém ficou com ele quando José
se deu a conhecer a seus irmãos.
2 E levantou a sua voz com choro, de maneira
que os egípcios o ouviam, e a casa de Faraó o ouviu.
3 E disse José a seus irmãos:
Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não
lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face.
4 E disse José a seus irmãos:
Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele:
Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 Agora, pois, não vos entristeçais,
nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque,
para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa
face.
6 Porque já houve dois anos de fome
no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá
lavoura nem sega.
7 Pelo que Deus me enviou diante da vossa
face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos
em vida por um grande livramento.
8 Assim, não fostes vós que
me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai
de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente {ou governador}
em toda a terra do Egito.
9 Apressai-vos, e subi a meu pai, e dizei-lhe:
Assim tem dito o teu filho José: Deus me tem posto por senhor em
toda a terra do Egito; desce a mim e não te demores.
10 E habitarás na terra de Gósen
e estarás perto de mim, tu e os teus filhos, e os filhos dos teus
filhos, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tudo o que tens.
11 E ali te sustentarei, porque ainda haverá
cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu,
e tua casa, e tudo o que tens.
12 E eis que vossos olhos vêem, e os
olhos de meu irmão Benjamim, que é minha boca que vos fala.
13 E fazei saber a meu pai toda a minha glória
no Egito e tudo o que tendes visto; e apressai-vos a fazer descer meu pai
para cá.
14 E lançou-se ao pescoço de
Benjamim, seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao
seu pescoço.
15 E beijou todos os seus irmãos e
chorou sobre eles; e, depois, seus irmãos falaram com ele.
16 E a nova ouviu-se na casa de Faraó,
dizendo: Os irmãos de José são vindos; e pareceu bem
aos olhos de Faraó e aos olhos de seus servos.
17 E disse Faraó a José: Dize
a teus irmãos: Fazei isto: carregai os vossos animais, e parti,
e tornai à terra de Canaã,
18 e tornai a vosso pai e a vossas famílias,
e vinde a mim; e eu vos darei o melhor da terra do Egito, e comereis a
fartura da terra.
19 A ti, pois, é ordenado; fazei isto:
tomai vós da terra do Egito carros para vossos meninos, para vossas
mulheres e para vosso pai e vinde.
20 E não vos pese coisa alguma das
vossas alfaias; porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso.
21 E os filhos de Israel fizeram assim. E
José deu-lhes carros, conforme o mandado de Faraó; também
lhes deu comida para o caminho.
22 A todos lhes deu, a cada um, mudas de
vestes; mas a Benjamim deu trezentas peças de prata e cinco mudas
de vestes.
23 E a seu pai enviou semelhantemente dez
jumentos carregados do melhor do Egito, e dez jumentos carregados de trigo,
e pão, e comida para seu pai, para o caminho.
24 E despediu os seus irmãos, e partiram;
e disse-lhes: Não contendais pelo caminho.
25 E subiram do Egito e vieram à terra
de Canaã, a Jacó, seu pai.
26 Então, lhe anunciaram, dizendo:
José ainda vive e ele também é regente em toda a terra
do Egito. E o seu coração desmaiou, porque não os
acreditava.
27 Porém, havendo-lhe eles contado
todas as palavras de José que ele lhes falara, e vendo ele os carros
que José enviara para levá-lo, reviveu o espírito
de Jacó, seu pai.
28 E disse Israel: Basta; ainda vive meu
filho José; eu irei e o verei antes que eu morra.
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Capítulo
46
1 E partiu Israel com tudo quanto tinha,
e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaque, seu
pai.
2 E falou Deus a Israel em visões,
de noite, e disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui.
3 E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai;
não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.
4 E descerei contigo ao Egito e certamente
te farei tornar a subir; e José porá a sua mão sobre
os teus olhos.
5 Então, levantou-se Jacó de
Berseba; e os filhos de Israel levaram Jacó, seu pai, e seus meninos,
e as suas mulheres, nos carros que Faraó enviara para o levar.
6 E tomaram o seu gado e a sua fazenda que
tinham adquirido na terra de Canaã e vieram ao Egito, Jacó
e toda a sua semente com ele.
7 Os seus filhos, e os filhos de seus filhos
com ele, as suas filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua semente
levou consigo ao Egito.
8 E estes são os nomes dos filhos
de Israel, que vieram ao Egito, Jacó e seus filhos: Rúben,
o primogênito de Jacó,
9 e os filhos de Rúben: Enoque, e
Palu, e Hezrom, e Carmi.
10 E os filhos de Simeão: Jemuel,
e Jamim, e Oade, e Jaquim, e Zoar, e Saul, filho de uma mulher cananéia.
