Esta festa teve origem no Oriente como celebra��o do Natal do Senhor, de sua "apari��o" na carne. J� no s�culo II temos not�cia de uma festa crist�, celebrada no dia 6 de janeiro pelas seitas gn�sticas. Comemorava o batismo de Jesus. Na segunda metade do s�culo IV, Epif�nio d� a primeira not�cia da festa ortodoxa da epifania, entendida como seu nascimento humano e perfeita encarna��o. No tempo de S�o Jo�o Cris�stomo, a festa � celebrada em Antioquia e no Egito e resume nascimento e batismo de Jesus. No final do s�culo IV passou para o Ocidente como uma solenidade celebrada no dia 6 de janeiro para lembrar a visita dos Magos, vistos como "prim�cias dos gentios" que "reconhecem" no menino nascido em Bel�m o Senhor de todos os povos, a luz do mundo. Todo o formul�rio desse tempo lit�rgico evidencia "a universalidade" da salva��o em Cristo. A visita dos Magos situa-se no final de uma procura e faz-nos assistir ao confronto de duas inquieta��es. Uma � a dos homens que t�m fome e sede de salva��o e fazem de tudo para encontr�-la segundo o plano de Deus; no final de sua procura, encontram a alegria na descoberta do Salvador: "...encheram-se de grande alegria" (Mt 2,10). A outra � a inquieta��o de um rei e de homens que pensam com dor que o rei dos judeus, de quem se lhes anuncia o nascimento, tumultuar� toda a vida deles e, na tristeza da espera, que � oficial e n�o real, transformam-se em inimigos do Messias. Os Magos desaparecem do cen�rio da hist�ria, mas a Igreja conserva para sempre a lembran�a deles na liturgia e venera neles a longa peregrina��o dos crentes que respondem como eles, na obscuridade de uma f� perseverante e fiel, ao chamado de Deus, ainda que na confus�o do mundo e nas noites do Esp�rito, e continuam o caminho para seu Deus at� o encontro face a face.