Estudos bíblicos
Doutrina Cat�lica
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CRISTIANISMO E ISLAMISMO

Ao contr�rio dos judeus que n�o o aceitaram como o Messias ; Maom� ( vers�o ib�rica de Mohammad ) reverenciou Jesus como o Messias da Casa de Davi, que veio para restabelecer a Alian�a anteriormente formalizada por Mois�s, entre os judeus e seu Deus, atrav�s da Tor� (3� Surata Imram, vers�culos 48 a 58).

Quando se referem a Jesus, os mul�umanos sempre empregam , junto ao seu nome , a express�o :"que a Paz esteja com ele "

Os milagres realizados pelo Cristo , segundo o Alcor�o , s�o verdadeiros. O Alcor�o acrescenta supostos novos milagres n�o mencionados nas Sagradas Escrituras. O Messias Jesus foi um dos mais perfeitos mensageiros de Deus, um enviado maravilhoso do Alt�ssimo, que operou prod�gios na terra. Jesus Cristo , para eles , � um dos elos da longa cadeia de profetas e patriarcas que remonta a Abra�o ; pai,tanto dos judeus e crist�os,atrav�s de Isaac ;como, tamb�m, dos �rabes, atrav�s de Ismael, filho de Abra�o e Agar.

Os mul�umanos reverenciam os antepassados do Cristo , indo at� No�, Enoc e Ad�o. Como tamb�m reverenciam , S�o Zacarias e S�o Jo�o Batista.

A segunda mais longa das Suratas do Alcor�o, a de Al Imr�n , tem como t�tulo o nome do pai da Virgem Maria.

Admitem os mul�umanos que o nascimento de Jesus Cristo foi, verdadeiramente, sobrenatural, como narrado pelos evangelhos.

Contudo , para o isl� , Deus � sempre uno e indivis�vel ; Ele n�o Se divide para fazer valer a Sua vontade. Assim sendo , a id�ia crist�, can�nica, do Deus triuno � inaceit�vel para o isl�.

Sendo , por outro lado , um ser onipotente , Deus n�o necessitaria encarnar na forma humana ; por essa raz�o , os mul�umanos n�o reconhecem o Cristo como a "Segunda-Pessoa" da Sant�ssima Trindade.

No entendimento correto da doutrina cat�lica , n�o h� divis�o em Deus com a exist�ncia das tr�s Pessoas divinas. Deus � sempre uma �nica subst�ncia , sem limita��es ou pot�ncias.

A Trindade de Pessoas em Deus corresponde �s process�es divinas , ou seja , ao modo como Deus Se conhece ( O Verbo ) e o modo como Deus Se ama ( O Esp�rito Santo ) e conhece e ama , a realidade criada. Deus , todo ele , � sabedoria , vida e amor eternos. E esta natureza se mant�m �ntegra nas tr�s pessoas da Trindade .

A miss�o de Jesus na terra foi , portanto, segundo o isl� , a de reunir o seu povo � palavra de Deus, tal como , no passado , outros profetas , igualmente , restabeleceram a Alian�a de Deus com o seu povo , quando a iniq�idade principiou por dominar.

Em conformidade com as Sagradas Escrituras, o Alcor�o afirma que Jesus voltar�, antes do fim dos tempos; tal como profetizada pelo pr�prio Cristo, e pelos ap�stolos.

Os mul�umanos acreditam, tamb�m, que a vinda do profeta Maom� foi profetizada por Jesus como relatariam supostamente as passagens do Evangelho de S�o Jo�o (Jo�o 14: 16-17),cabendo a Maom� a miss�o de difundir uma mensagem de alcance verdadeiramente universal (61� Surata As Saf, vers�culo 6)

Maom� seria o "Consolador" (o "Par�clito") mencionado por Jesus aos ap�stolos; um enviado de Deus, e n�o o Esp�rito Santo que j� havia se manifestado durante a passagem do Cristo pela terra.

Para os mu�ulmanos, Maom� � o �ltimo profeta; n�o havendo novas revela��es , ap�s a revela��o feita a Maom� pelo arcanjo Gabriel. Segundo a doutrina crist� , contudo , n�o h� mais revela��o at� a Parusia - a Revela��o fechou-se com a Ascens�o definitiva do Cristo e com Pentecostes.

O Alcor�o afirma, outrossim, que Jesus Cristo n�o morreu na cruz ; visto que Deus n�o permitiria que um mensageiro Seu, t�o amado e bondoso, fosse morto indignamente, na cruz.

Al� , Deus , portanto , ergueu Jesus Cristo, aos c�us , sem que ele chegasse a morrer, livrando-o , assim , dos seus incr�dulos inimigos, que intentavam mat�-lo.

