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Matérias antigas:
4D&T vs Besm D20
Kamekaze a revista suicida
Tudo o que você queria saber sobre Holy Avenger

 

É claro que sim - dirão alguns, enquanto folheam suas coleções de revistas made in Brasil. 
É claro que não - dirão outros, enquanto catalogam suas coleções de revistas made in Japão. 
É claro q... bem... agora não sei mais - Dirão aqueles que perceberam agora nunca ter parado pra pensar no assunto. 
Antes de dizer se existe ou não mangá nacional, vale a pergunta: Afinal... 

   > O que é mangá?

.......Dizem os sábios, que a palavra "mangá" pode ser traduzida como "desenho irreverente", "desenho irresponsável", ou mesmo "imagem involuntária". 
Tendo todo um contexto histórico no Japão, pesquizadores já encontraram mangás datados em 1702, embora sua publicação e popularidade só se deram já no século XX. 
.......É certo também que o mangá só veio a assumir a forma que conhecemos atualmente através das mãos de Osamu Tezuka, autor de grandes sucessos como "Astro Boy", "A Princesa e o Cavaleiro" e "Metropólis". Tezuka foi o criador do estilo "mangá fantasia" e de características como olhos grandes, expressões exageradas, gotas caindo da testa e ângulos cinematográficos nos quadros. 
.......Osamu Tezuka (também conhecido como o deus do mangá), foi aquele que definiu toda a estética do mangá (o conjunto de elementos que definem essa escola de arte) , criando toda uma estrutura e alicerces aonde outros construíriam suas próprias histórias, seguindo uma fórmula que seria usada e aperfeiçoada por muitos outros, em muitos lugares e por muito tempo. 
......."Olhos grandes, boca pequena", a primeira vista isso é o que mais chama atenção em um mangá. Mas como eu disse, isso é só: "a primeira vista". 
.......Mesmo com a grande diversidade de gêneros e estilos dentro do mangá existem certas características que predominam na maioria dos títulos (que embora não sejam obrigatórias ou totalmente usadas em 100% das obras, podem ser facilmente reconhecidas na maioria delas). Isso não quer dizer que essas características definam o que é um mangá e o que não é. Afinal, mangá mas do que tudo é uma estética com um conjunto de regras narrativas, assim qualquer um que siga essas regras estará fazendo mangá. Então entendam essas características como aquilo que um leitor compara quando põe lado a lado uma edição de Dragon Ball e uma de Homem Aranha.

Dito isso, vamos a elas:

.......Simplicidade nos desenhos - Mesmo nos desenhos mais realistas, ainda vemos uma grande diferença entre um personagem de um mangá e o de um comics. Os traços são simples, apenas o básico da musculatura é mostrado. Bocas, narizes, braços, pernas, costas, enfim; é tudo feito com econômia de traços, prezando pela suavidade e simplicidade do desenho. Em contrabalanço, o mangá quase sempre utiliza retículas para os mais diversos fins, dando mais volume e detalhismo ao mesmo. 

.......Econômia de quadros e falas - Um mangá raramente tem mais que 6 quadros por página, além de ter textos geralmente curtos e diretos não ocupando mais que 1/3 do quadro. Textos e desenhos convivem em harmônia na leitura de um mangá, um complementando o outro. 

.......Histórias contínuas - Geralmente as histórias de um mangá dependem, para sua compreenção, da leitura de cada capítulo na ordem correta. Cada capitulo tem ligação com o outro, fazendo uma história com início, meio e fim. Mesmo as séries mais longas um dia se encerram ao invés de se arrastarem e reinventarem a cada década, como a maioria dos comics. 

.......Narração cinematográfica - Os ângulos de cada cena, a composição das páginas e a forma como cada fala ou acontecimento é mostrado lembram os recursos do cinema. Está tudo sempre em movimento, de forma que prenda a atenção do leitor através de uma narrativa visual clara, simples e limpa.  

.......Fator cultural - O mangá foi, e é feito por japonêses. Por isso mesmo não poderia escapar da influência de sua cultura. O modo como personagens de diversas histórias pensam e vivem, espelha a moral, costumes e tradição japonêsas. Sendo, por isso mesmo, nem sempre totalmente compreendidos pelo povo ocidental. 

