RTBlau - Curiosidades
Curiosidades do esporte do (e no) Rio Grande do Norte

Mini-Copa da CBD no Machadão

Em junho de 1972, foi dada uma pausa no Estadual, onde os jogadores estreavam no Estádio Machadão, à época Castelão; para que fosse realizada uma mini-copa da CBD (hoje CBF) envolvendo seleções como Equador, Chile, Irlanda e Portugal (o Brasil também estava, mas no grupo que atuava no Rio de Janeiro).

Os caminhos de um técnico

Ferdinando Teixeira, no momento no Santa Cruz/PE (em agosto/2001)... era técnico do Alecrim em 1974! E em 1976? Pois bem, ele era o preparador físico do ABC.

Lotado até dizer chega

O recorde de público no Estádio Machadão pouco depois de inaugurado foi em ABC x Santos, em 1973: pelo borderô da época, 49.150 pagantes. O recorde de público numa partida local foi também em 1973: ABC x América reuniu 43.144 pagantes, renda de Cr$ 208.250,50. Que diferença de hoje em dia...

ABC e América licenciados

O América licenciou-se uma vez do Campeonato Estadual, de 25 de fevereiro de 1960 a 30 de maio de 1966, justamente para se reestruturar. Pois não é que anos antes o ABC também se licenciou do Estadual? Foi em 1952.

Troféu para o primeiro gol no Machadão

Em 1972, o Diário de Natal preparou um troféu especial para quem abrisse o placar do Estãdio Machadão, então Castelão. O troféu ficou com o jogador William, do ABC, que fez o primeiro gol no novo estádio contra o América, aos 20 minutos do primeiro tempo. Quem duvidar pergunte para Alberi, foi ele quem fez o lançamento para William marcar.

O campeão de 1973

Responda se puder: qual era a escalação do ABC campeão estadual de 1973? Lá vai - Erivan, Sabará, Edson, Telino e Maranhão; Anchieta, Libânio, Alberi e Jorge Demolidor; Danilo Menezes e Morais. O técnico era Danilo Alvim. A decisão foi contra o América, e o alvinegro tascou-lhe um 4 a 2.

Arnaldo César Coelho em Natal

Sabem aquele comentarista, o Arnaldo César Coelho? A primeira vez que ele esteve em Natal foi em 24 de junho de 1973, para apitar ABC 2 x 1 América. Os gols da partida foram de Alberi e Maranhão para o ABC; e João Daniel para o América.

Pousada do Atleta já foi Toca do Diabo

Uma curiosidade sobre a antiga Pousada do Atleta, do América, no bairro de Cidade Jardim - para quem não sabe, a Pousada ficava pouco depois do Viaduto de Ponta Negra, antes da entrada para a hoje Av. Ayrton Senna (antiga Estrada do Jiqui), e até agosto/2001 ainda era possível se ver o campo. Em junho de 1973 ela estava em construção, e o nome anterior (da época) era Toca do Diabo - o campo, depois chamado de General Everardo, nem tinha nome ainda... O clube vendeu a área e em março/2001 começou a ser construído no local um empreendimento comercial, precisamente (out/2001) o Hiper Bompreço de Ponta Negra.

A peruca do goleiro

Bastos, goleiro do Força e Luz em 1973, era fascinado por uma peruca - aliás, era até moda naquela época. E ele aloprou: em 15 de julho sua equipe perdeu para o América, 3 a 2, jogando com peruca e tudo! Ainda hoje há quem diga que a peruca estava escorregando na cabeça do goleiro, desconcentrando o mesmo...

ABC quer construir estádio... de novo

O ABC construir um estádio? Não é de hoje, não. Em 1973, o alvinegro estava tomando conta de um terreno em Morro Branco, e começou uma obra de terraplenagem (que foi concluída no ano seguinte) justamente para construir um estádio, que iria se chamar "Queridão". Na época, a obra estava a cargo da EIT, nas mãos de José Nilson de Sá.

Nomear quem para o TJD?

