Prof. Everton Jobim

Consequ�ncias do pecado original , cometido livre e conscientemente , por Ad�o e Eva :

- o pecado e a morte entraram no mundo .

- o homem perdeu a gra�a , a justi�a e a santidade que desfrutava .

- a alma perdeu a soberania permanente sobre o corpo. Criou-se uma desordem nos sentidos.

- o homem ficou vulner�vel ao mal e ao sofrimento ; tornando-se mortal. Precisou trabalhar para viver.

Pacto divino com o homem deca�do

- Deus ofereceu a lei como forma de mostrar o reto caminho e as consequ�ncias nefastas de n�o segui-lo.

- Foram tornados necess�rios os sacrificios imperfeitos para aplacar a ira divina.

- O valor desses sacrif�cios rudimentares estava em fun��o da obra redentora do Cristo. Eram obras absolutamente necess�rias at� o sacrificio definitivo e perfeito do Cristo - porque foram institu�das por Deus . A raz�o de ser dessas obras era compensar o fato de o homem estar apartado da plenitude do amor divino , atrav�s de manifesta��es peri�dicas desse amor , ainda preservado pela miseric�rdia de Deus e pelo arrependimento do pr�prio homem .

- Estes sacrif�cios lembravam que a morte entrou no mundo por conta do pecado , e tamb�m que com a morte sacrificial , voltava-se a Deus. Reconhecendo , assim, a Sua soberania sobre toda a realidade criada ; aplacando-O em Sua ira em rela��o aos homens.

Os objetivos do sacrif�cio ap�s a queda do homem :

- adorar a Deus.

- agradecer as gra�as recebidas .

- pedir o perd�o dos pecados .

- pedir sua b�n��o .

O objetivo comum era expiar os pecados pessoais dos homens e aplacar a ira divina .

O Sacrif�cio no Antigo Testamento

Ad�o

"E tornou Ad�o a conhecer a sua mulher; e ela deu � luz um filho, e chamou o seu nome Sete ; porque , disse ela , Deus me deu outro filho em lugar de Abel ; porquanto Caim o matou. E a Sete tamb�m nasceu um filho ; e chamou o seu nome Enos ; ent�o se come�ou a invocar o nome do Senhor." Gen 4:25-26

Abel

" E Abel tamb�m trouxe dos primog�nitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta." Gn 4:4

No�

" E edificou No� um altar ao Senhor ; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar." Gn 8:20

Abra�o

" E apareceu o Senhor a Abr�o, e disse: � tua descend�ncia darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor , que lhe aparecera." Gn 12:7

Jac�

Ent�o disse Jac� � sua fam�lia, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que h� no meio de v�s, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha ang�stia, e que foi comigo no caminho que tenho andado. " Gn 35:2-3

Instru��es

"O altar do holocausto (ofertas queimadas) , e o crivo de bronze, os seus varais, e todos os seus pertences, a pia e a sua base." �x 35:16

" Depois tomar�s do sangue do novilho, e o por�s com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramar�s � base do altar." �x 29:12

" Depois degolar� o bezerro perante o Senhor ; e os filhos de Ar�o, os sacerdotes , oferecer�o o sangue, e espargir�o o sangue em redor sobre o altar que est� diante da porta da tenda da congrega��o." Lv 1:5

Na lei mos�ica havia os seguintes sacrif�cios sangrentos :

* O sacrif�cio de latria (holocausto).

A v�tima era totalmente consumida no fogo , em reconhecimento ao absoluto dom�nio de Deus ; prestando-Lhe , assim , o culto de latria ou adora��o. O fogo era o s�mbolo da presen�a e do poder infinito de Deus , jamais podia ser apagado. A v�tima queimada no altar era um simbolo da humanidade pecadora. Sem o sacrif�cio cruento n�o havia perd�o dos pecados.

* O sacrif�cio de impetra��o (h�stias pac�ficas) .

Esta h�stia eucar�stica , impetrat�ria , era oferecida para agradecer a Deus por todos os bens recebidos , e pedir-lhe gra�as diversas.

