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Saúde Mental: Procedimentos a Serem Evitados

Stephen Barrett, M.D.

Muitos tipos de profissionais que afirmam tratar problemas mentais estão engajados em práticas questionáveis. Os seguintes procedimentos deveriam ser evitados. 

Treinamento de Integração Auditiva (AIT -- Auditory Integration Training)

O AIT foi desenvolvido como um tratamento para o autismo por Guy Berard na França nos anos 60 e foi introduzido nos Estados Unidos em 1991. Também tem sido defendido para crianças e adultos com dificuldades de aprendizado, desordem de déficit de atenção, depressão, enxaquecas e muitos outros problemas. Os proponentes alegam que os indivíduos com essas desordens freqüentemente têm uma audição desorganizada, hipersensível, diferente entre os dois ouvidos, ou anormal sobre outros aspectos. O primeiro passo no AIT é um audiograma que determina os limiares auditivos para mais freqüências do que tipicamente são medidas durante testes auditivos. Os indivíduos adequados então se submetem a "sessões de treinamento" -- tipicamente duas sessões de meia-hora por dia por um período de 10 dias -- que envolve ouvir uma música que foi modificada pelo computador para remover freqüências para as quais eles são supostamente hipersensíveis. A American Academy of Pediatrics [Academia Americana de Pediatria] e a American Academy of Audiology [Academia Americana de Audiologia] têm advertido que nenhum estudo científico bem desenhado demonstrou que o AIT seja útil [1,2]. Os aparelhos do AIT não tem a aprovação do FDA para  o tratamento do autismo, desordem do déficit de atenção ou qualquer outro problema médico. Em 1997, o FDA baniu a importação para os EUA do Electric Ear ou qualquer outro aparelho AIT produzido por Tomatis International, de Paris, França.

Tratamento Doman-Delacato

Esta abordagem, também chamada "patterning", foi desenvolvida durante meados dos anos 50 e é oferecida no Institutes for Human Potential na Filadélfia, Pensilvânia. Seus proponentes alegam que a grande maioria dos casos de retardo mental, problemas de aprendizado, e desordens comportamentais são causados por danos cerebrais ou "organização neurológica precária". O tratamento é baseado na idéia de que altos níveis de estimulação motora e sensorial podem treinar o sistema nervoso e minorar ou superar incapacidades causadas pelo dano cerebral. Os pais segundo o programa podem ser aconselhados a exercitar repetidamente os membros da criança e utilizar outras medidas que se diz aumentar o fluxo sangüíneo ao cérebro e diminuir a irritabilidade cerebral. Em 1982, a American Academy of Pediatrics publicou sua posição oficial concluindo que o "patterning" não tem nenhum mérito especial, que as alegações dos seus proponentes não são comprovadas, e que as exigências sobre as famílias são tão grandes que em alguns casos pode na verdade haver danos no seu uso [3]. Em 1989, o National Down Syndrome Congress [Congresso Nacional da Síndrome de Down] publicou sua posição oficial concordando com esta conclusão. Em 1996, o neurologista Steven Novello, M.D., revisou a literatura científica e concluiu que o "patterning" era uma pseudociência [4].

Dessensibilização e Reprocessamento dos Movimentos Oculares
(EMDR -- Eye Movement Desensitization and Reprocessing)

O EMDR é promovido para o tratamento de estresse pós-traumático, fobias, desordens de aprendizado, e muitos outros problemas mentais e emocionais. O método envolve pedir ao cliente que relembre o evento traumático tão vividamente quanto possível e estimar sentimentos estabelecidos antes e após acompanhar visualmente o dedo do terapeuta conforme ele se move para frente e para trás na frente dos olhos do cliente [5]. A criadora do EMDR e principal proponente, Francine Shapiro, Ph.D., recebeu seu título de doutora em 1988 e fundou o EMDR Institute para treinar profissionais de saúde mental. Ela e seus associados treinaram mais de 22.000 clínicos por todo o mundo em workshops que em 1997 custavam US$ 385 [6]. O EMDR se parece com várias terapias comportamentais tradicionais para reduzir temores em que exige-se ao cliente imaginar eventos traumáticos de um modo gradual na presença de um terapeuta de suporte. Entretanto, uma pesquisa controlada mostrou que o maior destaque do EMDR (acompanhamento visual) é desnecessário e irrelevante para quaisquer que sejam os benefícios que o paciente possa receber [7]. Revisões recentes concluíram que os dados que se alegam apoiar o EMDR derivam principalmente de relatos de casos não controlados e experimentos controlados mal desenhados e que a teoria do EMDR entra em conflito com o conhecimento científico do papel dos movimentos oculares [8,9].