Acreditem se quiser: em junho de 1974 não existia Tribunal de Justiça Desportiva na então Federação Norte-Rio-Grandense de Desportos (FND, hoje FNF). Na época, o presidente da FND, João Machado, não havia ainda nomeado um substituto para o auditor Orlando Garcia, que morreu no ano anterior; e desde março havia passado o mandato de todos os representantes do TJD. Ante a indagação da reportagem esportiva do DN, João Machado disse que iria nomear a P...! (bem, sobrou para a mãe do repórter, que não tinha nada a ver com a história!)

A pena prescreveu...

Em 1971 o ABC conquistou a Taça Cidade do Natal de forma irregular. Mas não teve julgamento e, se havia alguma pena, prescreveu... não havia TJD, o mandato dos componentes havia encerrado dez meses antes da conquista da taça. Quem fez a denúncia? Bira Rocha, em 1974...

Do futebol ao vôlei

Responda rápido: quem era o preparador físico dos goleiros do Alecrim em 1974? Hoje pode parecer incrível, mas era nada menos que Jorge Moura, ex-goleiro do ABC e do Riachuelo, mais tarde foi jogador e técnico da Seleção Potiguar de Vôlei; e até um dia desses era presidente da Federação Norte-Rio-Grandense de Vôlei.

O médico do ABC em 1976

Quem era o médico do ABC em 1976? Quem respondeu Roberto Vital (aliás, o médico atual do clube, além de ter sido o médico da equipe paraolímpica brasileira, em Sydney, Austrália, em 2000) errou! Era Eriberto Rocha.

FND mudou de nome

A Federação Norte-Rio-Grandense de Desportos, em 1975 mudou de nome para FNRF, e depois para o nome atual: FNF - Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol.

O jogador Reinaldo

O grande nome e ídolo do ABC campeão de 1976 era um jogador chamado Reinaldo. Precisamente, Reinaldo Francisco - que mais tarde, em 1996, comandou o Parnamirim ao lado do preparador físico Eloy Simplício, e fez da equipe azul a "Máquina Mortífera".

O campeão de 1976

Mais uma de escalação - quem sabe a equipe campeã do ABC em 1976? Ei-la. Hélio Show, Fidélis (Orlando), Pradera, Wagner e Vuca; Drailton e Danilo Menezes; Noé Silva, Joel, Zé Carlos (Reinaldo) e Noé Soares. O técnico era João Avelino.

Do Racing das Rocas à FNF

Por onde andava o hoje presidente da FNF, Nilson Gomes (reeleito para mais um mandato em agosto de 2001), no distante ano de 1977? Muito bem, ele era dirigente do Racing das Rocas.

Uma decisão que acabou no bofete

A decisão de 1977, entre ABC e América, terminou em porrada e tapetão. É o quê? Reportemos a 19 de setembro daquele ano. O árbitro Faville Neto interrompeu a partida aos 30 minutos do segundo tempo - estava 0 a 0, placar que favorecia o América - por pancadaria generalizada em campo, além de expulsar todos os jogadores, técnicos, médicos e massagistas. Quem teria começado a confusão foi Anderson (ABC), cheio das provocações de Zeca (América), após a expulsao de Ivanildo (América) - isto tudo diante de 22.873 pessoas. Onze dias depois, o TJD deu ganho de causa ao América, que se sagrou campeão daquele ano. Querem mais detalhes? Perguntem a Danilo Menezes, que teve sua biografia lançada recentemente (abril-maio de 2001) pelo jornalista Rubens Lemos Filho...

Uma decisão que acabou no bofete (II)

Mais uma de escalações - alguém sabe os times de ABC e América em 1977? O ABC era formado por Hélio Show, Orlando, Pradera, Domício e Vuca; Baltazar Germano e Danilo Menezes; Noé Silva (Maranhão), Paulo César (Zezinho), Anderson e Noé Soares (o técnico era Maranhão). Já o América tinha estes jogadores - Cícero, Ivan, Joel, Argeu e Olímpio; Zeca, Alberi e Rogério (Garcia); Ronaldo, Aluísio e Soares (Ivanildo); o técnico era Laerte Dória, o mesmo que foi preparador físico do clube há uns dois anos.

