Como
testar TRCs
O teste
completo de um Tubo de Raios Catódicos é
bastante difícil e demorado, já que é
necessário utilizar um provador de válvulas ou
um circuito especialmente montado, capaz de
fornecer as diversas tensões e sinais
necessários ao seu funcionamento. Por outro
lado, alguns testes simples podem avaliar o
estado de um TRC com bastante precisão :
a) Existe uma ou
mais manchas circulares no pescoço do TRC,
geralmente próximo aos pinos da base. Estas
manchas são produzidas durante a fabricação do
tubo, e servem para avaliar o estado do
vácuo interno. Seu aspecto deve ser prateado,
brilhante ou levemente escurecido. Caso elas se
apresentem totalmente brancas, houve entrada de
ar no interior do tubo e o mesmo encontra-se
irremediavelmente danificado.
b) O filamento
deve apresentar continuidade, o que se verifica
om o auxílio de um ohmetro, ou multiteste. A
resistência costuma ser baixa, da ordem de 2 a 6
ohms.
c) A tela não
deve apresentar riscos, manchas, pontos ou falhas
no fósforo. Queimaduras na superfície
fluorescente são irreversíveis, e apresentam
coloração marrom.
Um tubo aprovado
nestes três testes tem pouca chance de estar
defeituoso. Um último teste permite avaliar a
emissão do catodo :
d)
Alimentando-se o filamento com a tensão nominal,
surge uma pequena tensão entre o catodo e a
grade de controle. Esta tensão causa uma corrente
de fuga entre grade e catodo, se estes
eletrodos forem interligados externamente
através de um microamperímetro. Note-se que a
única tensão fornecida ao TRC é a de
filamento.
A corrente de
fuga grade-catodo é função direta da emissão
do catodo. O aquecimento expulsa elétrons
da superfície do catodo, que ficam em seu redor
formando uma nuvem. Como a grade de controle
encontra-se bastante próxima do catodo, os
elétrons lançados com maior velocidade
conseguem atingi-la, tornando-a negativa em
relação ao catodo. Ao se interligar os
eletrodos externamente, há o surgimento de uma
corrente que é tão mais intensa quanto for a
emissão catódica. Um tubo em boas condições
apresenta uma corrente de fuga que estabiliza,
após alguns minutos de aquecimento, num valor em
torno de 50 a 100uA.
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