Cientistas russos querem fazer propulsor eletromagnético
23/09/2001

Moscou - No final de Agosto/2001 um grupo dos cientistas russos afirmou ter feito uma descoberta sensacional. Entretanto, suas afirmações trazem mais perguntas do que respostas sobre o estado da já deplorável ciência russa.

O grupo, dirigido pelo professor Valerian Sobolev, reivindica "sete grandes descobertas". Uma destas relaciona-se a um processo eletroquímico novo, que permitiria a produção de um novo tipo de material a base de silicone atualmente desconhecido. Sobolev, que dirige o centro de pesquisa material da tecnologia em Volgograd, Rússia central, reivindica que seus materiais novos podem conter impulsos eletromagnéticos e poderiam se transformam conseqüentemente numa fonte da energia virtualmente livre e permanente.

Sobolev diz que seu know-how pode ajudar a construir tipos novos de aeronaves semelhantes aos discos voadores. Ele e sua equipe enviaram uma carta ao presidente russo Valdimir Putin informando suas "descobertas" - Na oportunidade afirmaram que precisariam de dois milhões de dólares para a realização do projeto.

Os cientistas russos afirmam que podem construir geradores dessa energia a base de silicone para fins comerciais em 18 meses. Entretanto, os investigadores estão céticos. "Eles devem apresentar ainda todas as provas concretas," disse o proeminente físico Sergei Kapitsa. A conversa sobre materiais e fontes novas da energia é ou "um erro honesto ou um decepção intencional ", afirmou.

A mídia russa manifestou-se favoravelmente sobre as reivindicações de Sobolev. Por exemplo, a agência de notícia oficial RIA apresentou suas afirmações como fato e omitiu Kapitsa e outras observações críticas.

A antiga União Soviética  sempre se orgulhou de suas realizações científicas, mas atualmente a Rússia vem perdendo seus grandes nomes da ciência, que preferem trabalhar no exterior do que se sujeitar a salários irrisórios e pouco investimento público na área científica.

É preciso aguardar para ver se as afirmações de Sobolev são verdadeiras ou uma farsa. Se forem fraudulentas, entretanto, isso ilustraria mais uma das medidas desesperadas que os cientistas russos adotaram para atrair financiamento público para suas pesquisas.

(Fonte: Ásia Times)

 

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