Sem o Belfort Duarte?

Por conta da expulsão coletiva na final de 1977, o goleiro reserva Erivan, do ABC, ficou ameaçado de perder o Troféu Belfort Duarte, concedido ao jogador que atua por dez anos sem sofrer uma punição sequer.

Joel Santana no América-RN

Sabem aquele técnico de um certo Vasco, o Joel Santana? Em 1979, ele era zagueiro central do América, sob o nome de Joel Natalino (seu nome completo é Joel Natalino Santana) e foi bicampeão. A decisão foi contra o ABC, no dia 16 de setembro, e deu América nos pênaltis, 4 a 2 (no tempo normal, não passou de 0 a 0). Eis a equipe do bi: Zé Luiz, Givaldo, Joel Natalino, Sérgio e Gilton; Roberto, Danilo e Marinho Apolônio; Ronaldinho (Pedrada), Oliveira e Mário (Hélio). O técnico era Caiçara.

Jogo bom para ortopedistas...

Rolava o campeonato de 1980. Em 8 de junho, o clássico América x Alecrim teve complicações. Primeiro, num choque entre vários jogadores, o zagueiro Manoel (Alecrim) teve uma costela quebrada e ficou 45 dias "de molho"; depois, o médio-ponta-de-lança Edmo (na época, novidade no Alecrim; hoje - julho de 2001 - editor de esportes do Diário de Natal) levou uma cotovelada de Joel Natalino (hoje Joel Santana, técnico do Vasco-RJ) - pior para Edmo, que teve três dentes quebrados e o supercílio esquerdo cortado...

Um Estadual "mucho loco"

O campeonato de 1980, acreditem, começou em junho e teve quatro turnos, encerrando em dezembro! E os políticos, que estavam fazendo cmapanha na época, temerosos de que o futebol atrapalhasse suas intenções, chegaram a solicitar que o campeonato tivesse alguns jogos adiados para o ano seguinte! Como se não bastasse, em pleno mês de dezembro, haver uma série de jogos seguidos com menos de 72 horas de intervalo entre eles... foi uma competição muito criticada até pela imprensa.

Macarrão & Spaghetti

O nome completo do folclórico massagista "Macarrão", do América, é Aldemir Tomaz de Araújo; e de seu regra-três (isto é, o substituto imediato) "Spaguetti" é Ivaldo Barbosa de Lima.

Me segura que eu vou ter um troço!

Na decisão do Estadual de 1985, América x Alecrim em campo. Era 1.o de dezembro, e deu Alecrim, 2 a 0, gols de Freitas e Odilon. O curioso foi na arquibancada: o torcedor Macedo, da Torcida Fiéis Esmeraldinos Radicais - FERA (braço-direito do Alecrim), estava (digamos) antevendo a morte de tanta felicidade pela conquista do título... próximo, José Normando, também da FERA, ouviu, e saiu-se com esta: "Se Macedo morrer agora, eu o mato. Isso não é hora de morrer..." É mole?

Problemas no Machadão

O então Estádio Marechal Castelo Branco, o Castelão (mais tarde Machadão) fechou para serviços em 3 de junho de 1986, em pleno primeiro turno do Estadual (foi um ano com Estadual de três turnos). Todos os jogos foram transferidos para o Estáio Juvenal Lamartine, o JL. O Castelão fechou para tratamento de partes críticas, a marquise amaeçava desabar! Diga-se de passagem, dois anos antes o estádio fechou igualmente para reformas, a fim de fazer o tratamento das partes críticas com jateamento de concreto e para iniciar a impermeabilização da marquise...

Valeu o que estava escrito

Em 1987, o campeonato começou e terminou confuso. Para se ter uma idéia, o ABC chegou a entrar com mando de causa para paralisar a final do campeonato, programada para o o dia 23 de agosto entre América e Baraúnas (o América venceu, 2 a 1, e conquistou o Estadual ´87). Não deu, ficou valendo a data programada; a decisão foi numa quarta-feira, diante de míseros 2.935 pagantes...