11 E os filhos de Levi: Gérson, Coate
e Merari.
12 E os filhos de Judá: Er, e Onã,
e Selá, e Perez, e Zerá. Er e Onã, porém, morreram
na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Esrom e Hamul.
13 E os filhos de Issacar: Tola, e Puva,
e Jó, e Sinrom.
14 E os filhos de Zebulom: Serede, e Elom,
e Jaleel.
15 Estes são os filhos de Léia,
que deu a Jacó em Padã-Arã, com Diná, sua filha;
todas as almas de seus filhos e de suas filhas foram trinta e três.
16 E os filhos de Gade: Zifiom, e Hagi, e
Suni, e Esbom, e Eri, e Arodi, e Areli.
17 E os filhos de Aser: Imna, e Isvá,
e Isvi, e Berias, e Será, a irmã deles; e os filhos de Berias:
Héber e Malquiel.
18 Estes são os filhos de Zilpa, a
qual Labão deu à sua filha Léia e que deu a Jacó
estas dezesseis almas.
19 Os filhos de Raquel, mulher de Jacó:
José e Benjamim.
20 E nasceram a José na terra do Egito
Manassés e Efraim, que lhe deu Asenate, filha de Potífera,
sacerdote de Om.
21 E os filhos de Benjamim: Belá,
e Bequer, e Asbel, e Gera, e Naamã, e Eí, e Rôs, e
Mupim, e Hupim, e Arde.
22 Estes são os filhos de Raquel,
que nasceram a Jacó, ao todo catorze almas.
23 E o filho de Dã: Husim.
24 E os filhos de Naftali: Jazeel, e Guni,
e Jezer, e Silém.
25 Estes são os filhos de Bila, a
qual Labão deu à sua filha Raquel e que deu estes a Jacó;
todas as almas foram sete.
26 Todas as almas que vieram com Jacó
ao Egito, que descenderam dele, fora as mulheres dos filhos de Jacó,
todas foram sessenta e seis almas.
27 E os filhos de José, que lhe nasceram
no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram
ao Egito, foram setenta.
28 E Jacó enviou Judá diante
da sua face a José, para o encaminhar a Gósen; e chegaram
à terra de Gósen.
29 Então, José aprontou o seu
carro e subiu ao encontro de Israel, seu pai, a Gósen. E, mostrando-se-lhe,
lançou-se ao seu pescoço e chorou sobre o seu pescoço,
longo tempo.
30 E Israel disse a José: Morra eu
agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives.
31 Depois, disse José a seus irmãos
e à casa de seu pai: Eu subirei, e anunciarei a Faraó, e
lhe direi: Meus irmãos e a casa de meu pai, que estavam na terra
de Canaã, vieram a mim.
32 E os varões são pastores
de ovelhas, porque são homens de gado, e trouxeram consigo as suas
ovelhas, e as suas vacas, e tudo o que têm.
33 Quando, pois, acontecer que Faraó
vos chamar e disser: Qual é o vosso negócio? {ou ocupação}
34 Então, direis: Teus servos foram
homens de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto nós
como os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque
todo o pastor de ovelhas é abominação para os egípcios.
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Capítulo
47
1 Então, veio José, e anunciou
a Faraó, e disse: Meu pai, e os meus irmãos, e as suas ovelhas,
e as suas vacas, com tudo o que têm, chegaram da terra de Canaã,
e eis que estão na terra de Gósen.
2 E tomou uma parte de seus irmãos,
a saber, cinco varões, e os pôs diante de Faraó.
3 Então, disse Faraó a seus
irmãos: Qual é o vosso negócio? E eles disseram a
Faraó: Teus servos são pastores de ovelhas, tanto nós
como nossos pais.
4 Disseram mais a Faraó: Viemos para
peregrinar nesta terra; porque não há pasto para as ovelhas
de teus servos, porquanto a fome é grave na terra de Canaã;
agora, pois, rogamos-te que teus servos habitem na terra de Gósen.
5 Então, falou Faraó a José,
dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti.
6 A terra do Egito está diante da
tua face; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos;
habitem na terra de Gósen; e, se sabes que entre eles há
homens valentes, {ou aptos} os porás por maiorais do gado, sobre
o que eu tenho.
7 E trouxe José a Jacó, seu
pai, e o pôs diante de Faraó; e Jacó abençoou
a Faraó.
8 E Faraó disse a Jacó: Quantos
são os dias dos anos de tua vida?
9 E Jacó disse a Faraó: Os
dias dos anos das minhas peregrinações são cento e
trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida e não
chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais, nos dias das suas peregrinações.
