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Menu - Índice - Tursiops truncatus

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Cetacea
        Família: Delphinidae
          Gênero: Tursiops
Tursiops truncatus
Golfinho-nariz-de-garrafa
  Figura de espécimes. Clique para ampliar. Figura de espécimes. Clique para ampliar.
2005/06/11 Hugo Gomes Antunes 25/06/2005

Taxonomia

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Tursiops truncatus [Montagu, 1821].  
Citação: Mem. Wernerian Nat. Hist. Soc., 3:75, pl. 3.
Localização típica: RU, Inglaterra, Devonshire, "na Piscina de Duncannon, próxima a Stoke Gabriel, cerca de cinco milhas River Dart acima".

Características gerais

Comprimento do corpo: 1,8-4 m.
Peso: 150-650 kg.

Os adultos medem 1,9 a 3,9 metros de comprimento e pesam 150 a 650 kg. Os machos são maiores e mais pesados do que as fêmeas e os animais que vivem em mar aberto são maiores e mais robustos do que os animais costeiros. A sua coloração é cinzento-chumbo (do mais claro ao mais escuro), com sombras esbatidas nos flancos. A barriga é branca, por vezes rosada. A barbatana dorsal é triangular e de tamanho moderado (com cerca de 35 cm de altura). Os lobos da barbatana caudal são simétricos e esta tem 65 a 80 cm de envergadura. O focinho curto tem cerca de 8 cm, e daí que vem o nome popular. Têm a testa arredondada e o bico pronunciado, no qual se alojam, em ambos os maxilares, 40 a 48 dentes cônicos e afiados. Por serem mamíferos, são animais homeotérmicos (capazes de manter a temperatura interna constante independentemente das variações térmicas ambientais) e possuem pulmões em vez de brânquias, pelo que têm de se deslocar constantemente à superfície para respirar (muitos golfinhos morrem afogados, atualmente, por ficarem aprisionados nas redes para a pesca do atum, cujos cardumes têm o hábito de acompanhar). A audição é o sentido mais desenvolvido nos cetáceos (o som propaga-se mais facilmente na água do que no ar).

Chaves de classificação física: endotérmico; homeotérmico; simetria bilateral; hidrodinâmico. 
Dimorfismo sexual:
macho maior.

Ontogenia e Reprodução

O ciclo reprodutivo entre essa espécie é o mais conhecido dentre os golfinhos. O período de gestação é de aproximadamente 12 meses, e os filhotes podem nascer em qualquer época, mas, em regiões temperadas, raramente nascem no inverno. As fêmeas parem uma única cria, normalmente em intervalos de três a quatro anos. O recém-nascido mede cerca de 100 cm e pesa cerca de 10 kg. A língua da cria está adaptada, através de vilosidades, para a melhor captação do leite, que a fêmea esguicha para o exterior do mamilo, quando a cria está em posição de amamentação. Os jovens começam a ingerir alimentos sólidos por volta dos seis meses de idade e deixam o leite materno aos 12 a 18 meses. Acompanham a mãe para aprender a procurar alimento e a integrar-se no sistema social. Os machos atingem a maturidade sexual entre os 10 e 12 anos de idade e as fêmeas entre os seis a oito anos.