Comunicação Facilitada

Este é um processo no qual um "facilitador" apóia a mão ou braço de uma pessoa severamente incapaz que soletra uma mensagem usando uma máquina de escrever, um teclado de computador, ou outro aparelho contendo uma lista de letras, números ou palavras. Alega-se que ajuda os indivíduos a pressionar as teclas que desejam sem influenciar a escolha das teclas. Alguns terapeutas da fala e outros provedores de educação especial estão usando esse procedimento para indivíduos com autismo ou retardo mental grave que não verbalizam. Os proponentes alegam que o processo capacita tais indivíduos a se comunicarem. Entretanto, muitos estudos científicos têm demonstrado que o procedimento não é válido porque o resultado é na verdade determinado pelo "facilitador". [10,11] Em um estudo, por exemplo, foi mostrado a pacientes autistas e facilitadores figuras de objetos familiares e foi pedido para que identificasse-os sob três tipos de condições: (a) digitação assistida com facilitadores que não estavam a par do conteúdo da figura estímulo, (b) digitação não assistida, e (c) uma condição em que foram mostradas figuras ao mesmo tempo para os participantes e facilitadores. Nesta última condição as figuras emparelhadas ou eram as mesmas ou diferentes, e a digitação do participante foi "facilitada" para rotular ou descrever a figura. Nenhum paciente deu uma resposta correta quando o facilitador não tinha visto a figura. Os pesquisadores concluíram que os facilitadores não estavam cientes de que eles estavam influenciando os pacientes [12]. A American Psychological Association tem condenado a comunicação facilitada e advertido que usá-la para inferir acusações de abuso por membros da família ou de outras pessoas que tomam conta dos pacientes ameaça os direitos civis tanto dos indivíduos deficientes como dos acusados [13]. Em 1994, o FTC entrou com uma ação contra duas companhias que tinham feito alegações falsas e não substanciadas sobre aparelhos de "comunicação facilitada" que tinham comercializado.

Técnica de Organização Neural (NOT -- Neural Organization Technique)

Essa abordagem é baseada na noção de que desordens de aprendizado, psicoses infantis, retardo mental, paralisia cerebral, crianças que urinam na cama, e daltonismo estão relacionados com desequilíbrios musculares causados por mal alinhamento dos ossos do crânio. A NOT, uma variação da terapia cranial, foi desenvolvida pelo quiropata nova-iorquino Carl Ferreri e tem sido ensinada a centenas de outros quiropatas. Seus proponentes alegam corrigir "vias neurais bloqueadas" ao "ajustar" os ossos do crânio com pressão em várias partes da cabeça. A NOT chamou a atenção do público quando quiropatas submeteram crianças em um projeto de "pesquisa" patrocinado por funcionários de escolas na Califórnia. Um relato de 1988 na revista Hippocrates descreveu como crianças com epilepsia, síndrome de Down, paralisia cerebral, dislexia, e várias outras desordens de aprendizado foram forçadas a agüentar pressões dolorosas contra seus crânios, céu da boca e olhos. Um pai queixou-se que a pressão sobre as órbitas de seu filho tinha causado um ataque [14]. Em 1991 um tribunal ordenou Ferreri a pagar US$ 565.000 por danos a sete crianças e seus pais que tinham entrado com ações por dor física e emocional relacionadas com o tratamento. Dois outros quiropatas envolvidos no caso resolveram a ação fora da corte com acordo de indenização de US$ 207.000. 