10 E Jacó abençoou a Faraó
e saiu de diante da face de Faraó.
11 E José fez habitar a seu pai e
seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor
da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara.
12 E José sustentou de pão
a seu pai, e a seus irmãos, e a toda a casa de seu pai, segundo
as suas famílias.
13 E não havia pão em toda
a terra, porque a fome era mui grave; de maneira que a terra do Egito e
a terra de Canaã desfaleciam por causa da fome.
14 Então, José recolheu todo
o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã, pelo
trigo que compravam; e José trouxe o dinheiro à casa de Faraó.
15 Acabando-se, pois, o dinheiro na terra
do Egito e na terra de Canaã, vieram todos os egípcios a
José, dizendo: Dá-nos pão; por que morreremos em tua
presença? Porquanto o dinheiro nos falta.
16 E José disse: Dai o vosso gado,
e eu vo-lo darei por vosso gado, se falta o dinheiro.
17 Então, trouxeram o seu gado a José;
e José deu-lhes pão em troca de cavalos, e das ovelhas, e
das vacas, e dos jumentos; e os sustentou de pão aquele ano por
todo o seu gado.
18 E, acabado aquele ano, vieram a ele no
segundo ano e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu senhor que o
dinheiro é acabado, e meu senhor possui os animais; nenhuma outra
coisa nos ficou diante da face de meu senhor, senão o nosso corpo
e a nossa terra.
19 Por que morreremos diante dos teus olhos,
tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e à
nossa terra por pão, e nós e a nossa terra seremos servos
de Faraó; dá semente para que vivamos e não morramos,
e a terra não se desole.
20 Assim, José comprou toda a terra
do Egito para Faraó, porque os egípcios venderam cada um
o seu campo, porquanto a fome era extrema sobre eles; e a terra ficou sendo
de Faraó.
21 E, quanto ao povo, fê-lo passar
às cidades, desde uma extremidade da terra do Egito até à
outra extremidade.
22 Somente a terra dos sacerdotes não
a comprou, porquanto os sacerdotes tinham porção de Faraó
e eles comiam a sua porção que Faraó lhes tinha dado;
por isso, não venderam a sua terra.
23 Então, disse José ao povo:
Eis que hoje vos tenho comprado a vós e a vossa terra para Faraó;
eis aí tendes semente para vós, para que semeeis a terra.
24 Há de ser, porém, que das
colheitas dareis o quinto a Faraó, e as quatro partes serão
vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento, e dos que estão
nas vossas casas, e para que comam vossos meninos.
25 E disseram: A vida nos tens dado; achemos
graça aos olhos de meu senhor e seremos servos de Faraó.
26 José, pois, pôs isto por
estatuto, até ao dia de hoje, sobre a terra do Egito: que Faraó
tirasse o quinto; só a terra dos sacerdotes não ficou sendo
de Faraó.
27 Assim, habitou Israel na terra do Egito,
na terra de Gósen, e nela tomaram possessão, e frutificaram,
e multiplicaram-se muito.
28 E Jacó viveu na terra do Egito
dezessete anos; de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida,
foram cento e quarenta e sete anos.
29 Chegando-se, pois, o tempo da morte de
Israel, chamou a José, seu filho, e disse-lhe: Se agora tenho achado
graça aos teus olhos, rogo-te que ponhas a tua mão debaixo
da minha coxa, e usa comigo de beneficência e verdade; rogo-te que
me não enterres no Egito,
30 mas que eu jaza com os meus pais; por
isso, me levarás do Egito e me sepultarás na sepultura deles.
E ele disse: Farei conforme a tua palavra.
31 E disse ele: Jura-me. E ele jurou-lhe;
e Israel inclinou-se sobre a cabeceira da cama.
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-
Capítulo
48
1 E aconteceu, depois destas coisas, que
disseram a José: Eis que teu pai está enfermo. Então,
tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e Efraim.
2 E um deu parte a Jacó e disse: Eis
que José, teu filho, vem a ti. E esforçou-se Israel e assentou-se
sobre a cama.
3 E Jacó disse a José: O Deus
Todo-poderoso me apareceu em Luz, na terra de Canaã, e me abençoou,
4 e me disse: Eis que te farei frutificar
e multiplicar, e te porei por multidão de povos, e darei esta terra
à tua semente depois de ti, em possessão perpétua.
5 Agora, pois, os teus dois filhos, que te
nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são
meus; Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão.
6 Mas a tua geração, que gerarás
depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão
chamados na sua herança.
7 Vindo, pois, eu de Padã, me morreu
Raquel na terra de Canaã, no caminho, quando ainda ficava um pequeno
espaço de terra para vir a Efrata; e eu a sepultei ali, no caminho
de Efrata, que é Belém.