.......Agora que já demos uma visão bem básica do que é um mangá, vale a pergunta: 

   > E o nosso mangá?

talentos do mangá

.......Alguns olham os trabalhos que já foram publicados aqui, e vendo que eles não se encaixam em todos esses quesitos, afirmam categoricamente que: "MANGÁ, SÓ NO JAPÃO!!!". Outros acreditam que exista sim mangá nacional, mas reclamam da falta de qualidade ou criatividade dos artistas nacionais. 
Antes de nos aprofundarmos nesse assunto, vamos à uma pequena lista de trabalhos nacionais em estilo mangá: 

.......Megamam - Versão nacional das histórias de "Rockman", o robô herói dos games e mangás. Uma iniciativa da revista Animax. 

.......Hyper Comics - Revista que satirizava séries japonesas em geral. 

.......Talentos do Mangá - Revista que publicava histórias de leitores, oferecia uma ajuda de custo simbólica além da chance de reconhecimento. 
Foi a partir dessa revista que surgiu a revista e site "Alcatéia" http://www.alcateia.com/ 

.......Defensores de Tókyo - Mesma proposta de divulgar o talento nacional, com o diferencial de ter uma melhor qualidade nas histórias e na parte gráfica. 

.......Desenhe e Publique Mangá - A mais bem sucedida e duradoura dessas 3. Publicava as histórias do leitor e premiava do primeiro ao terceiro colocado em cada fase, porém exigia que o artista assina-se um documento cedendo os direitos sobre a obra. 
Suas histórias variavam entre boas à péssimas. 

.......Tsunami - Com bem menos páginas que suas antecessoras, porém com um acabamento, organização e histórias de melhor nível, Tsunami revelou alguns bons artistas nacionais. 
Vale lembrar que a editora da revista era a desenhista Denise Akemi, a famosa "tia" dos otakus. http://www.tsunami.com.br/tsunami/ 

.......Sad Heaven, Valiant Hur e Fighter Dolls - 3 revistas que custavam apenas R$1,00 cada, com capa colorida e + de 30 páginas (como eles conseguiam fazer isso eu não sei). 
Todas seguiam o estilo aventura/comédia: Sad Heaven com seu "bang-bang medieval", Valiant Hur com suas belas piratas e Fighter Dolls com suas bonecas lutadoras. 

.......Blue Fighter - História futurista desenhada por Artur Garcia. 

.......Street Fighters Zero 3 - Versão mangá do game dos lutadores de rua. Foi nessa história que Erica Awano iniciou sua carreira de mangaká. 

.......Combo Rangers - Grupo de adolescentes lutando pelo planeta, no estilo de "Power Rangers" e outras histórias do genêro. Criação de Fábio Yabu, tendo sido primeiro lançada com capítulos regulares na net, e só depois indo para as bancas (onde não reproduziu o estrondosso sucesso que obtiverá na rede). 
Nesse link você pode conferir um dos capítulos finais da série via net. http://www2.uol.com.br/comborangers/ 

.......Holy Avenger - A mais longa e bem sucedida HQ nacional dos últimos anos. 
Tendo roteiro de Marcelo Cassaro (criador do sistema de RPG 3D&T e agora 4D&T, além de uma lista infindável de material para Rpgistas e HQs em diferentes estilos), e arte da já mencionada desenhista Erica Awano, uniu RPG e mangá, conquistando um grande número de fãs, adimiradores e colaboradores, abrindo assim o caminho para o mangá nacional. www.holyavenger.com.br 
Holy Avenger caminha agora para se tornar uma série animada no estilo dos animes japoneses(confira matéria no indíce). 

.......Dragons Bride - Mas novo trabalho da dupla Cassaro/Awano, vem sendo publicada na revista de RPG Dragon Slayers. Segue o mesmo estilo de Holy Avenger, só que com novos personagens explorando novas terras. 
Assim como H.A., Dragons Bride tem muita ligação com o cenário de campanha para RPG criado pelo "Trio Tormenta" (Marcelo Cassaro, J.M. Trevisan e Rogério Salladino), mas nada que impeça a compreenção da história por parte de quem não é Rpgista. 