Técnica Neuro-Emocional (NET -- Neuro Emotional Technique)

NET é outra abordagem quiropata centrada em "liberar bloqueios emocionais dos pacientes armazenados na memória do corpo." Seu criador,  Scott Walker, D.C., de Encinitas, Califórnia, descreve a NET como "uma maneira mente-corpo, não uma maneira de convencer, de lidar com aberrações emocionais." [15] Seus proponentes alegam que todos têm tais bloqueios e que o corpo "reprisa" essas memórias velhas, as quais podem afetar adversamente a saúde [16]. De acordo com um artigo recente, quando pacientes crônicos não pareciam melhorar durante um curso de tratamento, e onde estrutura, nutrição e "toxicidade" foram avaliadas, praticantes da NET procuram por um "Complexo Neuro-Emocional (NEC)" que eles sentem está impedindo a cura. Os praticantes usam testes musculares (cinesiologia aplicada) para "isolar um evento problemático"; pedem ao paciente para reter na mente um "instantâneo" do estado emocional enquanto o quiropata ajusta a coluna e os pontos de acupuntura do paciente; e prescrevem suplementos e remédios homeopáticos. Walker declara que durante os dez anos que tem ensinado a técnica, 2.700 profissionais da saúde (principalmente quiropatas mas alguns médicos, psicólogos e dentistas) já aprenderam a técnica, e a maioria a usa regularmente em sua prática. De acordo com Walker, "a razão da homeopatia funcionar tão bem é que ela permite que o corpo se lembre quais toxinas ele precisa se livrar de modo a restabelecer a homeostasia."  Ele também diz que embora a psicoterapia tenha valor, uma "memória emocional trancada no corpo" não pode ser resolvida apenas através da terapia [16]. O ONE Foundation (Our NET Effect) foi incorporada em 1993 "para ajudar os praticantes da NET a validar cientificamente sua técnica, promover sua prática, e levar a NET ao mundo." [17]

Programação Neurolingüística

Programação neurolingüística (NLP) é um sistema variável de procedimentos que pretendem capacitar as pessoas a se comunicarem mais eficazmente e a influenciar os outros. É dito que envolve a modificação dos padrões ou "programações" criadas por interações entre o cérebro (neuro), a linguagem (lingüística) e o corpo que produz tanto comportamento eficaz como ineficaz. Os proponentes alegam que a NLP tem curado fobias, alergias, e outros problemas em uma ou algumas breves sessões. Seus principais postulados são: (a) pessoas são mais influenciados por mensagens que refletem como elas representam internamente o quer que seja que estejam fazendo; e (b) essa representação é refletida pelos padrões de fixação do olhar, postura, tom da voz, e padrões de linguagem. A representação interna pode ser visual (desenhar aquilo com que estão envolvidos), auditiva (ouvir e pronunciar), ou pode envolver outros sentidos. Os proponentes alegam, por exemplo, que alguém experimentando uma imagem mental pode usar as palavras "Eu vejo," ao passo que alguém em um modo auditivo podia pode dizer "que soa direto para mim." Estudo científicos não demonstraram nenhuma correlação entre os movimentos dos olhos e a imaginação visual, pensamentos relatados, ou escolhas de linguagem. Um comitê do National Research Council não encontrou nenhuma evidência significativa de que as teorias do NLP sejam sólidas ou que suas práticas sejam eficazes [18].

Treinamento Visual Optométrico

Essa abordagem é baseada na idéia de que o aprendizado pode ser melhorado por exercícios que melhoram a coordenação dos músculos oculares ou melhoram a coordenação mão-olho. Seus proponentes afirmam que o problema básico que leva a deficiência de leitura é algum déficit no sistema visual. A American Academy of Pediatrics e a American Academy of Ophthalmology têm criticado esta abordagem e advertido que nenhuma deficiência músculo-ocular pode produzir deficiências de aprendizado associadas com a dislexia [19]. A dislexia é uma desordem de leitura caracterizada por omissões, substituições de palavras imperfeitas e compreensão prejudicada. Não é devido a retardo mental, falta de escolaridade ou dano cerebral. 