Demitido devido a um churrasco

O técnico Hélio Lopes, do Riachuelo, foi demitido do cargo em 26 de junho de 1988. O estopim foi o estômago: numa churrascaria da cidade, o então presidente do RAC, Carlos Alberto, sugeriu que fossem servidos primeiro os jogadores e, depois, a comissão técnica. Hélio foi contra, queria o dele primeiro por ser o técnico... mais tarde, acertou-se uma saída simples e sem problemas. Mas o folclore ficou...

Outra decisão que terminou em porrada

A decisão do Estadual de 1988 - deu ABC 0 x 0 América, e o rubro foi campeão - terminou em porrada. Logo após o árbitro carioca Aluísio Vuig decretar o fim de partida, Dalmo (ABC) tacou a chuteira (do lado da trava!) na cara de Joel (América), e este foi revidar; Baltazar Germano (América) levou um soco de Mery (ABC) e a seguir uma "voadora" por trás de Alcimey (também do ABC). Virou praça de guerra. Mais tarde, Baltazar, através de Tiê (colega do América) deu um recado - "Vou dar o troco a Alcimey..." A história está em jornais da época.

O locutor de rádio (quase) virou técnico

Era o ano da graça de 1990. O campeonato, iniciado em fevereiro, terminou mais cedo para evitar a concorrência com a Copa do Mundo da Itália. Em 20 de maio, na decisão, o América perdeu o título para o ABC, e o então técnico rubro Ferdinando Teixeira entregou o cargo. Os dirigentes rubros improvisaram uma saída: Baltazar Germano assumiu interinamente como técnico por quase um mês, até o novo técnico assumir. Quem era este técnico? Um certo Hélio Câmara, hoje narrador esportivo de rádio AM, de olho no Campeonato Brasileiro. Calculem o desastre lá na frente... se bem que diz-se que ele teria declinado do convite.

Mais problemas no Machadão

Problemas no Machadão não são coisa recente. A prova está n'O Poti de 1.o de dezembro de 1991: as torres das luminárias do estádio, que havia mudado de nome há pouco tempo, estavam para lá de corroídas, e o próprio sistema de iluminação estava comprometido; além disso, a lotação oficial do estádio foi reduzida para 30 mil pessoas, por conta da falta de manutenção nas marquises, que poderiam desabar com o peso. Sete anos depois, cai a gaiola de sustentação das luminárias à esquerda do Frasqueirão, e começa a atual fase de reformas no estádio.

Aos 44 ou aos 47? Depende do relógio...

No dia 27 de setembro de 1991 o árbitro Francisco Canindé da Silva entrega a súmula de um jogo polêmico: América 1 x 0 Potyguar de Currais Novos, com o gol americano aos 47 minutos do segundo tempo, causando revolta dos curraisnovenses - tanto que o goleiro Toinho deu um chute nas costelas de Canindé, e este chamou o jogador de animal... a alegação do árbitro na época era a de que o cronômetro estava parado para os descontos (substituições, cobranças de falta e outras questões do gênero), e no momento do gol marcava 44 minutos.

O campeão de 1991

1991 foi mais um ano onde o Estadual inventou de terminar em dezembro. A decisãofoi no dia 8 de dezembro - para variar, ABC x América. Deu América, 1 a 0, gol de Magno. Qual era a escalação do rubro? Eugênio, Tiê, Romildo, Gito e Cláudio; Carlos Mota, Lico e Dedé (Erivando); Paloma, Magno e Baíca (Marcos); o técnico era Ferdinando Teixeira. Apenas 9.754 pessoas pagaram para ver o clássico, arbitrado por Leo Feldman. A renda? Valor da época: Cr$ 18.868.000,00 - com inflação nas alturas e tudo.

Que tal esticar até o ano que vem?

Outro campeonato que terminou em dezembro foi o de 1993 - mais um estadual com três turnos, complicado (e alternado) com os jogos no Campeonato Brasileiro. Tanto que, em 2 de julho, o ABC estava liderando um - digamos - motim para "esticar" a competição até o começo de 1994...