.......Dungeons Crawlers - Do mesmo autor e no mesmo mundo de Holy Avenger, mas dessa vez com Daniel HDR nos traços,

.......Mercenários - No mesmo mundo de Holy Avenger só que com outras autoras, sendo as roteiristas: Fran Brigs (roteirista das duas últimas edições especiais de H.A. e esposa do dublador Guilherme Brigs) e Petra Leão (colaboradora da equipe de H.A. e cosplayer conhecida no mundo otaku). Os desenhos ficaram por conta de Denise Akemi, criadora da revista e site Tsunami e conhecida por seus trabalhos em revistas de mangá. 
A revista foi interrompida no primeiro número mas promete voltar com força total e traços de uma nova desenhista. 

.......Victory - Do mesmo autor de Holy Avenger, dessa vez com traços de Edu Francisco. Essa história traz uma personagem poveniente do mesmo mundo de H.A. para o mundo atual, abordando o RPG de uma forma mais voltada ao cotidiano dos jogadores. 
Vale lembrar que Victory teve bom desempenho nos EUA. 

.......Ethora - Ethora não foge a regra, também é sobre fantasia medieval, só que em um mundo separado de seus antecessores. Ethora merece destaque pelo roteiro sério e bem desenvolvido de Beth Kodama e a bela arte de Erica Horita. Sem contar as tirinhas do Elton Azuma que vem ao fim da historia. 
Ethora agora é publicada por uma editora própria, a Kanetsu Press (nome em homenagem ao antigo fanzine do grupo). www.ethora.com.br 
   > As 10 + ...Ou seria 10 - ?

......Dito isso, falemos agora sobre os pontos mais comuns quando se fazem críticas relativas ao material nacional. 

.......Falta de originalidade - histórias cheias de clichês, personagens ou fatos visívelmente inspirados (e as vezes copiados) de mangás de sucesso... enfim. A falta do velho lema "Seja oque for, seja original" . 

.......Roteiro fraco - Alguns até mesmo gostam da arte, mas reclamam do tipo de histórias sem muito de novo e que não consegue cativar. 

.......Visual genérico - personagens parecidos demais com personagens de sucesso ou com aquele visual ja manjado das séries em geral. 

.......Desenhistas amadores - desenhistas que ainda não são lá "essas coisas" e que publicam profissionalmente, trabalhos cheios de defeitos, mal acabados ou com visual pouco atraente. Isso sem falar em desenhistas que trabalham em histórias que não harmonizam com seu estilo, resultando em um trabalho ruim. 

.......Coisas de fã - homenagens a animes de sucesso no meio das histórias, leitura oriental ou uso de frases e expressões japonesas no texto (quando há equivalentes em português). 

.......Humor excessivo - a maioria das histórias publicadas são de humor ou tem bastante dele em sua receita. 
.......Falta de ação - para aqueles apaixonados por séries de ação (ao estilo Cavaleiros, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball, Naruto e Bleach) faz falta algo do mesmo nivel nos quadrinhos nacionais. Nas histórias em que há lutas, elas são normalmente resolvidas com um ou dois golpes, em lutas simples, rápidas e sem muita emoção. 
.......Temas repetitivos - A maioria dos títulos lançados são para um público que joga ou ao menos simpatiza com RPG e Fantasia Medieval. Num universo de gêneros apenas esse tem sido favorecido. 
Os fãns de outros gêneros de histórias se sentem abandonados. 

.......Apelação - mulher nua, mulher semi - nua, mulher em posição erótica, mulher em...bem, mulher em toda parte! Não é que as pessoas reclamem que haja personagens atraentes nas histórias, mas que haja um motivo para elas estarem lá! 
Muitas revistas nacionais, se postas lado a lado com um Hentai não se vê quase diferenca. Mesmo Holy Avenger em suas primeiras edições era muito apelativa, e de uma forma que sequer harmonizava com a história. 

.......Poucas páginas - o número médio de 20 a 30 páginas mensais contrastando com as 80, 100 ou mais de um mangá japonês (as vezes até quinzenal). 