Uma outra pessoa substituiu Jesus na cruz; o que fez crer aos seus inimigos que esses estavam, de fato, a suplic�-lo.

Os mul�umanos n�o cr�em, portanto, no sacrif�cio salv�fico supremo da cruz ; para eles , a leitura de Paulo , exposta na Ep�stola aos Hebreus , n�o tem sustenta��o hist�rica e teol�gica , ou seja, n�o seria necess�ria a expia��o sacrificial do Cristo, atrav�s de seu sangue, para a reden��o das culpas humanas .

Os mul�umanos n�o acreditam no conceito de 'pecado original' ; essa concep��o, para eles, � uma interpreta��o apost�lica, principalmente de Paulo , e n�o propriamente do Cristo.

Para eles, a obra salv�fica do Cristo , na terra , n�o foi realizada na forma da obla��o vic�ria , mas sim , atrav�s da palavra , da prega��o e do exemplo de vida .

Os sacramentos , segundo a leitura isl�mica , n�o possuem o signficado que o cristianismo afirma possuir , s�o como os "sacramentos" pr�-crist�os do juda�smo.

Jesus Cristo - apenas humano e mortal - est� vivo no c�u , com sua m�e, Maria sant�ssima, orando pela humanidade; junto a todos os anjos e santos -- onde est�o presentes os justos do Antigo Testamento , entendem os mul�umanos.

O Alcor�o pede que haja respeito entre o chamado Povo do Livro " ahl el kitab " (judeus, crist�os e mul�umanos); pois religi�o n�o � algo para ser imposto, mas sim , acolhido livremente.

Deus saber� - segundo o Alcor�o - julgar as diferen�as que fazem o Povo do Livro divergir.

Al� assegurou, a partir de ent�o, que a boa mensagem de Jesus persistiria na terra, at� o dia da ressurrei��o, e do Ju�zo Final, antes do qual, segundo o Isl�, e para faz�-lo, segundo os crist�os, Jesus voltar� � terra, e todos nele crer�o, judeus, crist�os e mul�umanos.

Os cinco pilares do Isl� s�o: as cinco ora��es di�rias, a peregrina��o (o Hajj) anual � Meca , o pagamento do d�zimo , o ato de confessar que s� h� um Deus e que seu nome � Al� e seu profeta � Maom� , e o Ramad� ( jejum anual ).

Os mul�umanos aceitam a Tor� (O Pentateuco), os Salmos de Davi e os evangelhos segundo a sua leitura. N�o aceitam a canonicidade plena dos evangelhos crist�os e conseq�entemente a estrutura��o dogm�tica do cristianismo consubstanciada no Credo de Nic�ia ( 325)

Para ir para o c�u, os mul�umanos afirmam , segundo o Alcor�o , que os homens devem conhecer a Lei de Deus, serem bons e justos, professarem a f� em Al� e Maom� e aceitarem o mart�rio , quando necess�rio.

Os islamitas acreditam em outro messias, que vir� no fim dos tempos , o im� Mahdi (O Bem Guiado). O seu aparecimento se dar� no momento em que os mu�ulmanos estiverem extremamente debilitados , quando o dom�nio dos K�fir estender-se-� at� Medina.

Os mu�ulmanos estar�o cercados pelos K�fir e desejar�o a vinda do im� Mahdi . Mahdi preparar� uma tropa isl�mica para defrontar o Dajjal e seus seguidores. Durante os preparativos, aparecer� o Profeta Jesus, na hora da ora��o de Asr, descendo do C�u com as suas duas m�os apoiadas nas asas dos Anjos, na grande mesquita de Damasco.

Conclus�o :

Fica claro que as concep��es cat�licas sobre a batalha entre Jesus e o Anticristo no Fim dos Tempos � distinta da concep��o isl�mica.

Jesus voltar� � terra para derrotar definitivamente o mal com a coopera��o dos anjos e santos , ressuscitar os mortos , unir o c�u e a terra , e realizar o Ju�zo Final . Essa � a doutrina ensinada pela Igreja Cat�lica ( Cfr. Livro do Apocalipse). N�o haver� outro Messias , Maom� n�o � o Par�clito , prometido por Jesus.O Par�clito foi o Esp�rito Santo que Se manifestou em Pentecostes , quando do inicio da prega��o apost�lica.

Essas an�lises foram feitas tomando em considera��o o islamismo sunita e n�o o islamismo xiita ou de outra corrente que n�o a exot�rica sunita.

Refer�ncias :

Catecismo da Igreja 1993

Al Cor�o

Prof Everton Jobim

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