* O sacrif�cio de propicia��o pelo pecado foi institu�do para expiar as faltas cometidas e obter o perd�o. Era oferecido por leigos e pelos sacerdotes . Quando oferecido pela na��o , al�m de se retirar o sangue das v�timas no Santo , sobre o altar dos perfumes e dos holocaustos , faziam-no no Santo dos Santos , tal como o sangue de Cristo se apresentaria ao c�u ; abrindo suas portas.

Cristo entrou em um altar vivo e n�o em um altar de pedras como diz S�o Paulo na Ep�stola aos Hebreus. Ele � o nosso novo Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquideque. Somos libertos com Cristo , por Cristo e em Cristo ; Ele abre as portas do c�u e Ele � a Porta aberta para todos os homens !

Cada uma destas obla��es eram figuras da obra futura e definitiva do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e reconcilia o homem com Deus .

Santo dos Santos

Era um compartimento do Templo , onde se encontravam o altar de ouro para o incenso , e a arca da alian�a , recoberta de ouro , na qual havia uma urna de ouro que continha o man�, o bast�o de Aar�o, que tinha brotado, e as t�buas da alian�a. Somente o sumo sacerdote, uma vez por ano, no Dia da Expia��o , levando o sangue que ele oferecia por seus pecados e pelos pecados que o povo cometera por ignor�ncia (Heb 9, 3-7).

Sacrif�cios parcialmente incruentos na Antiga Lei

A flor de farinha , misturada ao azeite e incenso , queimada no altar dos holocaustos .

O sacrif�cio do bode expiat�rio : na festa da expia��o solene o povo apresentava dois bodes, um era degolado, o outro era oferecido vivo. O sacerdote impunha suas m�os na cabe�a da v�tima , confessava os pecados da na��o , soltava-o no deserto.

O sacrif�cio do p�ssaro tinha como objetivo purificar uma casa infestada pela lepra, tomavam-se dois p�ssaros puros; imolava-se um num vaso cheio de �gua, no qual se vertia seu sangue, e, o outro, era imerso at� a cabe�a na �gua misturada com sangue, com um madeiro de cedro, hissopo e p�rpura; ap�s espargir a �gua, soltava-se o p�ssaro puro, livremente.

No Antigo Testamento � profetizada a vinda do Salvador e a reden��o que superaria as limitadas obras da Lei Antiga.

Nos Salmos lemos :

"Escuta Israel e entende o que diz este celeste pont�fice pela boca de um dos seus enviados: os holocaustos, ainda que ordenados por V�s, Senhor, n�o lhes s�o agrad�veis, mas V�s me destes um corpo para Vos oferecer e eu disse: "eis que eu venho" (Sl, 39, 8).

Malaquias fala sobre o sacrif�cio prometido

"A gl�ria do segundo templo apagar� o esplendor do templo erigido por Salom�o" porque eu nele aparecerei para come�ar meu sacrif�cio.Eu "n�o receberei mais v�timas de vossas m�os; meu nome n�o s� ser� conhecido na Jud�ia, mas ser� grande entre todos os povos da terra, porque desde o "ocaso at� a aurora, e em todo lugar se sacrifica e se oferece uma obla��o pura em meu nome. Parece que j� vejo esta obla��o, e os tempos em que ela ser� oferecida n�o est�o distantes (Mal 1, 10 -11)."

Conclus�o

Todas essas obras prescritas na Lei Antiga encontraram seu termo em Cristo . Ele substituiu o sacrif�cio e o sacerd�cio imperfeitos dos levitas e instituiu um novo sacerd�cio . Jesus reuniu em seu sacrif�cio todos os quatro principais objetivos dos sacrificios da Lei Antiga : agradecer as gra�as recebidas , pedir perd�o pelos pecados (e novas gra�as) e adorar a Deus . Cristo tornou o homem definitivamente conciliado com Deus , expiou as nossas culpas , aplacando a ira divina , tornando a alma humana agrad�vel e agradecida a Deus , apta a realizar as obras de valor espiritual . Cristo cortou o pecado da alma humana , queimou nossa culpa no altar da cruz , triturou o pecado em seu corpo , derrotou o mal e abriu o c�u aos homens.