O sumiço do Riachuelo e do Atlético

O Riachuelo e o Atlético estavam impossibilitados de participar do campeonato de 1993, e estudavam - se o regulamento e as circunstâncias fossem favoráveis - o respectivo retorno. Em 1994 não deu... e sumiram do mapa.

Pau dos Ferros na área

A Liga Desportiva Pauferrense - de Pau dos Ferros, naturalmente - foi criada a 21 de junho de 1995. Isto possibilitou, no ano seguinte, a inclusão da Sociedade Esportiva Pauferrense (hoje simplesmente a "Pauferrense") no Estadual de 1996.

O campeonato de Ferdinando

Muitos tiveram de engolir Ferdinando Teixeira no Estadual de 1996. O homem estava esportivamente diabólico, impossível de segurar: venceu o primeiro turno pelo ABC, depois de umas discussões desligou-se do alvinegro e foi contratado pelo América... onde a seguir venceu o segundo turno e, mais adiante, a decisão do campeonato com brilhantismo. Pegue para os críticos!

Da vez que o rojão sobrou para Jonaldo

Na decisão do Estadual de 1996, quem levou a pior foi o árbitro Jonaldo Batista. O "Margarida do Nordeste", segundo as más-línguas, era um dos bandeirinhas (hoje denominado árbitro-auxiliar) e foi atingido por um fogo-de-artifício do tipo "pistola", lançado de algum lugar do Frasqueirão. Jonaldo desmaiou com o impacto, e teve de ser substituído.

Jogo de graça no Dia do Trabalhador... em 1976

O dia 2 de maio de 1976 foi inesquecível para os torcedores. O então Castelão (hoje Machadão) lotou até dizer chega, para o clássico América 1 x 0 Alecrim, valendo pelo primeiro turno do Estadual - o jogo foi de portões abertos, pois o Governo do Estado comprou o espetáculo e o incluiu na programação comemorativa ao Dia do Trabalhador. Que diferença dos dias de hoje...

Romualdo Arppi Filho no Estadual de 1977

Além de Arnaldo César Coelho, outro árbitro de respeito andou apitando pelo menos um jogo em Natal. Quem, quem, quem? Romualdo Arppi Filho, que foi apelidado pelos torcedores na época de "Rei do empate" - misteriosamente, a maior parte dos jogos em que atuava terminava em empate - e apitou a decisão do segundo turno do estadual de 1977, para variar um ABC x América, no dia 21 de agosto. Deu América por 1 a 0, gol de Marinho aos 22 minutos do primeiro tempo, diante de pouco mais de 30 mil torcedores.

O campeão de 1981

29 de novembro de 1981. Decisão do Estadual daquele ano - ABC x América. Deu América, 3 a 2, que assim conquistou o tricampeonato diante de pouco maos de 13 mil pessoas. Eis o time: César, Ivan Silva, Lúcio Sabiá, Otávio Souto e Wassil; Baltazar Germano, Norival e Gilson Lopes; Sandoval (depois Orlando), Militão (depois Beca) e Severinho (ele mesmo, o hoje técnico do time rubro); o técnico era Erandyr Montenegro. O árbitro foi Moacir Serafim, e um dos bandeirinhas foi César Virgílio, hoje comentarista esportivo em uma rádio AM da cidade.

O campeão de 1983

14 de dezembro de 1983. Mais uma decisão do Campeonato Estadual. ABC x América terminou empatado, 1 a 1 - o gol de empate do ABC (e de quebra do título para o alvinegro) foi de Silva aos 42 do segundo tempo - e muitos na época disseram que ele estava impedido. A partida, arbitrada por Arnaldo César Coelho, terminou em porrada... o time do ABC: Carioca (Índio), Luiz Antônio, Devino, Noronha e André; Gelson, Alberi e Marinho; Tinho, Silva e Aroldo; o técnico era Erandy Montenegro.

