Pergunta

Os Sacramentos s�o Mandamentos divinos , Leis divinas , ou Leis eclesi�sticas ?

Resposta :

Os Sacramentos s�o Mandamentos da Nova Lei , da Lei Evang�lica , diferem , por completo , dos sacramentos jud�icos , porque efetivamnte portam a gra�a divina , ou seja , Deus est� presente , atuando e santificando ; tornando dignos Dele , determinados aspectos da nossa vida , a partir da santifica��o inicial da alma humana , que ocorre no batismo , quando adquirimos as virtudes espirituais , superando a restri��o criada pelo pecado original.

Os sacramentos pr�-crist�os n�o tinham esse poder porque dependiam da Gra�a a ser alcan�ada com a obra da Reden��o operada exclusivamente com a morte e ressurrei��o de Cristo .

Jesus institui todos os sete sacramentos , explicou o seu significado aos ap�stolos e disc�pulos , afirmou a necessidade dos mesmos para a nossa justifica��o e santifica��o crescentes na gra�a . Os sacramentos s�o , portanto , ensinamentos de Deus , constituem doutrina revelada , e servem para que mais ensinamentos nos sejam transmitidos , tal a infinitude do saber divino.

S�o Mandamentos divinos confirmados pela Igreja de modo solene , ou seja infalivelmente.

Nem todos os sacramentos s�o necess�rios para uma pessoa individualmente , mas , em seu conjunto , todos os sacramentos s�o necess�rios . Alguns sacramentos n�o podem ser novamente celebrados. Tais como : o batismo , a crisma , a ordem e o matrim�nio ( exceto em caso de morte )

A Igreja � a �nica institui��o autorizada por Cristo , a ministrar os sacramentos . Ela pr�pria � um sacramento , e vive pelos sacramentos que celebra.

Os sacramentos s�o verdades de f� de cren�a e pr�tica obrigat�rias para todos os crist�os .

No Credo Niceno Constantinopolitano confessamos o poder de Deus para perdoar os pecados , e para conferir a vida eterna ; conquistada atrav�s dos sacramentos . Os sacramentos prolongam o sacerd�cio de Cristo entre os homens , at� o fim dos tempos .

Nos sacramentos Deus est� unido e atuando na alma humana.

Nos sacramentos ocorre a comunh�o entre a vida divina e a vida humana , ponto m�ximo da nossa exist�ncia e do nosso ser.

Quando Deus nos santifica Ele age para a Sua Gl�ria . Quando Ele transforma as faculdades da nossas almas , purificando-as do pecado e tornando viva as virtudes teologais e cardeais , Ele comunica a Sua Justi�a infinta e perfeita aos homens , porque essa comunica��o ocorre eternamente Nele , na rela��o existente na Trindade Divina que O constitui.

O que acontece nas nossas almas � uma verdade eterna para Deus na Sua pr�pria iman�ncia . Deus n�o necessita crescer na santidade e na justi�a , mas a Igreja e as nossas almas est�o obrigadas a crescer sempre , tirando sua nutri��o espiritual da fonte infinita da santidade que � Deus . Crescemos na gra�a at� o fim , porque a gra�a de Deus � infinita e sempre exceder� a capacidade dos homens para alcan��-la.

Para vivermos a vida eterna , precisamos ser dignos da Trindade que vive em n�s . Por isso o pecado � uma afronta a Deus , � sua grandeza e perfei��o , e a n�s mesmos , porque nos desorienta e diminui o fervor da caridade em nossas almas.

Os sacramentos sofreram ao longo da hist�ria , processos de modifica��o , segundo as determina��es eclesi�sticas . Isto porque nem tudo sobre os sacramentos foi definido por Jesus , muitas quest�es correlatas ficaram abertas , para serem decididas pelo magist�rio eclesi�stico , sob a assis�ncia do Esp�rito Santo.

Em outras palavras , Deus auxiliou a Igreja a definir outros aspectos referentes aos sacramentos , seja em termos dogm�ticos ou em termos n�o dogm�ticos .

A Igreja dita Ortodoxa , na verdade , cism�tica , apresenta uma organiza��o diferente dos sacramentos. A primeira comunh�o e a crisma s�o ministradas simultaneamente com o batismo ainda na fase de beb�.O batismo s� � v�lido por imers�o . N�o existem obras de penit�ncia ap�s a confiss�o . O casamento pode ser anulado em caso de adult�rio .

Para identificarmos os aspectos que sofreram c�mbio no �mbito cat�lico , � interessante consultar os documentos dos primeiros conc�lios da Igreja .

As defini��es do Conc�lio Ecum�nico Tridentino sobre os sacramentos s�o rigorosamente dogm�ticas , est�o expressas na forma de an�tema , detalhadamente .

Importante ressaltar que na sua ess�ncia os sacramentos n�o sofreram altera��es , permanecem com o mesmo significado eterno que o Cristo lhes conferiu. Os aspectos que podem ser modificados s�o aspectos n�o essenciais ou n�o dogm�ticos.

Os sacramentos s�o sinais vis�veis , acess�veis aos homens , da gra�a divina . Ou seja s�o a��es de Deus , do Esp�rito Santo , na alma humana , a��es cuja origem � a infinita miseric�rdia divina , cuja causa instrumental � o pr�prio sacramento ( forma e mat�ria ) , e cujo fim � a glorifica��o de Deus . A causa formal dos sacramentos � a justi�a divina que torna tudo justo como o Pai .

S�o , por conseguinte , a��es de Deus para Deus , e , simultaneamente , santificam e justificam , os homens , para que glorifiquem a Deus . Para que sejam express�es da justi�a e da santidade divina . Para quem sejam eternamente agrad�veis e agradecidos a Deus pela justi�a alcan�ada e pela possibilidade da vida eterna junto ao Pai.