Terapia de Vidas Passadas

"Terapia de vidas passadas" é baseada na noção de que desordens psicológicas surgem pela influência de traumas e traços de personalidade de vidas prévias embutidas no subconsciente. Os proponentes deste tipo de abordagem usam a hipnose, meditação, ou imaginação guiada para "regredir" o paciente para supostas encarnações anteriores ("vidas passadas") que, quando relembradas, levam a resolução dos problemas do paciente. Não há, entretanto, nenhuma evidência científica de que esta teoria seja válida. 

Experimentos têm mostrado que relatos de "vidas passadas" durante transes hipnóticos estão relacionados com a sugestibilidade e propensão a fantasiar do indivíduo. Em um experimento, foi pedido a 35 de 110 sujeitos para regressar para épocas anteriores ao seu nascimento desempenhando o papel de "vidas passadas". Na maioria destes casos, suas personalidades de vidas passadas eram da mesma idade e raça deles próprios. Em outro experimento, metade dos sujeitos foram informados por pesquisadores que encarnações prévias eram freqüentemente de sexo ou raça diferente e vivido em culturas exóticas. Aqueles que receberam este aviso foram significativamente mais propensos a incorporar uma ou mais das características sugeridas em suas descrições de vidas passadas. Em outro experimento, pesquisadores descobriram que indivíduos que davam informações específicas o suficiente para serem checadas eram muito mais freqüentemente incorretas do que corretas. Relatos de vidas passadas obtidos de indivíduos regressados hipnoticamente são construções fantasiosas de pessoas imaginativas absorvidas em tornar crível situações e responder a sugestões de regressão -- e que aqueles que acreditam em reencarnação são os mais prováveis em acreditar que tais fantasias estão relacionadas com uma vida passada real [20,21].

Testes de Personalidade de Rotina

Testes de personalidade são planejados para revelar aspectos da visão de si (self) e dos outros por parte de uma pessoa, junto com tendências interpessoais e emocionais. Alguns psicólogos os usam rotineiramente como parte de seus métodos de avaliação ou tratamento. Entretanto, a maioria dos psiquiatras e muitos psicólogos acreditam que a informação obtida não é vantajosa em termos de tempo, esforço e honorários. Os críticos acusam que: (a) é improvável que testes de personalidade revelem informações úteis que não sejam obtidas ao conversar com o paciente; (b) testes de personalidade projetivos podem refletir as características da pessoa que faz as anotações ao invés das características da pessoa testada; (c) o processo do teste pode transmitir uma mensagem incorreta de que o terapeuta pode extrair informação e proporcionar tratamento para um paciente que não participa ativamente no processo de tratamento; e (d) há pouca evidência de pesquisa de que testes de personalidade projetivos levem a um diagnóstico mais acurado ou a um melhor resultado no tratamento. Uma revisão recente concluiu que testes projetivos, como o Rorschach Inkblot Test, Thematic Apperception Test, Draw-a-Person Test (DAP), Bender-Gestalt Test, Rozenzweig Picture-Frustration Study (PFS) e Sentence Completion Test (SCT), são improváveis de contribuir com informações que não possam ser obtidas de testes mais simples ou de outras fontes [22-24].

Estimulação de Memórias Falsas

Se o abuso sexual durante a infância é um fator no distúrbio de uma pessoa, é improvável que ele seja esquecido. Entretanto, pacientes que são sugestionáveis ou ávidos em agradar seu terapeuta podem "relembrar" eventos da infância que na verdade não ocorreram. Normalmente é o terapeuta quem estimula esse processo, ou deliberadamente ou intencionalmente. Ocasionalmente, entretanto, o paciente (possivelmente inspirado por um livro ou um programa de TV) inicia o problema e o terapeuta falha no auxílio em separar fato de fantasia. Alguns terapeutas encorajam seus pacientes a confrontar e possivelmente processar o alegado perpetrador. 

Os críticos estão usando o termo "síndrome da memória falsa" (FMS, em inglês) para descrever o estado mental gerado nessas situações. O psiquiatra Richard A. Gardner, M.D., identificou diversos indicadores que sugerem que uma "memória" é falsa. Um é que o paciente considera que a revelação seja o ponto de virada de sua vida e a resposta para todos os seus problemas psicológicos. Outro é que o alegado abuso ocorreu após a criança ter seis anos de idade, foi esquecido por muitos anos, mas é repentinamente relembrado na terapia (Lacunas de memória deste tipo não são críveis.) Outro ainda é um forte desejo de buscar publicidade disseminada [25].