O primeiro Campeonato Potiguar

O primeiro Campeonato Potiguar foi realizado em 1918, pouco depois da criação da então Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos (hoje Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol - FNF). O Estadual começou... mas não terminou. A competição foi interrompida pela epidemia de gripe espanhola, a tal "Influenza", que saiu matando alguns milhões de pessoas mundo afora naquela época. Tanto que em Natal as aulas foram interrompidas e reuniões proibidas, para evitar que a doença se espalhasse. Passou-se a gripe... e esqueceram do Estadual! No ano seguinte (1919), a partir do zero começou um novo Campeonato Estadual, e o vencedor foi o América.

América não, Centro Esportivo Natalense

Em 1921, segundo algumas informações, o campeão foi o América. Melhor passar a borracha nesta história: o campeão daquele ano foi o Centro Esportivo Natalense, mais tarde Atlético, que resistiu até o começo da década de 1990. É o quê? Perguntem a Joaquim Martiniano, do Instituto Histórico e Geográfico do RN, ele fez o levantamento com base n'A República e outros jornais - portanto, sem dúvida de informação, pelo menos com os dados que lhe estavam disponíveis - e o resultado foi divulgado no Diário de Natal de 7 de julho de 1981.

Liga em declínio

Nos anos de 1920, 1923, 1924 e 1925 o Campeonato Estadual não foi realizado. A então Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos, criada em 1918, estava em declínio. Só foram realizados alguns amistosos. Vale lembrar que nessa época o futebol (foot-ball, como se escrevia então, em inglês mesmo) ainda era um esporte de elite, e só mais tarde caiu no gosto do povão.

O campeonato que (não) houve

Ainda hoje há notícia de que o Alecrim conquistou seu primeiro Estadual em 1925. Nananina! Não houve Estadual, mas sim uma série de amistosos, onde o Alecrim se destacou em campo e mereceu destaque semelhante nos jornais da época, como "A República" e "A Imprensa" - ainda não existia o Diário de Natal, que foi criado em 1939 em sua forma atual. Mas ficou a história que o Verdão "conquistou" o Estadual de 1925, que não houve...

O sargento do Alecrim

Outro detalhe do Alecrim de 1925: além de ter sido "campeão estadual" sem ter sido realizado tal campeonato, o técnico "campeão" foi o sargento Alexandre Krause, da Marinha. Segundo Joaquim Martiniano (DN, 07.07.1981), o sargento Krause veio a Natal em 1917 e voltou ao Rio de Janeiro em 1920, comprovado por documento oficial da própria Marinha. Portanto, ele não dirigiu o Alecrim em 1925, nem pessoalmente muito menos por carta... e nem venham com Internet, isso só surgiu popularmente de 1995 para cá! De todo jeito, ficou a história...

Marca, remarca... e não emplaca

Era o ano da graça de 1924. Com a Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos em declínio, não houve competição. As coisas foram acontecendo, e, nas últimas, a Liga marcou o início do Estadual para junho - o que não aconteceu nem em junho nem tão cedo...

Estadual ou Centenário da Independência?

Em 1922, o América foi campeão do Estadual? Apesar de muitos afirmarem que foi; pelos jornais da época, não foi. Explica-se: não houve Estadual, para começo. Além disso, foi realizado um Torneio do Centenário da Independência, e o campeão foi o América - com o passar dos anos, confundiu-se o Centenário com uma edição do Estadual, e até hoje persiste a confusão.

Campeão no grito

Quem disse que cartolagem é coisa de hoje em dia? Lá vem história. Em 1928, o ABC conquistou o primeiro turno do Campeonato Estadual. O dirigente ABCdista Vicente Farache fez algumas alegações, deu uma choradinha, soltou as cachorras na Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos e partiu com a equipe para uma partida fora do Estado... quando voltou desta partida, o ABC estava proclamado campeão estadual, sem segundo turno nem nada, e os outros times ficaram chupando o dedo...

Soma daqui, soma dali, soma acolá...

