.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

Menu - Índice - Tupuxuara longicristatus

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Reptilia
      Ordem: Pterosauria
        Família: Tapejaridae
          Gênero: Tupuxuara
Tupuxuara longicristatus
Tupuxuara-de-crista-longa

Figura de um espécime. Clique para ampliar.  

2005/06/06 Rafael Silva do Nascimento 11/06/2005

Taxonomia

_
Tupuxuara longicristatus [Kellner & Campos, 1988].  
Citação: -
Localização típica: -

Características gerais

Envergadura: 6-7 m.
Peso: cerca de 20 kg.

A característica mais marcante no aspecto físico do tupuxuara-de-crista-longa é sua enorme crista, do forma mais ou menos oval, com cerca de 60 cm de comprimento, voltada para trás. Essa crista servia provavelmente como um leme, durante o vôo, dando equilíbrio ao animal (apesar de uma variedade dentro do gênero Tupuxuara ter a crista relativamente menor, não tento essa utilidade); ou então, o que é mais provável devido aos vestígios de vasos sangüíneos encontrados na crista (que deveria ser coberta por pele), fosse um órgão de reconhecimento mútuo entre os exemplares da espécie e dimorfismo sexual: os machos deveriam ter uma crista maior e mais colorida (principalmente na época de procriação), enquanto a das fêmeas seria menor e mais opaca (como a descrita para a espécie Tupuxuara leonardii). O crânio possuía uma abertura temporal para dar mais leveza ao animal (necessária para o vôo). As partes ocas dos ossos deveriam ser espaçadas com ar, dando ainda mais leveza ao animal. O bico era longo e desprovido de dentes, em forma de lâmina. É possível que tivesse uma bolsa de pele na mandíbula inferior, para transportar o alimento, já que não possuía outra maneira de prender as presas. As asas grandes, membranosas e articuladas por uma forte musculatura, atingiam até 7 m de envergadura, e davam ao tupuxuara uma grande capacidade de vôo. Ainda restavam três dedos nas asas, de pouca utilidade. As patas traseiras eram curtas e davam apoio tanto em terra, quando andava, quanto no ar, atuando como cauda.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual:
macho mais colorido e com crista maior (estimativa).

Ontogenia e Reprodução

O tupuxuara era um animal social e vivia em grandes colônias beira-mar. Os machos mais velhos, com suas longas e coloridas cristas reuniam grandes haréns de fêmeas, em territórios fechados. Quaisquer outro macho que tentasse invadir sua área ou roubar as fêmeas de seu harém seria ferozmente expulso, com intimidações pela crista sinuosa. Os machos sem par eram excluídos e condenados a viver às margens da colônia. Provávelmente nidificavam nos altos dos rochedos, talvez junto a outras espécies parecidas, onde suas crias ficavam à salvo de pequenos predadores. As fêmeas cuidavam das crias, alimentando-as com pequenos peixes que apanhavam. É possível que os machos as auxiliassem nessa tarefa. Provavelmente vivia entre os 20 e 40 anos de idade, dependendo das chances que tinha e dos desafios que deveria enfrentar.

            Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Assim como outros pterossauros, o tupuxuara aproveitava as correntes de ar quente que auxiliavam a subir e planar pelo ar. Se necessário, poderiam bater suas longas e membranosas asas, utilizando os seus poderosos músculos dos membros. Apesar de gracioso no ar, em terra deveriam ser lentos e desajeitados, caminhando nas quatro patas, de forma corcunda. Não se sabe havia relação entre o tupuxuara e outras espécies de pterossauros. Com certeza teve de evoluir para conviver com espécies diferentes, que podem ter até partilhado de seu território. Os especialistas sugerem que o tupuxuara tivesse uma estratégia semelhante ao do talha-mar atual para buscar alimento: deveria voar rente à água, com o bico aberto e com a mandíbula inferior submersa até que um peixe fosse capturado. 

            Estrutura social: Grupos grandes; machos detentores de haréns.
            Dieta
: Peixes.
            Predadores principais
:
Terópodes, outros pterossauros e répteis marinhos.

            Chaves de características comportamentais: móvel; gregário; territorial.
                Chaves de características alimentares: carnívoro; piscívoro; heterótrofo.

Habitat

Habitava áreas litorâneas e mangues tropicais.

Bioma terrestre: costal; mangue.

Distribuição Geográfica

Fósseis ocorrem no nordeste do Brasil (Chapada do Araripe).

Região Biogeográfica: neotropical (nativo): brasileira (nativo).

Distribuição Histórica

O Tupuxuara longicristatus é uma espécie datada da era Mesozóica, período Cretáceo Inferior, de 110 milhões de anos atrás, proveniente de formas basais de pterossauros jurássicos, do grupo dos Euthygnatha. Tornou-se extinto desde o Cretáceo Inferior.

Era geológica: Mesozóico; Cretáceo Inferior (110 milhões de anos atrás).

Estado de Conservação

Extinto desde o Cretáceo Inferior, há 110 milhões de anos atrás.

Fósseis desta espécie foram encontrados na Formação Santana (Chapada do Araripe, Pernambuco, Brasil). O material fóssil encontrado inclui fragmentos ósseos e esqueletos quase completos.

Exemplares vivos: 0.

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

O tupuxuara foi identificado pela primeira vez em 1988 pelos paleontólogos Alexander Kellner, professor do Museu Nacional, e Diógenes Campos, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Existe uma espécie afim, Tupuxuara leonardii, que por uns é considerada como um exemplar fêmea de Tupuxuara longicristatus, descrita também por Kellner e Campos. Tupuxuara (Tupi) ''espírito familiar''. Longicristatus crista longa, em referência à sua grande estrutura craniana.

Nomes vulgares: tupuxuara (português e tupi); tupuxuara-de-crista-longa (português).
Pronônimo: Tupuxuara longicristatus (Kellner & Campos, 1988).
  

Referências

Atlas Virtual da Pré-História. Andrewsarchus. Avaliado on-line em: http://www.avph.cjb.net  

Território dos Dinossauros, Felipe Alves Elias. Avaliado on-line em: http://www.territoriodosdinossauros.hpg.ig.com.br 

 

Menu - Índice - Tupuxuara longicristatus


_________________________________________________________________________________________

RSN - BioData

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                        Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1