A False Memory Syndrome Foundation (FMSF) foi formada em 1992 para lidar com o problema de adultos que erroneamente acreditam que foram vítimas de incesto ou abuso infantil. A fundação tem sido contatada por milhares de famílias angustiadas por conselhos de como lidar com ataques repentinos de crianças iradas que os acusam de crimes que podem não ter acontecido. O número crescente de casos de FMS tem sido chamado de "a crise de saúde mental dos anos 90". [26] Em 1997, a FMSF tabulou os resultados de 105 ações na justiça por imperícia de memória falsa de ex-pacientes contra seus terapeutas. Um caso foi cancelado, 42 foram resolvidos fora da corte, e 53 estavam pendentes. Todos os nove que foram ao tribunal terminaram em um veredicto favorável ao ex-paciente [27]. Desde julho de 1999, a maior ação foi um acordo envolvendo o pagamento de 10,7 milhões de dólares a uma mulher que disse ter sido convencida por terapeutas que tinha memórias reprimidas de ser abusada sexualmente e de ter abusado seus dois filhos [28].

Terapia de Campo de Pensamento (TFT --Thought Field Therapy)

O fundador da TFT, o psicólogo Roger J. Callahan, Ph.D., alega que a TFT "proporciona um código ao sistema de cura da natureza . . . voltado às causas fundamentais, equilibrando o sistema de energia do corpo e permitindo que você elimine a maioria das emoções negativas dentro de minutos e promova a capacidade de cura própria do corpo." [29] O site Callahan Techniques também recomenda suplementos alimentares para pessoas que "sofrem de sensibilidade ambiental múltipla e mesmo alergias que agravam problemas psicológicos." Durante as sessões de TFT, o terapeuta usa seqüências de batidas leves com os dedos sobre "pontos de acupressão" (principalmente das mãos, rosto e regiões superiores do corpo) e o paciente realiza atividades repetitivas (repete declarações, cálculos, gira os olhos, cantarola uma melodia) enquanto visualiza uma situação aflitiva. 

Alega-se que a TFT é quase 100% eficaz no tratamento da depressão, fobias e outros problemas psicológicos. É baseada na noção de que pontos de acupressão estão relacionados a bloqueios ("perturbações") da "energia do corpo" associados com doenças físicas ou emocionais. Os proponentes alegam que as pequenas batidas com os dedos liberam os bloqueios e aumentam o fluxo de energia do corpo. As técnicas avançadas de TFT incluem testes musculares (uma variação da cinesiologia aplicada) e "tecnologia vocal", na qual o terapeuta analisa a voz do paciente pelo telefone e determina aonde o paciente devem bater em si mesmo. O treinamento em "tecnologia vocal" para terapeutas custa 100 mil dólares.

A Técnica de Liberdade Emocional (EFT -- Emotional Freedom Technique), desenvolvida por um discípulo de Callahan chamado Gary Craig, é dita ser uma versão mais simples da TFT que funciona mais rapidamente [30]. Outras variações incluem Tapas Acupressure Technique (TAT), Negative Affect Erasing Method (NAEM), Midline Energy Treatment (MET), Healing Energy Light Process (HELP), Energy Diagnostic and Treatment Methods (EDxTM), Getting Thru Techniques (GTT), Be Set Free Fast (BSFF), e Whole Life Healing (WLL), todas são algumas vezes referidas como "acupressão emocional".

Os críticos têm apontado que as teorias de base da TFT entram em conflito com o conhecimento científico estabelecido e que estudos alegando benefício foram mal conduzidos [31-34]. Em 1999, o Arizona Board of Psychologist Examiners repreendeu um psicólogo por usar a TFT e a tecnologia vocal em seu exercício de psicologia [35] e o Comitê de Educação Continuada da American Psychological Association notificou aos prestadores de EC que os cursos da TFT não serão mais aprovados para créditos em educação continuada [36]. Para maiores informações, visite Desmascarando a Terapia de Campo de Pensamento.