Campeonatos confusos não são coisa recente. O Estadual de 1929 foi de lascar. O campeonato estava em andamento e foi interrompido no meio para se formar a seleção estadual para algumas partidas. A Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos, para compensar, "armou" um campeonato, suspenso em setembro. Sem tempo para concluir a competição, o que fazer? A Liga somou os pontos do Primeiro Time (o principal) com os do Segundo Time (juvenis) e os do Terceiro Time (infantis) de cada equipe participante. O resultado foi que, mesmo não sendo o líder, o ABC levou o caneco para casa...

Na Justiça por un título "inexistente"

Fato curioso, para não dizer engraçado: o ABC e o Alecrim disputam na Justiça o título de campeão estadual de 1920. Só que, de acordo com levantamento de Joaquim Martiniano (DN, 07.07.1981), baseado em jornais da época, não houve Estadual, apenas alguns amistosos. Então, que título de Estadual - se não houve - estão discutindo?...

Quem foi Luiz Soares

Depois do declínio entre 1920 e 1925, a Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos se reestruturou em 1926, obra do desportista Luiz Soares de Araújo, que também era adepto do escotismo e criou um grupo de escoteiros no Alecrim. Aliás, sua passagem entre os escoteiros foi tão marcante que ainda hoje, no Centro Escolar (Instituto) Padre Miguelinho funciona o Grupamento de Escoteiros Luiz Soares, um dos mais antigos da cidade...

No meio do caminho

Após a restruturação da Liga Norte-Rio-Grandense de Desportos, em 1926, o América conquistou o bicampeonato 1926-27. Só não foi tri porque havia o ABC em seu caminho em 1928. A mesma coisa aconteceu em 1930 e 1931: o América de novo foi bi, mas em 1932 - parodiando Carlos Drummond de Andrade, com todo respeito - tinha um ABC no meio do caminho do América, no meio do caminho do América tinha um ABC...

O Fusca do Governador

No dia 14 de junho de 1972, o então estádio Castelão sediava o jogo Chile x Equador, valendo pela mini-Copa da CBD (hoje CBF). Seria um jogo de pouco público, não fosse o anúncio de um sorteio de um Fusca zero quilômetro, feito até mesmo pelo Governador do Estado na época, Cortez Pereira... só que o sorteio não passou do anúncio e jamais aconteceu! Detalhe: a mesma história do sorteio de um carro popular zero quilômetro aconteceu num jogo ABC x Campinense-PB, em 1967 (ainda no estádio Juvenal Lamartine, o JL) - mas aqui o sorteio aconteceu, porém saiu um número muito alto... e o sorteio jamais foi refeito.

Flamengo quer Alberi

Após ABC 0 x 0 Flamengo (Taça de Ouro, 04.10.1972, jogo realizado no Estádio Machadão, à época Castelão), um dirigente do Flamengo foi ao vestiário do ABC, querendo saber dos "cartolas" alvinegros o preço do liberatório do craque Alberi. Detalhe: a idade do atleta (então com 27 anos, o que em 1972 já era considerada avançada - que dirá hoje!) não era problema, principalmente depois da grande exibição que ele fez, deixando os dirigentes rubro-negros de queixo caído...

O jogo de número 999 do Rei Pelé

ABC x Santos, partida válida pela então Taça de Ouro (hoje Brasileiro Série A) e realizada no Estádio Machadão (então Castelão), no dia 29 de novembro de 1972, foi o jogo de número 999 de Pelé - o jogo seguinte, contra o Ceará alguns dias depois, seria o milésimo, com direito a festa e tudo o mais.

A testemunha do gol 1000 de Pelé

É bom não confundir o milésimo jogo com o milésimo gol - este feito no Maracanã, contra o Botafogo-RJ, em 1971. Detalhe: o uruguaio (hoje praticamente potiguar) Danilo Menezes, em 1971, era justamente um dos ídolos do Botafogo-RJ, e é testemunha ocular da história em posição privilegiadíssima: estava em campo, como titular, quando Pelé fez o milésimo gol...

