Deveis buscar os vossos sonhos.
E não os deveis buscar como meras fantasias, mas como coisas que podereis alcançar. Pois de tudo sereis capazes, desde que nesta verdade acrediteis.
Sabei, entretanto, que jamais alcançareis os vossos sonhos.
Podeis, apenas, transformá-los em realidades; e, então, vereis que não são como os sonhastes. Porque nenhuma realidade pode ser igual a um sonho.
Os sonhos são como as nuvens, e a realidade é a água da qual são formadas. E os sonhos são como as cores, que se transformam ao serem aplicadas sobre a tela da realidade.
Assim, embora possais voar entre as nuvens, jamais podereis tomar uma sequer entre as vossas mãos; e nenhuma cor, quando espalhada sobre a tela, será como a imaginastes.
Os vossos sonhos hão de sempre residir no amanhã, enquanto a realidade é o hoje onde viveis.
E é bom que assim seja, pois estareis vivos enquanto sonhardes. Um homem só começa a morrer quando não mais é capaz de sonhar; o que chamais de morte, não é senão a partida para novos sonhos.
Em verdade, eu vos digo que sonhais a vossa vida. E não o sois capazes de perceber, porque vos julgais presos à realidade.
Deixai, entretanto, que eu vos pergunte: quantas vezes, julgastes realizado um sonho? E vos desiludistes, ao perceber que se tornara real?
São os vossos sonhos, que vos permitem suportar a realidade. E é a realidade que faz nascer os vossos sonhos. Assim, eis que uns e outra se entrelaçam e compõem a sinfonia das vossas vidas.
Para cada realidade que vos faça sofrer, sempre haverá um sonho que traga o sorriso de volta ao vosso coração. E, sempre que um sonho vos quiser absorver, a realidade cuidará de trazer-vos de volta ao mundo onde estais.
Pois a realidade é a dimensão dos vossos corpos, enquanto os sonhos representam a liberdade do vosso verdadeiro Eu. Por isto, vos dividis entre ambos.
Como os vossos pés caminham sobre a terra, enquanto os vossos olhos podem percorrer o céu.
