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Menu - Índice - Trichechus inunguis

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Sirenia
        Família: Trichechidae
          Gênero: Trichechus
Trichechus inunguis
Peixe-boi-amazônico

Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/07/12 Rafael Silva do Nascimento 20/08/2005

Taxonomia

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Trichechus inunguis [Natterer, 1883].  
Citação: In Pelzeln, Verh. Zool.-Bot. Ges. Wien, 33:89.
Localização típica: Brasil, Amazonas, Rio Madeira, Borba.

Características gerais

Comprimento do corpo: 230-280 cm.
Peso: 700 kg.

O corpo é razoavelmente cilíndrico. A coloração do seu corpo é dum cinza ao cinza-escuro com manchas brancas distribuídas pelo seu ventre. É coberto por uma pelagem rala e os seus lábios superiores e inferior mostram pêlos mais grossos e mais compridos. O focinho e longo e quadrado. O lábio superior é bastante característico, com um lobo carnoso dotado de pêlos eréteis. Os olhos são bastante reduzidos. As orelhas não existem e os ouvidos são pequenos orifícios quase não perceptíveis. O orifício nasal pode ser fechado quando está submerso. As fêmeas tem duas mamas peitorais. As nadadeiras peitorais são braços transformados, formadas pela união dos cinco dedos, são achatadas e desprovidas de unhas. Os membros posteriores desapareceram, mas há vestígios deles na estrutura interna e nos embriões achados em fêmeas grávidas. A cauda tem o formato de remo e é bastante grande. O maior peixe-boi já registrado era um macho com 2,8 m de comprimento. É o maior mamífero de água doce da América do Sul.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; hidrodinâmico.
Dimorfismo sexual:
não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

Os peixes-boi-amazônico se reproduzem durante todo o ano e a gestação dura aproximadamente um ano. Normalmente nasce apenas uma cria. Se nascer uma única, esta já tem 739 mm de comprimento. Cria e genitora são muito ligados um ao outro. A genitora pode carregar o filhote em suas costas ou junto as nadadeiras, como os seres humanos, para que possa mamar nas suas glândulas mamárias peitorais. A fêmea pode cuidar de até três filhotes duma vez, com pelo menos um ano de diferença entre eles. Sua longevidade em estado selvagem é desconhecida, mas indivíduos cativos viveram vinte anos e meio.

Período de gestação: 1 ano.
Número de crias: 1-2.
Maturidade sexual: 1-3 anos.
Longevidade: 20,5 anos (cativeiro).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

O peixe-boi-amazônico é um animal manso e gregário e conhecido por viver em grandes grupos. Apesar disso, por resultado da caça intensiva que sofreu e sofre, os grupos de hoje em dia não são vistos contendo mais do que 4-8 indivíduos. É um animal que tem atividades tanto diurnas quanto noturnas, e passa quase toda sua vida embaixo d'água. Deixa somente as narinas para fora d'água enquanto busca vegetação aquática. Pode ingerir mais de 8% do seu peso em comida diariamente (16 kg). A maior parte do tempo que come muito é na época das cheias, quando ingere na maior parte plantas novas. Quando retorna ao curso normal das águas, pode ficar sem comer durante semanas. Sua dieta inclui  plantas aquáticas, como nenúfar (Pisitia), e jacinta-aquática (os que vivem em águas brasileiras preferem a canarana, uma gramínea). Também pode comer frutos de palmeiras que tenham caído na água. Durante a época das chuvas, armazena gordura para os períodos de seca. Exemplares cativos podem ingerir de 9 a 15 quilos de folhas por dia. Raramente é atacado por predadores naturais, talvez pelo seu porte imponente.

            Estrutura social: Grupos grandes. 
            Dieta
: Plantas aquáticas e frutos.
            Predadores principais
: Homem, crocodilianos, onças-pintadas e tubarões.

            Chaves de características comportamentais: móvel; diurno; noturno; gregário.
                Chaves de características alimentares:
herbívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita áreas de vegetação aquática densa, em lagos de águas escuras, lagoas e rios.

Bioma aquático: rios e afluentes; lagos e lagoas; costeiro.

Distribuição Geográfica

Ocorre pela bacia amazônica do Brasil, Colômbia, Equador, Guiana e Peru.

Região Biogeográfica: neotropical (nativo).

Distribuição Histórica

O peixe-boi-amazônico é uma espécie holocênica de triquequídeo proveniente de formas pleistocênicas basais, tal como afirmam os registros fósseis do gênero Trichechus encontrados no leste dos Estados Unidos da América e na Argentina.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

O peixe-boi-amazônico está listado como ameaçado tanto no Apêndice I do CITES quanto U.S. E.S.A; vulnerável segundo o IUCN. Foi caçado pelos índios amazônicos com redes e arpões por séculos. Entre 1930 e 1940 centenas de peixe-nois-amazônicos foram mortos por caçadores para obter carne (que era e é considerada como iguaria, onde atualmente ainda é caçado regionalmente) e óleo, onde as postas eram conservadas. Não foge dos caçadores, o que o torna uma presa fácil.

Exemplares vivos: -

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

Apesar do nome popular ''peixe-boi'', este animal não é nem peixe nem boi, é mais relacionado com os elefantes e porcos-da-terra. Thrix (Grego), genitivo thrikhos, cabelo; ekho (Grego) eu tenho: em referência dos pêlos de sua face. Inunguis, com o prefíxo ''i'', sem, para nunguis, unha: pois é a espécie dentro do gênero Trichechus sem unhas nas nadadeiras peitorais.

Nomes vulgares: peixe-boi-amazônico (português); peixe-boi (português); manati-amazônico (português, espanhol); manati (português, espanhol); amazonian-manatee (inglês); amazon-ox-manatee (inglês).                                                                                                                                                           Protônimo: Manatus inunguis (Natterer, 1883).

Referências

A Vida na Floresta Amazônica - Coleção Tropical, Editora FTD.

Gorog, A. 1999. "Trichechus inunguis" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 25 de junho de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Trichechus_inunguis.html 

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 5, Os Bichos Evoluem. Págs: 1074-1075.

Pesquisa Fácil, Estudo e Diversão - Almanaque Abril. Nº 1, pág: 66.

Revista Explora, É o Bicho - Animais em perigo. Nº -, pág. 20.

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com   

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

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