Pressão total sobre a CBD

Enquanto rolava ABC x Santos (Taça de Ouro, 29.11.1972, jogo no Machadão), a CBD (hoje CBF) decidia que o alvinegro potiguar estava excluído, por dois anos, da Taça de Ouro devido às escalações irregulares de Rildo e Maurílio em jogos anteriores. A notícia caiu com o impacto de uma bomba daquelas bem violentas: paras se ter uma idéia, o governador Cortez Pereira, o arcebispo Dom Nivaldo Monte, o major Hugo Manso (presidente do América) e Humberto Nesi (vice-presidente da FND) começaram a se movimentar a fim de sensibilizar a CBD e fazer a entidade máxima do futebol brasileiro voltar atrás na decisão...

Da vez que o repórter representou o representante

Os fatos curiosos não foram poucos nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) de 1977, realizados em Natal. Por muito pouco o Rio Grande do Norte não ficou de fora do vôlei, o chamado Congresso Técnico da modalidade estasva para começar e ninguém sabia onde diabos andava o representante potiguar!; por muita sorte, a exclusão não aconteceu porque, no último instante a reportagem esportiva do "Diário de Natal" na época (precisamente o jornalista Everaldo Lopes, que acompanhava a competição) atuou como representante do Estado no Congresso Técnico - bem diferente dos dias de hoje, onde os jornalistas volta e meia são "chutados" dessas reuniões...

Entrada franca nos JUBs'1977

De todas as modalidades dos JUBs'1977, as que de longe davam o maior público eram as de atletismo e a de natação. O motivo? Eram as únicas onde a entrada era franca, nas outras era preciso pagar ingresso...

O árbitro surdo dos JUBs

Os JUBs'1977 tiveram a participação de um árbitro surdo. É o quê? O surdo - com todo respeito - era Marlúcio Ferreira, dos quadros da Federação Pernambucana de Futebol e da Confederação Brasileira de Basquete; e atuou em várias partidas de basquete nos JUBs. Antes de ser árbitro, entre outras coisas foi lutador de boxe - e, quando estava irado, era o cão: uma vez, ele se "atracou" com o técnico Togo Renan Soares, o Kanela (tio do humorista Jô Soares), numa confusão sem tamanho que envolveu meio mundo... e, em outra ocasião, foi procurar um jornalista para pegá-lo "no bofete" porque o dito-cujo havia escrito uma matéria chamando o árbitro de "surdo-mudo"...

Prefeito recordista no martelo

Os JUBs'1977 também se notabilizaram por ter, entre outras coisas, um prefeito recordista. Quem? O nome do homem era Valdemir Mastrovich, era estudante no interior do Paraná e era de fato prefeito da cidade de Apucarana, naquele Estado. Valdemar foi campeão e recordista no lançamento do martelo - apesar de não ter se saído muito bem em sua especialidade, o lançamento de disco...

Fugindo do clube e da placa

Muita coisa curiosa aconteceu no gramado do estádio Machadão. Certa vez, o jogador Samuel, atacante do ABC, fez um gol de "placa" durante uma patida contra o Alecrim - e uma placa de fato foi feita para homenagear o atleta, placa esta feita a mando do então presidente do ABC, José Prudêncio Sobrinho. Mas, quem disse que Samuel recebeu a placa? Motivo: o jogador fugiu do ABC...

Uma coroa para Oliveira Piauí

Um atacante chamado Oliveira Piauí, no América, foi homenageado com uma coroa em pleno gramado do Machadão. Detalhe: nem Pelé, o Atleta do Século e Rei do Futebol (menos para os argentinos - mas isto é questão de gosto!), em toda sua carreira, jamais foi homenageado desta forma...

...E pegue cacete no centro!

Já teve muito cacete "comendo no centro" no Estádio Machadão. Num destes (bagunçados) Campeonatos Estaduais da vida, o árbitro Barros Neto apanhou até ficar mole do goleiro Salvino, do ABC; dias depois, em outro jogo, sobrou para o jogador Dedé de Dora (também do ABC), que levou um soco seguro do árbitro Níldeme Antunes, brabo todo...

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