8 E Israel viu os filhos de José e
disse: Quem são estes?
9 E José disse a seu pai: Eles são
meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-mos
aqui, para que os abençoe.
10 Os olhos, porém, de Israel eram
carregados de velhice, já não podia ver bem; e fê-los
chegar a ele, e beijou-os e abraçou-os.
11 E Israel disse a José: Eu não
cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também.
12 Então, José os tirou de
seus joelhos e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 E tomou José a ambos, a Efraim
na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manassés
na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los
chegar a ele.
14 Mas Israel estendeu a sua mão direita
e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o menor, e
a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas
mãos avisadamente, ainda que Manassés era o primogênito.
15 E abençoou a José e disse:
O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque,
o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia,
16 o Anjo que me livrou {ou remiu} de todo
o mal, abençoe estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome e
o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem-se, como peixes
em multidão, no meio da terra.
17 Vendo, pois, José que seu pai punha
a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus
olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça
de Efraim à cabeça de Manassés.
18 E José disse a seu pai: Não
assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a
tua mão direita sobre a sua cabeça.
19 Mas seu pai o recusou e disse: Eu o sei,
filho meu, eu o sei; também ele será um povo e também
ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior
que ele, e a sua semente será uma multidão {Heb. plenitude}
de nações.
20 Assim, os abençoou naquele dia,
dizendo: Em ti Israel abençoará, dizendo: Deus te ponha como
a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés.
21 Depois, disse Israel a José: Eis
que eu morro, mas Deus será convosco e vos fará tornar à
terra de vossos pais.
22 E eu te tenho dado a ti um pedaço
de terra mais que a teus irmãos, o qual tomei com a minha espada
e com o meu arco da mão dos amorreus.
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Capítulo
49
1 Depois, chamou Jacó a seus filhos
e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer
nos derradeiros dias;
2 ajuntai-vos e ouvi, filhos de Jacó;
e ouvi a Israel, vosso pai:
3 Rúben, tu és meu primogênito,
minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente
em alteza e o mais excelente em poder.
4 Inconstante como a água, não
serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então,
o contaminaste; subiste à minha cama.
5 Simeão e Levi são irmãos;
as suas espadas são instrumentos de violência.
6 No seu secreto conselho, não entre
minha alma; com a sua congregação, minha glória não
se ajunte; porque, no seu furor, mataram varões e, na sua teima,
arrebataram bois.
7 Maldito seja o seu furor, pois era forte,
e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó e os espalharei
em Israel.
8 Judá, a ti te louvarão os
teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço
de seus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
9 Judá é um leãozinho;
da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como um leão
e como um leão velho; quem o despertará?
10 O cetro não se arredará
de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que
venha Siló; e a ele se {ou obedecerão} congregarão
os povos.
11 Ele amarrará o seu jumentinho à
vide e o filho da sua jumenta, à cepa mais excelente; ele lavará
a sua veste no vinho e a sua capa, em sangue de uvas.
12 Os olhos serão vermelhos de vinho,
e os dentes, brancos de leite.
13 Zebulom habitará no porto dos mares
e será como porto dos navios; e o seu termo será em Sidom.
14 Issacar é jumento de fortes ossos,
deitado {ou pousado entre os currais} entre dois fardos.
15 E viu ele que o descanso era bom e que
a terra era deliciosa, e abaixou o seu ombro para acarretar, e serviu debaixo
de tributo.
16 Dã julgará o seu povo, como
uma das tribos de Israel.
17 Dã será serpente junto ao
caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares
do cavalo e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
18 A tua salvação espero, ó
SENHOR!
19 Quanto a Gade, uma tropa o acometerá;
mas ele a acometerá por fim.
20 De Aser, o seu pão será
abundante e ele dará delícias reais.
21 Naftali é uma cerva solta; ele
dá palavras formosas.
22 José é um ramo frutífero,
ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.
23 Os flecheiros lhe deram amargura, e o
flecharam, e o aborreceram. {ou perseguiram}
24 O seu arco, porém, susteve-se no
forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas
mãos do Valente de Jacó (donde é o Pastor e a Pedra
de Israel),
25 pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará,
e pelo Todo-poderoso, o qual te abençoará com bênçãos
dos céus de cima, com bênçãos do abismo que
está debaixo, com bênçãos dos peitos e da madre.
26 As bênçãos de teu
pai excederão as bênçãos de meus pais, até
à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a
cabeça de José e sobre o alto da cabeça do que foi
separado de seus irmãos.