Existe ainda um fator que pesa contra o mangá nacional, e ele se chama... 
   > Preconceito

.......No nosso país, existe desde sempre o costume de exaltar aquilo que vem de fora e rebaixar aquilo que é feito aqui. 
Muitos se dedicam unicamente a apontar defeitos e erros na produção nacional (independente do ramo) e cultuar a produção do exterior. Para esses, a música, cinema, comida, arte e cultura de um outro povo parece sempre perfeita e irretocável se comparada a nossa. São esses também que constantemente fecham os olhos para os erros que vem de fora e para os acertos "De La Terra Madre". 
.......E isso se reflete em qualquer tentativa de se fazer mangá nacional, seja ele bom ou não. 

.......Agora que ja vimos oque faz um mangá ser um mangá, e o porquê do nosso mangá nem sempre ser visto como mangá, ja podemos ir adiante. Um pouco mais adiante, num caminho conhecido e temido como: 

   > A Via - Crucis da Publicação

.......Existe nesse país, muita gente que desenha mangá, Existe nesse país, muita gente que quer trabalhar com mangá. Existe ainda nesse país, muita gente que sonha em viver de mangá. 
Mas para a gande maioria, indo dos excelentes artistas, talentos natos, até os rabiscadores e zé manés da vida, oquê existe é uma grande e imponente porta. Uma porta fechada a sete - chaves, e que parece difícil de abrir. 
E aí as pessoas perguntam: "Porque é tão difícil publicar mangá no Brasil? Porque é tão difícil de uma editora comprar minha idéia?
Antes que eu fale alguma coisa, passo a palavra para alguém que tem experiência no ramo da HQ no Brasil e pode, com propriedade, falar sobre o asunto. 
Com a palavra o criador, editor e roteirista de Holy Avenger, Marcelo Cassaro (texto publicado originalmente na revista Neo Tokyo) : 

" Quadrinhos como profissão no Brasil era mais fácil quando eu comecei, há quinze ou vinte anos. Havia grandes editoras que contratavam com carteira assinada. Hoje, as tiragens são menores, os lucros são menores, a venda de uma revista não retorna o bastante para pagar um desenhista. 
Eu mesmo não tenho uma renda regular proveniente de quadrinhos há anos. Faco- os apenas por paixão, outros trabalhos é que pagam minhas contas. Carreira remunerada, mesmo, é mais fácil conseguir desenhando para o exterior - quase todos os profissionais que conheco hoje vivem assim. Para conseguir isso você pode recorrer a um agente, como a ArteComix, ou usar a internet, é surpreendente, por exemplo, o número de editores que procuram novos talentos no site deviantART
." 

"Ninguém prefere um quadrinho importado ruim a um bom quadrinho nacional. As editoras preferem quadrinhos estrangeiros apenas porque são mais baratos. Seus autores já foram pagos em seu país de origem e também não há riscos de atrasos (exceto, claro, quando o trabalho ainda não foi concluído lá fora). 
É uma conta simples e cruel: digamos que sua revista custe R$3,00. As atuais tiragens de quadrinhos ficam por volta de 15.000 exemplares. Conforme as características da revista (digamos, 32 páginas em preto-e-banco, em papel jornal), o custo dessa tiragem será de mais ou menos 15.000.00 apenas em papel e impressão. Logo, o título precisa vender pelo menos 30% da tiragem apenas para pagar esses custos. 
Mas hoje em dia, poucos títulos vendem mais de 30% de sua tiragem (passar de 40% é uma raridade). Ou seja, a revista apenas pagou sua produção, sem gerar quase nenhum lucro. E olhe que estamos falado de uma revista com bom desempenho
."

......"" ."A longo prazo, ainda vale a pena investir em uma revista que consiga pagar seus custos, porque a editora pode conseguir algum lucro com relançamentos e encadernações. Mas, até lá, como o desenhista vai viver? Uma HQ com 20 ou 22 páginas, como a Holy, exige no minímo um mês para ser desenhada (um profissional faz em média uma página por dia útil). Duante esse período o desenhista dificilmente poderá ter outra profissão. (...) Enfim, oque falta ao mercado são condições para que um artista consiga trabalhar sossegado, enquanto recebe um salário digno." 