Período de gestação: 12 meses.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 10-12 anos.
Longevidade:
12-50 anos (12-40 em média).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Vivem normalmente em grupos pequenos ou médios (cerca de 15 indivíduos em média), podendo surgir grupos de mais de 500 indivíduos. São geralmente residentes, mas algumas populações do largo podem empreender migrações sazonais. Sendo excelentes nadadores e muito ativos à superfície, acompanham a proa e o rasto dos navios, fazem surf e saltam freqüentemente, por vezes a vários metros de altura. Atingem até 40 km/h viajando. Tipicamente mostram a testa quando emergem, mas raramente o bico. Podem associar-se a outros cetáceos e a tartarugas-marinhas. A sua forte estrutura social está relacionada com a proteção do grupo contra predadores, a procura de alimento e a criação dos juvenis. Ao encontrar um predador como um tubarão, o bando conjuga forças para lutar a focinhadas. Os golfinhos comunicam entre si por meio de vocalizações e, uma vez que não possuem cordas vocais, tem sido sugerido que os sons que produzem (assobios e estalidos) provêm da região do êmbolo nasal. Esse sistema de comunicação vem sendo largamente estudado pelo homem e é tido como uma linguagem bastante complexa, que pode vir a ser decifrada e utilizada na comunicação com esses animais. Estes cetáceos, tal como a maior parte, são ainda capazes de utilizar os sons que emitem para apreenderem as características do meio que os rodeia – ecolocação. No meio da testa, possuem um corpo ceroso em forma de lente – o melão – que foca os sons produzidos nas passagens nasais, de modo a que sejam emitidos sob a forma de um estreito feixe, que atinge os objetos situados em redor do animal. As ondas sonoras refletidas por estes objetos (ecos) são, então, canalizadas por cavidades situadas no maxilar inferior até ao ouvido interno. De um modo simplista, podemos dizer que a ecolocação dos cetáceos funciona como o sonar de um navio. Esta capacidade permite-lhes mesmo a percepção de pequenos detalhes. 

            Estrutura social: Grupos pequenos ou grandes.
            Dieta: Peixes e mariscos.
            Predadores principais:
Homem; orcas e tubarões grandes.

            Chaves de características comportamentais: móvel; natatorial; gregário; migratório.
                Chaves de características alimentares:
carnívoro; piscívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita águas tropicais e temperadas.

Bioma aquático: costeiro; pelágico.

Distribuição Geográfica

Ocorre em todos os oceanos do mundo, exceto os oceanos polares árticos e antárticos.

Região Biogeográfica: oceânico (nativo): oceano Índico (nativo); oceano Atlântico (nativo); oceano Pacífico (nativo).

Distribuição Histórica

Os golfinhos-nariz-de-garrafa são espécies holocênicas de cetáceos odontocetos, provenientes de formas terciárias basais.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

A espécie pertence ao Apêndice II da CITES. Estima-se a existência de cerca de cinco milhões de indivíduos em liberdade, mas a captura artesanal ou industrial, o acidental aprisionamento nas redes de pesca, a poluição, a perturbação humana, a destruição do habitat e a escassez de alimento devido à sobreexploração pesqueira têm contribuído para a sua diminuição.
Sabe-se que esta espécie habitava, há mais de 20 anos, o estuário do rio Tejo. Contudo, com o aumento da circulação naval e da poluição, desapareceu destas águas. Apesar disso, Portugal é um dos únicos locais do Mundo onde existem grupos de golfinhos-bico-de-garrafa a viver em estuários, na proximidade do Homem. O estuário do Sado (Setúbal) é disto um bom exemplo. No entanto, esta população está também bastante ameaçada pela circulação naval e a poluição.

Exemplares vivos: 6.000 (média).

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

É a espécie de golfinho mais estudada pelos cientistas, devido a sua grande adaptação à vida em aquários, onde são utilizados para a realização de espetáculos, por sua grande habilidade e capacidade de aprendizagem. Tursiops aduncus é considerada sinônima de Tursiops truncatus por Ross e Cockroft (1990); mas atualmente pode ser considerada como uma espécie a parte; Tursiops nesarnack e Tursiops gillii são consideradas espécies distintas por Hall (1981).

Nomes vulgares: golfinho-nariz-de-garrafa (português); golfinho-bico-de-garrafa (português); golfinho-flipper (português); golfinho-roaz (português, lusitano); delfim-nariz-de-garrafa (português); golfinho-corvineiro (português, lusitano); roaz-corvineiro (português, lusitano); bottle-nose-dolphin (inglês); bottlenosed-dolphin (inglês).                                                                                                                                                                                                                                           Protônimo: Delphinus truncatus (Montagu, 1821).

Referências 

Arkive - Images of Life on Earth. Avaliado on-line em: http://www.arkive.org 

Mamíferos. Guia De Animais Brasileiros. On-Line Editora. Nº 4, ano 1, pág. 49 (Golfinho-flipper).

O Fascinante Mundo Dos Animais - Mamíferos Marinhos - Golfinho De Nariz de De Garrafa.

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 3. Pág: 611. 

Vida Selvagem, Animais das Savanas. Seleções Reader's Digest.

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

Zoológico de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt 

 

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