Informações em Outros Sites:

Referências

  1. American Academy of Pediatrics Committee on Children with Disabilities. Auditory integration training and facilitated communication for autism. Pediatrics 102:431-433, 1998.
  2. Executive Committee, American Academy of Audiology. Position statement: Auditory integration training. Audiology Today 5(4):21, 1993.
  3. American Academy of Pediatrics. Policy statement: The Doman-Delacato treatment of neurologically handicapped children. Pediatrics 70:810-812, 1982.
  4. Novella S. Alternative medicine: Psychomotor Patterning. Connecticut Skeptic 1(4)6-9, 1996.
  5. New PTSD therapy: Innovative or smoke and mirrors? Psychiatric News, May 15, 1998, pp 14, 42.
  6. McNally RJ. EMDR and Mesmerism: A comparative historical analysis. Journal of Anxiety Disorders 13:225-236, 1999.
  7. Pitman R. Emotional processing during eye movement desensitization and reprocessing therapy of Vietnam veterans with chronic posttraumatic stress disorder. Comprehensive Psychiatry 37:419-429, 1996.
  8. Lilienfeld SO. EMDR treatment: Less than meets the eye. Skeptical Inquirer 20(1):25-31, 1996.
  9. Lohr JM, Tolin DF, Lilienfeld SO. Efficacy of eye movement desensitization and reprocessing: Implications for behavior therapy. Behavior Therapy 29:126-153, 1998.
  10. Mulick JA and others. Anguished silence and helping hands: Autism and facilitated communication. Skeptical Inquirer 17:270-280, 1993.
  11. Wheeler DL and others. An experimental assessment of facilitated communication. Mental Retardation 31:49-59, 1993.
  12. Jacobson JW, Mulick JA, Schwartz AA. A history of facilitated communication: Science, pseudoscience, and antiscience: Science Working Group on Facilitated Communication. American Psychologist 50:750-765, 1995.
  13. American Psychological Association. Resolution on facilitated communication. Aug 14, 1994.
  14. Cooke P. The Crescent City cure. Hippocrates 2(6):61-70, 1988.
  15. Walker S. Transcript of Audiotape Intro.
  16. Casura LG. Interview with Scott Walker, D.C., founder of neuroemotional technique (NET), and Steve Shaffer, an NET practitioner. Townsend Letter for Doctors & Patients, July 1998, pp 128-134.
  17. The ONE Foundation. Health Pyramid Web site, August 15, 1998.
  18. Druckman D, Swets JA, editors. Enhancing Human Performance. Washington D.C., 1988, National Academy Press.
  19. Metzger RL, Werner DB. Use of visual training for reading disabilities. Pediatrics 73:824-829, 1984.
  20. Spanos NP. Past-life hypnotic regression: A critical view. Skeptical Inquirer 12:174-180, 1988.
  21. Baker RA. Hidden Memories: Voices and Visions from Within. Amherst, N.Y., 1992, Prometheus Books.
  22. Lilienfeld SO. Projective measures of personality and psychopathology. How well do they work.? Skeptical Inquirer 23(5):32-39, 1999.
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  24. Lillienfeld SO, Wood JN, Garb HN. What's wrong with this picture? Scientific American, May 2001, pp 81-87.
  25. Gardner RA. True and False Accusations of Child Abuse. Cresskill, NJ: Creative Therapeutics, 1992.
  26. Gardner M. The false memory syndrome. Skeptical Inquirer 17:370-375, 1993.
  27. False Memory Syndrome Foundation Newsletter, December 1997, pp 7-9.
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  29. Callahan RJ. What is the Callahan Techniques Thought Field Therapy (TFT)? Callahan Techniques Web site, accessed Feb 27, 2000.
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  35. Foxhall K. Arizona board sanctions psychologist for use of thought field therapy. APA Monitor Online, Sept 1999.
  36. Murray B. APA no longer approves CE sponsorship for thought field therapy. APA Monitor Online, Dec 1999.
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Porções deste artigo têm sido atualizadas da 6ª edição do Consumer Health: A Guide to Intelligent Decisions.

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Este artigo foi revisto no site original em 30 de abril de 2001.

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