27 Benjamim é lobo que despedaça;
pela manhã, comerá a presa e, à tarde, repartirá
o despojo.
28 Todas estas são as doze tribos
de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou;
a cada um deles abençoou segundo a sua bênção.
29 Depois, ordenou-lhes e disse-lhes: Eu
me congrego ao meu povo; sepultai-me, com meus pais, na cova que está
no campo de Efrom, o heteu,
30 na cova que está no campo de Macpela,
que está em frente de Manre, na terra de Canaã, a qual Abraão
comprou com aquele campo de Efrom, o heteu, por herança de sepultura.
31 Ali, sepultaram Abraão e Sara,
sua mulher; ali, sepultaram Isaque e Rebeca, sua mulher; e, ali, eu sepultei
Léia.
32 O campo e a cova que está nele
foram comprados aos filhos de Hete.
33 Acabando, pois, Jacó de dar mandamentos
a seus filhos, encolheu os seus pés na cama, e expirou, e foi congregado
ao seu povo.
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-
Capítulo
50
-
1 Então, José se lançou
sobre o rosto de seu pai, e chorou sobre ele, e o beijou.
2 E José ordenou aos seus servos,
os médicos, que embalsamassem o seu pai; e os médicos embalsamaram
Israel.
3 E cumpriram-se-lhe quarenta dias, porque
assim se cumprem os dias daqueles que se embalsamam; e os egípcios
o choraram setenta dias.
4 Passados os dias de seu choro, falou José
à casa de Faraó, dizendo: Se agora tenho achado graça
aos vossos olhos, rogo-vos que faleis aos ouvidos de Faraó, dizendo:
5 Meu pai me fez jurar, dizendo: Eis que
eu morro; em meu sepulcro, que cavei para mim na terra de Canaã,
ali me sepultarás. Agora, pois, te peço, que eu suba, para
que sepulte o meu pai; então, voltarei.
6 E Faraó disse: Sobe e sepulta o
teu pai, como ele te fez jurar.
7 E José subiu para sepultar o seu
pai; e subiram com ele todos os servos de Faraó, os anciãos
da sua casa e todos os anciãos da terra do Egito,
8 como também toda a casa de José,
e seus irmãos, e a casa de seu pai; somente deixaram na terra de
Gósen os seus meninos, e as suas ovelhas, e as suas vacas.
9 E subiram também com ele tanto carros
como gente a cavalo; e o concurso foi grandíssimo.
10 Chegando eles, pois, à eira {ou
eira de Atade} do espinhal, que está além do Jordão,
fizeram um grande e gravíssimo pranto; e fez a seu pai um grande
pranto por sete dias.
11 E, vendo os moradores da terra, os cananeus,
o luto na eira do espinhal, disseram: É este o pranto grande dos
egípcios. Por isso, chamou-se o seu nome Abel-Mizraim, que está
além do Jordão.
12 E fizeram-lhe os seus filhos assim como
ele lhes ordenara,
13 pois os seus filhos o levaram à
terra de Canaã e o sepultaram na cova do campo de Macpela, que Abraão
tinha comprado com o campo, por herança de sepultura, a Efrom, o
heteu, em frente de Manre.
14 Depois, tornou José para o Egito,
ele, e seus irmãos, e todos os que com ele subiram a sepultar o
seu pai, depois de haver sepultado o seu pai.
15 Vendo, então, os irmãos
de José que o seu pai já estava morto, disseram: Porventura,
nos aborrecerá José e nos pagará certamente todo o
mal que lhe fizemos.
16 Portanto, enviaram a José, dizendo:
Teu pai mandou, antes da sua morte, dizendo:
17 Assim direis a José: Perdoa, rogo-te,
a transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram
mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos
do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam.
18 Depois, vieram também seus irmãos,
e prostraram-se diante dele, e disseram: Eis-nos aqui por teus servos.
19 E José lhes disse: Não temais;
porque, porventura, estou eu em lugar de Deus?
20 Vós bem intentastes mal contra
mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste
dia, para conservar em vida a um povo grande.
21 Agora, pois, não temais; eu vos
sustentarei a vós e a vossos meninos. Assim, os consolou e falou
segundo o coração deles.
22 José, pois, habitou no Egito, ele
e a casa de seu pai; e viveu José cento e dez anos.
23 E viu José os filhos de Efraim,
da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho
de Manassés, nasceram sobre os joelhos de José.
24 E disse José a seus irmãos:
Eu morro, mas Deus certamente vos visitará e vos fará subir
desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.
25 E José fez jurar os filhos de Israel,
dizendo: Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar os
meus ossos daqui.
26 E morreu José da idade de cento
e dez anos; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito.
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