O raciocínio de um dono de editora, pode então ser resumido da seguinte forma: 
..........Mangá nacional 
..........Autor e obra desconhecidos = risco de fracasso de vendas 
..........Dependência do ritmo do autor = risco de atrasos 
..........Pagamento de artistas = - lucros 
..........Preconceito com o produto nacional = encalhe de estoque 


Mangá Importado 
...........Autor e obra conhecidos = maiores chances de sucesso (ou sucesso garantido dependendo do título). 
.......... Compra de direitos = + lucros por não ter de pagar um ou mais artistas. 
.......... Séries terminadas ou muito a frente = regularidade assegurada. 
.......... Produto made in Japan = maior aceitação por parte dos leitores. 

.......Mas se o Legião Urbana estava certo"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho. Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz...", a questão é... 

   > A Salvação vem pela Lei?

.......Um assunto que já esteve em pauta por vários anos entre as decádas de 50 e 80 recentemente retornou com força total. E esse assunto se chama "Lei da Nacionalização". 

.......Em tramitação na condição de caráter conclusivo nas comições de Educação e Cultura, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania na Camâra dos Deputados está o Projeto de Lei 6581/06. Iniciativa do deputado petista Simplício Mário esse projeto prevê a implantação de uma série de medidas para o incentivo a produção, distribuição e publicação de revistas em quadrinhos nacionais em nosso país. 
Se aprovada, a lei obrigará as grandes editoras a destinarem 20% de sua produção ao quadrinho nacional, sendo que esse indíce deverá ser alcançado até o quarto ano de vigência da lei, num aumento progressivo de 5% ao ano apartir de sua aprovação.

 .......Fica a cargo do Poder Público a implantação de medidas que apoiem e incentivem a produção nacional, promovendo eventos e encontros de difusão do mercado editorial de quadrinhos além da inserção de disciplinas práticas, como Roteiro e Desenho, nos currículos escolares e universitários da rede pública. 

É certo que essa lei ainda vai dar muito oque falar. Desenhistas, editores, educadores, todos se dividem entre aqueles que são contra e os que são a favor, mas uma coisa é certa. Se a lei for aprovada, editoras precisarão de material nacional para publicar, cabe então a cada artista nacional oferecer um material de qualidade para ser publicado por essas editoras. 

.......Essa é uma grande chance de mudar a situação do quadriho nacional, e igualmente de transformar artistas desempregados em profssionais. Mas somente para aqueles que merecem ser profissionais, claro. 
Que cada interessado saiba se preparar para esse momento, então. 

   > Conclusão

.......Mangás, mas do que histórias em quadrinhos feitas no Japão são uma estética que pode ser usada por artistas de qualquer país do mundo. Independente do traço, do genêro ou do estilo, se o autor respeita as regras de narração que essa estética exige ele está fazendo mangá! Isso significa que temos sim mangás nacionais, assim como os americanos, franceses, alemães e principalmente os coreanos e chineses que já estão bem a nossa frente nesse ponto. Há muito o mangá deixou de ser propriedade dos japoneses para se tornar uma forma de linguagem mundial. E cabe a cada artista interessado usar das ferramentas que essa estética oferece para contar a história que quer contar. Nossos quadrinhos não são, e nem poderiam ser totalmente iguais aos quadrinhos japoneses. É certo que alguns de nossos artistas tem muito oque melhorar. Mangás mais atraentes tem de surgir, roteiros melhores, desenhistas melhores, enfim, mangákas que ganhem o respeito e adimiração de sua própria gente através de seu próprio esforço.
Mas oque não é certo são as criticas destrutivas, o fanatismo pelo que vem de fora e o desprezo pelos bons artistas que já temos, e por aqueles que estão surgindo. Copiar tudo oque os japoneses fazem não é o caminho, eles não precisam que outro povo faça oque eles já sabem fazer tão bem. Oque nos serve assimilamos, oque não serve ignoramos. Só assim o mangá nacional poderá crescer com força e personalidade pelas terras do Brasil, pela América Latina e quem sabe pelo mundo. E quem sabe um dia, num belo e radiante dia, encravar sua bandeira no país do sol nascente.

.......Parece difícil? Improvável? Impossível?
................É, parece.
.....................Mas cabe a nós mostrar que não é.

...Sr. X

 

 

 

 

 

 

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